Wikiquote ptwikiquote https://pt.wikiquote.org/wiki/P%C3%A1gina_principal MediaWiki 1.39.0-wmf.23 first-letter Multimédia Especial Discussão Utilizador Utilizador Discussão Wikiquote Wikiquote Discussão Ficheiro Ficheiro Discussão MediaWiki MediaWiki Discussão Predefinição Predefinição Discussão Ajuda Ajuda Discussão Categoria Categoria Discussão TimedText TimedText talk Módulo Módulo Discussão Gadget Gadget talk Gadget definition Gadget definition talk Clarice Lispector 0 1161 184821 184812 2022-08-02T15:16:37Z Leonaardog 15522 /* Veja também */ wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Clarice Lispector | Foto = Clarice Lispector (cropped).jpg | Wikisource = | Wikipedia = Clarice Lispector | Wikicommons = Category:Clarice_Lispector | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #c0c0c0 }} '''[[w:Clarice Lispector|Clarice Lispector]]''' ''([[10 de dezembro]] de [[1920]] - [[9 de dezembro]] de [[1977]]), foi uma [[literatura|escritora]] [[Brasil|brasileira]] de origem judaica que nasceu na Ucrânia.'' ---- __TOC__ * "(...) Me lembro bem da carta que eu lhe escrevi, sobre deixar os outros em paz. Realmente o tom geral devia estar pessimista. O pessimismo passou, mas o bom propósito não: '''farei o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá pesa, quase como responsabilidade na pessoa que o recebe.''' Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. É uma forma de [[paz]]... Também é bom porque em geral se pode ajudar muito mais as pessoas quando não se está cega pelo amor. (...)" ::- ''in: No livro 'Minhas Queridas'. (um livro que reúne cartas escritas entre 1940 e 1957 para suas irmãs) * Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato. Ou toca, ou não toca! ::- ''entrevista concedida em 1977 a Júlio Lerner *"Acho que sábado é a rosa da semana." :- ''"Os melhores contos" - conto Atenção ao Sábado, Página 218; de Clarice Lispector, Walnice Nogueira Galvão - Publicado por Global, 1996 ISBN 8526005286, 9788526005280 - 291 páginas'' * "Amor é não ter. Inclusive amor é a desilusão do que se pensava que era amor. E não é prêmio por isso não envaidece". :- ''[[Clarice Lispector]], "A imitação da rosa‎" - Página 12, Clarice Lispector - Editora Artenova, 1973 - 183 páginas'' * "Amor é quando é concedido participar um pouco mais. Poucos querem o amor, porque amor é a grande desilusão de tudo o mais. E poucos suportam perder todas as outras ilusões". :- ''[[Clarice Lispector]], "A imitação da rosa‎" - Página 12, Clarice Lispector - Editora Artenova, 1973 - 183 páginas'' *"Fique de vez em quando sozinho, senão você será submergido. Até o amor excessivo dos outros pode submergir uma pessoa." :- ''"De corpo inteiro" - Página 68; de Clarice Lispector - Publicado por Rocco, 1999 - 210 páginas'' *"Passei a minha vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar. Ao tentar corrigir um erro, eu cometia outro. Sou uma culpada inocente." :- ''citado em "Línguas de fogo: ensaio sobre Clarice Lispector" - Página 42; de Claire Varin, Lúcia Peixoto Cherem - Publicado por Limiar, 2002 ISBN 8588075032, 9788588075030 - 191 páginas'' * "Até cortar os próprios [[defeito]]s pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro." ::- ''Correspondências - página 165, Clarice Lispector, Teresa Montero - Rocco, 2002, ISBN 8532514863, 9788532514868 - 331 páginas * "Ela acreditava em anjos e, porque acreditava, eles existiam." ::- ''A hora da estrela - página 39, Clarice Lispector - Rocco, 1998, ISBN 853250812X, 9788532508126 - 87 páginas * "Mas há a vida/ que é para ser intensamente vivida,/ há o amor./ Que tem que ser vivido/ até a última gota./ Sem nenhum medo./ Não mata." ::- ''"Mas há vida" in: "A descoberta do mundo: crónicas" - página 373, Clarice Lispector - Francisco Alves, 1994, ISBN 8526502654, 9788526502659 - 533 páginas * (...) nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior do que eu mesma, e não me alcanço. ::- ''CL , In: Aprendendo a viver, RJ: Editora Rocco, 2004. ::- ''Visão do esplendor: impressões leves - página 135, Clarice Lispector - Francisco Alves, 1975 - 156 páginas * "O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós." ::- ''A maçã no escuro - página 245, Clarice Lispector - Paz e Terra, 1978 - 257 páginas * "(...) Que medo alegre/ o de te esperar (...) ::- ''CL, [Estrela Perigosa] * "– Mamãe, vi um filhote de furacão, mas tão filhotinho ainda, tão pequeno ainda, que só fazia era rodar bem de leve umas três folhinhas na esquina..." ::-''CL , In: Para não esquecer, RJ, Editora Rocco, 1978. ==A Descoberta do Mundo== * "Lutei toda a minha vida contra a tendência ao devaneio, sempre sem jamais deixar que ele me levasse até as últimas águas. Mas o esforço de nadar contra a doce corrente tira parte de minha força vital. E, se lutando contra o devaneio, ganho no domínio da ação, perco interiormente uma coisa muito suave de se ser e que nada substitui. Mas um dia ainda hei de ir, sem me importar para onde o ir me levará." ==A hora da estrela== *"A eternidade é o estado das coisas neste momento." *"Aliás - descubro eu agora - eu também não faço a menor falta, e até o que escrevo um outro escreveria." *"Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas continuarei a escrever." *"Escrevo por ter nada a fazer no mundo: sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens." *"Não tenho medo nem das chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas. Pois eu também sou o escuro da noite." :- ''"A hora da estrela" - Página 18; de Clarice Lispector - Publicado por Rocco, 1999 ISBN 853250812X, 9788532508126 - 87 páginas'' *"Não se pode dar uma prova de existência do que é mais verdadeiro, o jeito é acreditar. Acreditar chorando." *"Que ninguém se engane: só se consegue a simplicidade através de muito trabalho." *"Quem não é um acaso na vida?" *"Talvez a pergunta vazia fosse apenas para que um dia alguém não viesse a dizer que ela nem ao menos havia perguntado. Por falta de quem lhe respondesse ela mesma parecia se ter respondido: é assim porque é assim." ==A paixão segundo G.H.== [[Ficheiro:PAIXÃO.jpg|thumb|300px|Capa do livro "A Paixão Segundo GH", 1964.]] *"A harmonia secreta da desarmonia: quero não o que está feito mas o que tortuosamente ainda se faz. Minhas desequilibradas palavras são o luxo de meu silêncio. Escrevo por acrobáticas aéreas piruetas - escrevo por profundamente querer falar. Embora escrever só esteja me dando a grande medida do silêncio." *"A saudade é a prova que o passado valeu a pena." *"A vida é dura para quem é mole." *"A vida é igual em toda a parte e o que é necessário é a gente ser a gente." *"Com Deus a gente também pode abrir caminho pela violência. Ele mesmo quando precisa mais especialmente de um de nós, Ele nos escolhe e nos violenta." *"Dá-me a tua mão desconhecida que a vida está me doendo e eu não sei como falar- a realidade é delicada demais, só a realidade é delicada, minha irrealidade e minha imaginação são mais pesadas." ::- ''"A paixão segundo G.H.: romance" - Página 34; de Clarice Lispector - Publicado por Editôra Sabiá, 1964 - 182 páginas'' *"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro... *"É preciso coragem. Uma coragem danada. Muita coragem é o que eu preciso. Sinto-me tão desamparada, preciso tanto de proteção...porque parece que sou portadora de uma coisa muito pesada. Sei lá porque escrevo! Que fatalidade é esta?" *"É quase impossível evitar o excesso de amor que um bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo." *"Eu misturei tudo, eu lia livro, romance para mocinha, livro cor de rosa, misturado com Dostoievski, eu escolhia os livros pelos títulos e não por autores, porque eu não tinha conhecimento...fui ler aos 13 anos Herman Hesse, tomei um choque: O Lobo da Estepe. Aí comecei a escrever um conto que não acabava nunca mais. Terminei rasgando e jogando fora." *"Eu só escrevo quando eu quero, eu sou uma amadora e faço questão de continuar a ser amadora. Profissional é aquele que tem uma obrigação consigo mesmo de escrever, ou então em relação ao outro. Agora, eu faço questão de não ser profissional, para manter minha liberdade". *"Em uma outra vida que tive, aos 15 anos, entrei numa livraria, que me pareceu o mundo que gostaria de morar. De repente, um dos livros que abri continha frases tão diferentes que fiquei lendo, presa, ali mesmo. Emocionada, eu pensava: mas esse livro sou eu! Só depois vim a saber que a autora era considerada um dos melhores escritores de sua época: Katherine Mansfield." *"Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada" *"Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando..." *"Estou à procura de um livro para ler. É um livro todo especial. Eu o imagino como a um rosto sem traços. Não lhe sei o nome nem o autor. Quem sabe, às vezes penso que estou à procura de um livro que eu mesma escreveria. Não sei. Mas faço tantas fantasias a respeito desse livro desconhecido e já tão profundamente amado. Uma das fantasias é assim. Eu o estaria lendo e de súbito, uma frase lida, com lágrimas nos olhos diria em êxtase de dor e de enfim libertação: Mas é que eu não sabia que se pode tudo, meu Deus!" * "...há impossibilidade de ser além do que se é - :no entanto eu me ultrapasso mesmo sem o delírio, :sou mais do que eu, quase normalmente - :tenho um corpo e tudo que eu fizer é continuação :de meu começo...... :a única verdade é que vivo. :Sinceramente, eu vivo. :Quem sou? :Bem, isso já é demais...." *"Mas há a vida que é para ser intensamente vivida, há o amor.Que tem que ser vivido até a última gota.Sem nenhum medo. Não mata." *"Minha liberdade é escrever. A palavra é o meu domínio sobre o mundo." *"...Não entendo. :Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. :Entender é sempre limitado. :Mas não entender pode não ter fronteiras. :Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. :Não entender, do modo como falo, é um dom. :Não entender, mas não como um simples de espírito. :O bom é ser inteligente e não entender. :É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. :É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. :Só que de vez em quando vem a inquietação: :-quero entender um pouco. :Não demais: mas pelo menos entender que não entendo." *"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo." *"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é possível fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada." *"Nem todos chegam a fracassar porque é tão trabalhoso, é preciso antes subir penosamente até enfim atingir a altura de poder cair." *"O que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesmo." *"...os bichos me fantasticam. Eles são o tempo que não se conta. Pareço ter certo horror daquela criatura viva que não é humana e que tem meus próprios instintos embora livres e indomáveis. Às vezes eletrizo-me ao ver bicho. Estou agora ouvindo o grito ancestral dentro de mim: parece que não sei quem é mais a criatura, se eu ou o bicho." *"(...)Pois em mim mesma eu vi como é o inferno...(...) p. 143 (...) E porque minha alma é tão ilimitada que já não sou eu, e porque ela está tão além de mim - é que sempre sou remota a mim mesma, sou-me inalcançável como me é inalcançável um astro... (...) p. 146 (...) O mistério do destino humano é que somos fatais, mas temos a liberdade de cumprir ou não o nosso fatal: de nós depende realizarmos o nosso destino fatal... (...) mas de mim depende eu vir a ser o que fatalmente sou... p.148 (...) E não preciso sequer cuidar da minha alma, ela cuidará fatalmente de mim, e não tenho que fazer para mim mesma uma alma: tenho apenas que escolher viver. Somos livres, e este é o inferno. p. 148, ''Clarice Lispector, In: A Paixão Segundo GH, 5 ed. Rio de Janeiro, J. Oliympio 1977 páginas diversas'' *"Quanto a meus filhos, o nascimento deles não foi casual. Eu quis ser mãe. Os dois meninos estão aqui, ao meu lado. Eu me orgulho deles, eu me renovo neles, eu acompanho seus sofrimentos e angústias. Sei que um dia abrirão as asas para o vôo necessário, e eu ficarei sozinha. Quando eu ficar sozinha, estarei seguindo o destino de todas as mulheres." *"Viajo porque gosto, volto porque te amo." *"Vida e morte foram minhas, e eu fui monstruosa, minha coragem foi a de um sonâmbulo que simplesmente vai." *"Vocação é diferente de talento. Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir". * "Sempre conservei uma aspa à esquerda e outra à direita de mim.” ::- ''A paixão segundo G.H. - página 30, Clarice Lispector - Sabiá, 1964 - 182 páginas *"Só trabalho com achados e perdidos." *"Todo cidadão tem o direito de ir e vir. Desde que seja a pé, de outra forma paga pedágio." == Entrevista com Julio Lerner == Entrevista dada a Júlio Lerner:<ref>{{Citar web|autor=Helena Oliveira|url=https://www.revistabula.com/503-a-ultima-entrevista-de-clarice-lispector/|título=A última entrevista de Clarice Lispector|data=2013-06-10|acessodata=2021-12-12|publicação=Revista Bula}}</ref> *JL: É mais difícil você se comunicar com o adulto ou com a criança? *CL: Quando me comunico com criança é fácil porque sou muito maternal. Quando me comunico com o adulto, na verdade, estou me comunicando com o mais secreto de mim mesma. *JL: O adulto é sempre solitário? *CL: O adulto é triste e solitário. *JL: E a criança? *CL: A criança tem a fantasia solta. ==Água Viva== * "Agora sei: sou só. Eu e minha liberdade que não sei usar. Grande responsabilidade da solidão. Quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama." - Água Viva, Clarice Lispector, Editora Rocco, 1998. p. 66. *"(...) Atravessei a rua e tomei um táxi. A '''brisa''' arrepiava-me os cabelos da nuca. E eu estava tão feliz que me encolho no canto do táxi de medo porque a felicidade dói. E isto tudo causado pela visão do homem bonito. Eu continuava a não querê-lo para mim – gosto é de pessoas um pouco feias e ao mesmo tempo harmoniosas, mas ele de certo modo dera-me muito com o sorriso de camaradagem entre pessoas que se entendem. Tudo isso eu não entendia. :A coragem de viver: deixo oculto o que preciso ser oculto e precisa irradiar-se em segredo. Calo-me. (...) Clarice Lispector, ''in: Água Viva, Círculo do Livro, 1973 p. 76-7'' * "E ninguém é eu. E ninguém é você. Esta é a [[solidão]]." ::- ''Agua viva - página 41, Clarice Lispector - Círculo do Livro, 1973 - 115 páginas *"É uma infâmia nascer para morrer não se sabe quando nem onde". :- ''[[Clarice Lispector]], em "Agua viva" : ficção‎, Publicado por Editora Artenova, 1973 - 115 páginas'' *"Há muita coisa a dizer que não sei como dizer. Faltam as palavras. Mas recuso-me a inventar novas: as que existem já devem dizer o que se consegue dizer e o que é proibido. E o que é proibido eu adivinho. Se houver força. Atrás do pensamento não há palavras: é-se. Minha pintura não tem palavras: fica atrás do pensamento. Nesse terreno do é-se sou puro êxtase cristalino. È-se. Sou-me. Tu te és." - Água Viva, Clarice Lispector, Editora Rocco, 1998. p. 27. * "Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada." Água Viva, Clarice Lispector, Editora Rocco, 2008. p. 20. * "Ouve-me. Ouve o meu silêncio. O que falo nunca é o que falo e, sim, outra coisa. (...) Capta a “outra coisa” porque eu mesma não posso. ::- ''Agua viva - página 35, Clarice Lispector - Círculo do Livro, 1973 - 115 páginas * "Ouve-me, ouve meu silêncio. O que falo nunca é o que falo e sim outra coisa. Quando digo "águas abundantes" estou falando da força de corpos nas água do mundo. Capta essa outra coisa que na verdade falo porque eu mesma não posso. Lê a energia que está no meu silêncio. Ah, tenho medo de Deus e do meu silêncio." Água Viva, p. 33 - Editora Círculo do livro 1973. * "Minha verdade espantada é que eu sempre estive só de ti e não sabia. Agora sei: sou só. Eu e minha liberdade que não sei usar. Grande responsabilidade da solidão. Quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama. Quanto a mim, assumo a minha solidão." - Água Viva, Clarice Lispector, Editora Rocco, 1973. * "Ah viver é tão desconfortável. Tudo aperta: o corpo exige, o espírito não pára, viver parece ter sono e não poder dormir - viver é incômodo. Não se pode andar nu nem de corpo nem de espírito." Água Viva - página 67, Clarice Lispector - Círculo do Livro, 1973. * "Eu não te disse que viver é apertado? Pois fui dormir e sonhei que te escrevia um largo majestoso e era mais verdade ainda do que te escrevo: era sem medo. Esqueci-me do que no sonho escrevi, tudo voltou para o nada, voltou para a Força do que Existe e que se chama às vezes Deus. Tudo acaba mas o que te escrevo continua. O que é bom, muito bom. O melhor ainda não foi escrito. O melhor está nas entrelinhas." Água Viva - página 67, Clarice Lispector - Círculo do Livro, 1973. ==Laços de família== *"Abandone-se, tente tudo suavemente, não se esforce por conseguir - esqueça completamente o que aconteceu e tudo voltará com naturalidade." *"Ali estava uma mulher que a gulodice do mais fino sonho jamais poderia imaginar." (A menor mulher do mundo) *"E de tal modo haviam se disposto as coisas que o amor doloroso lhe pareceu felicidade." *"Nada impediria que essa mulher que andava rolando os quadris subisse mais um degrau misterioso nos seus dias." (Laços de família) *"Oh Deus, eu que faço concorrência a mim mesma. Me detesto. Felizmente os outros gostam de mim. É uma tranqüilidade.Um sopro de vida." *"Onde aprender a odiar para não morrer de amor?" :- ''"Laços de família: contos" - Página 119; de Clarice Lispector, Lídia Jorge - Publicado por Relógio d'Agua, 1989 - 123 páginas'' *"Perder-se significa ir achando e nem saber o que fazer do que se for achando." *"Porém nenhuma vez mais se repetiu. Porque a verdade era um relance." (Feliz Aniversário) *"Quem sabe a que escuridão de amor pode chegar o carinho." *"Sem entender jamais o que havia debom em ser gente, em sentir-se cansada, em diariamente falir; só os iniciados compreedem essa nuance de vício e esse refinamento de vida." (Imitação da Rosa) *"Sua sensibilidade incomodava sem ser dolorosa, como uma unha quebradiça." ==Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres== *"(...) E era bom. "Não entender" era tão vasto que ultrapassava qualquer entender - entender era sempre limitado. Mas não entender não tinha fronteiras e levava ao infinito, ao Deus. Não era um não entender como um espírito. O bom era ter inteligência e não entender. Era uma benção como a de ter loucura sem ser doida. Era um desinteresse manso em relação às coisas ditas do intelecto, uma doçura de estupidez. (...) ''Clarice Lispector, in: Uma aprendizagem ou O Livro dos Prazeres, 8a. ed, RJ: Editora Nova Fronteira, 1980, p. 44'' * "De Ulisses ela aprendera a ter coragem de ter coragem de ter fé - muita coragem, fé em quê ? Na própria fé, que a fé pode ser um grande susto, pode significar cair no abismo, Lóri tinha medo de cair no abismo e segurava-se numa das mãos de Ulisses enquanto a outra mão de Ulisses empurrava-a para o abismo - em breve ela teria que soltar a mão menos forte do que a que a empurrava, e cair, '''a vida não é de se brincar porque em pleno dia se morre.''' A mais premente necessidade de um ser humano era tornar-se um humano."'' {{artigo principal|[[Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres]]}} * O óbvio, '''Lóri,''' é a verdade mais difícil de se enxergar" (Clarice Lispector, in: Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres) * "Nós ainda somos moços, podemos perder algum tempo sem perder a vida inteira." :- ''"Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres" - Página 47; de Clarice Lispector - Publicado por Rocco, 1998.'' ==Um sopro de vida== * "Eu escrevo para nada e para ninguém. Se alguém me ler será por conta própria e autorrisco. Eu não faço literatura: eu apenas vivo ao correr do tempo. O resultado fatal de eu viver é o ato de escrever. Há tantos anos me perdi de vista que hesito em procurar em encontrar. Estou com medo de começar. Existir me dá às vezes tal taquicardia. Eu tenho tanto medo de ser eu. Sou tão perigoso. Me deram um nome e me alienaram de mim." * "(...) Ângela é doida. Mas tem uma lógica matemática na sua doidice aparente. E se diverte muito a escandalosa. Aguça-se demais e depois não sabe o que fazer de si. Que se dane. Entre o "sim" e o "não" só há um caminho. Escolher. Ângela escolheu "sim". Ela é tão livre que um dia será presa. "Presa por quê?" "Por excesso de liberdade." "Mas essa liberdade é inocente?" "É." "Até mesmo ingênua." "Então por que a prisão?" "Porque a liberdade ofende." (...)''In: Um Sopro de Vida: (Pulsações),8a. ed. Editora Nova Fronteira, 1978, p. 66'' * "Eu nunca fui livre na minha vida inteira. Por que dentro eu sempre me persegui. Eu me tornei intolerável para mim mesma." * "Tenho medo de escrever. É tão perigoso. Quem tentou, sabe. Perigo de mexer no que está oculto — e o mundo não está à tona, está oculto em suas raízes submersas em profundidades do mar. Para escrever tenho que me colocar no vazio. Neste vazio é que existo intuitivamente. Mas é um vazio terrivelmente perigoso: dele arranco sangue. Sou um escritor que tem medo da cilada das palavras: as palavras que digo escondem outras — quais? talvez as diga. Escrever é uma pedra lançada no poço fundo." * Na verdade, Angela..."O que me mata é o cotidiano. Eu queria só exceções." :- ''"Um sopro de vida: pulsações" - Página 66; de Clarice Lispector - Publicado por Editora Nova Fronteira, 1978 - 162 páginas'' * "Oh Deus, eu que faço concorrência a mim mesma. Me detesto. Felizmente os outros gostam de mim. É uma tranqüilidade." * "Ser um ser permissível a si mesmo é a glória de existir." * "Só isso, Dener."<ref>Op.cit. p.39</ref> ==Perto do Coração Selvagem== {{artigo principal|[[Perto do Coração Selvagem]]}} *"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo." *"Liberdade é pouco. O que desejo ainda não tem nome." ''página 74, Clarice Lispector - Nova Fronteira, 1980 - 216 páginas'' *"Quem se recusa o prazer, quem se faz de monge, em qualquer sentido, é porque tem uma capacidade enorme para o prazer, uma capacidade perigosa – daí um temor maior ainda. Só quem guarda as armas a chave é quem receia atirar sobre todos” * "(...) tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. (...) CL [Perto do coração selvagem] *"Tudo o que poderia existir, já existe. Nada mais pode ser criado senão revelado." == Especiais == * "Comecei a escrever pequenos contos logo que me alfabetizaram, e escrevi-os em português, é claro. Criei-me em Recife. [...] E nasci para escrever. A palavra é meu domínio sobre o mundo." :- ''Ao falar sobre seus primeiros textos'' *(...) quanto a mim, tenho a lhes dizer que as estrelas são mais do que '''curumins.''' Estrelas são os olhos de Deus vigiando para que corra tudo bem. Para sempre. E, como se sabe, “sempre” não acaba nunca. (Clarice Lispector, in: Como nasceram as estrelas) * "Sou brasileira naturalizada, quando, por questão de meses, poderia ser brasileira nata. Fiz da língua portuguesa a minha vida interior, o meu pensamento mais íntimo, usei-a para palavras de amor." :- ''Ao falar de suas origens'' * "[...] talvez porque para as outras vocações eu precisaria de um longo aprendizado, enquanto que para escrever o aprendizado é a própria vida se vivendo em nós e ao redor de nós. É que não sei estudar. E, para escrever, o único estudo é mesmo escrever." :- ''Ao ser perguntada porque escolheu a literatura para sua vocação'' == Atribuídas == * "Ainda bem que sempre existe outro dia. E outros sonhos. E outros risos. E outras pessoas. E outras coisas." [carece de fontes] *“Na [[arte]], a inspiração tem um toque de magia, porque é uma coisa absoluta, inexplicável. Não creio que venha de fora pra dentro, de forças sobrenaturais. Suponho que emerge do mais profundo "eu" da pessoa, do inconsciente individual, coletivo e cósmico.” ::- ''[[Clarice Lispector]] citada em Gps Espiritual - [https://books.google.com.br/books?id=1jxJBQAAQBAJ&pg=PA37 página 37], Meire Yamaguchi, Clube de Autores, 2008, 180 páginas * "Não entendo, apenas sinto. Tenho medo de um dia entender e deixar de sentir." ''[Carece de fontes para: Clarice Lispector e/ou Caio Fernando Abreu]'' * "Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa qualquer entendimento." ::- ''citado em "Moreno Em Ato" - Página 32, Anna Maria Knobel, Editora Agora, 2004, ISBN 8571838860, 9788571838864 - 286 páginas * "Amar não acaba. É como se o mundo estivesse à minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera." :- ''Fonte: [http://caras.uol.com.br/noticia/citacoes-novembro http://www.caras.uol.com.br - 5 de novembro de 2009 - EDIÇÃO 835 - Citações]'' ==Veja também== * [[A paixão segundo G.H.]] (livro) * [[Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres]] (livro) * [[Perto do Coração Selvagem]] (livro) [[Categoria:Pessoas]] [[Categoria:Escritores do Brasil]] == Referências == <references/> [[Categoria:!Mais Teoria da História na Wiki (Mulheres)]] 4addv91xxq1cadwov6am4d83ash1d68 184822 184821 2022-08-02T15:19:20Z Leonaardog 15522 + 4 categories; ±[[Categoria:Pessoas]]→[[Categoria:Pessoas mortas]] using [[Help:Gadget-HotCat|HotCat]] wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Clarice Lispector | Foto = Clarice Lispector (cropped).jpg | Wikisource = | Wikipedia = Clarice Lispector | Wikicommons = Category:Clarice_Lispector | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #c0c0c0 }} '''[[w:Clarice Lispector|Clarice Lispector]]''' ''([[10 de dezembro]] de [[1920]] - [[9 de dezembro]] de [[1977]]), foi uma [[literatura|escritora]] [[Brasil|brasileira]] de origem judaica que nasceu na Ucrânia.'' ---- __TOC__ * "(...) Me lembro bem da carta que eu lhe escrevi, sobre deixar os outros em paz. Realmente o tom geral devia estar pessimista. O pessimismo passou, mas o bom propósito não: '''farei o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá pesa, quase como responsabilidade na pessoa que o recebe.''' Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. É uma forma de [[paz]]... Também é bom porque em geral se pode ajudar muito mais as pessoas quando não se está cega pelo amor. (...)" ::- ''in: No livro 'Minhas Queridas'. (um livro que reúne cartas escritas entre 1940 e 1957 para suas irmãs) * Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato. Ou toca, ou não toca! ::- ''entrevista concedida em 1977 a Júlio Lerner *"Acho que sábado é a rosa da semana." :- ''"Os melhores contos" - conto Atenção ao Sábado, Página 218; de Clarice Lispector, Walnice Nogueira Galvão - Publicado por Global, 1996 ISBN 8526005286, 9788526005280 - 291 páginas'' * "Amor é não ter. Inclusive amor é a desilusão do que se pensava que era amor. E não é prêmio por isso não envaidece". :- ''[[Clarice Lispector]], "A imitação da rosa‎" - Página 12, Clarice Lispector - Editora Artenova, 1973 - 183 páginas'' * "Amor é quando é concedido participar um pouco mais. Poucos querem o amor, porque amor é a grande desilusão de tudo o mais. E poucos suportam perder todas as outras ilusões". :- ''[[Clarice Lispector]], "A imitação da rosa‎" - Página 12, Clarice Lispector - Editora Artenova, 1973 - 183 páginas'' *"Fique de vez em quando sozinho, senão você será submergido. Até o amor excessivo dos outros pode submergir uma pessoa." :- ''"De corpo inteiro" - Página 68; de Clarice Lispector - Publicado por Rocco, 1999 - 210 páginas'' *"Passei a minha vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar. Ao tentar corrigir um erro, eu cometia outro. Sou uma culpada inocente." :- ''citado em "Línguas de fogo: ensaio sobre Clarice Lispector" - Página 42; de Claire Varin, Lúcia Peixoto Cherem - Publicado por Limiar, 2002 ISBN 8588075032, 9788588075030 - 191 páginas'' * "Até cortar os próprios [[defeito]]s pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro." ::- ''Correspondências - página 165, Clarice Lispector, Teresa Montero - Rocco, 2002, ISBN 8532514863, 9788532514868 - 331 páginas * "Ela acreditava em anjos e, porque acreditava, eles existiam." ::- ''A hora da estrela - página 39, Clarice Lispector - Rocco, 1998, ISBN 853250812X, 9788532508126 - 87 páginas * "Mas há a vida/ que é para ser intensamente vivida,/ há o amor./ Que tem que ser vivido/ até a última gota./ Sem nenhum medo./ Não mata." ::- ''"Mas há vida" in: "A descoberta do mundo: crónicas" - página 373, Clarice Lispector - Francisco Alves, 1994, ISBN 8526502654, 9788526502659 - 533 páginas * (...) nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior do que eu mesma, e não me alcanço. ::- ''CL , In: Aprendendo a viver, RJ: Editora Rocco, 2004. ::- ''Visão do esplendor: impressões leves - página 135, Clarice Lispector - Francisco Alves, 1975 - 156 páginas * "O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós." ::- ''A maçã no escuro - página 245, Clarice Lispector - Paz e Terra, 1978 - 257 páginas * "(...) Que medo alegre/ o de te esperar (...) ::- ''CL, [Estrela Perigosa] * "– Mamãe, vi um filhote de furacão, mas tão filhotinho ainda, tão pequeno ainda, que só fazia era rodar bem de leve umas três folhinhas na esquina..." ::-''CL , In: Para não esquecer, RJ, Editora Rocco, 1978. ==A Descoberta do Mundo== * "Lutei toda a minha vida contra a tendência ao devaneio, sempre sem jamais deixar que ele me levasse até as últimas águas. Mas o esforço de nadar contra a doce corrente tira parte de minha força vital. E, se lutando contra o devaneio, ganho no domínio da ação, perco interiormente uma coisa muito suave de se ser e que nada substitui. Mas um dia ainda hei de ir, sem me importar para onde o ir me levará." ==A hora da estrela== *"A eternidade é o estado das coisas neste momento." *"Aliás - descubro eu agora - eu também não faço a menor falta, e até o que escrevo um outro escreveria." *"Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas continuarei a escrever." *"Escrevo por ter nada a fazer no mundo: sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens." *"Não tenho medo nem das chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas. Pois eu também sou o escuro da noite." :- ''"A hora da estrela" - Página 18; de Clarice Lispector - Publicado por Rocco, 1999 ISBN 853250812X, 9788532508126 - 87 páginas'' *"Não se pode dar uma prova de existência do que é mais verdadeiro, o jeito é acreditar. Acreditar chorando." *"Que ninguém se engane: só se consegue a simplicidade através de muito trabalho." *"Quem não é um acaso na vida?" *"Talvez a pergunta vazia fosse apenas para que um dia alguém não viesse a dizer que ela nem ao menos havia perguntado. Por falta de quem lhe respondesse ela mesma parecia se ter respondido: é assim porque é assim." ==A paixão segundo G.H.== [[Ficheiro:PAIXÃO.jpg|thumb|300px|Capa do livro "A Paixão Segundo GH", 1964.]] *"A harmonia secreta da desarmonia: quero não o que está feito mas o que tortuosamente ainda se faz. Minhas desequilibradas palavras são o luxo de meu silêncio. Escrevo por acrobáticas aéreas piruetas - escrevo por profundamente querer falar. Embora escrever só esteja me dando a grande medida do silêncio." *"A saudade é a prova que o passado valeu a pena." *"A vida é dura para quem é mole." *"A vida é igual em toda a parte e o que é necessário é a gente ser a gente." *"Com Deus a gente também pode abrir caminho pela violência. Ele mesmo quando precisa mais especialmente de um de nós, Ele nos escolhe e nos violenta." *"Dá-me a tua mão desconhecida que a vida está me doendo e eu não sei como falar- a realidade é delicada demais, só a realidade é delicada, minha irrealidade e minha imaginação são mais pesadas." ::- ''"A paixão segundo G.H.: romance" - Página 34; de Clarice Lispector - Publicado por Editôra Sabiá, 1964 - 182 páginas'' *"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro... *"É preciso coragem. Uma coragem danada. Muita coragem é o que eu preciso. Sinto-me tão desamparada, preciso tanto de proteção...porque parece que sou portadora de uma coisa muito pesada. Sei lá porque escrevo! Que fatalidade é esta?" *"É quase impossível evitar o excesso de amor que um bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo." *"Eu misturei tudo, eu lia livro, romance para mocinha, livro cor de rosa, misturado com Dostoievski, eu escolhia os livros pelos títulos e não por autores, porque eu não tinha conhecimento...fui ler aos 13 anos Herman Hesse, tomei um choque: O Lobo da Estepe. Aí comecei a escrever um conto que não acabava nunca mais. Terminei rasgando e jogando fora." *"Eu só escrevo quando eu quero, eu sou uma amadora e faço questão de continuar a ser amadora. Profissional é aquele que tem uma obrigação consigo mesmo de escrever, ou então em relação ao outro. Agora, eu faço questão de não ser profissional, para manter minha liberdade". *"Em uma outra vida que tive, aos 15 anos, entrei numa livraria, que me pareceu o mundo que gostaria de morar. De repente, um dos livros que abri continha frases tão diferentes que fiquei lendo, presa, ali mesmo. Emocionada, eu pensava: mas esse livro sou eu! Só depois vim a saber que a autora era considerada um dos melhores escritores de sua época: Katherine Mansfield." *"Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada" *"Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando..." *"Estou à procura de um livro para ler. É um livro todo especial. Eu o imagino como a um rosto sem traços. Não lhe sei o nome nem o autor. Quem sabe, às vezes penso que estou à procura de um livro que eu mesma escreveria. Não sei. Mas faço tantas fantasias a respeito desse livro desconhecido e já tão profundamente amado. Uma das fantasias é assim. Eu o estaria lendo e de súbito, uma frase lida, com lágrimas nos olhos diria em êxtase de dor e de enfim libertação: Mas é que eu não sabia que se pode tudo, meu Deus!" * "...há impossibilidade de ser além do que se é - :no entanto eu me ultrapasso mesmo sem o delírio, :sou mais do que eu, quase normalmente - :tenho um corpo e tudo que eu fizer é continuação :de meu começo...... :a única verdade é que vivo. :Sinceramente, eu vivo. :Quem sou? :Bem, isso já é demais...." *"Mas há a vida que é para ser intensamente vivida, há o amor.Que tem que ser vivido até a última gota.Sem nenhum medo. Não mata." *"Minha liberdade é escrever. A palavra é o meu domínio sobre o mundo." *"...Não entendo. :Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. :Entender é sempre limitado. :Mas não entender pode não ter fronteiras. :Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. :Não entender, do modo como falo, é um dom. :Não entender, mas não como um simples de espírito. :O bom é ser inteligente e não entender. :É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. :É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. :Só que de vez em quando vem a inquietação: :-quero entender um pouco. :Não demais: mas pelo menos entender que não entendo." *"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo." *"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é possível fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada." *"Nem todos chegam a fracassar porque é tão trabalhoso, é preciso antes subir penosamente até enfim atingir a altura de poder cair." *"O que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesmo." *"...os bichos me fantasticam. Eles são o tempo que não se conta. Pareço ter certo horror daquela criatura viva que não é humana e que tem meus próprios instintos embora livres e indomáveis. Às vezes eletrizo-me ao ver bicho. Estou agora ouvindo o grito ancestral dentro de mim: parece que não sei quem é mais a criatura, se eu ou o bicho." *"(...)Pois em mim mesma eu vi como é o inferno...(...) p. 143 (...) E porque minha alma é tão ilimitada que já não sou eu, e porque ela está tão além de mim - é que sempre sou remota a mim mesma, sou-me inalcançável como me é inalcançável um astro... (...) p. 146 (...) O mistério do destino humano é que somos fatais, mas temos a liberdade de cumprir ou não o nosso fatal: de nós depende realizarmos o nosso destino fatal... (...) mas de mim depende eu vir a ser o que fatalmente sou... p.148 (...) E não preciso sequer cuidar da minha alma, ela cuidará fatalmente de mim, e não tenho que fazer para mim mesma uma alma: tenho apenas que escolher viver. Somos livres, e este é o inferno. p. 148, ''Clarice Lispector, In: A Paixão Segundo GH, 5 ed. Rio de Janeiro, J. Oliympio 1977 páginas diversas'' *"Quanto a meus filhos, o nascimento deles não foi casual. Eu quis ser mãe. Os dois meninos estão aqui, ao meu lado. Eu me orgulho deles, eu me renovo neles, eu acompanho seus sofrimentos e angústias. Sei que um dia abrirão as asas para o vôo necessário, e eu ficarei sozinha. Quando eu ficar sozinha, estarei seguindo o destino de todas as mulheres." *"Viajo porque gosto, volto porque te amo." *"Vida e morte foram minhas, e eu fui monstruosa, minha coragem foi a de um sonâmbulo que simplesmente vai." *"Vocação é diferente de talento. Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir". * "Sempre conservei uma aspa à esquerda e outra à direita de mim.” ::- ''A paixão segundo G.H. - página 30, Clarice Lispector - Sabiá, 1964 - 182 páginas *"Só trabalho com achados e perdidos." *"Todo cidadão tem o direito de ir e vir. Desde que seja a pé, de outra forma paga pedágio." == Entrevista com Julio Lerner == Entrevista dada a Júlio Lerner:<ref>{{Citar web|autor=Helena Oliveira|url=https://www.revistabula.com/503-a-ultima-entrevista-de-clarice-lispector/|título=A última entrevista de Clarice Lispector|data=2013-06-10|acessodata=2021-12-12|publicação=Revista Bula}}</ref> *JL: É mais difícil você se comunicar com o adulto ou com a criança? *CL: Quando me comunico com criança é fácil porque sou muito maternal. Quando me comunico com o adulto, na verdade, estou me comunicando com o mais secreto de mim mesma. *JL: O adulto é sempre solitário? *CL: O adulto é triste e solitário. *JL: E a criança? *CL: A criança tem a fantasia solta. ==Água Viva== * "Agora sei: sou só. Eu e minha liberdade que não sei usar. Grande responsabilidade da solidão. Quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama." - Água Viva, Clarice Lispector, Editora Rocco, 1998. p. 66. *"(...) Atravessei a rua e tomei um táxi. A '''brisa''' arrepiava-me os cabelos da nuca. E eu estava tão feliz que me encolho no canto do táxi de medo porque a felicidade dói. E isto tudo causado pela visão do homem bonito. Eu continuava a não querê-lo para mim – gosto é de pessoas um pouco feias e ao mesmo tempo harmoniosas, mas ele de certo modo dera-me muito com o sorriso de camaradagem entre pessoas que se entendem. Tudo isso eu não entendia. :A coragem de viver: deixo oculto o que preciso ser oculto e precisa irradiar-se em segredo. Calo-me. (...) Clarice Lispector, ''in: Água Viva, Círculo do Livro, 1973 p. 76-7'' * "E ninguém é eu. E ninguém é você. Esta é a [[solidão]]." ::- ''Agua viva - página 41, Clarice Lispector - Círculo do Livro, 1973 - 115 páginas *"É uma infâmia nascer para morrer não se sabe quando nem onde". :- ''[[Clarice Lispector]], em "Agua viva" : ficção‎, Publicado por Editora Artenova, 1973 - 115 páginas'' *"Há muita coisa a dizer que não sei como dizer. Faltam as palavras. Mas recuso-me a inventar novas: as que existem já devem dizer o que se consegue dizer e o que é proibido. E o que é proibido eu adivinho. Se houver força. Atrás do pensamento não há palavras: é-se. Minha pintura não tem palavras: fica atrás do pensamento. Nesse terreno do é-se sou puro êxtase cristalino. È-se. Sou-me. Tu te és." - Água Viva, Clarice Lispector, Editora Rocco, 1998. p. 27. * "Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada." Água Viva, Clarice Lispector, Editora Rocco, 2008. p. 20. * "Ouve-me. Ouve o meu silêncio. O que falo nunca é o que falo e, sim, outra coisa. (...) Capta a “outra coisa” porque eu mesma não posso. ::- ''Agua viva - página 35, Clarice Lispector - Círculo do Livro, 1973 - 115 páginas * "Ouve-me, ouve meu silêncio. O que falo nunca é o que falo e sim outra coisa. Quando digo "águas abundantes" estou falando da força de corpos nas água do mundo. Capta essa outra coisa que na verdade falo porque eu mesma não posso. Lê a energia que está no meu silêncio. Ah, tenho medo de Deus e do meu silêncio." Água Viva, p. 33 - Editora Círculo do livro 1973. * "Minha verdade espantada é que eu sempre estive só de ti e não sabia. Agora sei: sou só. Eu e minha liberdade que não sei usar. Grande responsabilidade da solidão. Quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama. Quanto a mim, assumo a minha solidão." - Água Viva, Clarice Lispector, Editora Rocco, 1973. * "Ah viver é tão desconfortável. Tudo aperta: o corpo exige, o espírito não pára, viver parece ter sono e não poder dormir - viver é incômodo. Não se pode andar nu nem de corpo nem de espírito." Água Viva - página 67, Clarice Lispector - Círculo do Livro, 1973. * "Eu não te disse que viver é apertado? Pois fui dormir e sonhei que te escrevia um largo majestoso e era mais verdade ainda do que te escrevo: era sem medo. Esqueci-me do que no sonho escrevi, tudo voltou para o nada, voltou para a Força do que Existe e que se chama às vezes Deus. Tudo acaba mas o que te escrevo continua. O que é bom, muito bom. O melhor ainda não foi escrito. O melhor está nas entrelinhas." Água Viva - página 67, Clarice Lispector - Círculo do Livro, 1973. ==Laços de família== *"Abandone-se, tente tudo suavemente, não se esforce por conseguir - esqueça completamente o que aconteceu e tudo voltará com naturalidade." *"Ali estava uma mulher que a gulodice do mais fino sonho jamais poderia imaginar." (A menor mulher do mundo) *"E de tal modo haviam se disposto as coisas que o amor doloroso lhe pareceu felicidade." *"Nada impediria que essa mulher que andava rolando os quadris subisse mais um degrau misterioso nos seus dias." (Laços de família) *"Oh Deus, eu que faço concorrência a mim mesma. Me detesto. Felizmente os outros gostam de mim. É uma tranqüilidade.Um sopro de vida." *"Onde aprender a odiar para não morrer de amor?" :- ''"Laços de família: contos" - Página 119; de Clarice Lispector, Lídia Jorge - Publicado por Relógio d'Agua, 1989 - 123 páginas'' *"Perder-se significa ir achando e nem saber o que fazer do que se for achando." *"Porém nenhuma vez mais se repetiu. Porque a verdade era um relance." (Feliz Aniversário) *"Quem sabe a que escuridão de amor pode chegar o carinho." *"Sem entender jamais o que havia debom em ser gente, em sentir-se cansada, em diariamente falir; só os iniciados compreedem essa nuance de vício e esse refinamento de vida." (Imitação da Rosa) *"Sua sensibilidade incomodava sem ser dolorosa, como uma unha quebradiça." ==Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres== *"(...) E era bom. "Não entender" era tão vasto que ultrapassava qualquer entender - entender era sempre limitado. Mas não entender não tinha fronteiras e levava ao infinito, ao Deus. Não era um não entender como um espírito. O bom era ter inteligência e não entender. Era uma benção como a de ter loucura sem ser doida. Era um desinteresse manso em relação às coisas ditas do intelecto, uma doçura de estupidez. (...) ''Clarice Lispector, in: Uma aprendizagem ou O Livro dos Prazeres, 8a. ed, RJ: Editora Nova Fronteira, 1980, p. 44'' * "De Ulisses ela aprendera a ter coragem de ter coragem de ter fé - muita coragem, fé em quê ? Na própria fé, que a fé pode ser um grande susto, pode significar cair no abismo, Lóri tinha medo de cair no abismo e segurava-se numa das mãos de Ulisses enquanto a outra mão de Ulisses empurrava-a para o abismo - em breve ela teria que soltar a mão menos forte do que a que a empurrava, e cair, '''a vida não é de se brincar porque em pleno dia se morre.''' A mais premente necessidade de um ser humano era tornar-se um humano."'' {{artigo principal|[[Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres]]}} * O óbvio, '''Lóri,''' é a verdade mais difícil de se enxergar" (Clarice Lispector, in: Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres) * "Nós ainda somos moços, podemos perder algum tempo sem perder a vida inteira." :- ''"Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres" - Página 47; de Clarice Lispector - Publicado por Rocco, 1998.'' ==Um sopro de vida== * "Eu escrevo para nada e para ninguém. Se alguém me ler será por conta própria e autorrisco. Eu não faço literatura: eu apenas vivo ao correr do tempo. O resultado fatal de eu viver é o ato de escrever. Há tantos anos me perdi de vista que hesito em procurar em encontrar. Estou com medo de começar. Existir me dá às vezes tal taquicardia. Eu tenho tanto medo de ser eu. Sou tão perigoso. Me deram um nome e me alienaram de mim." * "(...) Ângela é doida. Mas tem uma lógica matemática na sua doidice aparente. E se diverte muito a escandalosa. Aguça-se demais e depois não sabe o que fazer de si. Que se dane. Entre o "sim" e o "não" só há um caminho. Escolher. Ângela escolheu "sim". Ela é tão livre que um dia será presa. "Presa por quê?" "Por excesso de liberdade." "Mas essa liberdade é inocente?" "É." "Até mesmo ingênua." "Então por que a prisão?" "Porque a liberdade ofende." (...)''In: Um Sopro de Vida: (Pulsações),8a. ed. Editora Nova Fronteira, 1978, p. 66'' * "Eu nunca fui livre na minha vida inteira. Por que dentro eu sempre me persegui. Eu me tornei intolerável para mim mesma." * "Tenho medo de escrever. É tão perigoso. Quem tentou, sabe. Perigo de mexer no que está oculto — e o mundo não está à tona, está oculto em suas raízes submersas em profundidades do mar. Para escrever tenho que me colocar no vazio. Neste vazio é que existo intuitivamente. Mas é um vazio terrivelmente perigoso: dele arranco sangue. Sou um escritor que tem medo da cilada das palavras: as palavras que digo escondem outras — quais? talvez as diga. Escrever é uma pedra lançada no poço fundo." * Na verdade, Angela..."O que me mata é o cotidiano. Eu queria só exceções." :- ''"Um sopro de vida: pulsações" - Página 66; de Clarice Lispector - Publicado por Editora Nova Fronteira, 1978 - 162 páginas'' * "Oh Deus, eu que faço concorrência a mim mesma. Me detesto. Felizmente os outros gostam de mim. É uma tranqüilidade." * "Ser um ser permissível a si mesmo é a glória de existir." * "Só isso, Dener."<ref>Op.cit. p.39</ref> ==Perto do Coração Selvagem== {{artigo principal|[[Perto do Coração Selvagem]]}} *"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo." *"Liberdade é pouco. O que desejo ainda não tem nome." ''página 74, Clarice Lispector - Nova Fronteira, 1980 - 216 páginas'' *"Quem se recusa o prazer, quem se faz de monge, em qualquer sentido, é porque tem uma capacidade enorme para o prazer, uma capacidade perigosa – daí um temor maior ainda. Só quem guarda as armas a chave é quem receia atirar sobre todos” * "(...) tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. (...) CL [Perto do coração selvagem] *"Tudo o que poderia existir, já existe. Nada mais pode ser criado senão revelado." == Especiais == * "Comecei a escrever pequenos contos logo que me alfabetizaram, e escrevi-os em português, é claro. Criei-me em Recife. [...] E nasci para escrever. A palavra é meu domínio sobre o mundo." :- ''Ao falar sobre seus primeiros textos'' *(...) quanto a mim, tenho a lhes dizer que as estrelas são mais do que '''curumins.''' Estrelas são os olhos de Deus vigiando para que corra tudo bem. Para sempre. E, como se sabe, “sempre” não acaba nunca. (Clarice Lispector, in: Como nasceram as estrelas) * "Sou brasileira naturalizada, quando, por questão de meses, poderia ser brasileira nata. Fiz da língua portuguesa a minha vida interior, o meu pensamento mais íntimo, usei-a para palavras de amor." :- ''Ao falar de suas origens'' * "[...] talvez porque para as outras vocações eu precisaria de um longo aprendizado, enquanto que para escrever o aprendizado é a própria vida se vivendo em nós e ao redor de nós. É que não sei estudar. E, para escrever, o único estudo é mesmo escrever." :- ''Ao ser perguntada porque escolheu a literatura para sua vocação'' == Atribuídas == * "Ainda bem que sempre existe outro dia. E outros sonhos. E outros risos. E outras pessoas. E outras coisas." [carece de fontes] *“Na [[arte]], a inspiração tem um toque de magia, porque é uma coisa absoluta, inexplicável. Não creio que venha de fora pra dentro, de forças sobrenaturais. Suponho que emerge do mais profundo "eu" da pessoa, do inconsciente individual, coletivo e cósmico.” ::- ''[[Clarice Lispector]] citada em Gps Espiritual - [https://books.google.com.br/books?id=1jxJBQAAQBAJ&pg=PA37 página 37], Meire Yamaguchi, Clube de Autores, 2008, 180 páginas * "Não entendo, apenas sinto. Tenho medo de um dia entender e deixar de sentir." ''[Carece de fontes para: Clarice Lispector e/ou Caio Fernando Abreu]'' * "Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa qualquer entendimento." ::- ''citado em "Moreno Em Ato" - Página 32, Anna Maria Knobel, Editora Agora, 2004, ISBN 8571838860, 9788571838864 - 286 páginas * "Amar não acaba. É como se o mundo estivesse à minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera." :- ''Fonte: [http://caras.uol.com.br/noticia/citacoes-novembro http://www.caras.uol.com.br - 5 de novembro de 2009 - EDIÇÃO 835 - Citações]'' ==Veja também== * [[A paixão segundo G.H.]] (livro) * [[Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres]] (livro) * [[Perto do Coração Selvagem]] (livro) [[Categoria:Pessoas mortas]] [[Categoria:Escritores do Brasil]] {{Referências}} <references/> [[Categoria:!Mais Teoria da História na Wiki (Mulheres)]] [[Categoria:Contistas do Brasil]] [[Categoria:Cronistas do Brasil]] [[Categoria:Tradutores do Brasil]] [[Categoria:Jornalistas do Brasil]] 33knujfdbx3egxlskm3ps8xv5th9d8m 184823 184822 2022-08-02T15:27:40Z Leonaardog 15522 wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Clarice Lispector | Foto = Clarice Lispector (cropped).jpg | Wikisource = | Wikipedia = Clarice Lispector | Wikicommons = Category:Clarice_Lispector | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #c0c0c0 }} '''[[w:Clarice Lispector|Clarice Lispector]]''' ''([[10 de dezembro]] de [[1920]] - [[9 de dezembro]] de [[1977]]), foi uma [[literatura|escritora]] [[Brasil|brasileira]] de origem judaica que nasceu na Ucrânia.'' ---- __TOC__ * "(...) Me lembro bem da carta que eu lhe escrevi, sobre deixar os outros em paz. Realmente o tom geral devia estar pessimista. O pessimismo passou, mas o bom propósito não: '''farei o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá pesa, quase como responsabilidade na pessoa que o recebe.''' Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. É uma forma de [[paz]]... Também é bom porque em geral se pode ajudar muito mais as pessoas quando não se está cega pelo amor. (...)" ::- ''in: No livro 'Minhas Queridas'. (um livro que reúne cartas escritas entre 1940 e 1957 para suas irmãs) * Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato. Ou toca, ou não toca! ::- ''entrevista concedida em 1977 a Júlio Lerner *"Acho que sábado é a rosa da semana." :- ''"Os melhores contos" - conto Atenção ao Sábado, Página 218; de Clarice Lispector, Walnice Nogueira Galvão - Publicado por Global, 1996 ISBN 8526005286, 9788526005280 - 291 páginas'' * "Amor é não ter. Inclusive amor é a desilusão do que se pensava que era amor. E não é prêmio por isso não envaidece". :- ''[[Clarice Lispector]], "A imitação da rosa‎" - Página 12, Clarice Lispector - Editora Artenova, 1973 - 183 páginas'' * "Amor é quando é concedido participar um pouco mais. Poucos querem o amor, porque amor é a grande desilusão de tudo o mais. E poucos suportam perder todas as outras ilusões". :- ''[[Clarice Lispector]], "A imitação da rosa‎" - Página 12, Clarice Lispector - Editora Artenova, 1973 - 183 páginas'' *"Fique de vez em quando sozinho, senão você será submergido. Até o amor excessivo dos outros pode submergir uma pessoa." :- ''"De corpo inteiro" - Página 68; de Clarice Lispector - Publicado por Rocco, 1999 - 210 páginas'' *"Passei a minha vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar. Ao tentar corrigir um erro, eu cometia outro. Sou uma culpada inocente." :- ''citado em "Línguas de fogo: ensaio sobre Clarice Lispector" - Página 42; de Claire Varin, Lúcia Peixoto Cherem - Publicado por Limiar, 2002 ISBN 8588075032, 9788588075030 - 191 páginas'' * "Até cortar os próprios [[defeito]]s pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro." ::- ''Correspondências - página 165, Clarice Lispector, Teresa Montero - Rocco, 2002, ISBN 8532514863, 9788532514868 - 331 páginas * "Ela acreditava em anjos e, porque acreditava, eles existiam." ::- ''A hora da estrela - página 39, Clarice Lispector - Rocco, 1998, ISBN 853250812X, 9788532508126 - 87 páginas * "Mas há a vida/ que é para ser intensamente vivida,/ há o amor./ Que tem que ser vivido/ até a última gota./ Sem nenhum medo./ Não mata." ::- ''"Mas há vida" in: "A descoberta do mundo: crónicas" - página 373, Clarice Lispector - Francisco Alves, 1994, ISBN 8526502654, 9788526502659 - 533 páginas * (...) nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior do que eu mesma, e não me alcanço. ::- ''CL , In: Aprendendo a viver, RJ: Editora Rocco, 2004. ::- ''Visão do esplendor: impressões leves - página 135, Clarice Lispector - Francisco Alves, 1975 - 156 páginas * "O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós." ::- ''A maçã no escuro - página 245, Clarice Lispector - Paz e Terra, 1978 - 257 páginas * "(...) Que medo alegre/ o de te esperar (...) ::- ''CL, [Estrela Perigosa] * "– Mamãe, vi um filhote de furacão, mas tão filhotinho ainda, tão pequeno ainda, que só fazia era rodar bem de leve umas três folhinhas na esquina..." ::-''CL , In: Para não esquecer, RJ, Editora Rocco, 1978. ==A Descoberta do Mundo== * "Lutei toda a minha vida contra a tendência ao devaneio, sempre sem jamais deixar que ele me levasse até as últimas águas. Mas o esforço de nadar contra a doce corrente tira parte de minha força vital. E, se lutando contra o devaneio, ganho no domínio da ação, perco interiormente uma coisa muito suave de se ser e que nada substitui. Mas um dia ainda hei de ir, sem me importar para onde o ir me levará." ==A hora da estrela== *"A eternidade é o estado das coisas neste momento." *"Aliás - descubro eu agora - eu também não faço a menor falta, e até o que escrevo um outro escreveria." *"Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas continuarei a escrever." *"Escrevo por ter nada a fazer no mundo: sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens." *"Não tenho medo nem das chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas. Pois eu também sou o escuro da noite." :- ''"A hora da estrela" - Página 18; de Clarice Lispector - Publicado por Rocco, 1999 ISBN 853250812X, 9788532508126 - 87 páginas'' *"Não se pode dar uma prova de existência do que é mais verdadeiro, o jeito é acreditar. Acreditar chorando." *"Que ninguém se engane: só se consegue a simplicidade através de muito trabalho." *"Quem não é um acaso na vida?" *"Talvez a pergunta vazia fosse apenas para que um dia alguém não viesse a dizer que ela nem ao menos havia perguntado. Por falta de quem lhe respondesse ela mesma parecia se ter respondido: é assim porque é assim." ==A paixão segundo G.H.== [[Ficheiro:PAIXÃO.jpg|thumb|300px|Capa do livro "A Paixão Segundo GH", 1964.]] *"A harmonia secreta da desarmonia: quero não o que está feito mas o que tortuosamente ainda se faz. Minhas desequilibradas palavras são o luxo de meu silêncio. Escrevo por acrobáticas aéreas piruetas - escrevo por profundamente querer falar. Embora escrever só esteja me dando a grande medida do silêncio." *"A saudade é a prova que o passado valeu a pena." *"A vida é dura para quem é mole." *"A vida é igual em toda a parte e o que é necessário é a gente ser a gente." *"Com Deus a gente também pode abrir caminho pela violência. Ele mesmo quando precisa mais especialmente de um de nós, Ele nos escolhe e nos violenta." *"Dá-me a tua mão desconhecida que a vida está me doendo e eu não sei como falar- a realidade é delicada demais, só a realidade é delicada, minha irrealidade e minha imaginação são mais pesadas." ::- ''"A paixão segundo G.H.: romance" - Página 34; de Clarice Lispector - Publicado por Editôra Sabiá, 1964 - 182 páginas'' *"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro... *"É preciso coragem. Uma coragem danada. Muita coragem é o que eu preciso. Sinto-me tão desamparada, preciso tanto de proteção...porque parece que sou portadora de uma coisa muito pesada. Sei lá porque escrevo! Que fatalidade é esta?" *"É quase impossível evitar o excesso de amor que um bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo." *"Eu misturei tudo, eu lia livro, romance para mocinha, livro cor de rosa, misturado com Dostoievski, eu escolhia os livros pelos títulos e não por autores, porque eu não tinha conhecimento...fui ler aos 13 anos Herman Hesse, tomei um choque: O Lobo da Estepe. Aí comecei a escrever um conto que não acabava nunca mais. Terminei rasgando e jogando fora." *"Eu só escrevo quando eu quero, eu sou uma amadora e faço questão de continuar a ser amadora. Profissional é aquele que tem uma obrigação consigo mesmo de escrever, ou então em relação ao outro. Agora, eu faço questão de não ser profissional, para manter minha liberdade". *"Em uma outra vida que tive, aos 15 anos, entrei numa livraria, que me pareceu o mundo que gostaria de morar. De repente, um dos livros que abri continha frases tão diferentes que fiquei lendo, presa, ali mesmo. Emocionada, eu pensava: mas esse livro sou eu! Só depois vim a saber que a autora era considerada um dos melhores escritores de sua época: Katherine Mansfield." *"Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada" *"Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando..." *"Estou à procura de um livro para ler. É um livro todo especial. Eu o imagino como a um rosto sem traços. Não lhe sei o nome nem o autor. Quem sabe, às vezes penso que estou à procura de um livro que eu mesma escreveria. Não sei. Mas faço tantas fantasias a respeito desse livro desconhecido e já tão profundamente amado. Uma das fantasias é assim. Eu o estaria lendo e de súbito, uma frase lida, com lágrimas nos olhos diria em êxtase de dor e de enfim libertação: Mas é que eu não sabia que se pode tudo, meu Deus!" * "...há impossibilidade de ser além do que se é - :no entanto eu me ultrapasso mesmo sem o delírio, :sou mais do que eu, quase normalmente - :tenho um corpo e tudo que eu fizer é continuação :de meu começo...... :a única verdade é que vivo. :Sinceramente, eu vivo. :Quem sou? :Bem, isso já é demais...." *"Mas há a vida que é para ser intensamente vivida, há o amor.Que tem que ser vivido até a última gota.Sem nenhum medo. Não mata." *"Minha liberdade é escrever. A palavra é o meu domínio sobre o mundo." *"...Não entendo. :Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. :Entender é sempre limitado. :Mas não entender pode não ter fronteiras. :Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. :Não entender, do modo como falo, é um dom. :Não entender, mas não como um simples de espírito. :O bom é ser inteligente e não entender. :É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. :É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. :Só que de vez em quando vem a inquietação: :-quero entender um pouco. :Não demais: mas pelo menos entender que não entendo." *"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo." *"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é possível fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada." *"Nem todos chegam a fracassar porque é tão trabalhoso, é preciso antes subir penosamente até enfim atingir a altura de poder cair." *"O que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesmo." *"...os bichos me fantasticam. Eles são o tempo que não se conta. Pareço ter certo horror daquela criatura viva que não é humana e que tem meus próprios instintos embora livres e indomáveis. Às vezes eletrizo-me ao ver bicho. Estou agora ouvindo o grito ancestral dentro de mim: parece que não sei quem é mais a criatura, se eu ou o bicho." *"(...)Pois em mim mesma eu vi como é o inferno...(...) p. 143 (...) E porque minha alma é tão ilimitada que já não sou eu, e porque ela está tão além de mim - é que sempre sou remota a mim mesma, sou-me inalcançável como me é inalcançável um astro... (...) p. 146 (...) O mistério do destino humano é que somos fatais, mas temos a liberdade de cumprir ou não o nosso fatal: de nós depende realizarmos o nosso destino fatal... (...) mas de mim depende eu vir a ser o que fatalmente sou... p.148 (...) E não preciso sequer cuidar da minha alma, ela cuidará fatalmente de mim, e não tenho que fazer para mim mesma uma alma: tenho apenas que escolher viver. Somos livres, e este é o inferno. p. 148, ''Clarice Lispector, In: A Paixão Segundo GH, 5 ed. Rio de Janeiro, J. Oliympio 1977 páginas diversas'' *"Quanto a meus filhos, o nascimento deles não foi casual. Eu quis ser mãe. Os dois meninos estão aqui, ao meu lado. Eu me orgulho deles, eu me renovo neles, eu acompanho seus sofrimentos e angústias. Sei que um dia abrirão as asas para o vôo necessário, e eu ficarei sozinha. Quando eu ficar sozinha, estarei seguindo o destino de todas as mulheres." *"Viajo porque gosto, volto porque te amo." *"Vida e morte foram minhas, e eu fui monstruosa, minha coragem foi a de um sonâmbulo que simplesmente vai." *"Vocação é diferente de talento. Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir". * "Sempre conservei uma aspa à esquerda e outra à direita de mim.” ::- ''A paixão segundo G.H. - página 30, Clarice Lispector - Sabiá, 1964 - 182 páginas *"Só trabalho com achados e perdidos." *"Todo cidadão tem o direito de ir e vir. Desde que seja a pé, de outra forma paga pedágio." == Entrevista com Julio Lerner == Entrevista dada a Júlio Lerner:<ref>{{Citar web|autor=Helena Oliveira|url=https://www.revistabula.com/503-a-ultima-entrevista-de-clarice-lispector/|título=A última entrevista de Clarice Lispector|data=2013-06-10|acessodata=2021-12-12|publicação=Revista Bula}}</ref> *JL: É mais difícil você se comunicar com o adulto ou com a criança? *CL: Quando me comunico com criança é fácil porque sou muito maternal. Quando me comunico com o adulto, na verdade, estou me comunicando com o mais secreto de mim mesma. *JL: O adulto é sempre solitário? *CL: O adulto é triste e solitário. *JL: E a criança? *CL: A criança tem a fantasia solta. ==Água Viva== * "Agora sei: sou só. Eu e minha liberdade que não sei usar. Grande responsabilidade da solidão. Quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama." - Água Viva, Clarice Lispector, Editora Rocco, 1998. p. 66. *"(...) Atravessei a rua e tomei um táxi. A '''brisa''' arrepiava-me os cabelos da nuca. E eu estava tão feliz que me encolho no canto do táxi de medo porque a felicidade dói. E isto tudo causado pela visão do homem bonito. Eu continuava a não querê-lo para mim – gosto é de pessoas um pouco feias e ao mesmo tempo harmoniosas, mas ele de certo modo dera-me muito com o sorriso de camaradagem entre pessoas que se entendem. Tudo isso eu não entendia. :A coragem de viver: deixo oculto o que preciso ser oculto e precisa irradiar-se em segredo. Calo-me. (...) Clarice Lispector, ''in: Água Viva, Círculo do Livro, 1973 p. 76-7'' * "E ninguém é eu. E ninguém é você. Esta é a [[solidão]]." ::- ''Agua viva - página 41, Clarice Lispector - Círculo do Livro, 1973 - 115 páginas *"É uma infâmia nascer para morrer não se sabe quando nem onde". :- ''[[Clarice Lispector]], em "Agua viva" : ficção‎, Publicado por Editora Artenova, 1973 - 115 páginas'' *"Há muita coisa a dizer que não sei como dizer. Faltam as palavras. Mas recuso-me a inventar novas: as que existem já devem dizer o que se consegue dizer e o que é proibido. E o que é proibido eu adivinho. Se houver força. Atrás do pensamento não há palavras: é-se. Minha pintura não tem palavras: fica atrás do pensamento. Nesse terreno do é-se sou puro êxtase cristalino. È-se. Sou-me. Tu te és." - Água Viva, Clarice Lispector, Editora Rocco, 1998. p. 27. * "Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada." Água Viva, Clarice Lispector, Editora Rocco, 2008. p. 20. * "Ouve-me. Ouve o meu silêncio. O que falo nunca é o que falo e, sim, outra coisa. (...) Capta a “outra coisa” porque eu mesma não posso. ::- ''Agua viva - página 35, Clarice Lispector - Círculo do Livro, 1973 - 115 páginas * "Ouve-me, ouve meu silêncio. O que falo nunca é o que falo e sim outra coisa. Quando digo "águas abundantes" estou falando da força de corpos nas água do mundo. Capta essa outra coisa que na verdade falo porque eu mesma não posso. Lê a energia que está no meu silêncio. Ah, tenho medo de Deus e do meu silêncio." Água Viva, p. 33 - Editora Círculo do livro 1973. * "Minha verdade espantada é que eu sempre estive só de ti e não sabia. Agora sei: sou só. Eu e minha liberdade que não sei usar. Grande responsabilidade da solidão. Quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama. Quanto a mim, assumo a minha solidão." - Água Viva, Clarice Lispector, Editora Rocco, 1973. * "Ah viver é tão desconfortável. Tudo aperta: o corpo exige, o espírito não pára, viver parece ter sono e não poder dormir - viver é incômodo. Não se pode andar nu nem de corpo nem de espírito." Água Viva - página 67, Clarice Lispector - Círculo do Livro, 1973. * "Eu não te disse que viver é apertado? Pois fui dormir e sonhei que te escrevia um largo majestoso e era mais verdade ainda do que te escrevo: era sem medo. Esqueci-me do que no sonho escrevi, tudo voltou para o nada, voltou para a Força do que Existe e que se chama às vezes Deus. Tudo acaba mas o que te escrevo continua. O que é bom, muito bom. O melhor ainda não foi escrito. O melhor está nas entrelinhas." Água Viva - página 67, Clarice Lispector - Círculo do Livro, 1973. ==Laços de família== *"Abandone-se, tente tudo suavemente, não se esforce por conseguir - esqueça completamente o que aconteceu e tudo voltará com naturalidade." *"Ali estava uma mulher que a gulodice do mais fino sonho jamais poderia imaginar." (A menor mulher do mundo) *"E de tal modo haviam se disposto as coisas que o amor doloroso lhe pareceu felicidade." *"Nada impediria que essa mulher que andava rolando os quadris subisse mais um degrau misterioso nos seus dias." (Laços de família) *"Oh Deus, eu que faço concorrência a mim mesma. Me detesto. Felizmente os outros gostam de mim. É uma tranqüilidade.Um sopro de vida." *"Onde aprender a odiar para não morrer de amor?" :- ''"Laços de família: contos" - Página 119; de Clarice Lispector, Lídia Jorge - Publicado por Relógio d'Agua, 1989 - 123 páginas'' *"Perder-se significa ir achando e nem saber o que fazer do que se for achando." *"Porém nenhuma vez mais se repetiu. Porque a verdade era um relance." (Feliz Aniversário) *"Quem sabe a que escuridão de amor pode chegar o carinho." *"Sem entender jamais o que havia debom em ser gente, em sentir-se cansada, em diariamente falir; só os iniciados compreedem essa nuance de vício e esse refinamento de vida." (Imitação da Rosa) *"Sua sensibilidade incomodava sem ser dolorosa, como uma unha quebradiça." ==Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres== *"(...) E era bom. "Não entender" era tão vasto que ultrapassava qualquer entender - entender era sempre limitado. Mas não entender não tinha fronteiras e levava ao infinito, ao Deus. Não era um não entender como um espírito. O bom era ter inteligência e não entender. Era uma benção como a de ter loucura sem ser doida. Era um desinteresse manso em relação às coisas ditas do intelecto, uma doçura de estupidez. (...) ''Clarice Lispector, in: Uma aprendizagem ou O Livro dos Prazeres, 8a. ed, RJ: Editora Nova Fronteira, 1980, p. 44'' * "De Ulisses ela aprendera a ter coragem de ter coragem de ter fé - muita coragem, fé em quê ? Na própria fé, que a fé pode ser um grande susto, pode significar cair no abismo, Lóri tinha medo de cair no abismo e segurava-se numa das mãos de Ulisses enquanto a outra mão de Ulisses empurrava-a para o abismo - em breve ela teria que soltar a mão menos forte do que a que a empurrava, e cair, '''a vida não é de se brincar porque em pleno dia se morre.''' A mais premente necessidade de um ser humano era tornar-se um humano."'' {{artigo principal|[[Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres]]}} * O óbvio, '''Lóri,''' é a verdade mais difícil de se enxergar" (Clarice Lispector, in: Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres) * "Nós ainda somos moços, podemos perder algum tempo sem perder a vida inteira." :- ''"Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres" - Página 47; de Clarice Lispector - Publicado por Rocco, 1998.'' ==Um sopro de vida== * "Eu escrevo para nada e para ninguém. Se alguém me ler será por conta própria e autorrisco. Eu não faço literatura: eu apenas vivo ao correr do tempo. O resultado fatal de eu viver é o ato de escrever. Há tantos anos me perdi de vista que hesito em procurar em encontrar. Estou com medo de começar. Existir me dá às vezes tal taquicardia. Eu tenho tanto medo de ser eu. Sou tão perigoso. Me deram um nome e me alienaram de mim." * "(...) Ângela é doida. Mas tem uma lógica matemática na sua doidice aparente. E se diverte muito a escandalosa. Aguça-se demais e depois não sabe o que fazer de si. Que se dane. Entre o "sim" e o "não" só há um caminho. Escolher. Ângela escolheu "sim". Ela é tão livre que um dia será presa. "Presa por quê?" "Por excesso de liberdade." "Mas essa liberdade é inocente?" "É." "Até mesmo ingênua." "Então por que a prisão?" "Porque a liberdade ofende." (...)''In: Um Sopro de Vida: (Pulsações),8a. ed. Editora Nova Fronteira, 1978, p. 66'' * "Eu nunca fui livre na minha vida inteira. Por que dentro eu sempre me persegui. Eu me tornei intolerável para mim mesma." * "Tenho medo de escrever. É tão perigoso. Quem tentou, sabe. Perigo de mexer no que está oculto — e o mundo não está à tona, está oculto em suas raízes submersas em profundidades do mar. Para escrever tenho que me colocar no vazio. Neste vazio é que existo intuitivamente. Mas é um vazio terrivelmente perigoso: dele arranco sangue. Sou um escritor que tem medo da cilada das palavras: as palavras que digo escondem outras — quais? talvez as diga. Escrever é uma pedra lançada no poço fundo." * Na verdade, Angela..."O que me mata é o cotidiano. Eu queria só exceções." :- ''"Um sopro de vida: pulsações" - Página 66; de Clarice Lispector - Publicado por Editora Nova Fronteira, 1978 - 162 páginas'' * "Oh Deus, eu que faço concorrência a mim mesma. Me detesto. Felizmente os outros gostam de mim. É uma tranqüilidade." * "Ser um ser permissível a si mesmo é a glória de existir." * "Só isso, Dener."<ref>Op.cit. p.39</ref> ==Perto do Coração Selvagem== {{artigo principal|[[Perto do Coração Selvagem]]}} [[File:Clarice Lispector em Contos.jpg|thumb|300px|Livro de 1943.]] *"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo." *"Liberdade é pouco. O que desejo ainda não tem nome." ''página 74, Clarice Lispector - Nova Fronteira, 1980 - 216 páginas'' *"Quem se recusa o prazer, quem se faz de monge, em qualquer sentido, é porque tem uma capacidade enorme para o prazer, uma capacidade perigosa – daí um temor maior ainda. Só quem guarda as armas a chave é quem receia atirar sobre todos” * "(...) tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. (...) CL [Perto do coração selvagem] *"Tudo o que poderia existir, já existe. Nada mais pode ser criado senão revelado." == Especiais == * "Comecei a escrever pequenos contos logo que me alfabetizaram, e escrevi-os em português, é claro. Criei-me em Recife. [...] E nasci para escrever. A palavra é meu domínio sobre o mundo." :- ''Ao falar sobre seus primeiros textos'' *(...) quanto a mim, tenho a lhes dizer que as estrelas são mais do que '''curumins.''' Estrelas são os olhos de Deus vigiando para que corra tudo bem. Para sempre. E, como se sabe, “sempre” não acaba nunca. (Clarice Lispector, in: Como nasceram as estrelas) * "Sou brasileira naturalizada, quando, por questão de meses, poderia ser brasileira nata. Fiz da língua portuguesa a minha vida interior, o meu pensamento mais íntimo, usei-a para palavras de amor." :- ''Ao falar de suas origens'' * "[...] talvez porque para as outras vocações eu precisaria de um longo aprendizado, enquanto que para escrever o aprendizado é a própria vida se vivendo em nós e ao redor de nós. É que não sei estudar. E, para escrever, o único estudo é mesmo escrever." :- ''Ao ser perguntada porque escolheu a literatura para sua vocação'' == Atribuídas == * "Ainda bem que sempre existe outro dia. E outros sonhos. E outros risos. E outras pessoas. E outras coisas." [carece de fontes] *“Na [[arte]], a inspiração tem um toque de magia, porque é uma coisa absoluta, inexplicável. Não creio que venha de fora pra dentro, de forças sobrenaturais. Suponho que emerge do mais profundo "eu" da pessoa, do inconsciente individual, coletivo e cósmico.” ::- ''[[Clarice Lispector]] citada em Gps Espiritual - [https://books.google.com.br/books?id=1jxJBQAAQBAJ&pg=PA37 página 37], Meire Yamaguchi, Clube de Autores, 2008, 180 páginas * "Não entendo, apenas sinto. Tenho medo de um dia entender e deixar de sentir." ''[Carece de fontes para: Clarice Lispector e/ou Caio Fernando Abreu]'' * "Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa qualquer entendimento." ::- ''citado em "Moreno Em Ato" - Página 32, Anna Maria Knobel, Editora Agora, 2004, ISBN 8571838860, 9788571838864 - 286 páginas * "Amar não acaba. É como se o mundo estivesse à minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera." :- ''Fonte: [http://caras.uol.com.br/noticia/citacoes-novembro http://www.caras.uol.com.br - 5 de novembro de 2009 - EDIÇÃO 835 - Citações]'' ==Veja também== * [[A paixão segundo G.H.]] (livro) * [[Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres]] (livro) * [[Perto do Coração Selvagem]] (livro) [[Categoria:Pessoas mortas]] [[Categoria:Escritores do Brasil]] {{Referências}} <references/> [[Categoria:!Mais Teoria da História na Wiki (Mulheres)]] [[Categoria:Contistas do Brasil]] [[Categoria:Cronistas do Brasil]] [[Categoria:Tradutores do Brasil]] [[Categoria:Jornalistas do Brasil]] 1qtx3tgehafzr18aaa1meay8nu7zelr Emílio Garrastazu Médici 0 1167 184868 174626 2022-08-03T01:15:30Z Leonaardog 15522 removed [[Category:Pessoas]]; added [[Category:Pessoas mortas]] using [[Help:Gadget-HotCat|HotCat]] wikitext text/x-wiki {{Autor |Wikisource= |Wikipedia=Emílio Garrastazu Médici |Wikicommons= |Foto=Emilio G. Medici 1971.jpg |Nombre=Emílio Garrastazu Médici |Gutenberg= |Cervantes= |DominioPu= |DomiPubli= |EbooksG= |Color=#c0c0c0 }} '''[[:w:Emílio Garrastazu Médici|Emílio Garrastazu Médici]]''', ''também conhecido como'' '''Médici'''; ''([[4 de dezembro]] de [[1904]] - [[9 de outubro]] de [[1985]]), foi um político e presidente de Brasil de 1969 a 1974.'' ---- *"O Brasil vai bem, mas o povo vai mal." ::- ''Entrevista com Tarcísio Meirelles Padilha, Rio de Janeiro, 15 de julho de 1994, citado em "Diálogos na sombra: bispos e militares, tortura e justiça social na ditadura" - páginas [http://books.google.com.br/books?id=WokPpxwlDcwC&pg=PA97 97] c/c [http://books.google.com.br/books?id=WokPpxwlDcwC&pg=PA507 507], Ken Serbin, Editora Companhia das Letras, 2001, ISBN 8535901868, 9788535901863, 566 páginas * "A economia vai bem, mas o povo vai mal" ::- ''Revista Visão - [http://books.google.com.br/books?ei=_-uZTs31EvC40gH-psjNBA&ct=result&id=r4IYAQAAIAAJ&dq=Delfim+Neto%2C+A+economia+vai+bem%2C+mas+o+Povo+vai+mal&q=%22A+economia+vai+bem%2C+mas+o+Povo+vai+mal%22#search_anchor página 47], 1974 *"Sinto-me feliz todas as noites quando assisto o noticiário. Porque, no noticiário da [[Globo]], o mundo está um caos, mas o Brasil está em paz." *"Sinto-me feliz todas as noites quando ligo a televisão para assistir ao jornal. Enquanto as notícias dão conta de greves, agitações, atentados e conflitos em várias partes do mundo, o Brasil marcha em paz, rumo ao desenvolvimento. É como se eu tomasse um tranqüilizante após um dia de trabalho." *"A eleição direta é uma piada." :- ''No ano da campanha das Diretas Já (Veja de 26/12/84).'' :- ''Fonte: Do bestial ao genial: frases da política - Página 17 - de Paulo Buchsbaum e André Buchsbaum - Editora Ediouro Publicações, 2006, ISBN 850002075X, 9788500020759'' *"Senhor presidente [Costa e Silva], senhores conselheiros, eu me sinto perfeitamente à vontade, senhor presidente, e por que não dizer com bastante satisfação em dar o meu “aprovo” ao documento que me é apresentado. Isso porque, sr. presidente, em uma reunião do conselho... do Conselho de Segurança, no desempenho das funções que vossa excelência me atribuiu como chefe do Serviço Nacional de Informações, tive oportunidade de fazer um minucioso relatório sobre a situação nacional brasileira e demonstrei aos conselheiros, por fatos e por ações, que o que estava na rua era a contra-revolução. Acredito, senhor presidente, que com sua formação democrática, foi Vossa Excelência tolerante por demais. Porque naquela oportunidade eu já solicitava a Vossa Excelência que fossem tomadas medidas excepcionais para combater a contra-revolução que estava na rua. Era só isso que eu tinha a dizer, senhor presidente." :- ''Íntegra do seu voto na votação do AI-5, quando então chefe do SNI: [https://www1.folha.uol.com.br/folha/treinamento/hotsites/ai5/personas/emilioGarrastazuMedici.html]'' == Sobre == * "Em 1970, no auge da ditadura militar, em que o presidente Médici andava perseguindo os meus companheiros do PT, nós vivemos o maior boom de empregos da história desse país, a um crescimento de 10% ao ano" :- Lula, 08/2002 :- ''[https://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u36910.shtml Lula elogia governo Médici], Folha de S. Paulo 30/08/2002'' *"(...) É com muito orgulho que de vez em quando as pessoas falam “Lula defende ... elogia o governo Geisel, elogia o não sei das quantas. Pois eu agora – veja a contradição, Requião – um dos presidentes que permitiu que a gente vivesse um momento político mais crítico da historia do país, o presidente Médici, foi o homem que assinou a Embrapa e foi o homem que assinou Itaipu. (...) Os outros gestos que as pessoas fizeram que permitiram que o Brasil encontrasse seu rumo. Cada um de nós será julgado um dia. Cada um de nós será julgado por aquilo que fizemos e pelo que deixamos de fazer" : Lula, comemoração dos 35 anos da Embrapa, abril de 2008. :- ''Fonte:[https://www.cartamaior.com.br/?/Coluna/Lula-ser-E-nao-ser/28773 Lula, ser E não ser, Carta Maior, 15/05/2013]'' {{Presidentes do Brasil}} [[Categoria:Pessoas mortas]] [[Categoria:políticos do Brasil]] [[Categoria:Presidentes do Brasil]] [[Categoria:Militares do Brasil]] dz6ej2s0sdihw46n9y4iejm2m0aafec Heráclito 0 1293 184889 164576 2022-08-03T03:29:35Z Leonaardog 15522 removed [[Category:Pessoas]]; added [[Category:Pessoas mortas]] using [[Help:Gadget-HotCat|HotCat]] wikitext text/x-wiki {{Autor |Wikisource=de:Heraklit |Wikipedia=Heráclito |Wikicommons=Herakleitos |Foto=Heraclitus, Johannes Moreelse.jpg |Nombre=Heráclito |Gutenberg= |Cervantes= |DominioPu= |DomiPubli= |EbooksG= |Color=#c0c0c0 }} [[w:Heráclito|'''Heráclito de Éfeso''']](do grego {{polytonic|&#7977;&#961;&#8049;&#954;&#955;&#949;&#953;&#964;&#959;&#962;}}''Herakleitos'') ''(datas aproximadas: [[540 a.C.]] - [[470 a.C.]] em Éfeso, na Jônia), filósofo pré-socrático, recebeu o cognome de "pai da dialética". '' ---- *"Não podemos nos banhar duas vezes no mesmo rio porque as águas se renovam a cada instante." *"Os olhos e os ouvidos são maus testemunhos quando a alma não presta." *"A oposição traz concordia. Da discórdia advém a mais perfeita harmonia." *"A verdadeira constituição das coisas gosta de ocultar-se." *"Para os seres despertos, há somente um mundo comum." *"A única coisa que não muda é que tudo muda." * "Deste logos sendo sempre os homens se tornam descompassados quer antes de ouvir quer logo tenham ouvido; pois, tornando-se todas (as coisas) segundo esse logos, a inexperientes se assemelham embora experimentando-se em palavras e ações tais quais eu discorro segundo a natureza distinguindo cada (coisa) e explicando como se comporta. Aos outros homens escapa quanto fazem despertos, tal como esquecem como fazem dormindo." :- ''Sexto Empírico, Contra os Matemáticos, VII, 132.'' * "Por isso é preciso seguir oque-é-com,(isto é, o comum; pois o comum é oque-é-com). Mas, o logos sendo oqueécom, vivem os homens como se tivessem uma inteligência particular." :- ''Sexto Empírico, Contra os Matemáticos, VII, 133.'' * "(Sobre a grandeza do sol) sua largura é a de um pé humano." :- ''Aécio, II, 21, 4.'' * "Heráclito disse que se felicidade estivesse nos prazeres do corpo, diríamos felizes os bois, quando encontram ervilhas para comer." :- ''Alberto Magno, De Vegetatione, VI, 401.'' * "Purificam-se manchando-se com outro sangue, como se alguém, entrando na lama se lavasse. E louco pareceria, se algum homem o notasse agindo assim. E também a estas estátuas eles dirigem suas preces, como alguém que falasse a casas, de nada sabendo o que são deuses e heróis." :- ''Aristócrito, Teosofia, 68; ORÍGENES, Contra Celso, VII, 62.'' * "Conjunções o todo e o não todo, o convergente e o divergente, o consoante e o dissonante, e de todas as coisas um e de um todas as coisas." :- ''Aristóteles, Do Mundo, 5. 396 b7'' * Um para mim vale mil, se for o melhor. :- ''Galeno, De Dignoscendis Pulsibus, VIII, 733.'' * No mesmo rio entramos e não entramos, somos e não somos. ==Atribuídas== * "Dura é a luta contra o desejo, que compra o que quer à custa da alma." ::- ''Heráclito citado em "Citações da Cultura Universal" - página 139, Alberto J. G. Villamarín, Editora AGE Ltda, 2002,ISBN 8574970891, 9788574970899, 576 páginas *"A [[guerra]] é comum a todos os seres. É a mãe de todas as coisas. De uns faz deuses, de outros escravos ou homens livres." ::- ''[[Heráclito]] como citado in Cabo verde, Guiné, São Tomé e Príncipe: curso de extensão universitária ano lectivo de 1965-1966, Universidade Técnica de Lisboa, Instituto Superior de Ciências Sociais Política Ultramarina, 1966 {{pré-socráticos}} [[Categoria:Pessoas mortas]] [[Categoria:Filósofos da Grécia]] di2w4yedwv2xv6edsfs8zpubipkwu4s Anaxágoras 0 1326 184892 160974 2022-08-03T03:30:55Z Leonaardog 15522 removed [[Category:Pessoas]]; added [[Category:Pessoas mortas]] using [[Help:Gadget-HotCat|HotCat]] wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Anaxágoras | Foto = Anaxagoras.png | Wikisource = el:Αναξαγόρας | Wikipedia = Anaxágoras | Wikicommons = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #c0c0c0 }} [[w:Anaxágoras|'''Anaxágoras''' de Clazômenas]] ''(c. [[500 a.C.]] - [[428 a.C.]]); foi um filósofo grego, discípulo de [[Tales de Mileto]]'' ---- * "O homem é o mais sábio de todos os seres, porque ele tem as mãos." ::- ''narrado por Aristóteles em "De partibus animalium", IV, 10, 687 a 7 *"Prefiro uma gota de sabedoria a toneladas de riqueza." ::- ''citado em "Dicionário de pensamentos: máximas, aforismos, paradoxos, provérbios, etc ...‎" - Página 438, de Folco Masucci - Ed. Leia, 1968, 6a. ed. - 685 páginas'' *"O visível abre nossos olhos ao invisível". ::- ''citado em "Duailibi Essencial: Minidicionário com mais de 4.500 frases essenciais" - Página 136, Roberto Dualibi, Marina Perchlivanis - Elsevier Brazil, 2006,ISBN 8535219579, 9788535219579, 496 páginas *Todas as coisas estavam juntas, infinitas em número e em pequenez, pois o pequeno também era infinito. **Frag. B 1, citado no início de filosofia grega de John Burnet, (1920), Capítulo 6. *E uma vez que essas coisas são assim, devemos supor que não estão contidas muitas coisas e de todos os tipos de coisas que estão se unindo, as sementes de todas as coisas, com todos os tipos de formas e cores e sabores. **Frag. B 4, citado no início de filosofia grega de John Burnet, (1920), Capítulo 6. *A mente é infinita e auto-governada, e é misturado com nada, mas é só por si mesma. Frag. B 12, citado no início de filosofia grega de John Burnet, (1920), Capítulo 6. * Os gregos seguem um uso errado em falar de vir a ser e desaparecer, porque nada nasce ou morre, mas apenas se mistura e se separam das coisas que são. Assim que seria justo chamá vir a ser mistura, e passando a separação. **Frag. B 17, citado no início de filosofia grega de John Burnet, (1920), Capítulo 6. * O sol fornece à lua o seu brilho. **Fragmento de [[Plutarco]] ''De facie em Orbe Lunae'', 929B, como citado no ''The Riverside Dictionary of Biography (2005)'', p. 23 *As coisas que estão no mundo não são divididas nem separadas por um golpe de machado **Segundo [[Bertrand Russell]], ''[http://books.google.com.br/books?id=ksAu7jtHoZgC&printsec=frontcover&dq=inauthor:%22Bertrand+Russell%22&hl=pt-BR&sa=X&ei=1v2aUcXsIpLc8wSrxoC4BQ&redir_esc=y#v=snippet&q=anax%C3%A1goras%20infinito&f=false História do Pensamento Ocidental]'', Ediouro Publicações, p. 59 ==Sobre Anaxágoras== *Seria errado imaginar que Anaxágoras fosse ateu. No entanto, a sua concepção de deus era filosófica e não alinhada com a religião oficial de Atenas. Foi acusado de ateísmo pelas suas opiniões nada ortodoxas, pois ele equiparou deus aos ''nous'', o princípio ativo que é a fonte de todo movimento. **Bertrand Russell, ''[http://books.google.com.br/books?id=ksAu7jtHoZgC&printsec=frontcover&dq=inauthor:%22Bertrand+Russell%22&hl=pt-BR&sa=X&ei=1v2aUcXsIpLc8wSrxoC4BQ&redir_esc=y#v=snippet&q=anax%C3%A1goras%20infinito&f=false História do Pensamento Ocidental]'', Ediouro Publicações, p. 60 {{pré-socráticos}} [[Categoria:Pessoas mortas]] [[Categoria:Filósofos da Grécia]] i21ynspd61rr6sh2onrmwc2kao0g0x7 184893 184892 2022-08-03T03:31:44Z Leonaardog 15522 Imagem adicionada wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Anaxágoras | Foto = Anaxagoras Lebiedzki Rahl.jpg | Wikisource = el:Αναξαγόρας | Wikipedia = Anaxágoras | Wikicommons = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #c0c0c0 }} [[w:Anaxágoras|'''Anaxágoras''' de Clazômenas]] ''(c. [[500 a.C.]] - [[428 a.C.]]); foi um filósofo grego, discípulo de [[Tales de Mileto]]'' ---- * "O homem é o mais sábio de todos os seres, porque ele tem as mãos." ::- ''narrado por Aristóteles em "De partibus animalium", IV, 10, 687 a 7 *"Prefiro uma gota de sabedoria a toneladas de riqueza." ::- ''citado em "Dicionário de pensamentos: máximas, aforismos, paradoxos, provérbios, etc ...‎" - Página 438, de Folco Masucci - Ed. Leia, 1968, 6a. ed. - 685 páginas'' *"O visível abre nossos olhos ao invisível". ::- ''citado em "Duailibi Essencial: Minidicionário com mais de 4.500 frases essenciais" - Página 136, Roberto Dualibi, Marina Perchlivanis - Elsevier Brazil, 2006,ISBN 8535219579, 9788535219579, 496 páginas *Todas as coisas estavam juntas, infinitas em número e em pequenez, pois o pequeno também era infinito. **Frag. B 1, citado no início de filosofia grega de John Burnet, (1920), Capítulo 6. *E uma vez que essas coisas são assim, devemos supor que não estão contidas muitas coisas e de todos os tipos de coisas que estão se unindo, as sementes de todas as coisas, com todos os tipos de formas e cores e sabores. **Frag. B 4, citado no início de filosofia grega de John Burnet, (1920), Capítulo 6. *A mente é infinita e auto-governada, e é misturado com nada, mas é só por si mesma. Frag. B 12, citado no início de filosofia grega de John Burnet, (1920), Capítulo 6. * Os gregos seguem um uso errado em falar de vir a ser e desaparecer, porque nada nasce ou morre, mas apenas se mistura e se separam das coisas que são. Assim que seria justo chamá vir a ser mistura, e passando a separação. **Frag. B 17, citado no início de filosofia grega de John Burnet, (1920), Capítulo 6. * O sol fornece à lua o seu brilho. **Fragmento de [[Plutarco]] ''De facie em Orbe Lunae'', 929B, como citado no ''The Riverside Dictionary of Biography (2005)'', p. 23 *As coisas que estão no mundo não são divididas nem separadas por um golpe de machado **Segundo [[Bertrand Russell]], ''[http://books.google.com.br/books?id=ksAu7jtHoZgC&printsec=frontcover&dq=inauthor:%22Bertrand+Russell%22&hl=pt-BR&sa=X&ei=1v2aUcXsIpLc8wSrxoC4BQ&redir_esc=y#v=snippet&q=anax%C3%A1goras%20infinito&f=false História do Pensamento Ocidental]'', Ediouro Publicações, p. 59 ==Sobre Anaxágoras== *Seria errado imaginar que Anaxágoras fosse ateu. No entanto, a sua concepção de deus era filosófica e não alinhada com a religião oficial de Atenas. Foi acusado de ateísmo pelas suas opiniões nada ortodoxas, pois ele equiparou deus aos ''nous'', o princípio ativo que é a fonte de todo movimento. **Bertrand Russell, ''[http://books.google.com.br/books?id=ksAu7jtHoZgC&printsec=frontcover&dq=inauthor:%22Bertrand+Russell%22&hl=pt-BR&sa=X&ei=1v2aUcXsIpLc8wSrxoC4BQ&redir_esc=y#v=snippet&q=anax%C3%A1goras%20infinito&f=false História do Pensamento Ocidental]'', Ediouro Publicações, p. 60 {{pré-socráticos}} [[Categoria:Pessoas mortas]] [[Categoria:Filósofos da Grécia]] hllcx0hzvsexiuuntr0vonr5bufj7ox Anaximandro 0 1329 184891 140770 2022-08-03T03:30:37Z Leonaardog 15522 removed [[Category:Pessoas]]; added [[Category:Pessoas mortas]] using [[Help:Gadget-HotCat|HotCat]] wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Anaximandro | Foto = Anaximander.jpg | Wikisource = fr:Anaximandre | Wikipedia = Anaximandro | Wikicommons = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #c0c0c0 }} [[w:Anaximandro|'''Anaximandro de Mileto''']], (do grego Ἀναξίμανδρος Anaxímandros). ''([[609 a.C.|609]]/[[610 a.C.]] - c. [[547 a.C.]]). Filósofo pré-socrático.'' ---- *"Todos os seres derivam de outros seres mais antigos por transformações sucessivas." {{pré-socráticos}} [[Categoria:Pessoas mortas]] [[Categoria:Filósofos da Grécia]] 8kvuj6bgpz92rfhkmodxnly32qfj0zy Anaxímenes de Mileto 0 1339 184894 175787 2022-08-03T03:32:20Z Leonaardog 15522 removed [[Category:Pessoas]]; added [[Category:Pessoas mortas]] using [[Help:Gadget-HotCat|HotCat]] wikitext text/x-wiki {{Autor |Nome=Anaxímenes de Mileto |Foto=Anaximenes.jpg |Wikisource= |Wikipedia=Anaxímenes de Mileto |Wikicommons= |Gutenberg= |Cervantes= |DominioPu= |DomiPubli= |EbooksG= |Cor=#c0c0c0 }} [[w:Anaxímenes de Mileto|'''Anaxímenes de Mileto''']] ''([[585 a.C.]]-[[528 a.C.]]) Filósoso pré-socrático.'' ---- * Assim como nossa alma, que é o ar, nos sustenta, a respiração e o ar envolvem o mundo inteiro. ::- ''O único fragmento de suas obras que chegou até nós de Plutarco de Cheronea (45-125 DC), De primo frigore (7, 947 e). ==Sobre== * Ele afirma que, uma vez que o ar se solidifica, a terra é formada primeiro, que é muito plana - e, portanto, com razão permanece suspensa no ar -: o sol, a lua, as outras estrelas têm o princípio de nascimento da terra. Na verdade, ele afirma que o sol é a terra, que, devido à rapidez de seu movimento, tornou-se muito quente e incandescente. ::- ''[[Plutarco]] :::- ''Retirado de Doxa, obra geralmente atribuída a Plutarco, mas de origem duvidosa. {{pré-socráticos}} [[Categoria:Pessoas mortas]] [[Categoria:Filósofos da Grécia]] f5p3k2td4v81baf2k68zrstga6ar2sh Demócrito 0 1472 184897 145557 2022-08-03T03:35:00Z Leonaardog 15522 removed [[Category:Pessoas]]; added [[Category:Pessoas mortas]] using [[Help:Gadget-HotCat|HotCat]] wikitext text/x-wiki {{Autor |Wikisource= |Wikipedia=Demócrito |Wikicommons=Category:Democritus |Foto=Democritus by Agostino Carracci.jpg |Nombre=Demócrito |Gutenberg= |Cervantes= |DominioPu= |DomiPubli= |EbooksG= |Color=#c0c0c0 }} [[w:Demócrito|'''Demócrito''']] ''(em grego'' Δημόκριτος / Dêmókritos), ''de Abdera (cerca de [[460 a.C.]] — [[370 a.C.]]) foi um [[Filosofia|filósofo]] [[Grécia|grego]].'' ---- * "O que faz o homem feliz não é o [[dinheiro]], mas a retidão e a prudência." :- ''Fonte: [http://caras.uol.com.br/citacoes/edicoes/836/ http://www.caras.uol.com.br - 12 de novembro de 2009 - EDIÇÃO 836 - Citações]'' ==Física e epistemologia== * "Na [[realidade]], vemos nada, porque a [[verdade]] está na profundidade." :- ''Fragment 117'' *"Por definição há cor, / Por definição há doce, / Por definição há amargo, / Mas na realidade há átomos e espaço." ::- ''citado em "Ancilla to the Pre-Socratic Philosophers: A Complete Translation of the Fragments in Diels" - [http://books.google.com/books?id=ASijqFryr5IC&pg=PA142 página 142], item 9., Kathleen Freeman, Forgotten Books, 1948, ISBN 1606802569, 9781606802564 ==Ética== *"Toda belicosidade é insensata; pois enquanto se busca prejudicar o inimigo, esquecemos o nosso próprio interesse." Fragmento 237<ref>Pré-socráticos, coleção Os Pensadores</ref> *"Melhor (educador) para a virtude mostrar-se-á aquele que usar o encorajamento e a palavra persuasiva, do que o que se servir da lei e da coerção. Pois quem evita o injusto apenas por temor a lei, provavelmente cometerá o mal em segredo; quem, ao contrario, for levado ao dever pela convicção, provavelmente não cometerá o injusto nem em segredo nem abertamente, Por isto, quem agir corretamente com compreensão e entendimento, mostrar-se-á corajoso e correto de pensamento." fragmento 181<ref>Pré-socráticos, coleção Os Pensadores</ref> *"Bem mais sensato do que o homem é o animal que, em sua necessidade, sabe quanto necessita. O homem, ao contrario, quanto necessita não o sabe." Frag. 198<ref>Pré-socráticos, coleção Os Pensadores</ref> *"Os insensatos desejam as coisas ausentes, mas desperdiçam as presentes ainda que mais valiosas que as passadas." frag. 202<ref>Pré-socráticos, coleção Os Pensadores</ref> *"É preciso que aquele que quer sentir-se bem não faça muitas coisas nem particular nem publicamente, e que aquilo que faz não assuma além de sua força e natureza. Ao contrário, é preciso que, mesmo que a sorte lhe seja hostil e, pela aparência, o leve pouco a pouco ao excesso, tenha cuidado bastante para renunciar e não procurar mais que suas forças permitem, pois uma plenitude razoável é coisa mais segura que uma superplenitude." Frag. 3<ref>Pré-socráticos, coleção Os Pensadores</ref> *"A moderação aumenta o gozo e acresce o prazer." Frag. 211<ref>Pré-socráticos, coleção Os Pensadores</ref> *"Sábio é quem não se aflige com o que lhe falta e se alegra com o que possui."Frag. 231<ref>Pré-socráticos, coleção Os Pensadores</ref> * "[[Fama]] e [[riqueza]]s sem compreensão é uma posse insegura". :- ''Fragment 77'' ==Atribuídas== {{sem fontes}} *"O mundo inteiro está aberto ao homem sábio, pois a pátria de um espírito de escol é o universo." *"O homem só é infeliz quando é injusto." * "Se sofrer uma injustiça, console-se, a verdadeira infelicidade é cometê-la." *"A ignorância do bem é a causa do mal. " *"O animal é tão ou mais sábio do que o homem: conhece a medida da sua necessidade, enquanto o homem a ignora." *"Falsos e hipócritas são aqueles que tudo fazem com palavras, mas na realidade nada fazem." *"Ocupe-se de pouco para ser feliz." ==Sobre== *"...ficou famoso por haver previsto alguns eventos futuros, e por isso foi considerado pela maioria merecedor de honras divinas."<ref>"Linguagens e formas de poder na antiguidade" - [http://books.google.com/books?id=Khc4uG6cvBYC&pg=PA206 página 206], Neyde Theml, Editora MAUAD, FAPERJ, 1948, ISBN 8574780650, 9788574780658</ref> {{Ref-section}} {{pré-socráticos}} [[Categoria:Pessoas mortas]] [[Categoria:Filósofos da Grécia]] 6n64dse355di9plj6r46db6xsczb5g3 Ernesto Geisel 0 2719 184867 173865 2022-08-03T01:15:03Z Leonaardog 15522 removed [[Category:Pessoas]]; added [[Category:Pessoas mortas]] using [[Help:Gadget-HotCat|HotCat]] wikitext text/x-wiki {{Autor |Wikisource= |Wikipedia=Ernesto Geisel |Wikicommons=Category:Ernesto Geisel |Foto=Ernesto Geisel.jpg |Nombre=Ernesto Geisel |Gutenberg= |Cervantes= |DominioPu= |DomiPubli= |EbooksG= |Color=#c0c0c0 }} [[w:Ernesto Geisel|'''Ernesto Geisel''']] ''([[w:Bento Gonçalves|Bento Gonçalves]], [[3 de agosto]] de [[1907]] – [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[12 de setembro]] de [[1996]]), foi um militar e político brasileiro; presidente do Brasil entre [[1974]] e [[1979]], sucedendo [[Emílio Garrastazu Médici]].'' ---- *"Nosso mal foi ter durado tanto tempo". :- ''Em entrevista ao jornal [[w:Folha de São Paulo|Folha de São Paulo]], em agosto de 1987, a respeito do regime militar'' *"Eu sou um sujeito profundamente democrático". :- ''Em entrevista a Maria Celina D'Araujo, justificando que a falta de liberdade durante o seu governo não era fruto de convicções pessoais.'' ==Atribuídas== *"É muita pretensão do homem inventar que Deus o criou à sua imagem e semelhança. Será possível que Deus seja tão ruim assim?" :- ''Fonte: "A Ditadura Derrotada", do jornalista [[Elio Gaspari]].'' *"Ao longo da minha vida eu fui um infeliz." :- ''Fonte: "A Ditadura Derrotada", do jornalista [[Elio Gaspari]].'' *"Tu sabes perfeitamente que eu não sou infenso às esquerdas". :- [[w:Sílvio_Frota|FROTA, Sylvio]]. ''Ideais traídos''. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2006. ISBN 8571109044 *"Se é vontade do povo brasileiro eu promoverei a Abertura Política no Brasil. Mas chegará um tempo que o povo sentirá saudade da Ditadura Militar. Pois muito desses que lideram o fim da ditadura não estão visando o bem do povo, mas sim seus próprios interesses". ==Sobre== *"Eu acho que todos os brasileiros, que acompanharam de perto a evolução da vida política no Brasil, sabem o que foram a luta e a dificuldade enfrentadas pelo presidente [[Ernesto Geisel|Geisel]] para conter a repressão" : [[Fernando Henrique Cardoso]] : -''Folha de S. Paulo, 13/09/1996. [https://www1.folha.uol.com.br/fol/pol/geisel/g130996.htm]'' * "O governo do general Geisel realmente consolidou a industrialização brasileira, com a implantação da indústria de bens e equipamentos" : [[José Dirceu]] : -''Folha de S. Paulo, 11/09/2001. [https://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1109200115.htm]'' *"É com orgulho que as pessoas às vezes falam: "Lula defende o governo Geisel". Não podemos ficar julgando eternamente as pessoas por um gesto ou dois, e não pelo conjunto do que fizeram" : [[Lula]] :- ''Fonte:[https://extra.globo.com/noticias/brasil/lula-faz-elogios-medici-geisel-durante-cerimonia-499668.html Lula faz elogios a Médici e Geisel durante cerimônia, Extra, 23/04/2008]'' * "O general Geisel não foi eleito, eu fui". : - General [[Hamilton Mourão]], na Brazil Conference, em Cambridge, EUA : - Vídeo no YouTube: youtube.com/watch?v=NiTeARyf-xo&t=1m31s {{Presidentes do Brasil}} [[Categoria:Pessoas mortas]] [[Categoria:militares do Brasil]] [[Categoria:Presidentes do Brasil]] 4hi1ide21hfo00e42ja4bvl3rb40jwh Lucrécio 0 3016 184877 142509 2022-08-03T01:31:52Z Leonaardog 15522 ±[[Categoria:Pessoas]]→[[Categoria:Pessoas mortas]]; ±[[Categoria:Poetas]]→[[Categoria:Poetas da Roma Antiga]] using [[Help:Gadget-HotCat|HotCat]] wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Lucrécio | Foto = Lucretius1.png | Wikisource = fr:Lucrèce | Wikipedia = Lucrécio | Wikicommons = Category:Lucretius | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu =3659 | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #c0c0c0 }} [[w:Lucrécio|'''Titus Lucretius Carus''']] ''(ou '''Tito Lucrécio Caro''', na forma portuguesa), poeta e filósofo latino que viveu no [[século I a.C.]] As datas exatas de seu nascimento e morte não são conhecidas, mas geralmente são situadas entre [[98 a.C]] e [[55 a.C.]]'' ---- * '''Ex nihilo nihil fit''' :- ''Do nada, nada se faz'' :- ''De Rerum Natura, Liber II, 287'' * '''A tantos males pode a [[religião]] persuadir.''' :- ''Tantum religio potuit suadere malorum.'' :- ''Fonte: "Da Natureza"'' * '''É desconhecida a real natureza da alma, se é nascida junto às formas do corpo ou infundida durante o nascimento, ou se perece conosco, quando a morte separa corpo e alma, ou se visita as sombras de Plutão e os abismos sem fundo, ou adentra por indicação divina em outros animais.''' :- For it is unknown what is the real nature of the soul, whether it be born with the bodily frame or be infused at the moment of birth, whether it perishes along with us, when death separates the soul and body, or whether it visits the shades of Pluto and bottomless pits, or enters by divine appointment into other animals. :- Fonte: ''De Rerum Natura'', I. 113. ==Atribuídas== * "A ninguém foi dada a posse da [[vida]], apenas o usufruto."<ref>{{Citar web|url=http://caras.uol.com.br/noticia/122303-cita%C3%A7%C3%B5es|título=Citações|data=13 de Março de 2009|publicação=Revista Caras}}</ref> {{ref-section}} [[Categoria:Pessoas mortas]] [[Categoria:Poetas da Roma Antiga]] [[Categoria:filósofos]] [[Categoria:Romanos]] 763kabkeaoiiba2vamjem2875tw54zj 184880 184877 2022-08-03T01:36:13Z Leonaardog 15522 removed [[Category:Filósofos]]; added [[Category:Filósofos da Roma Antiga]] using [[Help:Gadget-HotCat|HotCat]] wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Lucrécio | Foto = Lucretius1.png | Wikisource = fr:Lucrèce | Wikipedia = Lucrécio | Wikicommons = Category:Lucretius | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu =3659 | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #c0c0c0 }} [[w:Lucrécio|'''Titus Lucretius Carus''']] ''(ou '''Tito Lucrécio Caro''', na forma portuguesa), poeta e filósofo latino que viveu no [[século I a.C.]] As datas exatas de seu nascimento e morte não são conhecidas, mas geralmente são situadas entre [[98 a.C]] e [[55 a.C.]]'' ---- * '''Ex nihilo nihil fit''' :- ''Do nada, nada se faz'' :- ''De Rerum Natura, Liber II, 287'' * '''A tantos males pode a [[religião]] persuadir.''' :- ''Tantum religio potuit suadere malorum.'' :- ''Fonte: "Da Natureza"'' * '''É desconhecida a real natureza da alma, se é nascida junto às formas do corpo ou infundida durante o nascimento, ou se perece conosco, quando a morte separa corpo e alma, ou se visita as sombras de Plutão e os abismos sem fundo, ou adentra por indicação divina em outros animais.''' :- For it is unknown what is the real nature of the soul, whether it be born with the bodily frame or be infused at the moment of birth, whether it perishes along with us, when death separates the soul and body, or whether it visits the shades of Pluto and bottomless pits, or enters by divine appointment into other animals. :- Fonte: ''De Rerum Natura'', I. 113. ==Atribuídas== * "A ninguém foi dada a posse da [[vida]], apenas o usufruto."<ref>{{Citar web|url=http://caras.uol.com.br/noticia/122303-cita%C3%A7%C3%B5es|título=Citações|data=13 de Março de 2009|publicação=Revista Caras}}</ref> {{ref-section}} [[Categoria:Pessoas mortas]] [[Categoria:Poetas da Roma Antiga]] [[Categoria:Filósofos da Roma Antiga]] [[Categoria:Romanos]] t451pgt3ob0fdwchk1sa1tnod1162t7 Padre Marcelo Rossi 0 5663 184824 169216 2022-08-02T15:33:14Z Leonaardog 15522 removed [[Category:Pessoas]]; added [[Category:Pessoas vivas]] using [[Help:Gadget-HotCat|HotCat]] wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Padre Marcelo Rossi | Foto = Marcelo Rossi.jpg | Wikisource = | Wikipedia = Marcelo Rossi | Wikicommons = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #c0c0c0 }} Padre [[w:Marcelo Rossi|'''Marcelo''' Mendonça '''Rossi''']] ([[São Paulo (cidade)|São Paulo]], Brasil, [[20 de maio]] de [[1967]]) é um sacerdote católico pertencente à Renovação Carismática, da qual é considerado por muitos um dos seus principais ícones. ---- *"Na época em que eu tinha namorada, ia muito ao [[cinema]]. Mas ela queria ficar namorando e eu queria mesmo assistir aos [[filme]]s". :- ''Falando sobre a sua paixão por cinema'' :- ''Fonte: Revista ISTO É, Edição 1823'' *"O [[medicamento]] que tomo contra a calvície causa impotência sexual. Tudo bem". :- ''Fonte: Revista ISTO É, Edição 1811.'' *"Depois de um tempo perguntaram se eu os [[perdão|perdoaria]]. Claro que perdôo, esta é a minha missão." :- ''Terra, Gente & TV; Padre Marcelo: Perdoei(...) em 21/06/2008 :- ''Sobre o quadro em que [[Danilo Gentili]] fingia ser um repórter inexperiente, no [[humor|humorístico]] televisivo CQC. {{religião}} [[Categoria:Pessoas vivas]] [[Categoria:Padres do Brasil]] nmijcgqlwl41ykiiqmkuspeh8me6oqt Floriano Peixoto 0 5718 184871 157827 2022-08-03T01:19:35Z Leonaardog 15522 removed [[Category:Pessoas]]; added [[Category:Pessoas mortas]] using [[Help:Gadget-HotCat|HotCat]] wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome =Floriano Peixoto | Foto =Florianovieirapeixoto.jpg | Wikisource = | Wikipedia =Floriano Peixoto | Wikicommons =Category:Floriano Peixoto | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #c0c0c0 }} Marechal [[w:Floriano Peixoto|'''Floriano''' Vieira '''Peixoto''']] ''(Vila de Ipioca, hoje Distrito de Floriano Peixoto, Maceió, Alagoas, [[30 de abril]] de [[1839]] - Barra Mansa, [[29 de junho]] de [[1895]]), foi um militar e político brasileiro. Primeiro Vice-Presidente e segundo Presidente do Brasil, governou de [[23 de Novembro]] de [[1891]] a [[15 de Novembro]] de [[1894]].'' ---- * ''"Se os seus ministros concederem ordens de Habeas Corpus contra os meus atos, eu não sei quem amanhã lhes dará habeas corpus de que, por sua vez, necessitarão'' :- ''Floriano ameaçando os juízes do Supremo Tribunal de Justiça que estavam prestes a julgar um pedido de habeas corpus feito por Ruy Barbosa em favor de militares oposicionistas presos.'' ---- ==Sobre== *"Não posso acreditar que ele se referia ao [[Floriano Peixoto]]". :- ''[[Itamar Franco]], então embaixador do Brasil na Itália, irritado com o presidente [[Lula]] que chamou os seus antecessores de covardes'' :- ''Fonte: Revista ISTO É, Edição n. 1780.'' {{presidentes do Brasil}} [[Categoria:Pessoas mortas]] [[Categoria:militares do Brasil]] [[Categoria:políticos do Brasil]] [[Categoria:presidentes do Brasil]] j2yo7x7n82anqyegvh74dx8tmuia3ef Manoel Deodoro da Fonseca 0 5965 184869 170635 2022-08-03T01:16:45Z Leonaardog 15522 removed [[Category:Pessoas]]; added [[Category:Pessoas mortas]] using [[Help:Gadget-HotCat|HotCat]] wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Deodoro da Fonseca | Foto = Deodoro da Fonseca (gravura).jpg | Wikisource = Autor:Marechal Deodoro da Fonseca | Wikipedia = Deodoro da Fonseca | Wikicommons = Category:Deodoro da Fonseca | Wikinoticias = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #c0c0c0 }} [[w:Deodoro da Fonseca|Manuel '''Deodoro da Fonseca''']] (Alagoas da Lagoa do Sul<ref>A cidade foi renomeada Marechal Deodoro em 1939, em sua homenagem.</ref>, [[5 de agosto]] de [[1827]] — Rio de Janeiro, [[23 de agosto]] de [[1892]]) foi um militar e político brasileiro, primeiro presidente do Brasil e uma das figuras centrais da Proclamação da República no país. == Citações == === Década de 1880 === * "República no Brasil é coisa impossível porque será uma verdadeira desgraça. O único sustentáculo do Brasil é a monarquia; se mal com ela, pior sem ela" :''- Trecho de uma carta para um sobrinho, escrita no dia 13/9/1889.''<ref>[http://books.google.com.br/books?ei=PQyDUZjzBYr49QSH7oCYAg&hl=pt-PT&id=ME4_AAAAIAAJ Benjamin Constant], 1836-1891 - Página 71, Ivan Monteiro de Barros Lins - 1936</ref> * "Viva Sua Majestade, o Imperador!" :''- Grito para as suas tropas, logo depois de derrubar o gabinete do Visconde de Ouro Preto, na manhã de 15/11/1889.'' * "Digam ao povo que a República está feita" :''- Aos conspiradores republicanos, ao saber que [[:w:Gaspar Silveira Martins|Gaspar Silveira Martins]] teria sido o escolhido como sucessor de [[:w:Visconde de Ouro Preto|Visconde de Ouro Preto]], na noite de 15/11/1889.'' === Década de 1890 === * "Impossível governar com este Congresso. É melhor que ele desapareça para a felicidade do Brasil." :''- Em novembro de 1891, justificando a tentativa de dissolução do Congresso Nacional. == Referências == <references/> {{Presidentes do Brasil}} [[Categoria:Militares do Brasil]] [[Categoria:Pessoas mortas]] [[Categoria:Políticos do Brasil]] ityuhb1e1gneyv30raove1zqlgpseta 184870 184869 2022-08-03T01:17:55Z Leonaardog 15522 wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Deodoro da Fonseca | Foto = Deodoro da Fonseca (gravura).jpg | Wikisource = Autor:Marechal Deodoro da Fonseca | Wikipedia = Deodoro da Fonseca | Wikicommons = Category:Deodoro da Fonseca | Wikinoticias = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #c0c0c0 }} [[w:Deodoro da Fonseca|Manuel '''Deodoro da Fonseca''']] (Alagoas da Lagoa do Sul<ref>A cidade foi renomeada Marechal Deodoro em 1939, em sua homenagem.</ref>, [[5 de agosto]] de [[1827]] — Rio de Janeiro, [[23 de agosto]] de [[1892]]) foi um militar e [[político]] [[brasil]]eiro, primeiro presidente do Brasil e uma das figuras centrais da Proclamação da República no país. == Citações == === Década de 1880 === * "República no Brasil é coisa impossível porque será uma verdadeira desgraça. O único sustentáculo do Brasil é a monarquia; se mal com ela, pior sem ela" :''- Trecho de uma carta para um sobrinho, escrita no dia 13/9/1889.''<ref>[http://books.google.com.br/books?ei=PQyDUZjzBYr49QSH7oCYAg&hl=pt-PT&id=ME4_AAAAIAAJ Benjamin Constant], 1836-1891 - Página 71, Ivan Monteiro de Barros Lins - 1936</ref> * "Viva Sua Majestade, o Imperador!" :''- Grito para as suas tropas, logo depois de derrubar o gabinete do Visconde de Ouro Preto, na manhã de 15/11/1889.'' * "Digam ao povo que a República está feita" :''- Aos conspiradores republicanos, ao saber que [[:w:Gaspar Silveira Martins|Gaspar Silveira Martins]] teria sido o escolhido como sucessor de [[:w:Visconde de Ouro Preto|Visconde de Ouro Preto]], na noite de 15/11/1889.'' === Década de 1890 === * "Impossível governar com este Congresso. É melhor que ele desapareça para a felicidade do Brasil." :''- Em novembro de 1891, justificando a tentativa de dissolução do Congresso Nacional. == Referências == <references/> {{Presidentes do Brasil}} [[Categoria:Militares do Brasil]] [[Categoria:Pessoas mortas]] [[Categoria:Políticos do Brasil]] crn5vk1051lv94nybxq4o9h4axg6xgu Babrius 0 7279 184882 145263 2022-08-03T01:37:08Z Leonaardog 15522 ±[[Categoria:Pessoas]]→[[Categoria:Pessoas mortas]]; ±[[Categoria:Poetas]]→[[Categoria:Poetas da Roma Antiga]] using [[Help:Gadget-HotCat|HotCat]] wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = | Foto = | Wikisource =en:Author:Babrius | Wikipedia = Babrius | Wikicommons = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #c0c0c0 }} [[w:Babrius|'''Babrius''']] ''poeta romano, que escrevia fábulas em grego, entre os séculos II e III d. C.'' ---- *"O grau de [[civilização]] de um [[povo]] é sempre proporcional à qualidade e à quantidade dos [[vinho]]s que consome." ::- ''Babrius, citado em "Otávio Rocha, cem anos de vida colonial: cem anos de vida colonial‎" - Página 434, de Floriano Molon - Publicado por Escola Superior de Teologia São Lourenço do Brindes, 1982 - 446 páginas [[Categoria:Pessoas mortas]] [[Categoria:Romanos]] [[Categoria:Poetas da Roma Antiga]] mdq70oq4wo4svpuxnl5s67pmlg7tsz0 Prudente de Morais 0 8277 184872 174817 2022-08-03T01:20:04Z Leonaardog 15522 removed [[Category:Pessoas]]; added [[Category:Pessoas mortas]] using [[Help:Gadget-HotCat|HotCat]] wikitext text/x-wiki {{Autor |Wikisource= |Wikipedia=Prudente de Morais |Wikicommons= |Foto= Prudentedemorais.jpg |Nombre=Prudente de Morais |Gutenberg= |Cervantes= |DominioPu= |DomiPubli= |EbooksG= |Color=#c0c0c0 }} [[w:Prudente de Morais|'''Prudente''' José '''de Morais''' e Barros]] ''(Itu, [[4 de outubro]] de [[1841]] — Piracicaba, [[3 de dezembro]] de [[1902]]), político brasileiro, terceiro presidente do Brasil. Primeiro civil a assumir a presidência da república.'' ---- "A Republica está, pois, firmada na consciência nacional; – lançou raízes tão fundas que jamais será daí arrancada. Ao passo que a monarquia caiu sem a menor resistência, não obstante haver dominado o país durante setenta anos com o seu regime centralizador, – a Republica, apesar de sua curta e perturbada existência, defendeu-se heroicamente e venceu a poderosa revolta restauradora, porque tinha a seu lado a opinião nacional, manifestada pelo consenso unânime dos Estados, que, havendo experimentado a influencia benéfica da autonomia, que lhes deu o novo regime, não se sujeitarão jamais à retrogradar á condição de províncias sem recursos, manietadas em seu desenvolvimento pelas peias atrofiantes da centralização." :- ''Discurso de posse'' ==Sobre== * O primeiro presidente civil do Brasil, o paulista Prudente de Morais foi recebido no Rio de Janeiro, a capital, com enorme má vontade. Apelidaram-no até de "Biriba", comparando sua barbicha à do macaco de barba do zoológico do Barão de Drumond, o inventor do Jogo do Bicho. O presidente se reuniu com jornalistas locais, para quebrar o gelo, e se definiu assim: :- ''Sou prudente no nome, prudente por princípios e prudente por hábito...'' : No dia seguinte, os jornais do Rio o rebatizaram: "Prudente Demais". ::- ''citado em [http://www.historiaecia.com/curiosidades.htm História e Cia] * "Pudente José de Moraes Barros nasceu em 4 de Outubro de 1841, em Itu, filho do tropeiro José Marcelino de Barros e de Catarina Maria de Moraes. Último filho do casal, teve cinco irmãos: Frederico José, Fernando José, Joaquim José, Manuel e Cândida. O historiador Afonso d’Escragnolle Taunay afirma ser Prudente de Moraes “oriundo dos mais velhos troncos paulistas e vicentinos, desses que procedem das primeiras cruzas euro-americanas quinhentistas, assinalados pelos nomes de João Ramalho e Antônio Rodrigues e as filhas de Tibiriçá Piquerobi.”" :- ''[https://www.al.sp.gov.br/repositorio/bibliotecaDigital/427_arquivo.pdf PRUDENTE DE MORAES PARLAMENTAR DA PROVÍNCIA DE SÃO PAULO (1868-1889). Alesp]'' {{presidentes do Brasil}} [[Categoria:Pessoas mortas]] [[Categoria:políticos do Brasil]] [[Categoria:presidentes do Brasil]] ozd74jsv7qoatdcnhggbc99f7j83oyw 184873 184872 2022-08-03T01:21:02Z Leonaardog 15522 wikitext text/x-wiki {{Autor |Wikisource= |Wikipedia=Prudente de Morais |Wikicommons= |Foto= Prudentedemorais.jpg |Nombre=Prudente de Morais |Gutenberg= |Cervantes= |DominioPu= |DomiPubli= |EbooksG= |Color=#c0c0c0 }} [[w:Prudente de Morais|'''Prudente''' José '''de Morais''' e Barros]] ''(Itu, [[4 de outubro]] de [[1841]] — Piracicaba, [[3 de dezembro]] de [[1902]]), foi um [[político]] [[brasil]]eiro, terceiro presidente do Brasil. Primeiro civil a assumir a presidência da república.'' ---- "A Republica está, pois, firmada na consciência nacional; – lançou raízes tão fundas que jamais será daí arrancada. Ao passo que a monarquia caiu sem a menor resistência, não obstante haver dominado o país durante setenta anos com o seu regime centralizador, – a Republica, apesar de sua curta e perturbada existência, defendeu-se heroicamente e venceu a poderosa revolta restauradora, porque tinha a seu lado a opinião nacional, manifestada pelo consenso unânime dos Estados, que, havendo experimentado a influencia benéfica da autonomia, que lhes deu o novo regime, não se sujeitarão jamais à retrogradar á condição de províncias sem recursos, manietadas em seu desenvolvimento pelas peias atrofiantes da centralização." :- ''Discurso de posse'' ==Sobre== * O primeiro presidente civil do Brasil, o paulista Prudente de Morais foi recebido no Rio de Janeiro, a capital, com enorme má vontade. Apelidaram-no até de "Biriba", comparando sua barbicha à do macaco de barba do zoológico do Barão de Drumond, o inventor do Jogo do Bicho. O presidente se reuniu com jornalistas locais, para quebrar o gelo, e se definiu assim: :- ''Sou prudente no nome, prudente por princípios e prudente por hábito...'' : No dia seguinte, os jornais do Rio o rebatizaram: "Prudente Demais". ::- ''citado em [http://www.historiaecia.com/curiosidades.htm História e Cia] * "Pudente José de Moraes Barros nasceu em 4 de Outubro de 1841, em Itu, filho do tropeiro José Marcelino de Barros e de Catarina Maria de Moraes. Último filho do casal, teve cinco irmãos: Frederico José, Fernando José, Joaquim José, Manuel e Cândida. O historiador Afonso d’Escragnolle Taunay afirma ser Prudente de Moraes “oriundo dos mais velhos troncos paulistas e vicentinos, desses que procedem das primeiras cruzas euro-americanas quinhentistas, assinalados pelos nomes de João Ramalho e Antônio Rodrigues e as filhas de Tibiriçá Piquerobi.”" :- ''[https://www.al.sp.gov.br/repositorio/bibliotecaDigital/427_arquivo.pdf PRUDENTE DE MORAES PARLAMENTAR DA PROVÍNCIA DE SÃO PAULO (1868-1889). Alesp]'' {{presidentes do Brasil}} [[Categoria:Pessoas mortas]] [[Categoria:políticos do Brasil]] [[Categoria:presidentes do Brasil]] hiul6l51xzat7nn893tm2v5a83my6xe Campos Sales 0 8286 184874 174768 2022-08-03T01:22:28Z Leonaardog 15522 removed [[Category:Pessoas]]; added [[Category:Pessoas mortas]] using [[Help:Gadget-HotCat|HotCat]] wikitext text/x-wiki {{Autor |Wikisource= |Wikipedia=Campos Sales |Wikicommons= |Foto=Campos Sales.jpg |Nombre=Campos Sales |Gutenberg= |Cervantes= |DominioPu= |DomiPubli= |EbooksG= |Color=#c0c0c0 }} [[w:Campos Sales|Manuel Ferraz de '''Campos Sales''']] ''(Campinas, [[15 de Fevereiro]] de [[1841]] — Santos, [[28 de junho]] de [[1913]]) foi um político brasileiro e Presidente da República do Brasil entre 1898 e 1902.'' ---- * "Não posso obrigar ninguém a ser patriota, mas posso obrigar a pagar imposto". :- ''Fonte [https://economia.uol.com.br/impostoderenda/ultimas-noticias/2012/03/09/curiosidades-em-epoca-de-ir-o-que-grandes-nomes-ja-disseram-sobre-impostos.htm UOL]'' ==Sobre== * Campos Sales possuía um sitiozinho próximo de São Paulo. A propriedade não valia nada. Era quase toda numa pirambeira árida, sem condições de qualquer plantação. Logo no início de seu [[mandato]] foi procurado por um desses malandros cujos descendentes ainda andam por aí, interessado em maracutaias com o governo. O velhaco queria sinecuras, e, como acontece em casos assim, começou oferecendo uma. Perguntou se o [[presidente]] não estava disposto a vender o sítio, oferecendo uma quantia dez vezes superior ao seu [[valor]]. Para alegria do patife, Campos Sales disse que sim, que concordava com a transação e com o [[preço]], mas, diante da pergunta se poderiam providenciar a escritura para a semana seguinte, respondeu marcando a data para um [[dia]] depois do término de seu mandato. O interlocutor entendeu, sequer chegou a propor a negociata que pretendia e deixou o palácio do Catete para nunca mais voltar. ::- ''Sítios, grampos e contas - Carlos Chagas - clipping com notícias sobre os senadores e também do Senado http://www.senado.gov.br/sf/noticia/senamidia/historico/1998/11/zn111950.htm'' ==Ligações externas== * Alcindo Guanabara. '''A Presidência Campos Sales'''. – Brasília : Senado Federal, Conselho Editorial, 2002. 352 p. – (Coleção biblioteca básica brasileira). Disponível em <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/sf000057.pdf > {{presidentes do Brasil}} [[Categoria:Pessoas mortas]] [[Categoria:Políticos do Brasil]] [[Categoria:Presidentes do Brasil]] r7sjd31u5i43s1ai2c109tuvtv60hhg Rodrigues Alves 0 8297 184875 113874 2022-08-03T01:22:55Z Leonaardog 15522 removed [[Category:Pessoas]]; added [[Category:Pessoas mortas]] using [[Help:Gadget-HotCat|HotCat]] wikitext text/x-wiki {{Autor |Wikisource= |Wikipedia=Rodrigues Alves |Wikicommons= |Foto=FranciscodePaulaRodriguesAlves.jpg |Nombre=Rodrigues Alves |Gutenberg= |Cervantes= |DominioPu= |DomiPubli= |EbooksG= |Color=#c0c0c0 }} [[w:Rodrigues Alves|Francisco de Paula '''Rodrigues Alves''']] ''foi um político brasileiro (Guaratinguetá, [[7 de julho]] de [[1848]] – [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[16 de janeiro]] de [[1919]]). Presidente da república eleito duas vezes, cumpriu o primeiro mandato (1902 a 1906), mas faleceu antes de assumir o segundo (que deveria se estender de 1918 a 1922).'' ---- * '''"O meu programa de governo vai ser muito simples. Vou limitar-me quase exclusivamente a duas coisas: o saneamento e o melhoramento do porto do Rio de Janeiro”. ''' :- ''Em São Paulo, antes de embarcar no trem que o levaria ao Rio de Janeiro, o novo presidente disse a um amigo; Em 15 de novembro de 1902, quando assumia a presidência da República'' :- ''Fonte: http://www.culturabrasil.pro.br/rebelioesrep.htm '' * '''"O meu lugar é aqui!"''' :- ''Em 1904, irrompera no Rio (então, capital do Brasil), uma epidemia de varíola. A 16 de novembro de 1904, rebenta a revolta contra a vacina obrigatória, com fraco apoio militar. E Rodrigues Alves, teria sido advertido por seus ministros do perigo que corria no Palácio do Catete, e aconselhado a recolher-se a bordo de um navio de guerra'' :- ''Fonte: http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/quemdisse.html '' {{presidentes do Brasil}} [[Categoria:Pessoas mortas]] [[Categoria:políticos do Brasil]] [[Categoria:presidentes do Brasil]] en2fiexw6rc5imbc0lx9hvig41iapav 184876 184875 2022-08-03T01:25:15Z Leonaardog 15522 wikitext text/x-wiki {{Autor |Wikisource= |Wikipedia=Rodrigues Alves |Wikicommons= |Foto=FranciscodePaulaRodriguesAlves.jpg |Nombre=Rodrigues Alves |Gutenberg= |Cervantes= |DominioPu= |DomiPubli= |EbooksG= |Color=#c0c0c0 }} [[w:Rodrigues Alves|Francisco de Paula '''Rodrigues Alves''']] ''(Guaratinguetá, [[7 de julho]] de [[1848]] – [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[16 de janeiro]] de [[1919]]) foi um [[político]] [[brasil]]eiro. Presidente da república eleito duas vezes, cumpriu o primeiro mandato ([[1902]] a [[1906]]), mas faleceu antes de assumir o segundo (que deveria se estender de [[1918]] a [[1922]]).'' ---- * '''"O meu programa de governo vai ser muito simples. Vou limitar-me quase exclusivamente a duas coisas: o saneamento e o melhoramento do porto do Rio de Janeiro”. ''' :- ''Em São Paulo, antes de embarcar no trem que o levaria ao Rio de Janeiro, o novo presidente disse a um amigo; Em 15 de novembro de 1902, quando assumia a presidência da República'' :- ''Fonte: http://www.culturabrasil.pro.br/rebelioesrep.htm '' * '''"O meu lugar é aqui!"''' :- ''Em 1904, irrompera no Rio (então, capital do Brasil), uma epidemia de varíola. A 16 de novembro de 1904, rebenta a revolta contra a vacina obrigatória, com fraco apoio militar. E Rodrigues Alves, teria sido advertido por seus ministros do perigo que corria no Palácio do Catete, e aconselhado a recolher-se a bordo de um navio de guerra'' :- ''Fonte: http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/quemdisse.html '' {{presidentes do Brasil}} [[Categoria:Pessoas mortas]] [[Categoria:políticos do Brasil]] [[Categoria:presidentes do Brasil]] rn4mrxylulq4rdjhw01u3uqlwgskw89 Górgias de Leontini 0 14467 184888 142129 2022-08-03T03:29:16Z Leonaardog 15522 removed [[Category:Pessoas]]; added [[Category:Pessoas mortas]] using [[Help:Gadget-HotCat|HotCat]] wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = | Foto = | Wikisource = el:Γοργίας | Wikipedia = Górgias de Leontini | Wikicommons = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #c0c0c0 }} [[w:Górgias de Leontini|'''Górgias de Leontini''']] ''(Lentini, [[480 a.C.]] - Tessália, [[375 a.C.]]) foi professor de retórica, [[Filosofia|filósofo]] e embaixador em Atenas, tendo ensinado na Sicília e em várias cidades gregas até estabelecer-se na Tessália, local onde morreu com 105 anos de idade.'' ---- * "Ordem, para a cidade, virilidade; para o corpo, beleza; para a alma, sabedoria; para o ato, excelência; para o discurso, verdade. O contrário destes, desordem. Tanto homem, quanto mulher; tanto discurso, quanto obra; tanto cidade, quanto assunto privado, é preciso, por um lado, com louvor, honrar o digno de louvor; por outro lado, repreender ao indigno. Pois igual erro e ignorância é repreender coisas louváveis e louvar coisas repreensíveis". ::- ''Κόσμος πόλει μὲν εὐανδρία, σώματι δὲ κάλλος, ψυχῇ δὲ σοφία, πράγματι δὲ ἀρετή, λόγῳ δὲ ἀλήθεια· τὰ δὲ ἐναντία τούτων ἀκοσμία. ἄνδρα δὲ καὶ γυναῖκα καὶ λόγον καὶ ἔργον καὶ πόλιν καὶ πρᾶγμα χρὴ τὸ μὲν ἄξιον ἐπαίνου ἐπαίνῳ τιμᾶν, τῷ δὲ ἀναξίῳ μῶμον ἐπιθεῖναι· ἴση γὰρ ἁμαρτία καὶ ἀμαθία μέμφεσθαί τε τὰ ἐπαινετὰ καὶ ἐπαινεῖν τὰ μωμητά. :::- ''GÓRGIAS. Elogio de Helena. Tradução de Daniela Paulinelli. Belo Horizonte: Anágnosis, 2009. [Apresenta as traduções de textos gregos realizadas pelo grupo Anágnosis, da UFMG.] Disponível em: <http://prosacom.blogspot.com/search/?q=G%C3%B3rgias>. Acesso em: 31/01/2010). :::- ''veja ainda: [http://docs.google.com/fileview?id=0BztMadtZZ7MGNTQ0MTJmYjItZjFjMi00ODBiLWFlYzYtOTM2MmRiNzZkNjc3&hl=en texto grego e tradução] portuguesa {{pré-socráticos}} [[Categoria:Pessoas mortas]] [[Categoria:filósofos da Grécia]] 0g0icvtoma33xsxg7z4x3z7cn1rsbav Parmênides 0 14477 184887 145559 2022-08-03T03:28:33Z Leonaardog 15522 ±[[Categoria:Pessoas]]→[[Categoria:Pessoas mortas]]; ±[[Categoria:Filósofos]]→[[Categoria:Filósofos da Roma Antiga]] using [[Help:Gadget-HotCat|HotCat]] wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Parmênides | Foto = Parmenides.jpg | Wikisource = el:Παρμενίδης | Wikipedia = Parmênides | Wikicommons = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #c0c0c0 }} [[w:Parmênides|'''Parmênides''' de Eléia]] ''(cerca de [[530 a.C.]] - [[460 a.C.]]) nasceu em Eléia, hoje Vélia, Itália. Foi o fundador da escola eleática. '' ---- * “Se deve dizer e pensar de algo que é: porque existe o ser, não entretanto o não-ser." :- ''Fragmento B6'' :- ''original grego:'' "χρὴ τὸ λὲγειν τε νοεῖν τ᾿ ἐὸν ἔμμεναι: ἔστι γὰρ εἶναι, μηδὲν δ᾿ οὐκ ἔστιν·" ==Sobre== *"Em um só tempo admirável e terrível" :- Dito por [[Sócrates]]<ref>"Linguagens e formas de poder na antiguidade" - [http://books.google.com/books?id=Khc4uG6cvBYC&pg=PA206 p. 206], Neyde Theml, Editora MAUAD, FAPERJ, 1948, ISBN 8574780650, 9788574780658</ref> {{referências}} {{pré-socráticos}} [[Categoria:Pessoas mortas]] [[Categoria:Filósofos da Roma Antiga]] 05dls6wwecf51l15ne9hgognllhygee Alcmeão de Crotona 0 23550 184890 105509 2022-08-03T03:30:14Z Leonaardog 15522 removed [[Category:Pessoas]]; added [[Category:Pessoas mortas]] using [[Help:Gadget-HotCat|HotCat]] wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = | Foto = | Wikisource = | Wikipedia =Alcmeão de Crotona | Wikicommons = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #c0c0c0 }} [[w:Alcmeão de Crotona|'''Alcmeão de Crotona''']]'' (também se registra Alcmeon) (VI a.C.) foi um filósofo pré-socrático e médico grego de Crotona'' ---- ==Sobre== * "Diz, com efeito, que a maioria das coisas deste mundo, são duplas, indicando o efeito de oposições entre as coisas". ::- ''Aristóteles citando Alcmeão em [[s:el:Μεταφυσικά/Βιβλίο Α|Metafísica]], Livro 1 {{pré-socráticos}} [[Categoria:Pessoas mortas]] [[categoria:médicos da Grécia]] luay8h0avt7scvlh0nm2qolzx4211iv Utilizador Discussão:Chico 3 25288 184819 184297 2022-08-02T15:04:52Z Leonaardog 15522 /* Referências biográficas: Livros */ nova secção wikitext text/x-wiki <s></s>[[Usuário Discussão:Chico/2004-05|Arquivo de mensagens: 2004/2005]] - [[Usuário Discussão:Chico/2006|2006]] - [[Usuário Discussão:Chico/2007|2007]] - [[Usuário Discussão:Chico/2008|2008]] - [[Usuário Discussão:Chico/2009|2009]] - [[Usuário Discussão:Chico/2010-2015|2010-2015]] == Eliminação; == Apague sem conteúdo nenhum: [https://pt.wikiquote.org/wiki/Se_a_minha_palavra_te_tortura,_o_meu_silencio_te_mata.] [[Utilizador:Gvam3|Gvam3]] ([[Utilizador Discussão:Gvam3|discussão]]) 21h59min de 20 de setembro de 2015 (UTC) == Eliminação: Edwin Hubbell Chapin == Olá Chico, poderia acessar Wikipédia e ver artigo criado por você '''Edwin Hubbell Chapin''', pois proposto para eliminação --[[Utilizador:Xandi|Xandi]] ([[Utilizador Discussão:Xandi|discussão]]) 22h49min de 3 de junho de 2016 (UTC) == ideias == E como faço para publicar as minhas citações e não serem apagadas. bom dia [[Utilizador:Abraaoflag|Abraaoflag]] ([[Utilizador Discussão:Abraaoflag|discussão]]) 06h46min de 28 de junho de 2016 (UTC) : O wikiquote não é espaço adequado para citações dos voluntários; se tiver esta intenção procure um blog ou similares. --[[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 13h51min de 1 de julho de 2016 (UTC) Irmão Chico, podes me dar algumas ajudas[[Utilizador:Félix de Ascessão Sokola|Félix de Ascessão Sokola]] ([[Utilizador Discussão:Félix de Ascessão Sokola|discussão]]) 12h45min de 7 de janeiro de 2017 (UTC)? [[Utilizador:Félix de Ascessão Sokola|Félix de Ascessão Sokola]] ([[Utilizador Discussão:Félix de Ascessão Sokola|discussão]]) 12h45min de 7 de janeiro de 2017 (UTC) == Pages to be deleted == Hi :-) thanks for the corrections. But why did you revert the proposals of deletion of [[Usuário(a):SecretName101/]], [[Usuário(a):SecretName101]] and [[User Pt-Br]]? They are not used, test pages and especially in the wrong namespaces! "Usuário(a)" doesn't even exist. [[Utilizador:Superchilum|Superchilum]] ([[Utilizador Discussão:Superchilum|discussão]]) 13h53min de 20 de julho de 2016 (UTC) : {{done}} --[[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 14h05min de 20 de julho de 2016 (UTC) ::Obrigado ;-) [[Utilizador:Superchilum|Superchilum]] ([[Utilizador Discussão:Superchilum|discussão]]) 14h12min de 20 de julho de 2016 (UTC) == Edições == Olá Chico, estou dando uma pequena colaboração nesta Wiki, se achar algo errado em alguma das minhas edições, após ter ajeitado ela, me avise em que errei ... assim aprendo, claro que se for algo óbvio nem precisa ;) Saudações [[Utilizador:DARIO SEVERI|DARIO SEVERI]] ([[Utilizador Discussão:DARIO SEVERI|discussão]]) 14h08min de 4 de janeiro de 2017 (UTC) == [[Frédéric Bastiat]] == Parabéns! Era um assunto que te interessava ou você aproveitou o empurrão inicial? De qualquer modo você é que fez a maior parte. Saudações [[Utilizador:DARIO SEVERI|DARIO SEVERI]] ([[Utilizador Discussão:DARIO SEVERI|discussão]]) 01h35min de 7 de janeiro de 2017 (UTC) == Share your experience and feedback as a Wikimedian in this global survey == <div class="plainlinks mw-content-ltr" lang="pt" dir="ltr"> Olá! A Fundação Wikimedia gostaria de seus comentários numa pesquisa. Queremos saber como estamos em apoiar seu trabalho nas wikis e fora delas, bem como se devemos modificar ou melhorar alguns temas no futuro.<ref>Essa pesquisa foi projetada para receber comentários sobre o trabalho atual da WMF, não sobre sua estratégia a longo prazo.</ref> As opiniões por você compartilhadas afetarão diretamente no trabalho atual e futuro da Fundação. Escolhemos você aleatoriamente para essa pesquisa por querermos saber mais acerca da sua comunidade. Para agradecer você pelo seu tempo, estaremos sorteando 20 camisas da Wikimedia para pessoas aleatórias que participarem da pesquisa.<ref>Por questões legais: nenhuma compra necessária. Deve ser maior de idade para participar. Patrocínio pela Fundação Wikimedia, localizada em 149 New Montgomery, São Francisco, CA, EUA, 94105. Válido até 31 de janeiro de 2017. Nulo onde esteja proibido. [[m:Community Engagement Insights/2016 contest rules|Clique aqui para ver as regras do concurso]].(em inglês).</ref> A pesquisa estará disponível em vários idiomas, e levará entre 20 e 40 minutos. <big>'''[https://wikimedia.qualtrics.com/SE/?SID=SV_6mTVlPf6O06r3mt&Aud=VAE&Src=57VAEOP Participe da pesquisa!]'''</big> Saiba mais sobre [[m:Community_Engagement_Insights/About_CE_Insights|este projeto]] (em inglês). Essa pesquisa está sendo organizada por um serviço de terceiros, e administrada por esta [[:foundation:Community_Engagement_Insights_2016_Survey_Privacy_Statement|declaração de privacidade]] (em inglês). Por favor, visite nossa [[m:Community_Engagement_Insights/Frequently_asked_questions|página de perguntas frequentes]] (em inglês) para saber mais sobre essa pesquisa.. Para ajuda adicional ou para cancelar o recebimento de futuras mensagens sobre essa pesquisa, envie um e-mail para surveys@wikimedia.org.. Obrigado! --[[:m:User:EGalvez (WMF)|EGalvez (WMF)]] ([[:m:User talk:EGalvez (WMF)|talk]]) 22h25min de 13 de janeiro de 2017 (UTC) </div> <!-- Mensagem enviada por User:EGalvez (WMF)@metawiki utilizando a lista em https://meta.wikimedia.org/w/index.php?title=Community_Engagement_Insights/MassMessages/Lists/2016/57-VAEOP&oldid=16205400 --> == Ajustes == Olá Chico, obrigado pelos ajustes que fizeste nas minhas edições pois estou aprendendo com eles. No artigo [[Coluche]] notei que você colocou duas categorias na mesma linha e eu as separei, mas depois fiquei na dúvida se agi certo, tinha algum significado elas na mesma linha? se estou errado retorne para a tua edição. Deixei de editar aqui pois estou um pouco ocupado nas outras wikis, principalmente na Wikivoyage e Wikinoticias, na primeira estou me candidatando a sysop pois não tem nenhum ativo por lá. Saudações [[Utilizador:DARIO SEVERI|DARIO SEVERI]] ([[Utilizador Discussão:DARIO SEVERI|discussão]]) 21h44min de 18 de janeiro de 2017 (UTC) :Bem, o que você citou eu já sabia, a minha dǘvida era se nesta Wiki você estava preferindo adotar um padrão específico, mas pela tua resposta parece que não há. Ótimo isso facilita. Abs [[Utilizador:DARIO SEVERI|DARIO SEVERI]] ([[Utilizador Discussão:DARIO SEVERI|discussão]]) 02h45min de 19 de janeiro de 2017 (UTC) == Confuso == Olá Chico, fiquei um pouco confuso lá na Wikipédia, pois eu adicionei a predefinição 'wikiquote' no artigo [[w:Alfred Tarski|Alfred Tarski]] e o sysop He7d3r a removeu [https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Alfred_Tarski&type=revision&diff=47809344&oldid=47809163] citando "(Foram revertidas as edições de DARIO SEVERI, com o conteúdo passando a estar como na última edição de Vítor. Redundante: já foi movido para a barra lateral, via Wikidata)" ... porem notei que você adicionou a predefinição novamente, qual dois está certo? Saudações [[Utilizador:DARIO SEVERI|DARIO SEVERI]] ([[Utilizador Discussão:DARIO SEVERI|discussão]]) 23h43min de 27 de janeiro de 2017 (UTC) == Requests == Hi Chico :-) I'd like to report that [[:Categoria:Páginas para eliminação rápida]] is full of categories and pages to be deleted, when you have time. In addition, I'd like to ask if [https://pt.wikiquote.org/w/index.php?title=Especial%3A%C3%8Dndice+por+prefixo&prefix=Babel%3A&namespace=0&hideredirects=1 all these pages] with prefix "Babel:" should be moved to "Predefinição" namespace. Thank you, bye. --[[Utilizador:Superchilum|Superchilum]] ([[Utilizador Discussão:Superchilum|discussão]]) 08h21min de 26 de fevereiro de 2017 (UTC) {{done}} --[[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 15h32min de 27 de fevereiro de 2017 (UTC) :Thank you! :-) what about [https://pt.wikiquote.org/w/index.php?title=Especial%3A%C3%8Dndice+por+prefixo&prefix=Babel%3A&namespace=0&hideredirects=1 the pages] with prefix "Babel:"? Should they moved to "Predefinição" namespace, shouldn't they? --[[Utilizador:Superchilum|Superchilum]] ([[Utilizador Discussão:Superchilum|discussão]]) 07h28min de 28 de fevereiro de 2017 (UTC) ::Should they or not? :-) --[[Utilizador:Superchilum|Superchilum]] ([[Utilizador Discussão:Superchilum|discussão]]) 16h21min de 18 de junho de 2017 (UTC) : Acredito que sim. Se puder resolver agradeço. --[[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 10h59min de 24 de junho de 2017 (UTC) == Série sobre Presidentes do Brasil == Por obséquio, poderias incluir o nome de Pedro Aleixo na Série sobre Presidentes do Brasil? [[Utilizador:Eurodix|Eurodix]] ([[Utilizador Discussão:Eurodix|discussão]]) 17h06min de 29 de abril de 2017 (UTC) : De acordo com informações da [[w:Lista_de_presidentes_do_Brasil|wikipédia]], embora ele tenha sido vice-presidente, ele não chegou a tomar posse como presidente "por manobra de militares" - --[[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 11h47min de 2 de maio de 2017 (UTC) :: [[Utilizador:Chico|Chico]]: Acontece que Júlio Prestes e Tancredo Neves estão na lista, e eles também não exerceram a presidência. [[Utilizador:Eurodix|Eurodix]] ([[Utilizador Discussão:Eurodix|discussão]]) 02h35min de 6 de maio de 2017 (UTC) ::: Creio que seja o caso de retirá-los então. --[[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 22h07min de 7 de maio de 2017 (UTC) Olá Chico eu estava dando uma revisada no "[[Wikiquote:Tema em destaque]]" e vi um pequeno erro no artigo destacado Está escrito desse jeito EERNIA em vez de ser "Energia". Estou apenas avisando para que esse erro seja revisado e consertado por você eu tentei mas não consegui espero que tenha ajudado. - :[[Utilizador:Grievers|Grievers]] ([[Utilizador Discussão:Grievers|discussão]]) 02h44min de 4 de maio de 2017 (UTC) :: {{feito}} --[[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 22h07min de 7 de maio de 2017 (UTC) Oi Chico criei um artigo recentemente com o título errado e acabei de fazer uma alteração e o título errado ficou relacionado ao original eu deixa essa tarefa para você excluir o redirecionamento - ops: (Link abaixo) --[[Utilizador:Grievers|Grievers]] ([[Utilizador Discussão:Grievers|discussão]]) 17h24min de 14 de maio de 2017 (UTC) [https://pt.wikiquote.org/w/index.php?title=Tereza_Mey&action=edit Veja] == [[Wikiquote:Página de discussão]] == Olá Chico, fiz a proteção por uma semana da página acima, eu não entendo o motivo dela estar sendo vandalizada mas vai entender vândalos. Se você discordar da proteção retire ela. Abraços [[Utilizador:DARIO SEVERI|DARIO SEVERI]] ([[Utilizador Discussão:DARIO SEVERI|discussão]]) 15h25min de 27 de julho de 2017 (UTC) == CPU == Olá Chico, eliminei a página [[Zanata Andrade]], que você já tinha eliminado anteriormente em abril deste ano. A mesma foi eliminada diversas vezes na Wikipédia mas insistem em recria-la, talvez fosse o caso de bloquear o criador, Zane drade8, por ser uma conta de proposito único? Você decide. Saudações [[Utilizador:DARIO SEVERI|DARIO SEVERI]] ([[Utilizador Discussão:DARIO SEVERI|discussão]]) 07h52min de 3 de setembro de 2017 (UTC) == WikiQuote Pierre Bourdieu == Chico, como vai? Houve uma reversão no wikiquote de Pierre Bourdieu. https://pt.wikiquote.org/wiki/Pierre_Bourdieu Salvo engano, a foto que está lá não é de Pierre Bourdieu. Além disso, eu não entendi o motivo da reversão. Só foram deixadas quotes do livro "Sobre a Televisão". Qual foi o motivo? Como sou novo nesse tipo de edição, gostaria de saber. Grato. : Olá. Não ficou claro imediatamente o motivo da eliminação da imagem, que consta no wikicommons. De qualquer forma troquei para outra foto, mais comumente utilizada em outros projetos. : no caso de edições pode ser utizado a linha resumo, posicionada logo acima de salvar alterações, se quiser explicitar motivos relevantes de edições. : Desculpe o transtorno. : --[[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 15h44min de 10 de março de 2019 (UTC) == WikiQuote Bourdieu II== Chico, como vai? Tenho muitas citações importantes de várias obras de Bourdieu que gostaria de citar no WikiQuote. Qual seria a estratégia? Separar por obras? Abrir um wikiquote para cada obra? Obrigado. Eu não entendi, portanto, porque as que eu indiquei não foram revertidas para publicação. == Vandalismo == Boas Chico. Como não encontro uma página equivalente à de pedidos de bloqueio da Wikipédia, venho recorrer a si: recentemente houve um IP que inseriu insultos em várias PDU's: [[Especial:Contribuições/186.214.131.222|186.214.131.222]]. Quase certamente que é algum ressabiado da Wikipédia que desde há meses que tem vindo a fazer o mesmo em várias Wikipédias a admins da wp.pt. Obrigado pela atenção. Cumprimentos. --[[Utilizador:Stegop|Stegop]] ([[Utilizador Discussão:Stegop|discussão]]) 23h07min de 9 de abril de 2019 (UTC) :Olá Chico, apliquei um bloqueio de uma semana no IP mas não creio que adianta muito pois eles sempre voltam com um outro IP. Atenciosamente. [[Utilizador:DARIO SEVERI|DARIO SEVERI]] ([[Utilizador Discussão:DARIO SEVERI|discussão]]) 02h57min de 10 de abril de 2019 (UTC) == Olá! == Poderia dar uma olhada [[Wikiquote:Esplanada#Organização_da_Esplanada_e_Arquivos|aqui]]? As páginas estão protegidas e como não sou mais administrador, não tenho como mover e terminar a organização. Obrigado [[User:Sir Lestaty de Lioncourt|@lestaty]] <sup>[[User talk:Sir Lestaty de Lioncourt|discuţie]]</sup> 19h24min de 11 de abril de 2019 (UTC) == Discussão sobre movimento estratégico global == Caro Chico, Gostaria de informá-lo sobre a criação [[Wikiquote:Esplanada#Introdução_à_discussão_sobre_o_processo_estratégico|desta discussão]] na Esplanada. Como membro atuante deste projeto, pode ter interesse em participar e expor sua visão sobre as questões levantadas no processo estratégico. Caso possua alguma dúvida sobre a discussão, me coloco à disposição para ajudar. Espero que participe! Abraço. [[Utilizador:LTeles (WMF)|LTeles (WMF)]] ([[Utilizador Discussão:LTeles (WMF)|discussão]]) 01h18min de 23 de abril de 2019 (UTC) == Community Insights Survey == <div class="plainlinks mw-content-ltr" lang="pt" dir="ltr"> '''Compartilhe sua experiência nesta pesquisa''' Olá {{PAGENAME}}, A Fundação Wikimedia está solicitando sua opinião em uma pesquisa sobre sua experiência com o {{SITENAME}} e a Wikimedia. O objetivo desta pesquisa é saber como a Fundação está apoiando seu trabalho na wiki e como podemos mudar ou melhorar as coisas no futuro. As opiniões que você compartilha afetarão diretamente o trabalho atual e futuro da Fundação Wikimedia. Por favor, leve de 15 a 25 minutos para '''[https://wikimedia.qualtrics.com/jfe/form/SV_0pSrrkJAKVRXPpj?Target=CI2019List(other,act3) dê sua opinião através desta pesquisa]'''. Está disponível em vários idiomas. Esta pesquisa é hospedada por terceiros e [https://foundation.wikimedia.org/wiki/Community_Insights_2019_Survey_Privacy_Statement regido por esta declaração de privacidade] (em inglês). Encontre [[m:Community Insights/Frequent questions|mais informações sobre este projeto]]. [mailto:surveys@wikimedia.org Envia-nos um email] se você tiver alguma dúvida ou se não quiser receber mensagens futuras sobre essa pesquisa. Atenciosamente, </div> [[User:RMaung (WMF)|RMaung (WMF)]] 14h31min de 9 de setembro de 2019 (UTC) <!-- Mensagem enviada por User:RMaung (WMF)@metawiki utilizando a lista em https://meta.wikimedia.org/w/index.php?title=CI2019List(other,act3)&oldid=19352826 --> == Reminder: Community Insights Survey == <div class="plainlinks mw-content-ltr" lang="pt" dir="ltr"> '''Compartilhe sua experiência nesta pesquisa''' Olá {{PAGENAME}}, Algumas semanas atrás, nós convidamos você a Pesquisa de informações da comunidade. É a pesquisa anual da Fundação Wikimedia sobre nossas comunidades globais. Queremos aprender o quanto apoiamos seu trabalho na wiki. Estamos 10% para o nosso objectivo para a participação. Se você ainda não fez a pesquisa, pode nos ajudar a atingir nossa meta! '''Sua voz é importante para nós.''' Por favor, leve de 15 a 25 minutos para '''[https://wikimedia.qualtrics.com/jfe/form/SV_0pSrrkJAKVRXPpj?Target=CI2019List(other,act3) dê sua opinião através desta pesquisa]'''. Está disponível em vários idiomas. Esta pesquisa é hospedada por terceiros e [https://foundation.wikimedia.org/wiki/Community_Insights_2019_Survey_Privacy_Statement regido por esta declaração de privacidade] (em inglês). Encontre [[m:Community Insights/Frequent questions|mais informações sobre este projeto]]. [mailto:surveys@wikimedia.org Envia-nos um email] se você tiver alguma dúvida ou se não quiser receber mensagens futuras sobre essa pesquisa. Atenciosamente, </div> [[User:RMaung (WMF)|RMaung (WMF)]] 19h12min de 20 de setembro de 2019 (UTC) <!-- Mensagem enviada por User:RMaung (WMF)@metawiki utilizando a lista em https://meta.wikimedia.org/w/index.php?title=CI2019List(other,act3)&oldid=19397751 --> == Reminder: Community Insights Survey == <div class="plainlinks mw-content-ltr" lang="pt" dir="ltr"> '''Compartilhe sua experiência nesta pesquisa''' Olá {{PAGENAME}}, Algumas semanas atrás, nós convidamos você a Pesquisa de informações da comunidade. É a pesquisa anual da Fundação Wikimedia sobre nossas comunidades globais. Queremos aprender o quanto apoiamos seu trabalho na wiki. Estamos 30% para o nosso objectivo para a participação. Se você ainda não fez a pesquisa, pode nos ajudar a atingir nossa meta! '''Sua voz é importante para nós.''' Por favor, leve de 15 a 25 minutos para '''[https://wikimedia.qualtrics.com/jfe/form/SV_0pSrrkJAKVRXPpj?Target=CI2019List(other,act3) dê sua opinião através desta pesquisa]'''. Está disponível em vários idiomas. Esta pesquisa é hospedada por terceiros e [https://foundation.wikimedia.org/wiki/Community_Insights_2019_Survey_Privacy_Statement regido por esta declaração de privacidade] (em inglês). Encontre [[m:Community Insights/Frequent questions|mais informações sobre este projeto]]. [mailto:surveys@wikimedia.org Envia-nos um email] se você tiver alguma dúvida ou se não quiser receber mensagens futuras sobre essa pesquisa. Atenciosamente, </div> [[User:RMaung (WMF)|RMaung (WMF)]] 17h02min de 4 de outubro de 2019 (UTC) <!-- Mensagem enviada por User:RMaung (WMF)@metawiki utilizando a lista em https://meta.wikimedia.org/w/index.php?title=CI2019List(other,act3)&oldid=19430537 --> : Questionário respondido. --[[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 13h06min de 5 de outubro de 2019 (UTC) == Verificabilidade == Olá Chico! Sou editor da Wikipédia e lá atuo principalmente como reversor no combate ao vandalismo. Tenho notado que neste projeto muitas informações são inseridas com fontes duvidosas como blogs, artigos de opinião, vídeos do youtube etc. No entanto aqui uma das políticas é "Não apague: corrija e acrescente". Surgiu uma dúvida se estaria fazendo certo ao remover as citações sem fontes fiáveis, pois na Wikipédia o ônus da prova reside em quem inseriu a informação ou deseja que ela seja mantida. Caso esteja errado, se puder me dar alguma orientação de como proceder em casos parecidos para evitar uma guerra de edições ou que a desinformação continue eu agradeço muito. Saudações e boas contribuições! [[Utilizador:Young Brujah|Young Brujah]] ([[Utilizador Discussão:Young Brujah|discussão]]) 12h13min de 3 de dezembro de 2019 (UTC) Obrigado pelos votos de uma boa estadia, Chico. [[Utilizador:Tigre200|Tigre200]] ([[Utilizador Discussão:Tigre200|discussão]]) 18h12min de 14 de dezembro de 2019 (UTC) == Comportamento do usuário ‎Young Brujah == :Boa noite! :Vejo que você é um administrador do Wikiquote na versão de língua portuguesa. :Venho aqui lhe pedir, encarecidamente, que tome alguma providência em relação ao comportamento inadequado do usuário [[Utilizador:Young_Brujah|Young Brujah]]. Ele vem, sistematicamente e inadvertidamente, apagando contribuições válidas, dentro das regras do projeto, inclusive com fontes para verificação de quem assim desejar. Apagar contribuição válida de outrem é atitude que contraria, indiscutivelmente, os princípios e a filosofia de projetos wiki. : Ademais, ele tem invertido um princípio: ao contribuidor cabe citar referências; e a quem duvidar da fiabilidade e autenticidade da fonte citada cabe o ônus da prova de que a fonte é ruim, inadequada, inválida. Pois, se valesse a concepção dele, os projetos da Wikimedia, como a Wikipédia, por exemplo, estariam prejudicados, inviabilizados: ao citar uma fonte, nas referências, eu deveria juntamente citar/arrolar um laudo técnico que prova que aquele conteúdo é autêntico e não foi manipulado, o que, convenhamos, beira o nonsense. Para se ter uma ideia da insanidade, ele tem dito coisas como: vídeos no YouTube não são válidos, uma vez que podem ser adulterados. Ok, mas o YouTube contém entrevistas, filmes, documentários etc. e, a julgar pelo princípio por ele postulado, arbitrariamente diga-se de passagem, inviabiliza-se citar qualquer conteúdo de teor audiovisual. : Outra coisa que ele tem feito e que, convenhamos, é uma brutal arbitrariedade: ele tem dito: O Antagonista é uma fonte parcial, de direita e que, portanto, não é fiável. Oras, mas de igual maneira tem-se várias outras fontes que têm linha editorial diversa, progressista, de esquerda, e que, contudo, são fontes válidas. Além disso, geralmente quando se cita O Antagonista, cita-se apenas para indicar um veículo de mídia em que saiu uma fala, frase de alguém e que, provavelmente, saiu também em outra fonte, tendo-se mesmo, por vezes, até áudio ou vídeos que corroboram o que lá foi veiculado. Mais ainda: O Antagonista é um veículo de mídia quase tão conhecido e citado, por parlamentares, por exemplo, como são a Folha de S. Paulo, O Estadão, O Globo, a Veja, a Época etc. Não cabe ao nosso colega [[Utilizador:Young_Brujah|Young Brujah]] instituir aqui uma espécie de &ldquo;ministério da Verdade&rdquo; que seleciona quais são as fontes de mídia válidas e quais não são: os critérios são mais simples: É uma fonte conhecida? Notória? Citada por pessoas conhecidas e participantes da vida nacional? Então é fonte válida. : Posso contar com a sua ajuda para resolvermos esse assunto? : [[Utilizador:Leonardo Coelho|Leonardo Coelho]] ([[Utilizador Discussão:Leonardo Coelho|discussão]]) 01h05min de 17 de dezembro de 2019 (UTC) ::Sim! Acho que já passou da hora de resolver essa disputa tosca uma vez que o usuário [[Utilizador:Leonardo Coelho|Leonardo Coelho]] se nega a discutir e buscar consenso nos locais adequados, prefere entrar em guerras de edições que não levam a lugar algum e fazer acusações infundadas. Pois bem. Primeiramente peço desculpas por estar argumentando aqui neste local inadequado. Dito isso... ::Todas as minha edições tem como base a política de [[w:Wikipédia:Verificabilidade|verificabilidade]] da Wikipédia. Lá está explícito: "''O ônus da prova reside nos editores que introduziram determinada informação num artigo ou naqueles que desejem que a informação seja mantida. Os editores devem portanto providenciar as referências. Se determinada informação num artigo não for baseada em fontes reputadas, fiáveis e independentes, a Wikipédia não deverá incluir essa informação''". Não sou eu, individualmente, que julgo a reputação de uma referência: é a comunidade. Na Wiki, é altamente recomendável evitar utilizar fontes de interesses declarados em certos artigos, uma vez que há a possibilidade de surgir um conflito de interesses que ferem o princípio da imparcialidade (como o Antagonista). Sobre vídeos no Youtube fui orientado que costumam ser boas referências, mas ficamos à mercê do trecho que o usuário selecionou para atribuir a citação. Ainda que não fosse manipulado ou editado, é preferível utilizar fontes que explicitem a citação literal com todo o seu contexto. Veja [https://pt.wikiquote.org/w/index.php?title=Che_Guevara&diff=169330&oldid=169324 esta edição] que fiz (ironicamente foi a única que o usuário [[Utilizador:Leonardo Coelho|Leonardo Coelho]] não desfez): a priori eu removi a citação pois não haviam fontes fiáveis, reputadas e independentes que garantiam a veracidade da citação. IPs apresentaram como fonte um blog de opinião da revista Veja cujo escritor é Reinaldo Azevedo (que é declaradamente parcial neste tópico) e um vídeo no Youtube de procedência e qualidade duvidável. Eu reverti a edição justamente por ter posto isso em cheque, e, no entanto, fui atrás da informação. Veja: o ônus não era meu, no entanto como eu estou neste projeto para colaborar e construir o conhecimento livre, fui atrás da fonte mais fidedigna para incluir a citação, no caso o documento oficial da ONU. Não é melhor assim? :) Espero que o usuário entenda que não é nenhuma questão pessoal e tampouco arbitrária, pois é exatamente esse tipo de preocupação que garante a qualidade das informações nos projetos Wiki. No mais, convido-o a novamente discutir cada artigo em específico em sua devida página de discussão caso haja discordâncias de conteúdo. Att [[Utilizador:Young Brujah|Young Brujah]] ([[Utilizador Discussão:Young Brujah|discussão]]) 06h50min de 17 de dezembro de 2019 (UTC) :::Estamos vivendo num contexto em que a informação é manipulada por diversos interesses, o que demandou a criação de diversas agências de verificação de conteúdo; mas é difícil ter uma verdade 100% assegurada :::Neste contexto acredito que os parâmetros adequados seriam :::a) O ideal seria inserir apenas citações com fontes primárias (livros escritos pelo próprio autor), indicando a obra, editora, data de edição, página, etc. :::Citando obra em outro idioma que não seja o português, indicar a citação também na língua original, para facilitar a checagem :::b) Para fontes secundárias, logo abaixo da citação indicar algo como '''como citado por...''', com o link respectivo para checagem da ''origem da informação'', mesmo que isto não signifique ''veracidade da informação'' :::c) Para citações baseadas nestas fontes secundárias creio que não precisem ser eliminadas de imediato, desde que tenham a fonte indicada (que seja ''Antagonista'' ou ''Reinaldo Azevedo''), todavia poderiam ser acrescentados logo abaixo da citação controversa outras fontes indicando contexto que possam esclarecer o ponto de vista controverso :::ou ainda, outras citações (com respectivas fontes) demonstrando outro ponto de vista sobre a questão :::Para citações eminentemente absurdas, no sentido de mal atribuídas, poderiam ser transferidas para a página de discussão do artigo respectivo, num subtitulo tipo mal-atribuídas, como é feito no wikiquote inglês. :::d) Fontes que poderiam ser utilizadas: livros, revistas, jornais, youtube :::e) Fontes que devem ser evitadas: facebook e similares :::Espero que estas diretrizes possam colaborar para diminuir as tensões no projeto. :::--[[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 12h01min de 17 de dezembro de 2019 (UTC) :::: Colega, eu pedi ajuda e você não toma qualquer atitude... poxa, está difícil ver que o usuário Young Brujah está agindo de maneira arbitrária, subjetiva e autoritária? :::: [[Utilizador:Leonardo Coelho|Leonardo Coelho]] ([[Utilizador Discussão:Leonardo Coelho|discussão]]) 10h09min de 18 de dezembro de 2019 (UTC) :::::Veja em [[Discussão:Karl Marx]], eu segui as orientações e diretrizes e busco consenso. O usuário está em um comportamento disruptivo de POV pushing. [[Utilizador:Young Brujah|Young Brujah]] ([[Utilizador Discussão:Young Brujah|discussão]]) 10h12min de 18 de dezembro de 2019 (UTC) ::::: Cara, bloquear-me? Oxe, eu não estou revertendo/desfazendo as contribuições de ninguém aqui... quem está com essa atitude é o usuário [[User:Young_Brujah|Young Brujah]] que está, sistematicamente, e sem qualquer advertência sua, anulando as minhas contribuições. O usuário em questão está, na verdade, caçando o meu direito de participar, legitimamente, do projeto. Se quer me bloquear, oras, o que eu posso fazer? A única coisa que posso fazer é lamentar o mal uso que você faz da sua prerrogativa de administrador... eu lamento a sua inoperância e o seu consentimento em relação ao comportamento de Young Brujah: ele está, claramente, transformando esse projeto wiki num projeto com viés político... faça o que quiser! ::::: [[Utilizador:Leonardo Coelho|Leonardo Coelho]] ([[Utilizador Discussão:Leonardo Coelho|discussão]]) 15h12min de 21 de dezembro de 2019 (UTC) == Proteção e GEs == Saudações [[Utilizador:Chico|Chico]], se você observar há uma tentativa de consenso acontecendo em [[Discussão:Joseph Goebbels]]. Restringir as edições por um ano sem qualquer tipo de consulta aos editores ativos neste projeto [https://pt.wikiquote.org/wiki/Wikiquote:Administradores#O_que_os_administradores_n%C3%A3o_s%C3%A3o ultrapassa as tarefas dos sysops]. Há muito o que melhorar naqueles artigos e em tantos outros, o que deveria ter sido feito é o bloqueio do usuário quando o mesmo realizava ataques pessoais e violações sistemáticas das normas de conduta. Att [[Utilizador:Young Brujah|Young Brujah]] ([[Utilizador Discussão:Young Brujah|discussão]]) 13h51min de 22 de março de 2020 (UTC) : Chico, como disse aí acima o colega, você não pode apenas bloquear a página: você é um administrador e deve, obrigatoriamente, entrar no mérito da discussão. Não tem como criar consensos sem discutir. [[Utilizador:Leonardo Coelho|Leonardo Coelho]] ([[Utilizador Discussão:Leonardo Coelho|discussão]]) 15h21min de 22 de março de 2020 (UTC) Ok. Liberando o artigo de [[Joseph Goebbels]] para avaliar o consenso anunciado. --[[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 21h46min de 22 de março de 2020 (UTC) == Utilizador tentando fazer promoção pessoal == Olá, Chico. Estou enviando essa mensagem para você e para o Sturm. Eu tenho pouquíssimo conhecimento de como as coisas funcionam aqui no WikiQuote. Não sei se vocês tem algum "critério de notoriedade" e por isso envio mensagem para vocês que são sysops aqui. Na Pt.WP, eu sou eliminador e há algum tempo lidamos com um editor que tenta criar artigos para um tal "Honicli". Lá esse artigo foi criado e recriado diversas vezes, de diversas formas diferentes e por diversos socks da mesma pessoa. Hoje encontrei aqui [[Honicli]]. Me parece tentativa de uso do WikiQuote para promoção pessoal (assim como no caso da Pt.WP). Mas como eu não conheço nada sobre o funcionamento desse projeto prefiro mandar mensagem para alguém que saiba afim de tomar as medidas cabíveis (se houver medida a ser tomada). PS: Se você responder essa mensagem, você pode, por favor, me marcar/pingar? Eu não venho muito aqui então se você não me marcar posso acabar não vendo. Abraço e obrigado por seu tempo--[[Utilizador:SirEdimon|SirEdimon]] ([[Utilizador Discussão:SirEdimon|discussão]]) 22h54min de 21 de maio de 2020 (UTC) ::- as recomendações são similares; no geral procuramos seguir as diretrizes da wikipedia. --[[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 15h18min de 24 de maio de 2020 (UTC) :::Obrigado, por responder e resolver o problema.--[[Utilizador:SirEdimon|SirEdimon]] ([[Utilizador Discussão:SirEdimon|discussão]]) 21h15min de 24 de maio de 2020 (UTC) == Main page update == Hi, the main page needs to be updated per [[phab:T254287]]. I prepared a new mobile-friendly version [[Utilizador:Sakretsu/Testes|here]], but now I need an admin to proceed with following steps similar to what has been done on pt.wiki: # replace the content in [[Predefinição:Comunidade]] with https://pt.wikiquote.org/w/index.php?title=Utilizador:Sakretsu/Testes/2&action=edit&oldid=171263 # replace the content in [[Página principal]] with https://pt.wikiquote.org/w/index.php?title=Utilizador:Sakretsu/Testes&action=edit&oldid=171264 # protect [[Predefinição:Página principal/styles.css]] Can you please do it? Thanks--[[Utilizador:Sakretsu|Sakretsu]] ([[Utilizador Discussão:Sakretsu|discussão]]) 21h06min de 9 de junho de 2020 (UTC) : {{feito}} --[[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 15h30min de 21 de junho de 2020 (UTC) == Por favor verifique seu email == Olá, {{PAGENAME}}: Por favor verifique seu email! Assunto: "The Community Insights survey is coming!" Se você tiver alguma dúvida, envie um e-mail para surveys@wikimedia.org. (English: Please check your email and spam! Subject is "The Community Insights survey is coming!" If you have questions, email surveys@wikimedia.org.) Sorry for the inconvenience, [[:pt:Special:Diff/59442306|you can read my explanation here]]. [[Utilizador:MediaWiki message delivery|MediaWiki message delivery]] ([[Utilizador Discussão:MediaWiki message delivery|discussão]]) 16h47min de 25 de setembro de 2020 (UTC) <!-- Mensagem enviada por User:Samuel (WMF)@metawiki utilizando a lista em https://meta.wikimedia.org/w/index.php?title=User:Samuel_(WMF)/Community_Insights_survey/pt&oldid=20479028 --> == Olá == Olá Chico! Passando aqui pelo Wikiquote notei os seguintes redirecionamentos quebrados: *[[Lógica da economia]] *[[Lógica da Economia]] *[[Lógica econômica]] Poderia eliminá-los? Obrigado! [[Utilizador:Edu!|Edu!]] ([[Utilizador Discussão:Edu!|discussão]]) 19h50min de 20 de dezembro de 2021 (UTC) {{done}} --[[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 21h13min de 20 de dezembro de 2021 (UTC) == Olá == Olá, você poderia eliminar [[Jessé Souza|esse VDA]]? Páginas inteiras de um livro estão sendo citadas ali, isso excede claramente o uso justo. [[Utilizador:Perfektsionist|Perfektsionist]] ([[Utilizador Discussão:Perfektsionist|discussão]]) 18h30min de 30 de dezembro de 2021 (UTC) :Olá. Creio que a melhor opção seria sugerir adaptação do artigo para restringir para um número razoável de citações, que não impliquem violação de direito autoral. [[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 13h41min de 31 de dezembro de 2021 (UTC) ::Qual seria um "número razoável de citações"? [[Utilizador:Perfektsionist|Perfektsionist]] ([[Utilizador Discussão:Perfektsionist|discussão]]) 15h38min de 31 de dezembro de 2021 (UTC) :::um ponto de partida pode ser o mesmo do wikiquote [http://translate.google.com/translate?langpair=de|pt&u=http%3A%2F%2Fde.wikiquote.org%2Fwiki%2FWikiquote%3AUrheberrechte_beachten alemão] que tem um parâmetro de 10 citações curtas para obras que não estejam em domínio publico. [[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 15h39min de 1 de janeiro de 2022 (UTC) :::outro parâmetro que pode ser levado em consideração é a da [[q:en:Wikiquote:Limits_on_quotations#Books|versão inglesa]], que prevê um máximo de cinco linhas de prosa ou oito linhas de poesia para cada dez páginas de um livro que não seja de domínio público. Isso é igual a cerca de 1,25% do conteúdo total de um livro. [[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 16h55min de 1 de janeiro de 2022 (UTC) == How we will see unregistered users == <div lang="en" dir="ltr" class="mw-content-ltr"> <section begin=content/> Hi! You get this message because you are an admin on a Wikimedia wiki. When someone edits a Wikimedia wiki without being logged in today, we show their IP address. As you may already know, we will not be able to do this in the future. This is a decision by the Wikimedia Foundation Legal department, because norms and regulations for privacy online have changed. Instead of the IP we will show a masked identity. You as an admin '''will still be able to access the IP'''. There will also be a new user right for those who need to see the full IPs of unregistered users to fight vandalism, harassment and spam without being admins. Patrollers will also see part of the IP even without this user right. We are also working on [[m:IP Editing: Privacy Enhancement and Abuse Mitigation/Improving tools|better tools]] to help. If you have not seen it before, you can [[m:IP Editing: Privacy Enhancement and Abuse Mitigation|read more on Meta]]. If you want to make sure you don’t miss technical changes on the Wikimedia wikis, you can [[m:Global message delivery/Targets/Tech ambassadors|subscribe]] to [[m:Tech/News|the weekly technical newsletter]]. We have [[m:IP Editing: Privacy Enhancement and Abuse Mitigation#IP Masking Implementation Approaches (FAQ)|two suggested ways]] this identity could work. '''We would appreciate your feedback''' on which way you think would work best for you and your wiki, now and in the future. You can [[m:Talk:IP Editing: Privacy Enhancement and Abuse Mitigation|let us know on the talk page]]. You can write in your language. The suggestions were posted in October and we will decide after 17 January. Thank you. /[[m:User:Johan (WMF)|Johan (WMF)]]<section end=content/> </div> 18h19min de 4 de janeiro de 2022 (UTC) <!-- Mensagem enviada por User:Johan (WMF)@metawiki utilizando a lista em https://meta.wikimedia.org/w/index.php?title=User:Johan_(WMF)/Target_lists/Admins2022(6)&oldid=22532666 --> == [[Utilizador:Perfektsionist/commons.js]] == Você poderia eliminar? Agradeço. [[Utilizador:Perfektsionist|Perfektsionist]] ([[Utilizador Discussão:Perfektsionist|discussão]]) 19h19min de 7 de janeiro de 2022 (UTC) :{{done}} [[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 19h41min de 7 de janeiro de 2022 (UTC) ==Pergunta para Chico== Chico, eu criei a predefinição {{tl|Sim3}}. No topo desta predefinição aparece a cor verde; já no campo '''Previsão 1''' só aparece o código. Como é que eu faço para aparecer igual ao topo da predefinição? [[Utilizador:Leonardo José Raimundo|Leonardo José Raimundo]] ([[Utilizador Discussão:Leonardo José Raimundo|discussão]]) 07h15min de 14 de maio de 2022 (UTC) :Não sou expert em programação. Tarefas assim delego para os entendidos, entre eles [[Utilizador:Sturm|Sturm]]. [[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 13h25min de 14 de maio de 2022 (UTC) ==Resposta à discussão de Chico== Chico, eu estou seguindo o modelo da [[Wikipédia]] em indonésio, que criou artigos com 1.189 capítulos da [[Bíblia]], e quero trazê-los para o [[Wikiquote]], já que não foi possível fazer isso na [[Wikipédia em português]]. É esse o motivo de eu criar artigos com capítulos de [[Gênesis]]. [[Utilizador:Leonardo José Raimundo|Leonardo José Raimundo]] ([[Utilizador Discussão:Leonardo José Raimundo|discussão]]) 20h12min de 17 de maio de 2022 (UTC) :Não tem porque seguir este modelo. Você pode destacar os capítulos através de sessões, tipo ==Capitulo 1== etc. [[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 23h21min de 18 de maio de 2022 (UTC) == [[Wikiquote:Projeto Mais Teoria da História na Wiki/Mais mulheres/Lista Antropólogas em Inglês]] == Hi, could you please delete this page? --'''[[User:Rschen7754|Rs]][[User talk:Rschen7754|chen]][[Special:Contributions/Rschen7754|7754]]''' 18h41min de 21 de junho de 2022 (UTC) :{{done}} [[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 00h37min de 22 de junho de 2022 (UTC) == Agradecimento == Olá muito obrigada por suas edições em páginas que acabei de criar [[Utilizador:Gremista.32|Gremista.32]] <sup>[[Utilizador Discussão:Gremista.32|msg]]</sup> 18h52min de 9 de julho de 2022 (UTC) == Referências biográficas: Livros == Olá, Chico, bom dia, como são criadas referências biográficas válidas em livros? O modelo de referências citado no artigo sobre o livro [[Perto do Coração Selvagem]] de [[Clarice Lispector]] está correto para acrescentar dessa forma? Preciso de sua ajuda para me explicar se é realmente válido. Eu iria buscar fontes nos sites das Editoras, se for o caso. -- [[Utilizador:Leonaardog|Leonaardog]] ([[Utilizador Discussão:Leonaardog|discussão]]) 15h04min de 2 de agosto de 2022 (UTC) f3q8yrmqssbq08z0pxs30fkcko9a8j7 184835 184819 2022-08-02T20:49:28Z Chico 3 /* Referências biográficas: Livros */ Resposta wikitext text/x-wiki <s></s>[[Usuário Discussão:Chico/2004-05|Arquivo de mensagens: 2004/2005]] - [[Usuário Discussão:Chico/2006|2006]] - [[Usuário Discussão:Chico/2007|2007]] - [[Usuário Discussão:Chico/2008|2008]] - [[Usuário Discussão:Chico/2009|2009]] - [[Usuário Discussão:Chico/2010-2015|2010-2015]] == Eliminação; == Apague sem conteúdo nenhum: [https://pt.wikiquote.org/wiki/Se_a_minha_palavra_te_tortura,_o_meu_silencio_te_mata.] [[Utilizador:Gvam3|Gvam3]] ([[Utilizador Discussão:Gvam3|discussão]]) 21h59min de 20 de setembro de 2015 (UTC) == Eliminação: Edwin Hubbell Chapin == Olá Chico, poderia acessar Wikipédia e ver artigo criado por você '''Edwin Hubbell Chapin''', pois proposto para eliminação --[[Utilizador:Xandi|Xandi]] ([[Utilizador Discussão:Xandi|discussão]]) 22h49min de 3 de junho de 2016 (UTC) == ideias == E como faço para publicar as minhas citações e não serem apagadas. bom dia [[Utilizador:Abraaoflag|Abraaoflag]] ([[Utilizador Discussão:Abraaoflag|discussão]]) 06h46min de 28 de junho de 2016 (UTC) : O wikiquote não é espaço adequado para citações dos voluntários; se tiver esta intenção procure um blog ou similares. --[[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 13h51min de 1 de julho de 2016 (UTC) Irmão Chico, podes me dar algumas ajudas[[Utilizador:Félix de Ascessão Sokola|Félix de Ascessão Sokola]] ([[Utilizador Discussão:Félix de Ascessão Sokola|discussão]]) 12h45min de 7 de janeiro de 2017 (UTC)? [[Utilizador:Félix de Ascessão Sokola|Félix de Ascessão Sokola]] ([[Utilizador Discussão:Félix de Ascessão Sokola|discussão]]) 12h45min de 7 de janeiro de 2017 (UTC) == Pages to be deleted == Hi :-) thanks for the corrections. But why did you revert the proposals of deletion of [[Usuário(a):SecretName101/]], [[Usuário(a):SecretName101]] and [[User Pt-Br]]? They are not used, test pages and especially in the wrong namespaces! "Usuário(a)" doesn't even exist. [[Utilizador:Superchilum|Superchilum]] ([[Utilizador Discussão:Superchilum|discussão]]) 13h53min de 20 de julho de 2016 (UTC) : {{done}} --[[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 14h05min de 20 de julho de 2016 (UTC) ::Obrigado ;-) [[Utilizador:Superchilum|Superchilum]] ([[Utilizador Discussão:Superchilum|discussão]]) 14h12min de 20 de julho de 2016 (UTC) == Edições == Olá Chico, estou dando uma pequena colaboração nesta Wiki, se achar algo errado em alguma das minhas edições, após ter ajeitado ela, me avise em que errei ... assim aprendo, claro que se for algo óbvio nem precisa ;) Saudações [[Utilizador:DARIO SEVERI|DARIO SEVERI]] ([[Utilizador Discussão:DARIO SEVERI|discussão]]) 14h08min de 4 de janeiro de 2017 (UTC) == [[Frédéric Bastiat]] == Parabéns! Era um assunto que te interessava ou você aproveitou o empurrão inicial? De qualquer modo você é que fez a maior parte. Saudações [[Utilizador:DARIO SEVERI|DARIO SEVERI]] ([[Utilizador Discussão:DARIO SEVERI|discussão]]) 01h35min de 7 de janeiro de 2017 (UTC) == Share your experience and feedback as a Wikimedian in this global survey == <div class="plainlinks mw-content-ltr" lang="pt" dir="ltr"> Olá! A Fundação Wikimedia gostaria de seus comentários numa pesquisa. Queremos saber como estamos em apoiar seu trabalho nas wikis e fora delas, bem como se devemos modificar ou melhorar alguns temas no futuro.<ref>Essa pesquisa foi projetada para receber comentários sobre o trabalho atual da WMF, não sobre sua estratégia a longo prazo.</ref> As opiniões por você compartilhadas afetarão diretamente no trabalho atual e futuro da Fundação. Escolhemos você aleatoriamente para essa pesquisa por querermos saber mais acerca da sua comunidade. Para agradecer você pelo seu tempo, estaremos sorteando 20 camisas da Wikimedia para pessoas aleatórias que participarem da pesquisa.<ref>Por questões legais: nenhuma compra necessária. Deve ser maior de idade para participar. Patrocínio pela Fundação Wikimedia, localizada em 149 New Montgomery, São Francisco, CA, EUA, 94105. Válido até 31 de janeiro de 2017. Nulo onde esteja proibido. [[m:Community Engagement Insights/2016 contest rules|Clique aqui para ver as regras do concurso]].(em inglês).</ref> A pesquisa estará disponível em vários idiomas, e levará entre 20 e 40 minutos. <big>'''[https://wikimedia.qualtrics.com/SE/?SID=SV_6mTVlPf6O06r3mt&Aud=VAE&Src=57VAEOP Participe da pesquisa!]'''</big> Saiba mais sobre [[m:Community_Engagement_Insights/About_CE_Insights|este projeto]] (em inglês). Essa pesquisa está sendo organizada por um serviço de terceiros, e administrada por esta [[:foundation:Community_Engagement_Insights_2016_Survey_Privacy_Statement|declaração de privacidade]] (em inglês). Por favor, visite nossa [[m:Community_Engagement_Insights/Frequently_asked_questions|página de perguntas frequentes]] (em inglês) para saber mais sobre essa pesquisa.. Para ajuda adicional ou para cancelar o recebimento de futuras mensagens sobre essa pesquisa, envie um e-mail para surveys@wikimedia.org.. Obrigado! --[[:m:User:EGalvez (WMF)|EGalvez (WMF)]] ([[:m:User talk:EGalvez (WMF)|talk]]) 22h25min de 13 de janeiro de 2017 (UTC) </div> <!-- Mensagem enviada por User:EGalvez (WMF)@metawiki utilizando a lista em https://meta.wikimedia.org/w/index.php?title=Community_Engagement_Insights/MassMessages/Lists/2016/57-VAEOP&oldid=16205400 --> == Ajustes == Olá Chico, obrigado pelos ajustes que fizeste nas minhas edições pois estou aprendendo com eles. No artigo [[Coluche]] notei que você colocou duas categorias na mesma linha e eu as separei, mas depois fiquei na dúvida se agi certo, tinha algum significado elas na mesma linha? se estou errado retorne para a tua edição. Deixei de editar aqui pois estou um pouco ocupado nas outras wikis, principalmente na Wikivoyage e Wikinoticias, na primeira estou me candidatando a sysop pois não tem nenhum ativo por lá. Saudações [[Utilizador:DARIO SEVERI|DARIO SEVERI]] ([[Utilizador Discussão:DARIO SEVERI|discussão]]) 21h44min de 18 de janeiro de 2017 (UTC) :Bem, o que você citou eu já sabia, a minha dǘvida era se nesta Wiki você estava preferindo adotar um padrão específico, mas pela tua resposta parece que não há. Ótimo isso facilita. Abs [[Utilizador:DARIO SEVERI|DARIO SEVERI]] ([[Utilizador Discussão:DARIO SEVERI|discussão]]) 02h45min de 19 de janeiro de 2017 (UTC) == Confuso == Olá Chico, fiquei um pouco confuso lá na Wikipédia, pois eu adicionei a predefinição 'wikiquote' no artigo [[w:Alfred Tarski|Alfred Tarski]] e o sysop He7d3r a removeu [https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Alfred_Tarski&type=revision&diff=47809344&oldid=47809163] citando "(Foram revertidas as edições de DARIO SEVERI, com o conteúdo passando a estar como na última edição de Vítor. Redundante: já foi movido para a barra lateral, via Wikidata)" ... porem notei que você adicionou a predefinição novamente, qual dois está certo? Saudações [[Utilizador:DARIO SEVERI|DARIO SEVERI]] ([[Utilizador Discussão:DARIO SEVERI|discussão]]) 23h43min de 27 de janeiro de 2017 (UTC) == Requests == Hi Chico :-) I'd like to report that [[:Categoria:Páginas para eliminação rápida]] is full of categories and pages to be deleted, when you have time. In addition, I'd like to ask if [https://pt.wikiquote.org/w/index.php?title=Especial%3A%C3%8Dndice+por+prefixo&prefix=Babel%3A&namespace=0&hideredirects=1 all these pages] with prefix "Babel:" should be moved to "Predefinição" namespace. Thank you, bye. --[[Utilizador:Superchilum|Superchilum]] ([[Utilizador Discussão:Superchilum|discussão]]) 08h21min de 26 de fevereiro de 2017 (UTC) {{done}} --[[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 15h32min de 27 de fevereiro de 2017 (UTC) :Thank you! :-) what about [https://pt.wikiquote.org/w/index.php?title=Especial%3A%C3%8Dndice+por+prefixo&prefix=Babel%3A&namespace=0&hideredirects=1 the pages] with prefix "Babel:"? Should they moved to "Predefinição" namespace, shouldn't they? --[[Utilizador:Superchilum|Superchilum]] ([[Utilizador Discussão:Superchilum|discussão]]) 07h28min de 28 de fevereiro de 2017 (UTC) ::Should they or not? :-) --[[Utilizador:Superchilum|Superchilum]] ([[Utilizador Discussão:Superchilum|discussão]]) 16h21min de 18 de junho de 2017 (UTC) : Acredito que sim. Se puder resolver agradeço. --[[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 10h59min de 24 de junho de 2017 (UTC) == Série sobre Presidentes do Brasil == Por obséquio, poderias incluir o nome de Pedro Aleixo na Série sobre Presidentes do Brasil? [[Utilizador:Eurodix|Eurodix]] ([[Utilizador Discussão:Eurodix|discussão]]) 17h06min de 29 de abril de 2017 (UTC) : De acordo com informações da [[w:Lista_de_presidentes_do_Brasil|wikipédia]], embora ele tenha sido vice-presidente, ele não chegou a tomar posse como presidente "por manobra de militares" - --[[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 11h47min de 2 de maio de 2017 (UTC) :: [[Utilizador:Chico|Chico]]: Acontece que Júlio Prestes e Tancredo Neves estão na lista, e eles também não exerceram a presidência. [[Utilizador:Eurodix|Eurodix]] ([[Utilizador Discussão:Eurodix|discussão]]) 02h35min de 6 de maio de 2017 (UTC) ::: Creio que seja o caso de retirá-los então. --[[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 22h07min de 7 de maio de 2017 (UTC) Olá Chico eu estava dando uma revisada no "[[Wikiquote:Tema em destaque]]" e vi um pequeno erro no artigo destacado Está escrito desse jeito EERNIA em vez de ser "Energia". Estou apenas avisando para que esse erro seja revisado e consertado por você eu tentei mas não consegui espero que tenha ajudado. - :[[Utilizador:Grievers|Grievers]] ([[Utilizador Discussão:Grievers|discussão]]) 02h44min de 4 de maio de 2017 (UTC) :: {{feito}} --[[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 22h07min de 7 de maio de 2017 (UTC) Oi Chico criei um artigo recentemente com o título errado e acabei de fazer uma alteração e o título errado ficou relacionado ao original eu deixa essa tarefa para você excluir o redirecionamento - ops: (Link abaixo) --[[Utilizador:Grievers|Grievers]] ([[Utilizador Discussão:Grievers|discussão]]) 17h24min de 14 de maio de 2017 (UTC) [https://pt.wikiquote.org/w/index.php?title=Tereza_Mey&action=edit Veja] == [[Wikiquote:Página de discussão]] == Olá Chico, fiz a proteção por uma semana da página acima, eu não entendo o motivo dela estar sendo vandalizada mas vai entender vândalos. Se você discordar da proteção retire ela. Abraços [[Utilizador:DARIO SEVERI|DARIO SEVERI]] ([[Utilizador Discussão:DARIO SEVERI|discussão]]) 15h25min de 27 de julho de 2017 (UTC) == CPU == Olá Chico, eliminei a página [[Zanata Andrade]], que você já tinha eliminado anteriormente em abril deste ano. A mesma foi eliminada diversas vezes na Wikipédia mas insistem em recria-la, talvez fosse o caso de bloquear o criador, Zane drade8, por ser uma conta de proposito único? Você decide. Saudações [[Utilizador:DARIO SEVERI|DARIO SEVERI]] ([[Utilizador Discussão:DARIO SEVERI|discussão]]) 07h52min de 3 de setembro de 2017 (UTC) == WikiQuote Pierre Bourdieu == Chico, como vai? Houve uma reversão no wikiquote de Pierre Bourdieu. https://pt.wikiquote.org/wiki/Pierre_Bourdieu Salvo engano, a foto que está lá não é de Pierre Bourdieu. Além disso, eu não entendi o motivo da reversão. Só foram deixadas quotes do livro "Sobre a Televisão". Qual foi o motivo? Como sou novo nesse tipo de edição, gostaria de saber. Grato. : Olá. Não ficou claro imediatamente o motivo da eliminação da imagem, que consta no wikicommons. De qualquer forma troquei para outra foto, mais comumente utilizada em outros projetos. : no caso de edições pode ser utizado a linha resumo, posicionada logo acima de salvar alterações, se quiser explicitar motivos relevantes de edições. : Desculpe o transtorno. : --[[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 15h44min de 10 de março de 2019 (UTC) == WikiQuote Bourdieu II== Chico, como vai? Tenho muitas citações importantes de várias obras de Bourdieu que gostaria de citar no WikiQuote. Qual seria a estratégia? Separar por obras? Abrir um wikiquote para cada obra? Obrigado. Eu não entendi, portanto, porque as que eu indiquei não foram revertidas para publicação. == Vandalismo == Boas Chico. Como não encontro uma página equivalente à de pedidos de bloqueio da Wikipédia, venho recorrer a si: recentemente houve um IP que inseriu insultos em várias PDU's: [[Especial:Contribuições/186.214.131.222|186.214.131.222]]. Quase certamente que é algum ressabiado da Wikipédia que desde há meses que tem vindo a fazer o mesmo em várias Wikipédias a admins da wp.pt. Obrigado pela atenção. Cumprimentos. --[[Utilizador:Stegop|Stegop]] ([[Utilizador Discussão:Stegop|discussão]]) 23h07min de 9 de abril de 2019 (UTC) :Olá Chico, apliquei um bloqueio de uma semana no IP mas não creio que adianta muito pois eles sempre voltam com um outro IP. Atenciosamente. [[Utilizador:DARIO SEVERI|DARIO SEVERI]] ([[Utilizador Discussão:DARIO SEVERI|discussão]]) 02h57min de 10 de abril de 2019 (UTC) == Olá! == Poderia dar uma olhada [[Wikiquote:Esplanada#Organização_da_Esplanada_e_Arquivos|aqui]]? As páginas estão protegidas e como não sou mais administrador, não tenho como mover e terminar a organização. Obrigado [[User:Sir Lestaty de Lioncourt|@lestaty]] <sup>[[User talk:Sir Lestaty de Lioncourt|discuţie]]</sup> 19h24min de 11 de abril de 2019 (UTC) == Discussão sobre movimento estratégico global == Caro Chico, Gostaria de informá-lo sobre a criação [[Wikiquote:Esplanada#Introdução_à_discussão_sobre_o_processo_estratégico|desta discussão]] na Esplanada. Como membro atuante deste projeto, pode ter interesse em participar e expor sua visão sobre as questões levantadas no processo estratégico. Caso possua alguma dúvida sobre a discussão, me coloco à disposição para ajudar. Espero que participe! Abraço. [[Utilizador:LTeles (WMF)|LTeles (WMF)]] ([[Utilizador Discussão:LTeles (WMF)|discussão]]) 01h18min de 23 de abril de 2019 (UTC) == Community Insights Survey == <div class="plainlinks mw-content-ltr" lang="pt" dir="ltr"> '''Compartilhe sua experiência nesta pesquisa''' Olá {{PAGENAME}}, A Fundação Wikimedia está solicitando sua opinião em uma pesquisa sobre sua experiência com o {{SITENAME}} e a Wikimedia. O objetivo desta pesquisa é saber como a Fundação está apoiando seu trabalho na wiki e como podemos mudar ou melhorar as coisas no futuro. As opiniões que você compartilha afetarão diretamente o trabalho atual e futuro da Fundação Wikimedia. Por favor, leve de 15 a 25 minutos para '''[https://wikimedia.qualtrics.com/jfe/form/SV_0pSrrkJAKVRXPpj?Target=CI2019List(other,act3) dê sua opinião através desta pesquisa]'''. Está disponível em vários idiomas. Esta pesquisa é hospedada por terceiros e [https://foundation.wikimedia.org/wiki/Community_Insights_2019_Survey_Privacy_Statement regido por esta declaração de privacidade] (em inglês). Encontre [[m:Community Insights/Frequent questions|mais informações sobre este projeto]]. [mailto:surveys@wikimedia.org Envia-nos um email] se você tiver alguma dúvida ou se não quiser receber mensagens futuras sobre essa pesquisa. Atenciosamente, </div> [[User:RMaung (WMF)|RMaung (WMF)]] 14h31min de 9 de setembro de 2019 (UTC) <!-- Mensagem enviada por User:RMaung (WMF)@metawiki utilizando a lista em https://meta.wikimedia.org/w/index.php?title=CI2019List(other,act3)&oldid=19352826 --> == Reminder: Community Insights Survey == <div class="plainlinks mw-content-ltr" lang="pt" dir="ltr"> '''Compartilhe sua experiência nesta pesquisa''' Olá {{PAGENAME}}, Algumas semanas atrás, nós convidamos você a Pesquisa de informações da comunidade. É a pesquisa anual da Fundação Wikimedia sobre nossas comunidades globais. Queremos aprender o quanto apoiamos seu trabalho na wiki. Estamos 10% para o nosso objectivo para a participação. Se você ainda não fez a pesquisa, pode nos ajudar a atingir nossa meta! '''Sua voz é importante para nós.''' Por favor, leve de 15 a 25 minutos para '''[https://wikimedia.qualtrics.com/jfe/form/SV_0pSrrkJAKVRXPpj?Target=CI2019List(other,act3) dê sua opinião através desta pesquisa]'''. Está disponível em vários idiomas. Esta pesquisa é hospedada por terceiros e [https://foundation.wikimedia.org/wiki/Community_Insights_2019_Survey_Privacy_Statement regido por esta declaração de privacidade] (em inglês). Encontre [[m:Community Insights/Frequent questions|mais informações sobre este projeto]]. [mailto:surveys@wikimedia.org Envia-nos um email] se você tiver alguma dúvida ou se não quiser receber mensagens futuras sobre essa pesquisa. Atenciosamente, </div> [[User:RMaung (WMF)|RMaung (WMF)]] 19h12min de 20 de setembro de 2019 (UTC) <!-- Mensagem enviada por User:RMaung (WMF)@metawiki utilizando a lista em https://meta.wikimedia.org/w/index.php?title=CI2019List(other,act3)&oldid=19397751 --> == Reminder: Community Insights Survey == <div class="plainlinks mw-content-ltr" lang="pt" dir="ltr"> '''Compartilhe sua experiência nesta pesquisa''' Olá {{PAGENAME}}, Algumas semanas atrás, nós convidamos você a Pesquisa de informações da comunidade. É a pesquisa anual da Fundação Wikimedia sobre nossas comunidades globais. Queremos aprender o quanto apoiamos seu trabalho na wiki. Estamos 30% para o nosso objectivo para a participação. Se você ainda não fez a pesquisa, pode nos ajudar a atingir nossa meta! '''Sua voz é importante para nós.''' Por favor, leve de 15 a 25 minutos para '''[https://wikimedia.qualtrics.com/jfe/form/SV_0pSrrkJAKVRXPpj?Target=CI2019List(other,act3) dê sua opinião através desta pesquisa]'''. Está disponível em vários idiomas. Esta pesquisa é hospedada por terceiros e [https://foundation.wikimedia.org/wiki/Community_Insights_2019_Survey_Privacy_Statement regido por esta declaração de privacidade] (em inglês). Encontre [[m:Community Insights/Frequent questions|mais informações sobre este projeto]]. [mailto:surveys@wikimedia.org Envia-nos um email] se você tiver alguma dúvida ou se não quiser receber mensagens futuras sobre essa pesquisa. Atenciosamente, </div> [[User:RMaung (WMF)|RMaung (WMF)]] 17h02min de 4 de outubro de 2019 (UTC) <!-- Mensagem enviada por User:RMaung (WMF)@metawiki utilizando a lista em https://meta.wikimedia.org/w/index.php?title=CI2019List(other,act3)&oldid=19430537 --> : Questionário respondido. --[[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 13h06min de 5 de outubro de 2019 (UTC) == Verificabilidade == Olá Chico! Sou editor da Wikipédia e lá atuo principalmente como reversor no combate ao vandalismo. Tenho notado que neste projeto muitas informações são inseridas com fontes duvidosas como blogs, artigos de opinião, vídeos do youtube etc. No entanto aqui uma das políticas é "Não apague: corrija e acrescente". Surgiu uma dúvida se estaria fazendo certo ao remover as citações sem fontes fiáveis, pois na Wikipédia o ônus da prova reside em quem inseriu a informação ou deseja que ela seja mantida. Caso esteja errado, se puder me dar alguma orientação de como proceder em casos parecidos para evitar uma guerra de edições ou que a desinformação continue eu agradeço muito. Saudações e boas contribuições! [[Utilizador:Young Brujah|Young Brujah]] ([[Utilizador Discussão:Young Brujah|discussão]]) 12h13min de 3 de dezembro de 2019 (UTC) Obrigado pelos votos de uma boa estadia, Chico. [[Utilizador:Tigre200|Tigre200]] ([[Utilizador Discussão:Tigre200|discussão]]) 18h12min de 14 de dezembro de 2019 (UTC) == Comportamento do usuário ‎Young Brujah == :Boa noite! :Vejo que você é um administrador do Wikiquote na versão de língua portuguesa. :Venho aqui lhe pedir, encarecidamente, que tome alguma providência em relação ao comportamento inadequado do usuário [[Utilizador:Young_Brujah|Young Brujah]]. Ele vem, sistematicamente e inadvertidamente, apagando contribuições válidas, dentro das regras do projeto, inclusive com fontes para verificação de quem assim desejar. Apagar contribuição válida de outrem é atitude que contraria, indiscutivelmente, os princípios e a filosofia de projetos wiki. : Ademais, ele tem invertido um princípio: ao contribuidor cabe citar referências; e a quem duvidar da fiabilidade e autenticidade da fonte citada cabe o ônus da prova de que a fonte é ruim, inadequada, inválida. Pois, se valesse a concepção dele, os projetos da Wikimedia, como a Wikipédia, por exemplo, estariam prejudicados, inviabilizados: ao citar uma fonte, nas referências, eu deveria juntamente citar/arrolar um laudo técnico que prova que aquele conteúdo é autêntico e não foi manipulado, o que, convenhamos, beira o nonsense. Para se ter uma ideia da insanidade, ele tem dito coisas como: vídeos no YouTube não são válidos, uma vez que podem ser adulterados. Ok, mas o YouTube contém entrevistas, filmes, documentários etc. e, a julgar pelo princípio por ele postulado, arbitrariamente diga-se de passagem, inviabiliza-se citar qualquer conteúdo de teor audiovisual. : Outra coisa que ele tem feito e que, convenhamos, é uma brutal arbitrariedade: ele tem dito: O Antagonista é uma fonte parcial, de direita e que, portanto, não é fiável. Oras, mas de igual maneira tem-se várias outras fontes que têm linha editorial diversa, progressista, de esquerda, e que, contudo, são fontes válidas. Além disso, geralmente quando se cita O Antagonista, cita-se apenas para indicar um veículo de mídia em que saiu uma fala, frase de alguém e que, provavelmente, saiu também em outra fonte, tendo-se mesmo, por vezes, até áudio ou vídeos que corroboram o que lá foi veiculado. Mais ainda: O Antagonista é um veículo de mídia quase tão conhecido e citado, por parlamentares, por exemplo, como são a Folha de S. Paulo, O Estadão, O Globo, a Veja, a Época etc. Não cabe ao nosso colega [[Utilizador:Young_Brujah|Young Brujah]] instituir aqui uma espécie de &ldquo;ministério da Verdade&rdquo; que seleciona quais são as fontes de mídia válidas e quais não são: os critérios são mais simples: É uma fonte conhecida? Notória? Citada por pessoas conhecidas e participantes da vida nacional? Então é fonte válida. : Posso contar com a sua ajuda para resolvermos esse assunto? : [[Utilizador:Leonardo Coelho|Leonardo Coelho]] ([[Utilizador Discussão:Leonardo Coelho|discussão]]) 01h05min de 17 de dezembro de 2019 (UTC) ::Sim! Acho que já passou da hora de resolver essa disputa tosca uma vez que o usuário [[Utilizador:Leonardo Coelho|Leonardo Coelho]] se nega a discutir e buscar consenso nos locais adequados, prefere entrar em guerras de edições que não levam a lugar algum e fazer acusações infundadas. Pois bem. Primeiramente peço desculpas por estar argumentando aqui neste local inadequado. Dito isso... ::Todas as minha edições tem como base a política de [[w:Wikipédia:Verificabilidade|verificabilidade]] da Wikipédia. Lá está explícito: "''O ônus da prova reside nos editores que introduziram determinada informação num artigo ou naqueles que desejem que a informação seja mantida. Os editores devem portanto providenciar as referências. Se determinada informação num artigo não for baseada em fontes reputadas, fiáveis e independentes, a Wikipédia não deverá incluir essa informação''". Não sou eu, individualmente, que julgo a reputação de uma referência: é a comunidade. Na Wiki, é altamente recomendável evitar utilizar fontes de interesses declarados em certos artigos, uma vez que há a possibilidade de surgir um conflito de interesses que ferem o princípio da imparcialidade (como o Antagonista). Sobre vídeos no Youtube fui orientado que costumam ser boas referências, mas ficamos à mercê do trecho que o usuário selecionou para atribuir a citação. Ainda que não fosse manipulado ou editado, é preferível utilizar fontes que explicitem a citação literal com todo o seu contexto. Veja [https://pt.wikiquote.org/w/index.php?title=Che_Guevara&diff=169330&oldid=169324 esta edição] que fiz (ironicamente foi a única que o usuário [[Utilizador:Leonardo Coelho|Leonardo Coelho]] não desfez): a priori eu removi a citação pois não haviam fontes fiáveis, reputadas e independentes que garantiam a veracidade da citação. IPs apresentaram como fonte um blog de opinião da revista Veja cujo escritor é Reinaldo Azevedo (que é declaradamente parcial neste tópico) e um vídeo no Youtube de procedência e qualidade duvidável. Eu reverti a edição justamente por ter posto isso em cheque, e, no entanto, fui atrás da informação. Veja: o ônus não era meu, no entanto como eu estou neste projeto para colaborar e construir o conhecimento livre, fui atrás da fonte mais fidedigna para incluir a citação, no caso o documento oficial da ONU. Não é melhor assim? :) Espero que o usuário entenda que não é nenhuma questão pessoal e tampouco arbitrária, pois é exatamente esse tipo de preocupação que garante a qualidade das informações nos projetos Wiki. No mais, convido-o a novamente discutir cada artigo em específico em sua devida página de discussão caso haja discordâncias de conteúdo. Att [[Utilizador:Young Brujah|Young Brujah]] ([[Utilizador Discussão:Young Brujah|discussão]]) 06h50min de 17 de dezembro de 2019 (UTC) :::Estamos vivendo num contexto em que a informação é manipulada por diversos interesses, o que demandou a criação de diversas agências de verificação de conteúdo; mas é difícil ter uma verdade 100% assegurada :::Neste contexto acredito que os parâmetros adequados seriam :::a) O ideal seria inserir apenas citações com fontes primárias (livros escritos pelo próprio autor), indicando a obra, editora, data de edição, página, etc. :::Citando obra em outro idioma que não seja o português, indicar a citação também na língua original, para facilitar a checagem :::b) Para fontes secundárias, logo abaixo da citação indicar algo como '''como citado por...''', com o link respectivo para checagem da ''origem da informação'', mesmo que isto não signifique ''veracidade da informação'' :::c) Para citações baseadas nestas fontes secundárias creio que não precisem ser eliminadas de imediato, desde que tenham a fonte indicada (que seja ''Antagonista'' ou ''Reinaldo Azevedo''), todavia poderiam ser acrescentados logo abaixo da citação controversa outras fontes indicando contexto que possam esclarecer o ponto de vista controverso :::ou ainda, outras citações (com respectivas fontes) demonstrando outro ponto de vista sobre a questão :::Para citações eminentemente absurdas, no sentido de mal atribuídas, poderiam ser transferidas para a página de discussão do artigo respectivo, num subtitulo tipo mal-atribuídas, como é feito no wikiquote inglês. :::d) Fontes que poderiam ser utilizadas: livros, revistas, jornais, youtube :::e) Fontes que devem ser evitadas: facebook e similares :::Espero que estas diretrizes possam colaborar para diminuir as tensões no projeto. :::--[[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 12h01min de 17 de dezembro de 2019 (UTC) :::: Colega, eu pedi ajuda e você não toma qualquer atitude... poxa, está difícil ver que o usuário Young Brujah está agindo de maneira arbitrária, subjetiva e autoritária? :::: [[Utilizador:Leonardo Coelho|Leonardo Coelho]] ([[Utilizador Discussão:Leonardo Coelho|discussão]]) 10h09min de 18 de dezembro de 2019 (UTC) :::::Veja em [[Discussão:Karl Marx]], eu segui as orientações e diretrizes e busco consenso. O usuário está em um comportamento disruptivo de POV pushing. [[Utilizador:Young Brujah|Young Brujah]] ([[Utilizador Discussão:Young Brujah|discussão]]) 10h12min de 18 de dezembro de 2019 (UTC) ::::: Cara, bloquear-me? Oxe, eu não estou revertendo/desfazendo as contribuições de ninguém aqui... quem está com essa atitude é o usuário [[User:Young_Brujah|Young Brujah]] que está, sistematicamente, e sem qualquer advertência sua, anulando as minhas contribuições. O usuário em questão está, na verdade, caçando o meu direito de participar, legitimamente, do projeto. Se quer me bloquear, oras, o que eu posso fazer? A única coisa que posso fazer é lamentar o mal uso que você faz da sua prerrogativa de administrador... eu lamento a sua inoperância e o seu consentimento em relação ao comportamento de Young Brujah: ele está, claramente, transformando esse projeto wiki num projeto com viés político... faça o que quiser! ::::: [[Utilizador:Leonardo Coelho|Leonardo Coelho]] ([[Utilizador Discussão:Leonardo Coelho|discussão]]) 15h12min de 21 de dezembro de 2019 (UTC) == Proteção e GEs == Saudações [[Utilizador:Chico|Chico]], se você observar há uma tentativa de consenso acontecendo em [[Discussão:Joseph Goebbels]]. Restringir as edições por um ano sem qualquer tipo de consulta aos editores ativos neste projeto [https://pt.wikiquote.org/wiki/Wikiquote:Administradores#O_que_os_administradores_n%C3%A3o_s%C3%A3o ultrapassa as tarefas dos sysops]. Há muito o que melhorar naqueles artigos e em tantos outros, o que deveria ter sido feito é o bloqueio do usuário quando o mesmo realizava ataques pessoais e violações sistemáticas das normas de conduta. Att [[Utilizador:Young Brujah|Young Brujah]] ([[Utilizador Discussão:Young Brujah|discussão]]) 13h51min de 22 de março de 2020 (UTC) : Chico, como disse aí acima o colega, você não pode apenas bloquear a página: você é um administrador e deve, obrigatoriamente, entrar no mérito da discussão. Não tem como criar consensos sem discutir. [[Utilizador:Leonardo Coelho|Leonardo Coelho]] ([[Utilizador Discussão:Leonardo Coelho|discussão]]) 15h21min de 22 de março de 2020 (UTC) Ok. Liberando o artigo de [[Joseph Goebbels]] para avaliar o consenso anunciado. --[[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 21h46min de 22 de março de 2020 (UTC) == Utilizador tentando fazer promoção pessoal == Olá, Chico. Estou enviando essa mensagem para você e para o Sturm. Eu tenho pouquíssimo conhecimento de como as coisas funcionam aqui no WikiQuote. Não sei se vocês tem algum "critério de notoriedade" e por isso envio mensagem para vocês que são sysops aqui. Na Pt.WP, eu sou eliminador e há algum tempo lidamos com um editor que tenta criar artigos para um tal "Honicli". Lá esse artigo foi criado e recriado diversas vezes, de diversas formas diferentes e por diversos socks da mesma pessoa. Hoje encontrei aqui [[Honicli]]. Me parece tentativa de uso do WikiQuote para promoção pessoal (assim como no caso da Pt.WP). Mas como eu não conheço nada sobre o funcionamento desse projeto prefiro mandar mensagem para alguém que saiba afim de tomar as medidas cabíveis (se houver medida a ser tomada). PS: Se você responder essa mensagem, você pode, por favor, me marcar/pingar? Eu não venho muito aqui então se você não me marcar posso acabar não vendo. Abraço e obrigado por seu tempo--[[Utilizador:SirEdimon|SirEdimon]] ([[Utilizador Discussão:SirEdimon|discussão]]) 22h54min de 21 de maio de 2020 (UTC) ::- as recomendações são similares; no geral procuramos seguir as diretrizes da wikipedia. --[[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 15h18min de 24 de maio de 2020 (UTC) :::Obrigado, por responder e resolver o problema.--[[Utilizador:SirEdimon|SirEdimon]] ([[Utilizador Discussão:SirEdimon|discussão]]) 21h15min de 24 de maio de 2020 (UTC) == Main page update == Hi, the main page needs to be updated per [[phab:T254287]]. I prepared a new mobile-friendly version [[Utilizador:Sakretsu/Testes|here]], but now I need an admin to proceed with following steps similar to what has been done on pt.wiki: # replace the content in [[Predefinição:Comunidade]] with https://pt.wikiquote.org/w/index.php?title=Utilizador:Sakretsu/Testes/2&action=edit&oldid=171263 # replace the content in [[Página principal]] with https://pt.wikiquote.org/w/index.php?title=Utilizador:Sakretsu/Testes&action=edit&oldid=171264 # protect [[Predefinição:Página principal/styles.css]] Can you please do it? Thanks--[[Utilizador:Sakretsu|Sakretsu]] ([[Utilizador Discussão:Sakretsu|discussão]]) 21h06min de 9 de junho de 2020 (UTC) : {{feito}} --[[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 15h30min de 21 de junho de 2020 (UTC) == Por favor verifique seu email == Olá, {{PAGENAME}}: Por favor verifique seu email! Assunto: "The Community Insights survey is coming!" Se você tiver alguma dúvida, envie um e-mail para surveys@wikimedia.org. (English: Please check your email and spam! Subject is "The Community Insights survey is coming!" If you have questions, email surveys@wikimedia.org.) Sorry for the inconvenience, [[:pt:Special:Diff/59442306|you can read my explanation here]]. [[Utilizador:MediaWiki message delivery|MediaWiki message delivery]] ([[Utilizador Discussão:MediaWiki message delivery|discussão]]) 16h47min de 25 de setembro de 2020 (UTC) <!-- Mensagem enviada por User:Samuel (WMF)@metawiki utilizando a lista em https://meta.wikimedia.org/w/index.php?title=User:Samuel_(WMF)/Community_Insights_survey/pt&oldid=20479028 --> == Olá == Olá Chico! Passando aqui pelo Wikiquote notei os seguintes redirecionamentos quebrados: *[[Lógica da economia]] *[[Lógica da Economia]] *[[Lógica econômica]] Poderia eliminá-los? Obrigado! [[Utilizador:Edu!|Edu!]] ([[Utilizador Discussão:Edu!|discussão]]) 19h50min de 20 de dezembro de 2021 (UTC) {{done}} --[[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 21h13min de 20 de dezembro de 2021 (UTC) == Olá == Olá, você poderia eliminar [[Jessé Souza|esse VDA]]? Páginas inteiras de um livro estão sendo citadas ali, isso excede claramente o uso justo. [[Utilizador:Perfektsionist|Perfektsionist]] ([[Utilizador Discussão:Perfektsionist|discussão]]) 18h30min de 30 de dezembro de 2021 (UTC) :Olá. Creio que a melhor opção seria sugerir adaptação do artigo para restringir para um número razoável de citações, que não impliquem violação de direito autoral. [[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 13h41min de 31 de dezembro de 2021 (UTC) ::Qual seria um "número razoável de citações"? [[Utilizador:Perfektsionist|Perfektsionist]] ([[Utilizador Discussão:Perfektsionist|discussão]]) 15h38min de 31 de dezembro de 2021 (UTC) :::um ponto de partida pode ser o mesmo do wikiquote [http://translate.google.com/translate?langpair=de|pt&u=http%3A%2F%2Fde.wikiquote.org%2Fwiki%2FWikiquote%3AUrheberrechte_beachten alemão] que tem um parâmetro de 10 citações curtas para obras que não estejam em domínio publico. [[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 15h39min de 1 de janeiro de 2022 (UTC) :::outro parâmetro que pode ser levado em consideração é a da [[q:en:Wikiquote:Limits_on_quotations#Books|versão inglesa]], que prevê um máximo de cinco linhas de prosa ou oito linhas de poesia para cada dez páginas de um livro que não seja de domínio público. Isso é igual a cerca de 1,25% do conteúdo total de um livro. [[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 16h55min de 1 de janeiro de 2022 (UTC) == How we will see unregistered users == <div lang="en" dir="ltr" class="mw-content-ltr"> <section begin=content/> Hi! You get this message because you are an admin on a Wikimedia wiki. When someone edits a Wikimedia wiki without being logged in today, we show their IP address. As you may already know, we will not be able to do this in the future. This is a decision by the Wikimedia Foundation Legal department, because norms and regulations for privacy online have changed. Instead of the IP we will show a masked identity. You as an admin '''will still be able to access the IP'''. There will also be a new user right for those who need to see the full IPs of unregistered users to fight vandalism, harassment and spam without being admins. Patrollers will also see part of the IP even without this user right. We are also working on [[m:IP Editing: Privacy Enhancement and Abuse Mitigation/Improving tools|better tools]] to help. If you have not seen it before, you can [[m:IP Editing: Privacy Enhancement and Abuse Mitigation|read more on Meta]]. If you want to make sure you don’t miss technical changes on the Wikimedia wikis, you can [[m:Global message delivery/Targets/Tech ambassadors|subscribe]] to [[m:Tech/News|the weekly technical newsletter]]. We have [[m:IP Editing: Privacy Enhancement and Abuse Mitigation#IP Masking Implementation Approaches (FAQ)|two suggested ways]] this identity could work. '''We would appreciate your feedback''' on which way you think would work best for you and your wiki, now and in the future. You can [[m:Talk:IP Editing: Privacy Enhancement and Abuse Mitigation|let us know on the talk page]]. You can write in your language. The suggestions were posted in October and we will decide after 17 January. Thank you. /[[m:User:Johan (WMF)|Johan (WMF)]]<section end=content/> </div> 18h19min de 4 de janeiro de 2022 (UTC) <!-- Mensagem enviada por User:Johan (WMF)@metawiki utilizando a lista em https://meta.wikimedia.org/w/index.php?title=User:Johan_(WMF)/Target_lists/Admins2022(6)&oldid=22532666 --> == [[Utilizador:Perfektsionist/commons.js]] == Você poderia eliminar? Agradeço. [[Utilizador:Perfektsionist|Perfektsionist]] ([[Utilizador Discussão:Perfektsionist|discussão]]) 19h19min de 7 de janeiro de 2022 (UTC) :{{done}} [[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 19h41min de 7 de janeiro de 2022 (UTC) ==Pergunta para Chico== Chico, eu criei a predefinição {{tl|Sim3}}. No topo desta predefinição aparece a cor verde; já no campo '''Previsão 1''' só aparece o código. Como é que eu faço para aparecer igual ao topo da predefinição? [[Utilizador:Leonardo José Raimundo|Leonardo José Raimundo]] ([[Utilizador Discussão:Leonardo José Raimundo|discussão]]) 07h15min de 14 de maio de 2022 (UTC) :Não sou expert em programação. Tarefas assim delego para os entendidos, entre eles [[Utilizador:Sturm|Sturm]]. [[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 13h25min de 14 de maio de 2022 (UTC) ==Resposta à discussão de Chico== Chico, eu estou seguindo o modelo da [[Wikipédia]] em indonésio, que criou artigos com 1.189 capítulos da [[Bíblia]], e quero trazê-los para o [[Wikiquote]], já que não foi possível fazer isso na [[Wikipédia em português]]. É esse o motivo de eu criar artigos com capítulos de [[Gênesis]]. [[Utilizador:Leonardo José Raimundo|Leonardo José Raimundo]] ([[Utilizador Discussão:Leonardo José Raimundo|discussão]]) 20h12min de 17 de maio de 2022 (UTC) :Não tem porque seguir este modelo. Você pode destacar os capítulos através de sessões, tipo ==Capitulo 1== etc. [[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 23h21min de 18 de maio de 2022 (UTC) == [[Wikiquote:Projeto Mais Teoria da História na Wiki/Mais mulheres/Lista Antropólogas em Inglês]] == Hi, could you please delete this page? --'''[[User:Rschen7754|Rs]][[User talk:Rschen7754|chen]][[Special:Contributions/Rschen7754|7754]]''' 18h41min de 21 de junho de 2022 (UTC) :{{done}} [[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 00h37min de 22 de junho de 2022 (UTC) == Agradecimento == Olá muito obrigada por suas edições em páginas que acabei de criar [[Utilizador:Gremista.32|Gremista.32]] <sup>[[Utilizador Discussão:Gremista.32|msg]]</sup> 18h52min de 9 de julho de 2022 (UTC) == Referências biográficas: Livros == Olá, Chico, bom dia, como são criadas referências biográficas válidas em livros? O modelo de referências citado no artigo sobre o livro [[Perto do Coração Selvagem]] de [[Clarice Lispector]] está correto para acrescentar dessa forma? Preciso de sua ajuda para me explicar se é realmente válido. Eu iria buscar fontes nos sites das Editoras, se for o caso. -- [[Utilizador:Leonaardog|Leonaardog]] ([[Utilizador Discussão:Leonaardog|discussão]]) 15h04min de 2 de agosto de 2022 (UTC) :Na versão em português não foi implementado ainda nenhuma template como na versão francesa, para padronizar a referência aos livros. Todavia é esperado informações mínimas que possam propiciar a conferência da fonte fiável por qualquer outro usuário do projeto. Informações mínimas esperadas são nome da obra, autor, editora, página, data da edição, e se disponível tradutor, isbn etc. :Neste sentido as referências que inseriu são consideradas válidas. Boas contribuições! [[Utilizador:Chico|Chico]] ([[Utilizador Discussão:Chico|discussão]]) 20h49min de 2 de agosto de 2022 (UTC) ezlmrvgjomsxzzujrcbfvff2grf9euq Crítias 0 29926 184896 138454 2022-08-03T03:34:30Z Leonaardog 15522 removed [[Category:Pessoas]]; added [[Category:Pessoas mortas]] using [[Help:Gadget-HotCat|HotCat]] wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = | Foto = | Wikisource = | Wikipedia = Crítias | Wikicommons = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #c0c0c0 }} [[w:Crítias|'''Crítias''']] ''(em grego: Κριτίας; [[460 a.C.]] — [[403 a.C.]]) foi um filósofo nascido em Atenas, tio de [[Platão]] e um dos membros do grupo de Trinta Tiranos que governaram a cidade, dos quais era um dos mais violentos. Foi discípulo de [[Sócrates]], fato que não ajudava Sócrates a ter uma imagem melhor junto ao público. Foi assassinado pelos democratas. ---- * É assim, eu o creio, que alguém, o primeiro, persuadiu os mortais de formar o pensamento de que existem deuses ::- ''C'est ainsi, je crois, qu'un homme, le premier, persuada les mortels de croire à l'existence de la race des dieux. :::- Critias, fgm. B 25, trad. J.-C. C. citado em La Littérature gréco-romaine, anthologie historique - Página 119, Jean-Claude Carrière, ‎Jacques Gaillard, ‎René Martin - Nathan, 1994, ISBN 2091905496, 9782091905495, 782 páginas {{pré-socráticos}} [[Categoria:Pessoas mortas]] [[Categoria:Filósofos da Grécia]] kgdwspexhjvg7uj06xwxz5xbtbbvbmq Arquitas de Tarento 0 32458 184895 160978 2022-08-03T03:33:50Z Leonaardog 15522 +[[Categoria:Matemáticos da Grécia]]; +[[Categoria:Astrônomos da Grécia]]; +[[Categoria:Cientistas da Grécia]]; ±[[Categoria:Pessoas]]→[[Categoria:Pessoas mortas]] using [[Help:Gadget-HotCat|HotCat]] wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Arquitas de Tarento | Foto = Archytas.jpg | Wikisource = | Wikipedia = Arquitas de Tarento | Wikicommons = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #c0c0c0 }} [[w:Arquitas de Tarento|'''Arquitas de Tarento''']] (em grego antigo: Ἀρχύτας ο Ταραντίνος; [[428 a.C.]] — [[347 a.C.]]) foi um filósofo, matemático, astrônomo, cientista, estrategista e estadista grego, considerado o mais ilustre dos matemáticos pitagóricos. ---- * "As leis não escritas dos deuses foram promulgadas contra costumes depravados, infligindo um destino severo e penalidade aos desobedientes; E estas leis não escritas são as origens daqueles que estão escritas, e dos dogmas estabelecidos pelos homens." :- ''The unwritten laws of the gods were promulgated against depraved manners, inflicting a severe destiny and penalty on the disobedient; and these unwritten laws are the fathers and leaders of those that are written, and of the dogmas established by men'' ::- ''[[w:Thomas Taylor (neoplatonist)|Thomas Taylor]] (Tr.) [http://books.google.com/books?id=Kx4PAQAAMAAJ ''Political fragments of Archytas, Charondas, Zaleucus, and other Ancient Pythagoreans'', preservada por Stobæus; e também em ''Ethical Fragments of Pierocles''] (1822)'' {{pré-socráticos}} [[Categoria:Pessoas mortas]] [[Categoria:Filósofos da Grécia]] [[Categoria:Matemáticos da Grécia]] [[Categoria:Astrônomos da Grécia]] [[Categoria:Cientistas da Grécia]] pbku9sfnoxzt4ntvhb4msvqx85yrvip Julio Cabrera 0 33226 184836 184485 2022-08-02T20:49:33Z Sirhu 26178 Citação e aspas wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Julio Cabrera | Foto = Julio Cabrera.jpg | Wikisource = | Wikipedia = Julio Cabrera | Wikicommons = | Wikinoticias = | Cor = #C0CFE9 }} [[w:Julio Cabrera|'''Julio Cabrera''']] é um [[filósofo]] [[Argentina|argentino]] que atualmente vive no [[Brasil]]. ---- ==Ética negativa== ===Projeto de Ética Negativa (1989)=== * Que o ser é "melhor" do que o nada, é a Grundsatz de toda a moralidade ocidental. O ser nunca é considerado como uma escolha entre outras. ** ''Projeto de Ética Negativa'', 1989, página 17 * Deus ainda responde processo pelos "males" do mundo, e a opção fatal pelo ser cria, ipso facto, o reino da moralidade. Toda a parafernália de perdições e salvações deverá seguir-se à ansiosa criação de um mundo imperfeito, ou, para melhor dizer, à imperfeita criação de um mundo qualquer. Por que a criatura não preferiria não sofrer em absoluto, em vez de ser-lhe oferecida depois a possibilidade de "salvar-se" do sofrimento? ** ''Projeto de Ética Negativa'', 1989, páginas 19–20 * Dada a contingência do nosso nascimento, toda dor é inútil. A dor inútil é insuportável. Ergo, ter nascido é insuportável. Nesse sentido, nascer é imoral. Nascer carrega um peso moral, uma problematização: năo se trata, como habitualmente pensa a Ética afirmativa, de um fato puro, sem manchas, fora de toda suspeita. As Éticas afirmativas estăo dispostas a sustentar a imoralidade da totalidade do mundo única e exclusivamente para salvar a moralidade da sua origem. A Ética negativa sugere a postura inversa, o resgate da moralidade do mundo após a descoberta da imoralidade da sua origem. (E o próprio problema das Teodiceias inverte-se: como são compatíveis a inocência do mundo com a maldade divina?) ** ''Projeto de Ética Negativa'', 1989, página 21 * O sofrimento é algo que deve ser, pura e simplesmente, ligado com o "ser". Algo não pode ser "posto em funcionamento" sem dor. Assim, a dor não é maldição, nem castigo, nem anomalia, nem desajuste, nem desvio, mas a conditio sine qua non do ser. A opção pelo ser é necessariamente opção pelo sofrimento. As Éticas afirmativas, na medida em que respeitem o valor da coerência, não deveriam proclamar como preocupação sua a eliminação da dor. ** ''Projeto de Ética Negativa'', 1989, página 22 * A doença costuma aparecer igualmente como excepcional, dentro de um pretenso "estado de saúde". A dificuldade para mensurar a saúde está no fato de a maioria dos indicadores existentes ser negativa, isto é, servir para ponderar a ausência de saúde. A boa saúde, contrariamente, pode ser vista como uma anomalia acidental, não como um atributo intrínseco e, muito menos, como um "direito" da espécie humana. Perante a doença, o que habitualmente chamamos de "vida" é uma sobrevivência, um "resistir, um "manter-se", um "levar adiante", um "prolongar", um "puxar para frente". A questão ética fundamental consiste em que, como geradores potenciais de vida de outro ser humano, não podemos fazer previsões acerca de como serão os mecanismos de sobrevivência do ser que nasce, a sua sensibilidade perante a dor estrutural. Não temos nenhum direito moral de fazer uma previsão padronizada a respeito dessa sensibilidade. A sinistra alegria (sinistra e superficial) com que a nossa sociedade recebe a gravidez e o nascimento, deve necessariamente enfrentar-se com as próprias categorias éticas vigentes, se formos profundos na nossa reflexão. ** ''Projeto de Ética Negativa'', 1989, páginas 22–23 * A nossa organização social assegura acriticamente a moralidade da paternidade, e a procriação é apresentada como valor naturalmente positivo. Pelo contrário, qualquer problematização desses valores será vista como demoníaca. Mas a situação reflexiva está perfeitamente clara: ou abandonamos o valor da "evitação da dor inútil", ou problematizamos a moralidade acrítica da paternidade. Se a reflexão moral deve ser racional, buscar a verdade etc. deve enfrentar essa alternativa. ** ''Projeto de Ética Negativa'', 1989, página 28 * Se a liberdade, de acordo com a própria moralidade tradicional, é um valor ético fundamental, o próprio funda­mento da eticidade, deve conscientizar-se de que a geração de um filho poderá ser o primeiro grande desrespeito pela liberdade da pessoa humana. A questão da liberdade sofre aqui do mesmo processo que a questão da dor: trata-se de um valor ético que a Ética tradicional afirmativa não está em condições de radicalizar. ** ''Projeto de Ética Negativa'', 1989, página 28 * Mesmo nos “sacrifícios” pacifistas, estilo [[Mahatma Gandhi|Gandhi]], há uma imagem clara do outro como “inimigo”: o “pacifismo” de Gandhi era uma estratégia bélica, uma arma que punha uma fé fundamental na eficácia da guerra. O afirmativo não deixa de ser afirmativo porque alguém esteja disposto a morrer por ele. Ao contrário, esta “morte no afirmativo” é o fechamento do círculo do afirmativo, que consegue também englobar a própria morte dentro de si. Gandhi ganha as simpatias da Humanidade (depois de morto, é claro!) porque agora a Humanidade possui a imagem (não a presença) de um defensor radical da organização oficial da vida. A Humanidade ama seus mártires, seus destruidores (há muitíssimos mais monumentos de militares que de poetas), pode utilizá-los, manipulá-los, fazer filmes milionários com suas figuras etc. etc. A sociedade pode ganhar muito dinheiro com um mártir. Vive-se mais barulhentamente depois da morte de Gandhi que depois da morte de [https://pt.wikipedia.org/wiki/Pierre_Drieu_La_Rochelle Drieu La Rochelle]. ** ''Projeto de Ética Negativa'', 1989, página 54 * Matar alguém e dar nascimento a alguém são duas ações violentas através das quais, magicamente, o homem tenta colocar-se no lugar de Deus. A vítima de um homicídio é sempre indefesa, porém jamais tão indefesa quanto a vítima de um nascimento. Um parto tem tanto sangue inocente quanto um homicídio. Se procriar é uma opção livre, então a vida é a dor inútil fundamental. ** ''Projeto de Ética Negativa'', 1989, contracapa ===Crítica de la moral afirmativa: una reflexión sobre nacimiento, muerte y valor de la vida (1996)=== * À luz da ontologia natural, não é correto o argumento de que não sabemos nada sobre nossos possíveis filhos, por exemplo, sobre a capacidade que terão para superar a dor estrutural; porque mesmo que não saibamos, por exemplo, se irão gostar de viajar, trabalhar ou estudar línguas clássicas, sabemos que serão seres indigentes, decadentes, abandonados, que começarão a morrer desde o nascimento, que enfrentarão e serão caracterizados por disfunções sistemáticas, que terão que constituir seus próprios seres como seres contra os outros - no sentido de lidar com a agressividade e ter que descarregá-la sobre os outros – que perderão aqueles que amam e serão perdidos por aqueles que os amam, e o tempo levará tudo o que conseguirem construir. ** ''Crítica de la moral afirmativa: una reflexión sobre nacimiento, muerte y valor de la vida'', 1996 * Sem dúvida, não justificaríamos moralmente o comportamento de alguém que enviou um colega para uma situação perigosa dizendo: "Eu o enviei para lá porque sei que ele é forte e vai conseguir se virar". As "forças" do recém-nascido não aliviam em nada a responsabilidade moral do procriador. Qualquer um responderia: “Isso é irrelevante. Seu papel na questão consistia em enviar as pessoas para uma situação em que você sabia que era difícil e dolorosa, e você poderia evitá-lo. Suas previsões sobre suas maneiras de reagir não diminuem em nada sua responsabilidade”. No caso da procriação, o raciocínio poderia ser o mesmo, e de maneira notória e enfática, já que em qualquer situação intra-mundana com pessoas já existentes em que enviamos alguém para uma situação conhecida como dolorosa, o outro poderia sempre fugir da dor na medida em que seu ser já está no mundo e ele poderia prever o perigo e tentar evitar ser exposto a uma ação desconsiderada e manipuladora. No caso de quem vai nascer, pelo contrário, isso não é possível porque é precisamente o seu próprio ser que está sendo fabricado e usado. Com relação ao nascimento, portanto, a manipulação parece ser total. ** ''Crítica de la moral afirmativa: una reflexión sobre nacimiento, muerte y valor de la vida'', 1996 * Assim, quem diz procriar por amor, como outros matam por ódio, pode ter dito uma verdade, mas, sem dúvida, essa pessoa não deu qualquer justificativa moral para a procriação. Dizer que se teve um filho "por amor" é uma maneira de dizer que você o teve compulsivamente, de acordo com os ritmos selvagens da vida. De um modo semelhante, podemos amar intensamente nossos pais e, ao mesmo tempo, considerar a paternidade ético-racionalmente problemática, e visualizar que fomos manipulados por eles. Posso continuar a amar depois de ter detectado imoralidade, não há nada de contraditório nisso. Nem justificaríamos moralmente um homicídio dizendo que o fizemos por ódio, nem um suicídio dizendo que o fizemos "por ódio contra nós mesmos". Algo pode continuar a ser eticamente problemático mesmo quando guiado pelo amor. ** ''Crítica de la moral afirmativa: una reflexión sobre nacimiento, muerte y valor de la vida'', 1996 ===Porque te amo, não nascerás! Nascituri te salutant (2009)=== * As pessoas proclamam que a “experiência da paternidade (e maternidade) é extraordinária” e a recomendam a todos (e denigrem aqueles que não passaram por ela). Mas eu me pergunto: "extraordinária para quem?". É certamente extraordinária para os genitores. Quando estes dizem que não apenas eles serão felizes e realizados com a experiência, mas também seus filhos, eles não percebem a insondável assimetria e descompasso entre essas duas experiências, a experiência de gerar e a de ser gerado. O gerado está obrigado a aceitar a experiência, a torná-la boa e interessante (e inclusive extraordinária); qual outra saída teria? Esta obrigação não está presente nos genitores, onde o caráter "extraordinário" da experiência é parte de um projeto envolvente e unilateral. As situações de ambas as partes são incomparáveis. Assim, quando alguns replicam: "Não tem sentido você querer mostrar que a vida é má; você não pode decidir pelo seu filho; talvez ele goste de viver", o que isso quer dizer? Claro! Em certo sentido, ele é obrigado a gostar! Mas esse "gostar" será sempre já um desesperado aceitar. O gerado não está em condições de, realmente, gostar. Poderia gostar se tivesse realmente escolhido. Diante do fato consumado, ele é obrigado a agarrar-se desesperadamente à vida. Ou "gosta" ou é destruído (por uma doença nervosa, ou pela sevícia dos outros). ** [http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/15274/1/LIVRO_PorqueTeAmo.pdf ''Porque te amo, não nascerás! Nascituri te salutant''], 2009, páginas 25–26 * O ser da vida humana é ter surgido como uma força contrária a terminalidade interna do ser: o ser humano decai, definha e falece no sentido de fazer tudo isso de maneira opositiva, reativa, fugitiva, como se o ser que lhe foi dado não pudesse ser vivido em sua positividade, mas sempre negativamente, reativamente, criativamente. Mas a terminalidade do ser acabará ocupando todo o espaço criativo, engolindo o “ser-mortal” que decai, definha e falece. Em seu lugar aparecerá então o buraco que o constituía desde sempre, e que só agora se tornou evidente. ** [http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/15274/1/LIVRO_PorqueTeAmo.pdf ''Porque te amo, não nascerás! Nascituri te salutant''], 2009, página 34 * Um agente genuinamente racional escolheria nascer? Pode-se reler a minha argumentação contra R. M. Hare, na ''Crítica da Moral Afirmativa'' [...] Ali eu sugiro que, no experimento segundo o qual o não-ser é magicamente consultado acerca de seu possível nascimento, Hare está errado ao supor acriticamente que "ele" escolheria, sem dúvida, nascer. (Esta é a tendência afirmativa habitual). Pois supomos que ele seja humano, ou seja, uma criatura racional capaz de ponderar razões. A informação que se fornece a esse ser possível, no experimento de Hare, é incompleta e tendenciosa. Deveríamos também dizer a ele que, se nascer, não terá qualquer garantia de nascer sem problemas; que se conseguir nascer sem problemas, sofrerá, quase seguramente, de muitos males intramundanos; que se conseguir se livrar deles (e isto é intramundanamente possível, mesmo que difícil), não poderemos dar-lhe qualquer garantia acerca do seu tempo de vida, nem do tipo de morte que vai ter, além de ter de sofrer a morte dos que chegar a amar e de ter sua morte sofrida pelos que lhe amem (se tiver sorte de amar alguém e de ser amado por alguém, o que tampouco está garantido). Haverá que lhe dizer que, se se livrar de alguma morte acidental violenta, decairá em um número bastante escasso de anos (assim como as pessoas que ama e com as quais se importa), e que ele tem altas chances de transformar-se num doente terminal que pode sofrer terrivelmente até a hora de extinguir-se. Se for possível ainda ao não-ser, após ter assimilado toda esta informação, escolher nascer, não poderíamos alimentar dúvidas bastante bem fundadas acerca de sua qualidade como "agente racional"? ** [http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/15274/1/LIVRO_PorqueTeAmo.pdf ''Porque te amo, não nascerás! Nascituri te salutant''], 2009, páginas 70–71 * Os filósofos falaram sempre da vida como uma "preparação para a morte", e da filosofia como um “aprender a morrer”. Mas há uma sabedoria anterior a esta: aprender a abster-se. Não colocar ninguém na situação de ter de aprender a morrer. ** [http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/15274/1/LIVRO_PorqueTeAmo.pdf ''Porque te amo, não nascerás! Nascituri te salutant''], 2009, página 79 ===Acerca da superioridade intelectual e existencial do pessimismo sobre o otimismo (2010)=== * MV diz que a rejeição da vida aparece em estados posteriores, mas que na hora de nascer, e já antes, tudo é aceitação da vida. Mas, é isso assim?? O que dizer do alarido com que as crianças nascem, do choro primordial, do primeiro contato traumático (estudado por Freud) com o mundo? Não é o alarido da criança já a sua primeira opinião filosófica sobre o mundo? Por que ele não nasce rindo, ou, pelo menos, calmo? Quando o bebê é despejado no mundo no momento do parto, a sua primeira reação é pessimista, um protesto pela desconsideração e o incômodo, um alarido inicial que ele não teve que apreender, como sim terá que apreender a rir, nas primeiras semanas ou até meses de vida (o que já marca, no próprio ato inaugural de ser, a assimetria pessimista: o bebê aprende a rir, mas nasce chorando); o bebê nasce, trazido à força por desejos alheios, num inicial desespero, num grito de profundo e abissal desamparo, num terror primordial que, logo de imediato, a través de movimentos, caricias, cuidados, etc, os adultos tentarão suavizar; movimentos que se repetirão ao longo de toda a sua vida: desespero inicial seguido de cuidados protetores; mas os cuidados são posteriores ao desespero; é o desespero o primeiro, e os cuidados as reações. Não estão no mesmo nível. Assimetria! ** [https://archive.org/details/julio-cabrera-acerca-da-superioridade-intelectual-e-existencial-do-pessimismo-so ''Acerca da superioridade intelectual e existencial do pessimismo sobre o otimismo (replica a Marcus Valério)''], 2010, páginas 24–25 * As crianças pequenas continuam chorando muito, durante vários anos; choram e choram permanentemente; podem incomodar-nos, muitas vezes, mas elas estão certas e temos que aceitar, comovidos, seus choros como uma reação perfeitamente justa ao que foi feito com elas; algumas choram até bem avançada idade, até encontrar outras formas de protesto e manifestação do sofrimento; mesmo adultos, continuamos chorando das mais variadas formas. ** [https://archive.org/details/julio-cabrera-acerca-da-superioridade-intelectual-e-existencial-do-pessimismo-so ''Acerca da superioridade intelectual e existencial do pessimismo sobre o otimismo (replica a Marcus Valério)''], 2010, página 26 * O progenitor sabe perfeitamente que está dando um produto de qualidade duvidosa só para sua própria realização e felicidade; ao admitir que a pessoa pode querer devolvê-la, ele mesmo compreende perfeitamente o caráter dúbio da dádiva. ** [https://archive.org/details/julio-cabrera-acerca-da-superioridade-intelectual-e-existencial-do-pessimismo-so ''Acerca da superioridade intelectual e existencial do pessimismo sobre o otimismo (replica a Marcus Valério)''], 2010, página 28 ** Descrição: sobre procriação e suicídio. ===Entre duas mortes: morte morrida, morte nascida (2011)=== * O que deve entender-se por ética neste contexto inicial de reflexão, não pode ser nada demasiado complicado, nem nada que esteja fortemente comprometido com teorias éticas particulares, mas uma noção completamente básica que possa ser aceita por todas elas. Proponho falar de uma "Articulação Ética Fundamental" (AEF, de agora em diante) para referir-nos ao seguinte conceito: "Nas decisões e ações, devemos levar em consideração os interesses morais e sensíveis dos outros e não apenas os próprios, tentando não prejudicar os primeiros e não dar uma primazia sistemática aos últimos apenas pelo fato de serem nossos interesses". ** [http://filosofojuliocabrera.blogspot.com/2011/08/etica-negativa.html ''Entre duas mortes: morte morrida, morte nascida''], 2011 * Lamentar ter de morrer deve ser estruturalmente idêntico a lamentar ter nascido, sendo que não está ao nosso alcance nascer não mortalmente. ** [http://filosofojuliocabrera.blogspot.com/2011/08/etica-negativa.html ''Entre duas mortes: morte morrida, morte nascida''], 2011 ===Summary of the ethical question in Julio Cabrera's Philosophy (2014)=== * O melhor seria não ter nascido. Não ter nascido é, em uma ética negativa, o bem absoluto; mas é precisamente o bem que não pode ser buscado. (Atenção: a situação é mais radical do que no caso de bens que podem ser buscados mas nunca alcançados; não nascer não pode nem mesmo ser buscado). ** [https://drive.google.com/file/d/0B8lRhEwzaxOlckVlNG1RVjNPdHc/view ''Summary of the ethical question in Julio Cabrera's Philosophy''], 2014, página 8 ===Mal-Estar e Moralidade. Situação Humana, Ética e Procriação Responsável (2018)=== * Quando alguém (inclusive os filósofos) defende a pretensa beleza de "ter filhos", eles referem-se ao prazer de "vê-los crescer", primeiro crianças, depois adolescentes, depois adultos formados e bem encaminhados (isso acontece nas classes sociais mais abastadas, mas também, em parte, nas mais modestas). Entretanto, é estranho que eles, quando falam em filhos, param inexplicavelmente nesse ponto e nunca se referem a seu declínio, seu envelhecimento, sua decadência, talvez porque pensam que não vão estar ali para contemplar esse declínio. Os progenitores preferem não ver o final desse processo, como se o filho dissolvesse no ar. O aspecto residual da paternidade é omitido; se visualiza o filho apenas como florescimento. A morte do filho-resíduo se recusa a qualquer visibilidade. O acabamento dos processos é escamoteado como algo sujo e indecente, não digno de ser mostrado. ** ''Mal-Estar e Moralidade. Situação Humana, Ética e Procriação Responsável'', 2018, página 306 * Toda a nossa vida é vivida no registro da ocultação; mas a ocultação é, sempre, fracasso da ocultação; ela mostra ao tempo que oculta (na verdade, mostra ao ocultar, num único gesto malogrado). O residual não se deixa eliminar e insiste em voltar para a superfície depois de todos os nossos esforços por despejá-lo, como os detritos de uma privada entupida. A nossa infelicidade consiste em sermos seres terminais que não fazem a menor ideia de como terminar. Só sabemos começar processos, não sabemos acabá-los. Somos “ultimados” pelo não ser que somos antes de conseguir aprender a terminar nós mesmos. Somos ultimados pelo ser que não conseguimos ultimar. Morremos sempre atropelados pela morte, sem ter aprendido a morrer. Como nos filmes, na vida, o que mais importa é “como termina”, “que fim levou”. (Curioso que os humanos não gostam de filmes – como “Titanic” – em que o herói morre no final, mas dizem gostar das suas vidas, que são sistematicamente histórias em cujo final morre o herói: nós mesmos). ** ''Mal-Estar e Moralidade. Situação Humana, Ética e Procriação Responsável'', 2018, página 307 * O nosso "amor pela vida" é sempre, de alguma forma, amor não correspondido (...) A vida não se importa conosco, nem sabe que andamos por aí. Contrariamente ao que se diz, ela não dá nada de graça, tudo o que conseguimos é arrebatado. A vida não precisa de nós, nós a perseguimos, nos humilhamos, suplicamos, aceitamos tudo dela, os maiores sofrimentos. Muitos são capazes das piores atitudes morais apenas para conservá-la mais um pouco (...) Aos que perguntem "Mas, não amas a vida?", deveríamos responder, num viés mais poético: "É claro que a amo; sempre a amei. Eu sempre quis viver, mas é a vida que não me deixa viver, que me limita, machuca, me faz adoecer e me destrói. Não sou eu quem não quer viver, pois a vida é tudo o que eu queria. Eu quis construir e a vida derrubou tudo o que eu ergui; quis amar e a vida matou tudo o que eu amei. Não me digam que não amo a vida; é ela que não me ama, que não ama ninguém. ** ''Mal-Estar e Moralidade. Situação Humana, Ética e Procriação Responsável'', 2018, p. 350-351 * É muito curioso que, às vezes, seja considerado cruel ou desumano o fato de colocar a questão da ética da procriação, como se isso mostrasse uma rejeição das crianças que estão para nascer, uma espécie de ódio pelas suas vidas. Isso é uma total deformação das intenções de uma reflexão ética sobre procriação. Pelo contrário, essa reflexão está motivada por uma profunda preocupação pelas crianças possíveis, pelo risco de seu surgir ser consequência de um ato impensado, constrangedor e agressivo para pequenos seres indefesos, sobre os quais se pensa ter pleno direito de planejar tudo sobre suas vidas à nossa inteira vontade e satisfação. Grande parte da revolta que desperta no mundo adulto a simples colocação dessa questão indica que os progenitores obtêm um prazer muito grande no ato procriador, e reagem — às vezes iradamente — contra quem comove essa poderosa fonte de prazer, e consequentemente o imenso poder sobre aquele que vai nascer. Esse poder total sobre outra vida é intensamente sedutor e ninguém quer abrir mão dele. Mas na reflexão ética, qualquer que seja o tema tratado, nunca se trata de avaliar apenas a satisfação que obtemos de nossos atos, mas de ponderar se aquilo que fazemos é correto ou não, se o poder que conseguimos acumular sobre seres mais indefesos está ou não eticamente legitimado. ** ''Mal-Estar e Moralidade. Situação Humana, Ética e Procriação Responsável'', 2018, página 463 * Claro que a possibilidade de o nascido não ter forças suficientes para suportar a luta pela vida é só isso, uma possibilidade, não uma necessidade; mas o ponto é que a sua mera possibilidade já é suficiente para a imputação moral. Não há relações causais firmes entre métodos de formação, educação e tratamento de filhos e seus destinos e escolhas. Como se diz no cotidiano, isso é, em grande medida, "uma loteria": aquelas providências que os genitores tomam para evitar certos riscos podem ser, precisamente, as que precipitem os filhos neles. As muitas vidas que acabam catastroficamente parecem um preço muito elevado para justificar moralmente a "aposta" da procriação, mesmo aquela feita da maneira mais séria possível pelo "procriador responsável". (As numerosas catástrofes "compensam" algumas vidas "bem-sucedidas"? Podemos fazer cálculos de "ganhos" e "perdas" com vidas humanas possíveis, mais do que o fazemos com vidas humanas reais?). Mas o importante é que mesmo não se apresentando nenhuma dessas situações calamitosas, o "triunfo" vital do filho, o fato de ele ter conseguido aquele "equilíbrio" (sempre moralmente oneroso, pela tese da inabilitação) entre a invenção de valores e a estrutura terminal do ser, não isenta os genitores da responsabilidade de tê-lo colocado no risco de cair em alguma daquelas catástrofes. Além do mais, mesmo o filho tendo "ganhado" a aposta, seu "triunfo" ficará para sempre e indefinidamente vinculado à unilateralidade do ato procriador: o filho terá ganhado a aposta, mas ela nunca terá sido, radicalmente, a sua aposta. Ele poderá, como máximo, ganhá-la, mas nunca poderá ter escolhido concorrer. ** ''Mal-Estar e Moralidade. Situação Humana, Ética e Procriação Responsável'', 2018, página 508 * O mais curioso é que costuma ser o habitante das classes mais pobres quem cultiva uma adoração sem limites pela mãe, por tê-los criado com enormes sacrifícios. Sofrem todo tipo de miséria, pobreza extrema, doenças, delinquência, discriminação, exclusão e tortura, sem jamais dar-se conta de que foram seus pais os que os colocaram naquela situação para seu próprio prazer ou por descuido irresponsável. E quando o filho comete algum ato prejudicial levado pelo desespero no qual foi colocado, ainda as pessoas se compadecem da "pobre mãe" pelo fato de ter um filho "tão pouco agradecido". Toda a miséria herdada passa magicamente a ser responsabilidade do filho! Aqui é utilizado o mesmo esquema argumentativo das Teodiceias: o Pai puro que fez seus filhos com amor, dando-lhes algo de muito valioso, e também os fez "livres"; os filhos pecaram, pois, livremente, se comportando mal e estragando algo de muito precioso que lhes fora dado, provocando desgostos a seus pobres pais. Esse esquema é quase tragicômico porque é exatamente o inverso o que parece verdadeiro: nossos pais nos deram de maneira interesseira, para seu próprio prazer e benefício, algo de muito duvidoso valor que nós agora, dentro da sujeição e da necessidade — ou seja, muito longe de qualquer genuína "liberdade" — temos que tentar melhorar com muito esforço. Enquanto não invertermos essa valoração predominante em nossas sociedades, as questões éticas nem poderão começar a ser pensadas seriamente, pois a relação da mãe com os filhos, visceralmente egocêntrica e manipuladora, continuará sendo considerada como paradigma de moralidade ética, o que parece, no mínimo, um erro crucial de apreciação, uma gravíssima mitologia, uma colossal mistificação. ** ''Mal-Estar e Moralidade. Situação Humana, Ética e Procriação Responsável'', 2018, páginas 538-539 * O "agradecimento eterno" não fica apenas no plano dos inícios da vida, mas ao longo de toda a longa dependência dos filhos a respeito dos progenitores durante os primeiros dez anos de vida — nos quais eles são inclusive objetos de exibição — e no duro período da adolescência, em que os filhos são tratados permanentemente como "mal-agradecidos", como se nunca acabassem de pagar a sua imensa dívida; tudo o que é comprado para eles, para seu futuro, seus estudos, todas aquelas coisas que jamais foram pedidas pelo filho, que fazem parte de um investimento afetivo e econômico dos progenitores, fica sendo permanentemente e durante longos e duros anos, apresentado como prova de sacrifício e amor, como objeto de eterna gratidão, nunca totalmente retribuída pelos filhos mal agradecidos. A questão da paternidade configura um poderoso mecanismo de poder no qual mesmo a violência física de castigos e punições é justificada em prol da formação, nunca pedida, daquele ser jogado no mundo, tentando construir anteparos para não ser destruído pela imensa dádiva recebida. ** ''Mal-Estar e Moralidade. Situação Humana, Ética e Procriação Responsável'', 2018, páginas 539-540 ===O Nascimento como problema bioético: primeiros passos para uma bioética radical (2018)=== * As pessoas falam sobre a "maravilhosa experiência da paternidade". Vocês já se perguntaram por que é tão maravilhosa? Talvez seja maravilhosa porque é muito manipuladora; manipular dá muito prazer, porque você tem uma pessoa em suas mãos. Quando a criança é pequena, você a veste como quiser, penteia como quiser, corta o cabelo, põe na mesa, como já vi frequentemente. Os adultos brincam com a criança, pessoas que não teriam nenhum assunto de conversa ou interação, quando suas vidas cinzas, vazias e insignificantes viriam à tona, a criança as salva. ** ''O Nascimento como problema bioético: primeiros passos para uma bioética radical'' (acessível no vídeo "BioÉtica Radical (subtitled in English) 2018" em Youtube), 44:38-45:22 * A tradição moral diz: temos muitas tendências naturais, mas como seres humanos éticos temos que tentar superar os impulsos naturais. Por exemplo, somos naturalmente violentos; os seres humanos são naturalmente muito egoístas, tentando concentrar suas decisões em si mesmos, mas a ética está sempre dizendo: você tem que lutar contra essas tendências naturais. Você não pode ser todo o violento que a natureza comanda, você não pode ser tudo egoísta que a natureza pede. Então, se você me disser que a procriação é natural, ser natural não mostra que ela é moral. Pelo contrário, filósofos brasileiros esquecidos como Tobias Barreto colocam exatamente o oposto: Tobias Barreto pensava que quando algo é natural é mau, e nós temos que combatê-lo (a escravização de um povo sobre outro é natural, mas é cultural que a escravidão não deve existir.) Então não me diga que a procriação é natural e por isso temos que fazê-lo. Toda a moralidade humana não é natural, toda a moralidade humana é artificial, assim como nossos sistemas de alimentação em restaurantes sofisticados também são artificiais e antinaturais. Qual é o animal que come do jeito que comemos? Até nossa sexualidade é artificial; não é puramente instintiva, mas em grande parte simbólica. Se você tivesse esse argumento em sua manga, ainda teria que mostrar que o que vem da natureza é moral, porque há muitos argumentos que mostram o que vem da natureza pode ser o oposto da moralidade ** ''O Nascimento como problema bioético: primeiros passos para uma bioética radical'' (acessível no vídeo "BioÉtica Radical (subtitled in English) 2018" em Youtube), 47:49-49:30 ===Devorando Nietzsche: por um niilismo sul-americano (2022)=== * Não somos niilistas da vida, é a vida que é niilista de nós; é a vida que nos nega, nos expulsa e nos mata. Por acaso nós não queremos viver intensamente e para sempre? Somos nós os que negamos a vida? Não é a vida que nos nega dia a dia? ** Devorando Nietzsche: por um niilismo sul-americano (2022), páginas 76-77 ISBN 978-65-86676-43-3 * Não é a moral que nega a vida, é a própria vida que se nega, que se mata matando-nos. Vida suicida. ''Tentamos viver intensamente, mas a vida, intensamente, nos mata''. A vida mesma é cética, não acredita em nada do que ela mesma cria. Apenas cria para destruir o que criou. Ela não precisa de niilistas para negar-se, não precisa de suicidas para suicidar-se. Sofremos por sermos parte da arma suicida da vida, parte do que ela cotidianamente ''mata''. ** Devorando Nietzsche: por um niilismo sul-americano (2022), página 77 ISBN 978-65-86676-43-3 * Os humanos vivem de maneiras automáticas, mantêm entre si relações rotineiras, não sabem quase nada sobre aqueles outros humanos com que lidam diariamente; conhecimentos sumários sobre os outros são suficientes para trabalhar e comportar-se. Cumprimentam-se e perguntam "como estão", mas já não escutam a resposta; querem apenas saber se está "tudo bem" para poder continuar levando adiante distraidamente suas relações epidérmicas. E se alguém manifesta, por acaso, que está mal (que está muito doente, ou endividado), seu interlocutor ficará calado, como se o outro tivesse quebrado uma sagrada regra do convívio; depois de alguns minutos dirá: "Mas, fora disso está tudo bem, não é?". Os humanos acharam essa forma descontraída, indiferente, sumária e autocentrada de "levar a vida" quando perceberam que ''viver'' a vida, realmente ''vivê-la'' e não apenas "levá-la", implicaria numa enorme despesa em termos de sofrimento, solidão, reflexão e ligação com o mundo. ** Devorando Nietzsche: por um niilismo sul-americano (2022), páginas 78-79 ISBN 978-65-86676-43-3 * Aqueles que vivem de maneira distraída costumam ser extremamente insensíveis para com os sofrimentos e necessidades dos outros. Eles prejudicam outras pessoas já "sem intenção", como a pessoa que fica obstruindo a passagem dos outros sem dar-se por conta de que incomoda. Ele costuma desculpar-se dizendo que "não teve a intenção", e isso é, habitualmente, verdade. Entretanto, ninguém deveria, neste mundo tenso e cada vez mais povoado, se descontrair até o ponto de incomodar aos outros "sem intenção". Deveríamos nos concentrar mais, ficar mais atentos, não nos descontrairmos até o ponto de esquecer que os outros estão sempre por perto, e que, movendo nossos braços de maneira exagerada e desatenta, podemos derrubar alguém "sem intenção". ** Devorando Nietzsche: por um niilismo sul-americano (2022), páginas 79-80 ISBN 978-65-86676-43-3 * Essa minoria que permanece tensa, que não se distrai, que não consegue se descontrair, que escuta aos outros, que se comove com seus relatos, que mantém uma sensibilidade aguda para os problemas e sofrimentos dos outros, esses costumam ser doentes, inclusive fisicamente, como o príncipie Mishkin de "O Idiota" de [[Fiódor Dostoiévski|Dostóievski]], capaz de uma entrega sublime aos outros apenas por sofrer de epilepsia. As pessoas "normais" são descontraídas e, portanto, insensíveis e moralmente desconsideradas, aquelas que bocejam enquanto seu amigo está lhes falando de seus problemas mais terríveis. ** Devorando Nietzsche: por um niilismo sul-americano (2022), página 80 ISBN 978-65-86676-43-3 * Aqui os humanos vulgares parecem ensinar algo aos filósofos raros: se quiseres manter a tua saúde mental e não ser destruído pelos impactos da vida, melhor é ignorar do que saber, assumir uma forma insensível, sumária e imoral de viver, não levar as coisas tão a sério, não tentar conhecer ninguém em profundidade, não saber demasiado sobre o mundo. Os vulgares ensinam aos sábios a verdadeira essência negativa da vida, uma vida tão má, tão insalubre, tão dolorosa e tão injusta, que a única maneira de enfrentá-la é mediante algum tipo de ignorância, e não, como sonharam sempre os filósofos, uma sabedoria que tentaria um "melhoramento" de si. Pelo contrário, a vida é tão árdua e desconsiderada que, para poder vivê-la, é mais conveniente ser um humano pior do que já somos; mais insensível, mais imoral, mais ignorante. No templo da sabedoria, paradoxalmente, deveríamos pregar este letreiro: Ignorate a ti mesmo! Pois quem garante que sabedoria e vida caminham numa mesma diração? ** Devorando Nietzsche: por um niilismo sul-americano (2022), página 80 ISBN 978-65-86676-43-3 ** Descrição: Nos lembra o que diz [[Fernando Pessoa]], através do pseudônimo de Bernardo Soares, no Livro do desassossego: "''O mundo é de quem não sente. A condição essencial para se ser um homem prático é a ausência de sensibilidade''." ==Filosofia da linguagem e da lógica== * O que observamos, por exemplo, quando nos envolvemos em discussões éticas sobre procriação, aborto ou pena de morte, ou em debates lógicos sobre analiticidade, lógicas não-clássicas ou conexões lexicais, é que as posições opostas são perfeitamente sustentáveis, embora não sejam posições que nós próprios preferimos tomar. Entendemos que nossa posição sobre, por exemplo, o aborto, vem de um conjunto de suposições, preferências, desgostos, experiências passadas, educação e assim por diante, todos elementos e circunstâncias que orientaram nossa escolha de categorias, conceitos e modos de raciocínio que certamente deve diferir muito do conjunto de argumentos de nossos interlocutores em um diálogo sobre o assunto. Qualquer coisa que possamos apresentar sobre tópicos controversos como esses seria normalmente oposta ou recusada pela outra parte através de todos os tipos de objeções. A oposição não é uma anomalia, mas a forma atual em que a filosofia se desenvolve. Dois seres humanos envolvidos em uma discussão sobre questões filosóficas irão naturalmente e forçosamente diferir em substância e método em quase qualquer assunto em questão. Qual é o ponto em tentar impor a própria perspectiva? ** [http://philosopherjuliocabrera.blogspot.com/2011/05/philosophy-of-logic.html ''The negative approach to argumentation''], 2011 * Apesar da soberba afirmação de Singer dele ter, finalmente, descoberto a solução definitiva do problema do aborto, podendo encerrar definitivamente a questão, a sua "demonstração" depende de muitas sub-argumentações possíveis (que ele prefere não "ver"). Seu argumento pró-aborto só consegue ser estabelecido se aceitarmos algum tipo de ética utilitarista segundo a qual o bem-estar dos seres humanos concretos está por cima de qualquer ideia abstrata ou metafísica de "pessoa humana" (algo que as tornaria "intrinsecamente valiosas"). Também depende da ideia de que o eticamente relevante é que os seres humanos não sofram dor inútil, e da tese de que um ser humano pode definir-se mediante um conjunto de propriedades relevantes bem determinadas (os famosos "indicadores de humanidade"). Também depende de certa definição muito específica dos termos "matar" e "inocente" na expressão "ser humano inocente", e da desativação da ideia da "potencialidade", no sentido de alguém poder ser potencialmente uma coisa num momento t + 1, que lhe daria direitos em t. Trata-se de um alto número de pressupostos sem os quais a conclusão “objetiva” e "definitiva" não decorreria. Qualquer arguidor que não aceite pelo menos um desses pressupostos, não aceitará os "resultados incontestáveis" de Singer. E contrariamente ao que ele afirma, os que não os aceitam não estão "simplesmente equivocados", mas assumem outros pressupostos e Gestalten perfeitamente plausíveis, sustentáveis e racionais dentro da rede de argumentações. Singer ignora drasticamente todos os questionamentos e obstáculos da sua linha de argumento (por exemplo, as controvérsias sobre os "indicadores de humanidade") e é apenas dessa forma que ainda consegue alimentar a ilusão de ter "resolvido" o problema do aborto. ** [https://online.unisc.br/seer/index.php/signo/article/view/7990/pdf ''Introdução a uma abordagem negativa da argumentação''], 2017, página 164 * Parto da perspectiva de que se deve considerar como “filosofia da linguagem” tudo aquilo que os filósofos pensaram e desenvolveram em termos de reflexão sobre a linguagem, seja qual for sua perspectiva e sua metodologia de acesso (analítica, hermenêutica, fenomenologia, filosofia transcendental, crítica de ideologias, psicanálise) (...) A minha ideia é que essas questões [da linguagem] são mais bem visualizadas não dentro de uma única perspectiva, mas na confluência de várias delas. ** Margens das filosofias da linguagem, Editora da UnB, Brasília, 2009 (1ª reimpressão), pág. 14. * Parafraseando aquilo que Norberto Bobbio (…) disse certa vez acerca do marxismo, “uma das minhas frases preferidas é que hoje não se pode ser um bom marxista sendo apenas marxista. Mas o marxista tem uma tendência irresistível a ser apenas...marxista”, poder-se-ia dizer que hoje não se pode ser um bom filósofo analítico sendo apenas analítico. Mas o analítico tem uma tendência irresistível a ser apenas...analítico. ** Margens das filosofias da linguagem, Editora da UnB, Brasília, 2009 (1ª reimpressão), pág. 15. * Poder-se-ia dizer (…) que a linguagem interessa à filosofia na medida em que a primeira é entendida não apenas como “veículo” de conceitos, mas como um âmbito no qual os conceitos são constituídos, conceitos que permitem articular o mundo com o intuito de torná-lo significativo para nós. Dessa maneira, conceitos e significação vão juntos. Essa “significatividade” será entendida de maneiras muito diversas pelas diferentes filosofias da linguagem, e consequentemente a constituição de conceitos também será diversamente entendida. Denomino essa concepção, em contraposição à teoria veicular, concepção constitucional da linguagem. ** Margens das filosofias da linguagem, Editora da UnB, Brasília, 2009 (1ª reimpressão), pág. 17. * Teoria do conhecimento, ética e estética não são apenas três disciplinas acadêmicas, mas três grandes acessos humanos ao mundo (...) Tornar o mundo significativo é uma empreitada epistemológico-ético-estética (...) Diferentes filosofias da linguagem acentuarão uma ou outra dessas funções. (...) Conhecer o mundo não é tudo o que o homem faz com ele, e muitos pensadores (Schopenhauer, Nietzsche, Freud) já duvidaram de que o conhecer deveria considerar-se como a relação mais básica e profunda que o homem pode estabelecer com o mundo. ** Margens das filosofias da linguagem, Editora da UnB, Brasília, 2009 (1ª reimpressão), pág. 21. * (…) a minha abordagem dessas possibilidades de constituição da significação será largamente negativa, seguindo o ponto de vista que caracteriza a minha perspectiva filosófica geral acerca do mundo. Tal abordagem negativa , no terreno da filosofia da linguagem, será manifesta no fato de focar-se aqui não tanto a bem-sucedida geração de significação, que (de acordo com a minha perspectiva) raramente ou nunca acontece, mas precisamente os regulares obstáculos para sua instauração. (...) Mas a minha abordagem é negativa num sentido radical (…) cada uma das filosofias da linguagem se constitui como a negação do projeto esclarecedor das outras, cada uma constituindo-se como a formulação das insuficiências das outras. ** Margens das filosofias da linguagem, Editora da UnB, Brasília, 2009 (1ª reimpressão), pág. 22. * (…) os “significados”, além de possuírem dimensões objetivas, são também instâncias hermenêuticas, temporal-históricas, precisamente aquelas que o filosofar analítico não pode captar, por estarem situados além dos seus limites de entendimento. “Significados” são instâncias que somente podem ser estudadas plenamente por outras filosofias da linguagem, capazes de incorporar aqueles elementos experienciais. ** Margens das filosofias da linguagem, Editora da UnB, Brasília, 2009 (1ª reimpressão), pág. 55. * Wittgenstein é um filósofo suficientemente rico (ou suficientemente vago e impreciso) a ponto de sobre ele recaírem múltiplas interpretações. Interpretações analíticas, hermenêutico-transcendentais, fenomenológicas e marxiano-dialéticas da filosofia de Wittgenstein são examinadas (...) como recurso expositivo para melhor caracterizar diversos tipos e estilos de filosofias da linguagem do século XX. O assumido pluralismo (...) faz que se considerem todas essas interpretações como viáveis, de maneira que nenhuma delas descarte as outras como “falsas”, pretendendo ter apresentado “o verdadeiro Wittgenstein”. Isto supõe uma concepção do que seja filosofia e uma maneira de produzi-la e desenvolvê-la. Em cada uma das interpretações acentuam-se aspectos diferentes de um mesmo pensamento, como num experimento de Gestalt. ** Margens das filosofias da linguagem, Editora da UnB, Brasília, 2009 (1ª reimpressão), pág. 66-67. * (…) o texto de Heidegger [Sobre a essência da fala] não será indicativo de um objeto já feito, mas consistirá em pistas sobre como viver uma experiência com a fala, experiência que não está “narrada” no texto, mas suscitada por ele. O texto tentará colocar o leitor numa espécie de âmbito ou “ambiente” que dê oportunidade a essa experiência. ** Margens das filosofias da linguagem, Editora da UnB, Brasília, 2009 (1ª reimpressão), pág. 144. * Pensemos, por exemplo, na experiência de falar uma língua estrangeira e no que acontece quando se fala “perfeitamente e sem erros”, quando se fala alemão “como um alemão”, e no que acontece, pelo contrário, quando se fala imperfeitamente, quando, pelo balbuciar de quem “não domina uma língua”, se mostra uma dimensão vital que fica oculta na língua perfeitamente “dominada”. ** Margens das filosofias da linguagem, Editora da UnB, Brasília, 2009 (1ª reimpressão), pág. 145. * Como Wittgenstein apontaria, a palavra “pobre” não possui uma referência absoluta, mas adquire seu sentido em referência a específicos jogos de linguagem, nos quais adquire dinamicamente a sua referência ao mundo. A pobreza à qual Marx se referia não necessariamente diminui por meio da ampliação dos benefícios aos trabalhadores dentro da sociedade alienada. Um escravo bem pago continua sendo um escravo e, por conseguinte, alienado e pobre, no sentido marxiano. (...) o trabalhador não se “despauperizou” no sentido relativo de Marx (e de Wittgenstein), mas ele continua alienado, vivendo com o mínimo (relativo à sociedade que o aliena) (...). ** Margens das filosofias da linguagem, Editora da UnB, Brasília, 2009 (1ª reimpressão), pág. 196-97* A psicanálise não é ciência. Mas muito poucas coisas são ciência. * A psicanálise não é ciência. Mas muito poucas coisas são ciência. A ética de Kant tampouco é ciência, mas é reflexão de alto nível sobre o ser humano em sua relação com o mundo, igual à reflexão de Freud. O que parece curioso é a escassa insistência com que se coloca o fato de a ética kantiana não ser ciência, enquanto todo mundo parece tão preocupado em salientar a não cientificidade da psicanálise. Margens das filosofias da linguagem, Editora da UnB, Brasília, 2009 (1ª reimpressão), pág. 224. * O interesse da psicanálise pela quebra discursiva não é meramente teórico, mas também por estar regularmente marcada pelo padecimento, por algum tipo de envolvimento emocional (...) O padecimento não é um “acompanhamento” externo às anomalias linguísticas, mas parte constitutiva delas. A quebra discursiva é manifestação de uma quebra psíquica. A geração de anomalias e descontinuidades de linguagem está ligada à tentativa de evitação de desprazer. A compacidade real da cadeia linguística, ou seja, o correto preenchimento desta mediante autênticos signos geraria sofrimento insuportável. ** Margens das filosofias da linguagem, Editora da UnB, Brasília, 2009 (1ª reimpressão), pág, 230. * (…) porque é ilegítimo eliminar filosofias? Aqui, juntam-se motivos lógico-epistêmicos e motivos éticos. (...) aquilo que foi pensado instaura uma forma de vida do pensamento, uma de suas possibilidades reflexivas. Quando uma visão de mundo é instaurada, ela é indestrutível como possível forma de pensamento, como direção da reflexão; o fato de ter pensado é inextinguível, e a única coisa a ser feita com essa visão é aceitá- la, complementá-la ou mesmo excluí-la, mas essas três atitudes implicam já a sua não eliminação: a exclusão filosófica de uma filosofia por parte de outra supõe o reconhecimento de sua existência, apenas se apresentam contraexemplos de suas leis (...) Não podemos eliminar outras filosofias por um motivo semelhante àquele pelo qual não podemos eliminar pessoas. ** Margens das filosofias da linguagem, Editora da UnB, Brasília, 2009 (1ª reimpressão), pág, 276. * O estudo das “inferências lexicais” (se elas existem) deverá ser algo que oscila (...) entre a LM [Lógica Matemática] e a lógica informal. Em termos históricos, gostamos de dizer que se trata de uma empreitada wittgensteineana do período intermediário (...), algo que já passou para além da decepção da semântica unidimensional do Tractatus, mas que ainda não caiu na frondosa multidimensionalidade das Investigações Filosóficas (...) Inferências lexicais e Interpretação de redes de predicados. ** Editora da UnB, Brasília, 2007 (em coautoria com Olavo da Silva Filho), pág. 15. * Denominamos “divergentes” (…) a todos os sistemas de LM do século passado que contestam algum aspecto da LM “clássica” (daí seu apropriado nome de “não clássicas”) (...) Pelo contrário, nós denominamos aqui como “hiperdivergentes” aqueles projetos lógicos que apresentam a lógica de uma maneira incompatível, ou muito dificilmente assimilável, com sua apresentação em sistemas de lógica, de tal forma que fica difícil, ou talvez impossível, definir essa lógica em relação aos sistemas da LM clássica e, consequentemente, sua própria divergência como sendo mesmo uma divergência. Historicamente, projetos lógicos como os apresentados por Hegel, Husserl e Dewey, por exemplo, são dessa natureza. Inferências lexicais e Interpretação de redes de predicados. ** Editora da UnB, Brasília, 2007 (em coautoria com Olavo da Silva Filho), pág. 272. * Talvez as conexões lexicais descansem, em última instância, na vontade de viver, na vontade de poder, na dor, na mortalidade ou na sexualidade, e não em puras estruturas lógicas. Se ainda nossas lógicas lexicais fossem consideradas como atreladas ao “disposicional” e à tecnologia do pensamento (numa linha crítica hegeliano-heideggeriana) nada haveria a fazer; aí sim, pareceria que saímos dos limites de tudo o que poderia chamar-se ainda de “lógica” (...). Para um heideggeriano convicto, pouco se terá ganhado com a passagem da lógica usual para [a lógica lexical]. Não obstante isso, sentimos que existe uma sensibilidade intermediária a ser aproveitada e cultivada, que estaria entre as rígidas formas lógicas analíticas e o existencialismo “continental” selvagem, uma espécie de sensibilidade existencial das formas lógicas. Inferências lexicais e Interpretação de redes de predicados. ** Editora da UnB, Brasília, 2007 (em coautoria com Olavo da Silva Filho), pág. 276- 277. ==Cinema e filosofia== * A atual filosofia profissionalizada tem se compreendido abertamente como “apática”, sem pathos, exclusivamente conduzida pelo intelecto e deixando de lado emoções e impactos sentimentais. Apenas uns poucos filósofos dos últimos dois séculos (Schopenhauer, Nietzsche, Freud, Kierkegaard, Heidegger) opuseram resistência a esta tradição, questionando a hegemonia da razão intelectualista e a sistemática exclusão da componente emocional na tarefa de captação do mundo. Neste sentido, podemos chamar de “cinematográficos” esses pensadores da tradição europeia. ** Cine: 100 años de Filosofía. Gedisa, Barcelona, 2015 (2ª edicão), pág. 9. * Não será que muito do que Heidegger, por exemplo, tenta dizer, quase sem sucesso, forçando a língua alemã, obrigando-a a gerar frases dificilmente inteligíveis, ou as tentativas de Hegel de pensar o trabalho do conceito “temporalmente”, pondo-o “em movimento”, não seria muito melhor exposto através das imagens surgidas a partir do deslocamento calmo e atento de uma câmera cinematográfica? ** Cine: 100 años de Filosofía. Gedisa, Barcelona, 2015 (2ª edicão), pág. 19. * O cinema não elimina a exigência de verdade e universalidade, mas (...) as redefine dentro do fenômeno logopático (...) a universalidade do cinema é peculiar, pertence mais à ordem da possibilidade do que ao da necessidade. O cinema é universal, não no sentido do “acontece necessariamente a todos”, mas no sentido do “poderia acontecer com qualquer um”. ** Cine: 100 años de Filosofía. Gedisa, Barcelona, 2015 (2ª edicão), pág. 25. * (…) Um bom filme é precisamente aquele no qual a câmera desaparece, quando não somos mais conscientes de estarmos vendo um filme, enquanto que um filme de vanguarda tenta voltar a câmera para si mesma e mostrar o aparato oculto. Uma maneira jocosa de entender isto seria comparar a reação de um humano e a de um gato quando apontamos para algum objeto com o dedo; enquanto o humano olha para além do dedo tentando descobrir o objeto para o qual o dedo aponta, o gato fica olhando para o dedo; nesse sentido, o gato é vanguardista, se interessa mais pelo médium (o dedo, a câmera) do que pelo objeto apontado. ** Cine: 100 años de Filosofía. Gedisa, Barcelona, 2015 (2ª edicão), pág. 30- 31. * (…) a imagem cinematográfica não pode mostrar sem questionar, sem desestruturar, recolocar, retorcer, deturpar. O cinema não consegue ser esse puro “registro do real” que a concepção fotográfica do cinema costuma formular (e que correntes como o neorrealismo italiano tentaram aproveitar). ** Cine: 100 años de Filosofía. Gedisa, Barcelona, 2015 (2ª edicão), pág. 43. * Exercendo esse efeito de choque, de violência visual, de assalto à sensibilidade, de agressividade no mostrar, é possível que o espectador adquira aguda consciência de um problema moral ou epistemológico como talvez não lhe aconteça lendo um tratado sobre o assunto. Esta “sensibilização de conceitos” pode, inclusive, questionar algumas das soluções tradicionais de questões filosóficas oferecidas pelo conceito escrito ao longo da história da filosofia (...) ** Cine: 100 años de Filosofía. Gedisa, Barcelona, 2015 (2ª edicão), pág. 47. * Os filmes não “têm” um sentido que tenha que ser interpretado, mas eles estabelecem com o espectador uma inter-relação da qual surge um sentido não previsto, que não estava em nenhum lugar aguardando por ser encontrado. ** Cine: 100 años de Filosofía. Gedisa, Barcelona, 2015 (2ª edicão), pág. 54. * Blow-up [Antonioni] mostra o que Descartes afirma: os sentidos nos enganam. Porém, não há nas imagens deste filme qualquer cogito que ajude a superar o insuportável estado de dúvida provocado pela ambiguidade dos fatos. Thomas [o jovem fotógrafo desse filme] não consegue se proteger em nenhuma subjetividade aconchegante; pelo contrário, é a sua subjetividade o que é roubado pela força misteriosa das coisas. ** Cine: 100 años de Filosofía. Gedisa, Barcelona, 2015 (2ª edicão), pág. 171. * O pessimismo parece ter uma densidade existencial que o otimismo – mesmo o otimismo não ingênuo – não possui. Na famosa Último tango em Paris (1972), de Bernardo Bertolucci, o desconhecido (Marlon Brando) cuja mulher acabou de se suicidar, deambula por Paris e encontra casualmente Jeanne (Maria Schneider), com quem tem uma relação rica e violenta, física e existencial, num apartamento sem mobília, onde não importam as convenções nem o nome de coisas ou pessoas (...) Mas no momento em que ele consegue sair da fossa e voltar a se integrar na vida, se vestir bem e retomar o exercício das convenções habituais, saber o nome dela, casar-se e ser feliz, transforma-se numa caricatura convencional e sua relação com Jeanne acaba abruptamente (...). ** Cine: 100 años de Filosofía. Gedisa, Barcelona, 2015 (2ª edicão), pág. 294. * Um filme “quieto” no qual “não acontece nada”, onde se mostram pessoas olhando pelas janelas, andando pelas ruas, vivendo situações completamente banais, ou simplesmente olhando umas para as outras sem dizer nada, não satisfaz ao espectador ávido de novidades (...) esse tipo de espectador costuma dizer, depois de assistir um filme ontológico, que não gostou porque nele “não acontece nada”: precisamente o tipo de atitude que Heidegger pretende provocar em seus escritos, fazendo com que a ausência de entes prementes nos coloque em contato com o ser. ** Cine: 100 años de Filosofía. Gedisa, Barcelona, 2015 (2ª edicão), pág. 366. * (…) Paradoxalmente, o cinema mudo inaugura o dizer, e o cinema sonoro o calar. O dizer não precisa de palavras, mas o calar sim. A falta de som não foi uma “limitação” para o cinema mudo, mas a falta de silêncio sim. E este não parece ser um limite de tipo estritamente wittgensteineano. ** Cine: 100 años de Filosofía. Gedisa, Barcelona, 2015 (2ª edicão), pág. 426. * (...) uma concepção abstrata do cinema se opõe a uma concepção fotográfica, marcada pela tecnologia; por isso não gosto quando se fala da fotografia como precursora ou pioneira do cinema; a fotografia está aparentada com o cinema só mecanicamente; a antecessora poética do cinema, sua pioneira pensante, é muito mais a literatura que a fotografia; não há nada de intrinsecamente fotográfico no cinema, o cinema é tão abstrato como a literatura, e tão opaco; e tampouco a fotografia é concreta; nada humano é concreto, ou transparente, todo humano é predicativo, mostra-ocultando, inclui excluindo, entende-ignorando, pensa-dispensando (...) ** Diálogo-Cinema. Edições SENAC, São Paulo, 2013 (en colaboración com Márcia Tiburi), pág. 94. ==Filosofia latino-americana== * El problema es que ellos vienen aquí y hablan de los problemas filosóficos de ellos en la lengua de ellos, y nosotros vamos allá y hablamos de los problemas filosóficos de ellos en la lengua de ellos. ** [https://drive.google.com/file/d/0B8lRhEwzaxOlQXB2Y3N2WDN6bEE/view ''A questão da filosofia no Brasil no contexto da reflexão sobre civilização e barbárie no pensamento argentino''], 2009 ** Descrição: sobre o problema do colonialismo em filosofia. * Na verdade, a Europa não espera nada de nós, simplesmente não existimos para ela. Mas isso não é o pior, senão que esta indiferença pelo que pensamos desde a América Latina foi internalizada pelos próprios estudiosos latino-americanos de filosofia. Hoje em dia, a Europa não precisa perder seu tempo rejeitando-nos, porque ela já tem representantes internos que desempenham a contento esse papel excludente. ** [http://www.ihuonline.unisinos.br/artigo/17-artigo-2011/4175-julio-cabrera-2?showall=&limitstart= ''Sem grandes intuições, não há grande filosofia''], 2011 * Nós não vivemos apenas em um mundo de língua inglesa. Vivemos em um mundo de escrita inglesa e leitura inglesa, um mundo que pensa em inglês. Se escrevermos filosofia em espanhol ou português (por exemplo), nossos pensamentos simplesmente não surgem; eles permanecem numa espécie de limbo, nem mesmo como ruins ou triviais (isso mostraria algum tipo de visibilidade), mas como inexistentes. ** [https://drive.google.com/file/d/1_e9vR3ALfKVlSzSIbVL2yjG4_6SFIBlI/view, ''Why philosophy not written in English does not exist: hegemonic language as ontological policy. The case of South-American antinatalism''], 2018, página 1 * Quando um europeu filosofa todos seus problemas são de essência, não há nenhuma dúvida acerca do existir de seu pensamento. Quando um latino-americano se põe a filosofar (e isto se poderia ampliar, por exemplo, para africanos e outros pensamentos marginalizados) ele tem que provar que seu filosofar existe, que ele tem direito a refletir. (...) Chamo a isto uma exigência de “insurgência” do filosofar latino-americano: para vir a ser, o filosofar desde América Latina tem que se insurgir contra a exclusão intelectual (...) não estritamente porque “queira” insurgir-se, mas porque não o deixam “surgir” de outra forma (...) O filosofar desde América Latina é reativo e insurgente ou não é; trata-se de uma imperiosa necessidade de sobrevivência. ** Diário de um filósofo no Brasil. Editora Unijuí, Ijuí, 2013 (2ª edicão), pág. 13. * O desamparo fica como oculto ou camuflado embaixo das formas profissionalizadas do filosofar, tanto na filosofia analítica quanto nos estudos dos “especialistas em Nietzsche”. A fragilidade intrínseca a todo filosofar (a todo viver) fica como disfarçada numa maneira aparentemente firme, segura e técnica de “dominar os assuntos” e construir argumentos. Mas nem mesmo ali o filosofar consegue esconder seu desamparo original. ** Diário de um filósofo no Brasil. Editora Unijuí, Ijuí, 2013 (2ª edicão), pág. 22. * Não tento aqui definir a filosofia, mas, pelo contrário, despojá-la de toda definição fixa, deixá-la o mais livre possível para ela mesma achar suas definições mais cabíveis, provisórias (...). Assim como quero vê-la livre de qualquer obrigação “crítica”, “teórica” ou “profunda”, gostaria de vivê-la sem o estigma do afirmativismo edificante que tem a perseguido ao longo dos árduos tempos, como uma luta contra a retórica, o relativismo, o ceticismo, o pessimismo e o niilismo. Creio que a filosofia não tem o dever de buscar a edificação conceitual, a salvação pelas ideias, ou a construção de uma sociedade justa. Enquanto menos “tarefas” ela tiver, melhor. ** Diário de um filósofo no Brasil. Editora Unijuí, Ijuí, 2013 (2ª edicão), pág. 25. * (...) a “filosofia institucional” transformou a atividade filosófica numa série de movimentos automáticos e sem vida; num enorme aparato onde professores e estudantes aparecem submetidos a rotinas estáticas e desprovidas de sentido. (...) muitas vezes os estudantes escrevem seus trabalhos bem longe do que realmente gostariam de fazer, trabalhos que serão lidos distraidamente (e depois arquivados em volumosos bancos de teses que ninguém consulta) por professores cada vez mais ocupados com tarefas administrativas e políticas, e que oferecem, também distraidamente, as aulas que seus alunos escutarão por obrigação. ** Diário de um filósofo no Brasil. Editora Unijuí, Ijuí, 2013 (2ª edicão), pág. 80. * Nas universidades, não se espera que ninguém desenvolva uma filosofia, e se alguém tentasse fazê-lo seria mal avaliado, e considerado irresponsável. (...) Não existe nenhuma censura explícita contra isso, ou seja, ninguém que proíba fazer trabalhos mais pessoais ou ensaios sobre autores nacionais, mas alguém que ousasse fazer isso seria ouvido por poucos, ou, pior ainda, assistido com distanciada ironia, e o autor considerado um diletante ou um “filósofo frouxo”. A própria “comunidade” exerce aqui o papel da censura, dispensando-a como mecanismo autoritário externo. O autoritarismo se incorporou na comunidade. ** Diário de um filósofo no Brasil. Editora Unijuí, Ijuí, 2013 (2ª edicão), pág. 81-82 * No paradigma ainda dominante, parece que a possibilidade de ser um “grande filósofo” está ab initio descartada. Assim, a alternativa real pareceria ser, se aceito este paradigma: preferes ser um grande comentador de filosofia ou um pequeno filósofo? Um genuíno filósofo nunca pensa prevendo que fará grande ou pequena filosofia; pois ele simplesmente pensa, compulsivamente, suas próprias “coisas”, seus pontos, suas obsessões, e não pode fazer outra coisa a não ser pensá-las. (...) O que haverá que avaliar é se, na pior das hipóteses, ser um pequeno filósofo é ou não mais importante do que se transformar num brilhante comentador ou num grande especialista em alguém. ** Diário de um filósofo no Brasil. Editora Unijuí, Ijuí, 2013 (2ª edicão), pág.87. * Poder-se-iam formular claramente pelo menos duas maneiras diferentes de receber o legado europeu: (1) Continuar a expor e difundir o pensamento gerado na Europa; ou: (2) Tentar receber esse legado no sentido de assumir a mesma atitude criativa que os europeus assumiram para construir, valorizar e difundir a sua própria filosofia. Na opção (1), Europa nos lega um objeto de estudo; na alternativa (2), Europa nos lega uma atitude. Assumindo a primeira alternativa, reapresentamos os conteúdos da filosofia europeia; assumindo a segunda, tentamos fazer filosofia como os europeus fizeram a deles. ** Diário de um filósofo no Brasil. Editora Unijuí, Ijuí, 2013 (2ª edicão), pág. 219-220. * Uma das questões mais curiosas que me dizem nas discussões sobre filosofia no Brasil, é que a minha abordagem é “marcadamente política”, como se fosse eu quem está introduzindo a política no corpo asséptico e incontaminado da “filosofia pura” (...) Eu quero dizer desde o início que as ideias de que a filosofia europeia é filosofia universal, e de que os pensamentos nascidos em América Latina ou África são nacionais, são políticas de ponta a ponta; fazem parte de uma política que, ao ter sido instaurada e vigorar de maneira hegemônica, esconde seus próprios traços ideológicos se apresentando como se fosse tão somente a verdade absoluta e objetiva. ** Europeu não significa universal, brasileiro não significa nacional. Revista Nabuco, Ano 1, número 2, dezembro de 2014-janeiro de 2015, pág. 15. * Pode-se aceitar que os pensamentos filosóficos sejam universais no sentido de ser de interesse para seres humanos de qualquer ponto do planeta (...) Entretanto, se não quisermos formular essa universalidade em termos metafísicos ou transcendentais, teremos que concebê-la como o resultado de um processo histórico, com uma procedência, uma circunstância e uma perspectiva, o que não lesa a universalidade do pensado (...), mas a situa. O que se nega é a ideia de que os pensamentos filosóficos possam surgir de maneira direta da razão humana, de uma visão de lugar nenhum. A universalidade dos pensamentos não os dispensa de ter uma origem (...) ** Europeu não significa universal, brasileiro não significa nacional. Revista Nabuco, Ano 1, número 2, dezembro de 2014-janeiro de 2015, pág. 18. * O local de nascimento como centro organizador faz parte das circunstâncias pensantes, mas não as esgota. O “desde Brasil” não é apenas uma referência nacional, mas uma circunstância existencial-histórica, vinculada com a particular configuração do mundo que fazemos quando o vemos desde América do Sul e não desde a Etiópia ou o Canadá. Nomes como “Brasil”, “Israel” ou “Paris” não aludem, pois, a nações, mas a perspectivas de organização do mundo. Embora faça algum sentido declarar que, num mundo globalizado, a ideia restrita de nação se dilui, pode ser falacioso dizer que a globalização suprime perspectivas e circunstâncias a partir das quais essa globalização vai ser vivida e pensada. ** Europeu não significa universal, brasileiro não significa nacional. Revista Nabuco, Ano 1, número 2, dezembro de 2014-janeiro de 2015, pág. 33. * Os estudantes são ensinados a fazer filosofia somente de uma maneira, num único estilo e apoiados numa única tradição, estudando pensamentos apenas de quatro ou cinco países do planeta. Os problemas e autores latino- americanos (...) parecem relevantes para o futuro dos jovens estudantes de filosofia, colocando-lhes questões críticas em lugar de simplesmente inseri-los como trabalhadores e consumidores de filosofia dentro de um sistema pretensamente objetivo. Em lugar de decidir pelo aluno de maneira paternalista, deveríamos encontrar um espaço de informações e discussões onde todas as maneiras de fazer filosofia fossem apresentadas, discutidas e eventualmente excluídas, pois mesmo para excluir filosofias é preciso que elas apareçam. ** Europeu não significa universal, brasileiro não significa nacional. Revista Nabuco, Ano 1, número 2, dezembro de 2014-janeiro de 2015, pág. 46. ==Veja também== * [[Antinatalismo]] ==Ligações externas== * [http://philosopherjuliocabrera.blogspot.com/ Site de Julio Cabrera] {{referências}} {{DEFAULTSORT:Cabrera, Julio}} [[Categoria:Filósofos]] [[Categoria:Filósofos da Argentina]] [[Categoria:Pessoas vivas]] gbgot645r00s60ytowwvglb86z28c13 184837 184836 2022-08-02T20:52:17Z Sirhu 26178 Formatação wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Julio Cabrera | Foto = Julio Cabrera.jpg | Wikisource = | Wikipedia = Julio Cabrera | Wikicommons = | Wikinoticias = | Cor = #C0CFE9 }} [[w:Julio Cabrera|'''Julio Cabrera''']] é um [[filósofo]] [[Argentina|argentino]] que atualmente vive no [[Brasil]]. ---- ==Ética negativa== ===Projeto de Ética Negativa (1989)=== * Que o ser é "melhor" do que o nada, é a Grundsatz de toda a moralidade ocidental. O ser nunca é considerado como uma escolha entre outras. ** ''Projeto de Ética Negativa'', 1989, página 17 * Deus ainda responde processo pelos "males" do mundo, e a opção fatal pelo ser cria, ipso facto, o reino da moralidade. Toda a parafernália de perdições e salvações deverá seguir-se à ansiosa criação de um mundo imperfeito, ou, para melhor dizer, à imperfeita criação de um mundo qualquer. Por que a criatura não preferiria não sofrer em absoluto, em vez de ser-lhe oferecida depois a possibilidade de "salvar-se" do sofrimento? ** ''Projeto de Ética Negativa'', 1989, páginas 19–20 * Dada a contingência do nosso nascimento, toda dor é inútil. A dor inútil é insuportável. Ergo, ter nascido é insuportável. Nesse sentido, nascer é imoral. Nascer carrega um peso moral, uma problematização: năo se trata, como habitualmente pensa a Ética afirmativa, de um fato puro, sem manchas, fora de toda suspeita. As Éticas afirmativas estăo dispostas a sustentar a imoralidade da totalidade do mundo única e exclusivamente para salvar a moralidade da sua origem. A Ética negativa sugere a postura inversa, o resgate da moralidade do mundo após a descoberta da imoralidade da sua origem. (E o próprio problema das Teodiceias inverte-se: como são compatíveis a inocência do mundo com a maldade divina?) ** ''Projeto de Ética Negativa'', 1989, página 21 * O sofrimento é algo que deve ser, pura e simplesmente, ligado com o "ser". Algo não pode ser "posto em funcionamento" sem dor. Assim, a dor não é maldição, nem castigo, nem anomalia, nem desajuste, nem desvio, mas a conditio sine qua non do ser. A opção pelo ser é necessariamente opção pelo sofrimento. As Éticas afirmativas, na medida em que respeitem o valor da coerência, não deveriam proclamar como preocupação sua a eliminação da dor. ** ''Projeto de Ética Negativa'', 1989, página 22 * A doença costuma aparecer igualmente como excepcional, dentro de um pretenso "estado de saúde". A dificuldade para mensurar a saúde está no fato de a maioria dos indicadores existentes ser negativa, isto é, servir para ponderar a ausência de saúde. A boa saúde, contrariamente, pode ser vista como uma anomalia acidental, não como um atributo intrínseco e, muito menos, como um "direito" da espécie humana. Perante a doença, o que habitualmente chamamos de "vida" é uma sobrevivência, um "resistir, um "manter-se", um "levar adiante", um "prolongar", um "puxar para frente". A questão ética fundamental consiste em que, como geradores potenciais de vida de outro ser humano, não podemos fazer previsões acerca de como serão os mecanismos de sobrevivência do ser que nasce, a sua sensibilidade perante a dor estrutural. Não temos nenhum direito moral de fazer uma previsão padronizada a respeito dessa sensibilidade. A sinistra alegria (sinistra e superficial) com que a nossa sociedade recebe a gravidez e o nascimento, deve necessariamente enfrentar-se com as próprias categorias éticas vigentes, se formos profundos na nossa reflexão. ** ''Projeto de Ética Negativa'', 1989, páginas 22–23 * A nossa organização social assegura acriticamente a moralidade da paternidade, e a procriação é apresentada como valor naturalmente positivo. Pelo contrário, qualquer problematização desses valores será vista como demoníaca. Mas a situação reflexiva está perfeitamente clara: ou abandonamos o valor da "evitação da dor inútil", ou problematizamos a moralidade acrítica da paternidade. Se a reflexão moral deve ser racional, buscar a verdade etc. deve enfrentar essa alternativa. ** ''Projeto de Ética Negativa'', 1989, página 28 * Se a liberdade, de acordo com a própria moralidade tradicional, é um valor ético fundamental, o próprio funda­mento da eticidade, deve conscientizar-se de que a geração de um filho poderá ser o primeiro grande desrespeito pela liberdade da pessoa humana. A questão da liberdade sofre aqui do mesmo processo que a questão da dor: trata-se de um valor ético que a Ética tradicional afirmativa não está em condições de radicalizar. ** ''Projeto de Ética Negativa'', 1989, página 28 * Mesmo nos “sacrifícios” pacifistas, estilo [[Mahatma Gandhi|Gandhi]], há uma imagem clara do outro como “inimigo”: o “pacifismo” de Gandhi era uma estratégia bélica, uma arma que punha uma fé fundamental na eficácia da guerra. O afirmativo não deixa de ser afirmativo porque alguém esteja disposto a morrer por ele. Ao contrário, esta “morte no afirmativo” é o fechamento do círculo do afirmativo, que consegue também englobar a própria morte dentro de si. Gandhi ganha as simpatias da Humanidade (depois de morto, é claro!) porque agora a Humanidade possui a imagem (não a presença) de um defensor radical da organização oficial da vida. A Humanidade ama seus mártires, seus destruidores (há muitíssimos mais monumentos de militares que de poetas), pode utilizá-los, manipulá-los, fazer filmes milionários com suas figuras etc. etc. A sociedade pode ganhar muito dinheiro com um mártir. Vive-se mais barulhentamente depois da morte de Gandhi que depois da morte de [https://pt.wikipedia.org/wiki/Pierre_Drieu_La_Rochelle Drieu La Rochelle]. ** ''Projeto de Ética Negativa'', 1989, página 54 * Matar alguém e dar nascimento a alguém são duas ações violentas através das quais, magicamente, o homem tenta colocar-se no lugar de Deus. A vítima de um homicídio é sempre indefesa, porém jamais tão indefesa quanto a vítima de um nascimento. Um parto tem tanto sangue inocente quanto um homicídio. Se procriar é uma opção livre, então a vida é a dor inútil fundamental. ** ''Projeto de Ética Negativa'', 1989, contracapa ===Crítica de la moral afirmativa: una reflexión sobre nacimiento, muerte y valor de la vida (1996)=== * À luz da ontologia natural, não é correto o argumento de que não sabemos nada sobre nossos possíveis filhos, por exemplo, sobre a capacidade que terão para superar a dor estrutural; porque mesmo que não saibamos, por exemplo, se irão gostar de viajar, trabalhar ou estudar línguas clássicas, sabemos que serão seres indigentes, decadentes, abandonados, que começarão a morrer desde o nascimento, que enfrentarão e serão caracterizados por disfunções sistemáticas, que terão que constituir seus próprios seres como seres contra os outros - no sentido de lidar com a agressividade e ter que descarregá-la sobre os outros – que perderão aqueles que amam e serão perdidos por aqueles que os amam, e o tempo levará tudo o que conseguirem construir. ** ''Crítica de la moral afirmativa: una reflexión sobre nacimiento, muerte y valor de la vida'', 1996 * Sem dúvida, não justificaríamos moralmente o comportamento de alguém que enviou um colega para uma situação perigosa dizendo: "Eu o enviei para lá porque sei que ele é forte e vai conseguir se virar". As "forças" do recém-nascido não aliviam em nada a responsabilidade moral do procriador. Qualquer um responderia: “Isso é irrelevante. Seu papel na questão consistia em enviar as pessoas para uma situação em que você sabia que era difícil e dolorosa, e você poderia evitá-lo. Suas previsões sobre suas maneiras de reagir não diminuem em nada sua responsabilidade”. No caso da procriação, o raciocínio poderia ser o mesmo, e de maneira notória e enfática, já que em qualquer situação intra-mundana com pessoas já existentes em que enviamos alguém para uma situação conhecida como dolorosa, o outro poderia sempre fugir da dor na medida em que seu ser já está no mundo e ele poderia prever o perigo e tentar evitar ser exposto a uma ação desconsiderada e manipuladora. No caso de quem vai nascer, pelo contrário, isso não é possível porque é precisamente o seu próprio ser que está sendo fabricado e usado. Com relação ao nascimento, portanto, a manipulação parece ser total. ** ''Crítica de la moral afirmativa: una reflexión sobre nacimiento, muerte y valor de la vida'', 1996 * Assim, quem diz procriar por amor, como outros matam por ódio, pode ter dito uma verdade, mas, sem dúvida, essa pessoa não deu qualquer justificativa moral para a procriação. Dizer que se teve um filho "por amor" é uma maneira de dizer que você o teve compulsivamente, de acordo com os ritmos selvagens da vida. De um modo semelhante, podemos amar intensamente nossos pais e, ao mesmo tempo, considerar a paternidade ético-racionalmente problemática, e visualizar que fomos manipulados por eles. Posso continuar a amar depois de ter detectado imoralidade, não há nada de contraditório nisso. Nem justificaríamos moralmente um homicídio dizendo que o fizemos por ódio, nem um suicídio dizendo que o fizemos "por ódio contra nós mesmos". Algo pode continuar a ser eticamente problemático mesmo quando guiado pelo amor. ** ''Crítica de la moral afirmativa: una reflexión sobre nacimiento, muerte y valor de la vida'', 1996 ===Porque te amo, não nascerás! Nascituri te salutant (2009)=== * As pessoas proclamam que a “experiência da paternidade (e maternidade) é extraordinária” e a recomendam a todos (e denigrem aqueles que não passaram por ela). Mas eu me pergunto: "extraordinária para quem?". É certamente extraordinária para os genitores. Quando estes dizem que não apenas eles serão felizes e realizados com a experiência, mas também seus filhos, eles não percebem a insondável assimetria e descompasso entre essas duas experiências, a experiência de gerar e a de ser gerado. O gerado está obrigado a aceitar a experiência, a torná-la boa e interessante (e inclusive extraordinária); qual outra saída teria? Esta obrigação não está presente nos genitores, onde o caráter "extraordinário" da experiência é parte de um projeto envolvente e unilateral. As situações de ambas as partes são incomparáveis. Assim, quando alguns replicam: "Não tem sentido você querer mostrar que a vida é má; você não pode decidir pelo seu filho; talvez ele goste de viver", o que isso quer dizer? Claro! Em certo sentido, ele é obrigado a gostar! Mas esse "gostar" será sempre já um desesperado aceitar. O gerado não está em condições de, realmente, gostar. Poderia gostar se tivesse realmente escolhido. Diante do fato consumado, ele é obrigado a agarrar-se desesperadamente à vida. Ou "gosta" ou é destruído (por uma doença nervosa, ou pela sevícia dos outros). ** [http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/15274/1/LIVRO_PorqueTeAmo.pdf ''Porque te amo, não nascerás! Nascituri te salutant''], 2009, páginas 25–26 * O ser da vida humana é ter surgido como uma força contrária a terminalidade interna do ser: o ser humano decai, definha e falece no sentido de fazer tudo isso de maneira opositiva, reativa, fugitiva, como se o ser que lhe foi dado não pudesse ser vivido em sua positividade, mas sempre negativamente, reativamente, criativamente. Mas a terminalidade do ser acabará ocupando todo o espaço criativo, engolindo o “ser-mortal” que decai, definha e falece. Em seu lugar aparecerá então o buraco que o constituía desde sempre, e que só agora se tornou evidente. ** [http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/15274/1/LIVRO_PorqueTeAmo.pdf ''Porque te amo, não nascerás! Nascituri te salutant''], 2009, página 34 * Um agente genuinamente racional escolheria nascer? Pode-se reler a minha argumentação contra R. M. Hare, na ''Crítica da Moral Afirmativa'' [...] Ali eu sugiro que, no experimento segundo o qual o não-ser é magicamente consultado acerca de seu possível nascimento, Hare está errado ao supor acriticamente que "ele" escolheria, sem dúvida, nascer. (Esta é a tendência afirmativa habitual). Pois supomos que ele seja humano, ou seja, uma criatura racional capaz de ponderar razões. A informação que se fornece a esse ser possível, no experimento de Hare, é incompleta e tendenciosa. Deveríamos também dizer a ele que, se nascer, não terá qualquer garantia de nascer sem problemas; que se conseguir nascer sem problemas, sofrerá, quase seguramente, de muitos males intramundanos; que se conseguir se livrar deles (e isto é intramundanamente possível, mesmo que difícil), não poderemos dar-lhe qualquer garantia acerca do seu tempo de vida, nem do tipo de morte que vai ter, além de ter de sofrer a morte dos que chegar a amar e de ter sua morte sofrida pelos que lhe amem (se tiver sorte de amar alguém e de ser amado por alguém, o que tampouco está garantido). Haverá que lhe dizer que, se se livrar de alguma morte acidental violenta, decairá em um número bastante escasso de anos (assim como as pessoas que ama e com as quais se importa), e que ele tem altas chances de transformar-se num doente terminal que pode sofrer terrivelmente até a hora de extinguir-se. Se for possível ainda ao não-ser, após ter assimilado toda esta informação, escolher nascer, não poderíamos alimentar dúvidas bastante bem fundadas acerca de sua qualidade como "agente racional"? ** [http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/15274/1/LIVRO_PorqueTeAmo.pdf ''Porque te amo, não nascerás! Nascituri te salutant''], 2009, páginas 70–71 * Os filósofos falaram sempre da vida como uma "preparação para a morte", e da filosofia como um “aprender a morrer”. Mas há uma sabedoria anterior a esta: aprender a abster-se. Não colocar ninguém na situação de ter de aprender a morrer. ** [http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/15274/1/LIVRO_PorqueTeAmo.pdf ''Porque te amo, não nascerás! Nascituri te salutant''], 2009, página 79 ===Acerca da superioridade intelectual e existencial do pessimismo sobre o otimismo (2010)=== * MV diz que a rejeição da vida aparece em estados posteriores, mas que na hora de nascer, e já antes, tudo é aceitação da vida. Mas, é isso assim?? O que dizer do alarido com que as crianças nascem, do choro primordial, do primeiro contato traumático (estudado por Freud) com o mundo? Não é o alarido da criança já a sua primeira opinião filosófica sobre o mundo? Por que ele não nasce rindo, ou, pelo menos, calmo? Quando o bebê é despejado no mundo no momento do parto, a sua primeira reação é pessimista, um protesto pela desconsideração e o incômodo, um alarido inicial que ele não teve que apreender, como sim terá que apreender a rir, nas primeiras semanas ou até meses de vida (o que já marca, no próprio ato inaugural de ser, a assimetria pessimista: o bebê aprende a rir, mas nasce chorando); o bebê nasce, trazido à força por desejos alheios, num inicial desespero, num grito de profundo e abissal desamparo, num terror primordial que, logo de imediato, a través de movimentos, caricias, cuidados, etc, os adultos tentarão suavizar; movimentos que se repetirão ao longo de toda a sua vida: desespero inicial seguido de cuidados protetores; mas os cuidados são posteriores ao desespero; é o desespero o primeiro, e os cuidados as reações. Não estão no mesmo nível. Assimetria! ** [https://archive.org/details/julio-cabrera-acerca-da-superioridade-intelectual-e-existencial-do-pessimismo-so ''Acerca da superioridade intelectual e existencial do pessimismo sobre o otimismo (replica a Marcus Valério)''], 2010, páginas 24–25 * As crianças pequenas continuam chorando muito, durante vários anos; choram e choram permanentemente; podem incomodar-nos, muitas vezes, mas elas estão certas e temos que aceitar, comovidos, seus choros como uma reação perfeitamente justa ao que foi feito com elas; algumas choram até bem avançada idade, até encontrar outras formas de protesto e manifestação do sofrimento; mesmo adultos, continuamos chorando das mais variadas formas. ** [https://archive.org/details/julio-cabrera-acerca-da-superioridade-intelectual-e-existencial-do-pessimismo-so ''Acerca da superioridade intelectual e existencial do pessimismo sobre o otimismo (replica a Marcus Valério)''], 2010, página 26 * O progenitor sabe perfeitamente que está dando um produto de qualidade duvidosa só para sua própria realização e felicidade; ao admitir que a pessoa pode querer devolvê-la, ele mesmo compreende perfeitamente o caráter dúbio da dádiva. ** [https://archive.org/details/julio-cabrera-acerca-da-superioridade-intelectual-e-existencial-do-pessimismo-so ''Acerca da superioridade intelectual e existencial do pessimismo sobre o otimismo (replica a Marcus Valério)''], 2010, página 28 ** Descrição: sobre procriação e suicídio. ===Entre duas mortes: morte morrida, morte nascida (2011)=== * O que deve entender-se por ética neste contexto inicial de reflexão, não pode ser nada demasiado complicado, nem nada que esteja fortemente comprometido com teorias éticas particulares, mas uma noção completamente básica que possa ser aceita por todas elas. Proponho falar de uma "Articulação Ética Fundamental" (AEF, de agora em diante) para referir-nos ao seguinte conceito: "Nas decisões e ações, devemos levar em consideração os interesses morais e sensíveis dos outros e não apenas os próprios, tentando não prejudicar os primeiros e não dar uma primazia sistemática aos últimos apenas pelo fato de serem nossos interesses". ** [http://filosofojuliocabrera.blogspot.com/2011/08/etica-negativa.html ''Entre duas mortes: morte morrida, morte nascida''], 2011 * Lamentar ter de morrer deve ser estruturalmente idêntico a lamentar ter nascido, sendo que não está ao nosso alcance nascer não mortalmente. ** [http://filosofojuliocabrera.blogspot.com/2011/08/etica-negativa.html ''Entre duas mortes: morte morrida, morte nascida''], 2011 ===Summary of the ethical question in Julio Cabrera's Philosophy (2014)=== * O melhor seria não ter nascido. Não ter nascido é, em uma ética negativa, o bem absoluto; mas é precisamente o bem que não pode ser buscado. (Atenção: a situação é mais radical do que no caso de bens que podem ser buscados mas nunca alcançados; não nascer não pode nem mesmo ser buscado). ** [https://drive.google.com/file/d/0B8lRhEwzaxOlckVlNG1RVjNPdHc/view ''Summary of the ethical question in Julio Cabrera's Philosophy''], 2014, página 8 ===Mal-Estar e Moralidade. Situação Humana, Ética e Procriação Responsável (2018)=== * Quando alguém (inclusive os filósofos) defende a pretensa beleza de "ter filhos", eles referem-se ao prazer de "vê-los crescer", primeiro crianças, depois adolescentes, depois adultos formados e bem encaminhados (isso acontece nas classes sociais mais abastadas, mas também, em parte, nas mais modestas). Entretanto, é estranho que eles, quando falam em filhos, param inexplicavelmente nesse ponto e nunca se referem a seu declínio, seu envelhecimento, sua decadência, talvez porque pensam que não vão estar ali para contemplar esse declínio. Os progenitores preferem não ver o final desse processo, como se o filho dissolvesse no ar. O aspecto residual da paternidade é omitido; se visualiza o filho apenas como florescimento. A morte do filho-resíduo se recusa a qualquer visibilidade. O acabamento dos processos é escamoteado como algo sujo e indecente, não digno de ser mostrado. ** ''Mal-Estar e Moralidade. Situação Humana, Ética e Procriação Responsável'', 2018, página 306 * Toda a nossa vida é vivida no registro da ocultação; mas a ocultação é, sempre, fracasso da ocultação; ela mostra ao tempo que oculta (na verdade, mostra ao ocultar, num único gesto malogrado). O residual não se deixa eliminar e insiste em voltar para a superfície depois de todos os nossos esforços por despejá-lo, como os detritos de uma privada entupida. A nossa infelicidade consiste em sermos seres terminais que não fazem a menor ideia de como terminar. Só sabemos começar processos, não sabemos acabá-los. Somos “ultimados” pelo não ser que somos antes de conseguir aprender a terminar nós mesmos. Somos ultimados pelo ser que não conseguimos ultimar. Morremos sempre atropelados pela morte, sem ter aprendido a morrer. Como nos filmes, na vida, o que mais importa é “como termina”, “que fim levou”. (Curioso que os humanos não gostam de filmes – como “Titanic” – em que o herói morre no final, mas dizem gostar das suas vidas, que são sistematicamente histórias em cujo final morre o herói: nós mesmos). ** ''Mal-Estar e Moralidade. Situação Humana, Ética e Procriação Responsável'', 2018, página 307 * O nosso "amor pela vida" é sempre, de alguma forma, amor não correspondido (...) A vida não se importa conosco, nem sabe que andamos por aí. Contrariamente ao que se diz, ela não dá nada de graça, tudo o que conseguimos é arrebatado. A vida não precisa de nós, nós a perseguimos, nos humilhamos, suplicamos, aceitamos tudo dela, os maiores sofrimentos. Muitos são capazes das piores atitudes morais apenas para conservá-la mais um pouco (...) Aos que perguntem "Mas, não amas a vida?", deveríamos responder, num viés mais poético: "É claro que a amo; sempre a amei. Eu sempre quis viver, mas é a vida que não me deixa viver, que me limita, machuca, me faz adoecer e me destrói. Não sou eu quem não quer viver, pois a vida é tudo o que eu queria. Eu quis construir e a vida derrubou tudo o que eu ergui; quis amar e a vida matou tudo o que eu amei. Não me digam que não amo a vida; é ela que não me ama, que não ama ninguém. ** ''Mal-Estar e Moralidade. Situação Humana, Ética e Procriação Responsável'', 2018, p. 350-351 * É muito curioso que, às vezes, seja considerado cruel ou desumano o fato de colocar a questão da ética da procriação, como se isso mostrasse uma rejeição das crianças que estão para nascer, uma espécie de ódio pelas suas vidas. Isso é uma total deformação das intenções de uma reflexão ética sobre procriação. Pelo contrário, essa reflexão está motivada por uma profunda preocupação pelas crianças possíveis, pelo risco de seu surgir ser consequência de um ato impensado, constrangedor e agressivo para pequenos seres indefesos, sobre os quais se pensa ter pleno direito de planejar tudo sobre suas vidas à nossa inteira vontade e satisfação. Grande parte da revolta que desperta no mundo adulto a simples colocação dessa questão indica que os progenitores obtêm um prazer muito grande no ato procriador, e reagem — às vezes iradamente — contra quem comove essa poderosa fonte de prazer, e consequentemente o imenso poder sobre aquele que vai nascer. Esse poder total sobre outra vida é intensamente sedutor e ninguém quer abrir mão dele. Mas na reflexão ética, qualquer que seja o tema tratado, nunca se trata de avaliar apenas a satisfação que obtemos de nossos atos, mas de ponderar se aquilo que fazemos é correto ou não, se o poder que conseguimos acumular sobre seres mais indefesos está ou não eticamente legitimado. ** ''Mal-Estar e Moralidade. Situação Humana, Ética e Procriação Responsável'', 2018, página 463 * Claro que a possibilidade de o nascido não ter forças suficientes para suportar a luta pela vida é só isso, uma possibilidade, não uma necessidade; mas o ponto é que a sua mera possibilidade já é suficiente para a imputação moral. Não há relações causais firmes entre métodos de formação, educação e tratamento de filhos e seus destinos e escolhas. Como se diz no cotidiano, isso é, em grande medida, "uma loteria": aquelas providências que os genitores tomam para evitar certos riscos podem ser, precisamente, as que precipitem os filhos neles. As muitas vidas que acabam catastroficamente parecem um preço muito elevado para justificar moralmente a "aposta" da procriação, mesmo aquela feita da maneira mais séria possível pelo "procriador responsável". (As numerosas catástrofes "compensam" algumas vidas "bem-sucedidas"? Podemos fazer cálculos de "ganhos" e "perdas" com vidas humanas possíveis, mais do que o fazemos com vidas humanas reais?). Mas o importante é que mesmo não se apresentando nenhuma dessas situações calamitosas, o "triunfo" vital do filho, o fato de ele ter conseguido aquele "equilíbrio" (sempre moralmente oneroso, pela tese da inabilitação) entre a invenção de valores e a estrutura terminal do ser, não isenta os genitores da responsabilidade de tê-lo colocado no risco de cair em alguma daquelas catástrofes. Além do mais, mesmo o filho tendo "ganhado" a aposta, seu "triunfo" ficará para sempre e indefinidamente vinculado à unilateralidade do ato procriador: o filho terá ganhado a aposta, mas ela nunca terá sido, radicalmente, a sua aposta. Ele poderá, como máximo, ganhá-la, mas nunca poderá ter escolhido concorrer. ** ''Mal-Estar e Moralidade. Situação Humana, Ética e Procriação Responsável'', 2018, página 508 * O mais curioso é que costuma ser o habitante das classes mais pobres quem cultiva uma adoração sem limites pela mãe, por tê-los criado com enormes sacrifícios. Sofrem todo tipo de miséria, pobreza extrema, doenças, delinquência, discriminação, exclusão e tortura, sem jamais dar-se conta de que foram seus pais os que os colocaram naquela situação para seu próprio prazer ou por descuido irresponsável. E quando o filho comete algum ato prejudicial levado pelo desespero no qual foi colocado, ainda as pessoas se compadecem da "pobre mãe" pelo fato de ter um filho "tão pouco agradecido". Toda a miséria herdada passa magicamente a ser responsabilidade do filho! Aqui é utilizado o mesmo esquema argumentativo das Teodiceias: o Pai puro que fez seus filhos com amor, dando-lhes algo de muito valioso, e também os fez "livres"; os filhos pecaram, pois, livremente, se comportando mal e estragando algo de muito precioso que lhes fora dado, provocando desgostos a seus pobres pais. Esse esquema é quase tragicômico porque é exatamente o inverso o que parece verdadeiro: nossos pais nos deram de maneira interesseira, para seu próprio prazer e benefício, algo de muito duvidoso valor que nós agora, dentro da sujeição e da necessidade — ou seja, muito longe de qualquer genuína "liberdade" — temos que tentar melhorar com muito esforço. Enquanto não invertermos essa valoração predominante em nossas sociedades, as questões éticas nem poderão começar a ser pensadas seriamente, pois a relação da mãe com os filhos, visceralmente egocêntrica e manipuladora, continuará sendo considerada como paradigma de moralidade ética, o que parece, no mínimo, um erro crucial de apreciação, uma gravíssima mitologia, uma colossal mistificação. ** ''Mal-Estar e Moralidade. Situação Humana, Ética e Procriação Responsável'', 2018, páginas 538-539 * O "agradecimento eterno" não fica apenas no plano dos inícios da vida, mas ao longo de toda a longa dependência dos filhos a respeito dos progenitores durante os primeiros dez anos de vida — nos quais eles são inclusive objetos de exibição — e no duro período da adolescência, em que os filhos são tratados permanentemente como "mal-agradecidos", como se nunca acabassem de pagar a sua imensa dívida; tudo o que é comprado para eles, para seu futuro, seus estudos, todas aquelas coisas que jamais foram pedidas pelo filho, que fazem parte de um investimento afetivo e econômico dos progenitores, fica sendo permanentemente e durante longos e duros anos, apresentado como prova de sacrifício e amor, como objeto de eterna gratidão, nunca totalmente retribuída pelos filhos mal agradecidos. A questão da paternidade configura um poderoso mecanismo de poder no qual mesmo a violência física de castigos e punições é justificada em prol da formação, nunca pedida, daquele ser jogado no mundo, tentando construir anteparos para não ser destruído pela imensa dádiva recebida. ** ''Mal-Estar e Moralidade. Situação Humana, Ética e Procriação Responsável'', 2018, páginas 539-540 ===O Nascimento como problema bioético: primeiros passos para uma bioética radical (2018)=== * As pessoas falam sobre a "maravilhosa experiência da paternidade". Vocês já se perguntaram por que é tão maravilhosa? Talvez seja maravilhosa porque é muito manipuladora; manipular dá muito prazer, porque você tem uma pessoa em suas mãos. Quando a criança é pequena, você a veste como quiser, penteia como quiser, corta o cabelo, põe na mesa, como já vi frequentemente. Os adultos brincam com a criança, pessoas que não teriam nenhum assunto de conversa ou interação, quando suas vidas cinzas, vazias e insignificantes viriam à tona, a criança as salva. ** ''O Nascimento como problema bioético: primeiros passos para uma bioética radical'' (acessível no vídeo "BioÉtica Radical (subtitled in English) 2018" em Youtube), 44:38-45:22 * A tradição moral diz: temos muitas tendências naturais, mas como seres humanos éticos temos que tentar superar os impulsos naturais. Por exemplo, somos naturalmente violentos; os seres humanos são naturalmente muito egoístas, tentando concentrar suas decisões em si mesmos, mas a ética está sempre dizendo: você tem que lutar contra essas tendências naturais. Você não pode ser todo o violento que a natureza comanda, você não pode ser tudo egoísta que a natureza pede. Então, se você me disser que a procriação é natural, ser natural não mostra que ela é moral. Pelo contrário, filósofos brasileiros esquecidos como Tobias Barreto colocam exatamente o oposto: Tobias Barreto pensava que quando algo é natural é mau, e nós temos que combatê-lo (a escravização de um povo sobre outro é natural, mas é cultural que a escravidão não deve existir.) Então não me diga que a procriação é natural e por isso temos que fazê-lo. Toda a moralidade humana não é natural, toda a moralidade humana é artificial, assim como nossos sistemas de alimentação em restaurantes sofisticados também são artificiais e antinaturais. Qual é o animal que come do jeito que comemos? Até nossa sexualidade é artificial; não é puramente instintiva, mas em grande parte simbólica. Se você tivesse esse argumento em sua manga, ainda teria que mostrar que o que vem da natureza é moral, porque há muitos argumentos que mostram o que vem da natureza pode ser o oposto da moralidade ** ''O Nascimento como problema bioético: primeiros passos para uma bioética radical'' (acessível no vídeo "BioÉtica Radical (subtitled in English) 2018" em Youtube), 47:49-49:30 ===Devorando Nietzsche: por um niilismo sul-americano (2022)=== * Não somos niilistas da vida, é a vida que é niilista de nós; é a vida que nos nega, nos expulsa e nos mata. Por acaso nós não queremos viver intensamente e para sempre? Somos nós os que negamos a vida? Não é a vida que nos nega dia a dia? ** Devorando Nietzsche: por um niilismo sul-americano (2022), páginas 76-77 ISBN 978-65-86676-43-3 * Não é a moral que nega a vida, é a própria vida que se nega, que se mata matando-nos. Vida suicida. ''Tentamos viver intensamente, mas a vida, intensamente, nos mata''. A vida mesma é cética, não acredita em nada do que ela mesma cria. Apenas cria para destruir o que criou. Ela não precisa de niilistas para negar-se, não precisa de suicidas para suicidar-se. Sofremos por sermos parte da arma suicida da vida, parte do que ela cotidianamente ''mata''. ** Devorando Nietzsche: por um niilismo sul-americano (2022), página 77 ISBN 978-65-86676-43-3 * Os humanos vivem de maneiras automáticas, mantêm entre si relações rotineiras, não sabem quase nada sobre aqueles outros humanos com que lidam diariamente; conhecimentos sumários sobre os outros são suficientes para trabalhar e comportar-se. Cumprimentam-se e perguntam "como estão", mas já não escutam a resposta; querem apenas saber se está "tudo bem" para poder continuar levando adiante distraidamente suas relações epidérmicas. E se alguém manifesta, por acaso, que está mal (que está muito doente, ou endividado), seu interlocutor ficará calado, como se o outro tivesse quebrado uma sagrada regra do convívio; depois de alguns minutos dirá: "Mas, fora disso está tudo bem, não é?". Os humanos acharam essa forma descontraída, indiferente, sumária e autocentrada de "levar a vida" quando perceberam que ''viver'' a vida, realmente ''vivê-la'' e não apenas "levá-la", implicaria numa enorme despesa em termos de sofrimento, solidão, reflexão e ligação com o mundo. ** Devorando Nietzsche: por um niilismo sul-americano (2022), páginas 78-79 ISBN 978-65-86676-43-3 * Aqueles que vivem de maneira distraída costumam ser extremamente insensíveis para com os sofrimentos e necessidades dos outros. Eles prejudicam outras pessoas já "sem intenção", como a pessoa que fica obstruindo a passagem dos outros sem dar-se por conta de que incomoda. Ele costuma desculpar-se dizendo que "não teve a intenção", e isso é, habitualmente, verdade. Entretanto, ninguém deveria, neste mundo tenso e cada vez mais povoado, se descontrair até o ponto de incomodar aos outros "sem intenção". Deveríamos nos concentrar mais, ficar mais atentos, não nos descontrairmos até o ponto de esquecer que os outros estão sempre por perto, e que, movendo nossos braços de maneira exagerada e desatenta, podemos derrubar alguém "sem intenção". ** Devorando Nietzsche: por um niilismo sul-americano (2022), páginas 79-80 ISBN 978-65-86676-43-3 * Essa minoria que permanece tensa, que não se distrai, que não consegue se descontrair, que escuta aos outros, que se comove com seus relatos, que mantém uma sensibilidade aguda para os problemas e sofrimentos dos outros, esses costumam ser doentes, inclusive fisicamente, como o príncipie Mishkin de "O Idiota" de [[Fiódor Dostoiévski|Dostóievski]], capaz de uma entrega sublime aos outros apenas por sofrer de epilepsia. As pessoas "normais" são descontraídas e, portanto, insensíveis e moralmente desconsideradas, aquelas que bocejam enquanto seu amigo está lhes falando de seus problemas mais terríveis. ** Devorando Nietzsche: por um niilismo sul-americano (2022), página 80 ISBN 978-65-86676-43-3 * Aqui os humanos vulgares parecem ensinar algo aos filósofos raros: se quiseres manter a tua saúde mental e não ser destruído pelos impactos da vida, melhor é ignorar do que saber, assumir uma forma insensível, sumária e imoral de viver, não levar as coisas tão a sério, não tentar conhecer ninguém em profundidade, não saber demasiado sobre o mundo. Os vulgares ensinam aos sábios a verdadeira essência negativa da vida, uma vida tão má, tão insalubre, tão dolorosa e tão injusta, que a única maneira de enfrentá-la é mediante algum tipo de ignorância, e não, como sonharam sempre os filósofos, uma sabedoria que tentaria um "melhoramento" de si. Pelo contrário, a vida é tão árdua e desconsiderada que, para poder vivê-la, é mais conveniente ser um humano pior do que já somos; mais insensível, mais imoral, mais ignorante. No templo da sabedoria, paradoxalmente, deveríamos pregar este letreiro: Ignorate a ti mesmo! Pois quem garante que sabedoria e vida caminham numa mesma diração? ** Devorando Nietzsche: por um niilismo sul-americano (2022), página 80 ISBN 978-65-86676-43-3 ** Descrição: Nos lembra o que diz [[Fernando Pessoa]], através do pseudônimo de Bernardo Soares, no Livro do desassossego: "''O mundo é de quem não sente. A condição essencial para se ser um homem prático é a ausência de sensibilidade''." ==Filosofia da linguagem e da lógica== * O que observamos, por exemplo, quando nos envolvemos em discussões éticas sobre procriação, aborto ou pena de morte, ou em debates lógicos sobre analiticidade, lógicas não-clássicas ou conexões lexicais, é que as posições opostas são perfeitamente sustentáveis, embora não sejam posições que nós próprios preferimos tomar. Entendemos que nossa posição sobre, por exemplo, o aborto, vem de um conjunto de suposições, preferências, desgostos, experiências passadas, educação e assim por diante, todos elementos e circunstâncias que orientaram nossa escolha de categorias, conceitos e modos de raciocínio que certamente deve diferir muito do conjunto de argumentos de nossos interlocutores em um diálogo sobre o assunto. Qualquer coisa que possamos apresentar sobre tópicos controversos como esses seria normalmente oposta ou recusada pela outra parte através de todos os tipos de objeções. A oposição não é uma anomalia, mas a forma atual em que a filosofia se desenvolve. Dois seres humanos envolvidos em uma discussão sobre questões filosóficas irão naturalmente e forçosamente diferir em substância e método em quase qualquer assunto em questão. Qual é o ponto em tentar impor a própria perspectiva? ** [http://philosopherjuliocabrera.blogspot.com/2011/05/philosophy-of-logic.html ''The negative approach to argumentation''], 2011 * Apesar da soberba afirmação de Singer dele ter, finalmente, descoberto a solução definitiva do problema do aborto, podendo encerrar definitivamente a questão, a sua "demonstração" depende de muitas sub-argumentações possíveis (que ele prefere não "ver"). Seu argumento pró-aborto só consegue ser estabelecido se aceitarmos algum tipo de ética utilitarista segundo a qual o bem-estar dos seres humanos concretos está por cima de qualquer ideia abstrata ou metafísica de "pessoa humana" (algo que as tornaria "intrinsecamente valiosas"). Também depende da ideia de que o eticamente relevante é que os seres humanos não sofram dor inútil, e da tese de que um ser humano pode definir-se mediante um conjunto de propriedades relevantes bem determinadas (os famosos "indicadores de humanidade"). Também depende de certa definição muito específica dos termos "matar" e "inocente" na expressão "ser humano inocente", e da desativação da ideia da "potencialidade", no sentido de alguém poder ser potencialmente uma coisa num momento t + 1, que lhe daria direitos em t. Trata-se de um alto número de pressupostos sem os quais a conclusão “objetiva” e "definitiva" não decorreria. Qualquer arguidor que não aceite pelo menos um desses pressupostos, não aceitará os "resultados incontestáveis" de Singer. E contrariamente ao que ele afirma, os que não os aceitam não estão "simplesmente equivocados", mas assumem outros pressupostos e Gestalten perfeitamente plausíveis, sustentáveis e racionais dentro da rede de argumentações. Singer ignora drasticamente todos os questionamentos e obstáculos da sua linha de argumento (por exemplo, as controvérsias sobre os "indicadores de humanidade") e é apenas dessa forma que ainda consegue alimentar a ilusão de ter "resolvido" o problema do aborto. ** [https://online.unisc.br/seer/index.php/signo/article/view/7990/pdf ''Introdução a uma abordagem negativa da argumentação''], 2017, página 164 * Parto da perspectiva de que se deve considerar como “filosofia da linguagem” tudo aquilo que os filósofos pensaram e desenvolveram em termos de reflexão sobre a linguagem, seja qual for sua perspectiva e sua metodologia de acesso (analítica, hermenêutica, fenomenologia, filosofia transcendental, crítica de ideologias, psicanálise) (...) A minha ideia é que essas questões [da linguagem] são mais bem visualizadas não dentro de uma única perspectiva, mas na confluência de várias delas. ** Margens das filosofias da linguagem, Editora da UnB, Brasília, 2009 (1ª reimpressão), pág. 14. * Parafraseando aquilo que Norberto Bobbio (…) disse certa vez acerca do marxismo, “uma das minhas frases preferidas é que hoje não se pode ser um bom marxista sendo apenas marxista. Mas o marxista tem uma tendência irresistível a ser apenas...marxista”, poder-se-ia dizer que hoje não se pode ser um bom filósofo analítico sendo apenas analítico. Mas o analítico tem uma tendência irresistível a ser apenas...analítico. ** Margens das filosofias da linguagem, Editora da UnB, Brasília, 2009 (1ª reimpressão), pág. 15. * Poder-se-ia dizer (…) que a linguagem interessa à filosofia na medida em que a primeira é entendida não apenas como “veículo” de conceitos, mas como um âmbito no qual os conceitos são constituídos, conceitos que permitem articular o mundo com o intuito de torná-lo significativo para nós. Dessa maneira, conceitos e significação vão juntos. Essa “significatividade” será entendida de maneiras muito diversas pelas diferentes filosofias da linguagem, e consequentemente a constituição de conceitos também será diversamente entendida. Denomino essa concepção, em contraposição à teoria veicular, concepção constitucional da linguagem. ** Margens das filosofias da linguagem, Editora da UnB, Brasília, 2009 (1ª reimpressão), pág. 17. * Teoria do conhecimento, ética e estética não são apenas três disciplinas acadêmicas, mas três grandes acessos humanos ao mundo (...) Tornar o mundo significativo é uma empreitada epistemológico-ético-estética (...) Diferentes filosofias da linguagem acentuarão uma ou outra dessas funções. (...) Conhecer o mundo não é tudo o que o homem faz com ele, e muitos pensadores (Schopenhauer, Nietzsche, Freud) já duvidaram de que o conhecer deveria considerar-se como a relação mais básica e profunda que o homem pode estabelecer com o mundo. ** Margens das filosofias da linguagem, Editora da UnB, Brasília, 2009 (1ª reimpressão), pág. 21. * (…) a minha abordagem dessas possibilidades de constituição da significação será largamente negativa, seguindo o ponto de vista que caracteriza a minha perspectiva filosófica geral acerca do mundo. Tal abordagem negativa , no terreno da filosofia da linguagem, será manifesta no fato de focar-se aqui não tanto a bem-sucedida geração de significação, que (de acordo com a minha perspectiva) raramente ou nunca acontece, mas precisamente os regulares obstáculos para sua instauração. (...) Mas a minha abordagem é negativa num sentido radical (…) cada uma das filosofias da linguagem se constitui como a negação do projeto esclarecedor das outras, cada uma constituindo-se como a formulação das insuficiências das outras. ** Margens das filosofias da linguagem, Editora da UnB, Brasília, 2009 (1ª reimpressão), pág. 22. * (…) os “significados”, além de possuírem dimensões objetivas, são também instâncias hermenêuticas, temporal-históricas, precisamente aquelas que o filosofar analítico não pode captar, por estarem situados além dos seus limites de entendimento. “Significados” são instâncias que somente podem ser estudadas plenamente por outras filosofias da linguagem, capazes de incorporar aqueles elementos experienciais. ** Margens das filosofias da linguagem, Editora da UnB, Brasília, 2009 (1ª reimpressão), pág. 55. * Wittgenstein é um filósofo suficientemente rico (ou suficientemente vago e impreciso) a ponto de sobre ele recaírem múltiplas interpretações. Interpretações analíticas, hermenêutico-transcendentais, fenomenológicas e marxiano-dialéticas da filosofia de Wittgenstein são examinadas (...) como recurso expositivo para melhor caracterizar diversos tipos e estilos de filosofias da linguagem do século XX. O assumido pluralismo (...) faz que se considerem todas essas interpretações como viáveis, de maneira que nenhuma delas descarte as outras como “falsas”, pretendendo ter apresentado “o verdadeiro Wittgenstein”. Isto supõe uma concepção do que seja filosofia e uma maneira de produzi-la e desenvolvê-la. Em cada uma das interpretações acentuam-se aspectos diferentes de um mesmo pensamento, como num experimento de Gestalt. ** Margens das filosofias da linguagem, Editora da UnB, Brasília, 2009 (1ª reimpressão), pág. 66-67. * (…) o texto de Heidegger [Sobre a essência da fala] não será indicativo de um objeto já feito, mas consistirá em pistas sobre como viver uma experiência com a fala, experiência que não está “narrada” no texto, mas suscitada por ele. O texto tentará colocar o leitor numa espécie de âmbito ou “ambiente” que dê oportunidade a essa experiência. ** Margens das filosofias da linguagem, Editora da UnB, Brasília, 2009 (1ª reimpressão), pág. 144. * Pensemos, por exemplo, na experiência de falar uma língua estrangeira e no que acontece quando se fala “perfeitamente e sem erros”, quando se fala alemão “como um alemão”, e no que acontece, pelo contrário, quando se fala imperfeitamente, quando, pelo balbuciar de quem “não domina uma língua”, se mostra uma dimensão vital que fica oculta na língua perfeitamente “dominada”. ** Margens das filosofias da linguagem, Editora da UnB, Brasília, 2009 (1ª reimpressão), pág. 145. * Como Wittgenstein apontaria, a palavra “pobre” não possui uma referência absoluta, mas adquire seu sentido em referência a específicos jogos de linguagem, nos quais adquire dinamicamente a sua referência ao mundo. A pobreza à qual Marx se referia não necessariamente diminui por meio da ampliação dos benefícios aos trabalhadores dentro da sociedade alienada. Um escravo bem pago continua sendo um escravo e, por conseguinte, alienado e pobre, no sentido marxiano. (...) o trabalhador não se “despauperizou” no sentido relativo de Marx (e de Wittgenstein), mas ele continua alienado, vivendo com o mínimo (relativo à sociedade que o aliena) (...). ** Margens das filosofias da linguagem, Editora da UnB, Brasília, 2009 (1ª reimpressão), pág. 196-97* A psicanálise não é ciência. Mas muito poucas coisas são ciência. * A psicanálise não é ciência. Mas muito poucas coisas são ciência. A ética de Kant tampouco é ciência, mas é reflexão de alto nível sobre o ser humano em sua relação com o mundo, igual à reflexão de Freud. O que parece curioso é a escassa insistência com que se coloca o fato de a ética kantiana não ser ciência, enquanto todo mundo parece tão preocupado em salientar a não cientificidade da psicanálise. ** Margens das filosofias da linguagem, Editora da UnB, Brasília, 2009 (1ª reimpressão), pág. 224. * O interesse da psicanálise pela quebra discursiva não é meramente teórico, mas também por estar regularmente marcada pelo padecimento, por algum tipo de envolvimento emocional (...) O padecimento não é um “acompanhamento” externo às anomalias linguísticas, mas parte constitutiva delas. A quebra discursiva é manifestação de uma quebra psíquica. A geração de anomalias e descontinuidades de linguagem está ligada à tentativa de evitação de desprazer. A compacidade real da cadeia linguística, ou seja, o correto preenchimento desta mediante autênticos signos geraria sofrimento insuportável. ** Margens das filosofias da linguagem, Editora da UnB, Brasília, 2009 (1ª reimpressão), pág, 230. * (…) porque é ilegítimo eliminar filosofias? Aqui, juntam-se motivos lógico-epistêmicos e motivos éticos. (...) aquilo que foi pensado instaura uma forma de vida do pensamento, uma de suas possibilidades reflexivas. Quando uma visão de mundo é instaurada, ela é indestrutível como possível forma de pensamento, como direção da reflexão; o fato de ter pensado é inextinguível, e a única coisa a ser feita com essa visão é aceitá- la, complementá-la ou mesmo excluí-la, mas essas três atitudes implicam já a sua não eliminação: a exclusão filosófica de uma filosofia por parte de outra supõe o reconhecimento de sua existência, apenas se apresentam contraexemplos de suas leis (...) Não podemos eliminar outras filosofias por um motivo semelhante àquele pelo qual não podemos eliminar pessoas. ** Margens das filosofias da linguagem, Editora da UnB, Brasília, 2009 (1ª reimpressão), pág, 276. * O estudo das “inferências lexicais” (se elas existem) deverá ser algo que oscila (...) entre a LM [Lógica Matemática] e a lógica informal. Em termos históricos, gostamos de dizer que se trata de uma empreitada wittgensteineana do período intermediário (...), algo que já passou para além da decepção da semântica unidimensional do Tractatus, mas que ainda não caiu na frondosa multidimensionalidade das Investigações Filosóficas (...) Inferências lexicais e Interpretação de redes de predicados. ** Editora da UnB, Brasília, 2007 (em coautoria com Olavo da Silva Filho), pág. 15. * Denominamos “divergentes” (…) a todos os sistemas de LM do século passado que contestam algum aspecto da LM “clássica” (daí seu apropriado nome de “não clássicas”) (...) Pelo contrário, nós denominamos aqui como “hiperdivergentes” aqueles projetos lógicos que apresentam a lógica de uma maneira incompatível, ou muito dificilmente assimilável, com sua apresentação em sistemas de lógica, de tal forma que fica difícil, ou talvez impossível, definir essa lógica em relação aos sistemas da LM clássica e, consequentemente, sua própria divergência como sendo mesmo uma divergência. Historicamente, projetos lógicos como os apresentados por Hegel, Husserl e Dewey, por exemplo, são dessa natureza. Inferências lexicais e Interpretação de redes de predicados. ** Editora da UnB, Brasília, 2007 (em coautoria com Olavo da Silva Filho), pág. 272. * Talvez as conexões lexicais descansem, em última instância, na vontade de viver, na vontade de poder, na dor, na mortalidade ou na sexualidade, e não em puras estruturas lógicas. Se ainda nossas lógicas lexicais fossem consideradas como atreladas ao “disposicional” e à tecnologia do pensamento (numa linha crítica hegeliano-heideggeriana) nada haveria a fazer; aí sim, pareceria que saímos dos limites de tudo o que poderia chamar-se ainda de “lógica” (...). Para um heideggeriano convicto, pouco se terá ganhado com a passagem da lógica usual para [a lógica lexical]. Não obstante isso, sentimos que existe uma sensibilidade intermediária a ser aproveitada e cultivada, que estaria entre as rígidas formas lógicas analíticas e o existencialismo “continental” selvagem, uma espécie de sensibilidade existencial das formas lógicas. Inferências lexicais e Interpretação de redes de predicados. ** Editora da UnB, Brasília, 2007 (em coautoria com Olavo da Silva Filho), pág. 276- 277. ==Cinema e filosofia== * A atual filosofia profissionalizada tem se compreendido abertamente como “apática”, sem pathos, exclusivamente conduzida pelo intelecto e deixando de lado emoções e impactos sentimentais. Apenas uns poucos filósofos dos últimos dois séculos (Schopenhauer, Nietzsche, Freud, Kierkegaard, Heidegger) opuseram resistência a esta tradição, questionando a hegemonia da razão intelectualista e a sistemática exclusão da componente emocional na tarefa de captação do mundo. Neste sentido, podemos chamar de “cinematográficos” esses pensadores da tradição europeia. ** Cine: 100 años de Filosofía. Gedisa, Barcelona, 2015 (2ª edicão), pág. 9. * Não será que muito do que Heidegger, por exemplo, tenta dizer, quase sem sucesso, forçando a língua alemã, obrigando-a a gerar frases dificilmente inteligíveis, ou as tentativas de Hegel de pensar o trabalho do conceito “temporalmente”, pondo-o “em movimento”, não seria muito melhor exposto através das imagens surgidas a partir do deslocamento calmo e atento de uma câmera cinematográfica? ** Cine: 100 años de Filosofía. Gedisa, Barcelona, 2015 (2ª edicão), pág. 19. * O cinema não elimina a exigência de verdade e universalidade, mas (...) as redefine dentro do fenômeno logopático (...) a universalidade do cinema é peculiar, pertence mais à ordem da possibilidade do que ao da necessidade. O cinema é universal, não no sentido do “acontece necessariamente a todos”, mas no sentido do “poderia acontecer com qualquer um”. ** Cine: 100 años de Filosofía. Gedisa, Barcelona, 2015 (2ª edicão), pág. 25. * (…) Um bom filme é precisamente aquele no qual a câmera desaparece, quando não somos mais conscientes de estarmos vendo um filme, enquanto que um filme de vanguarda tenta voltar a câmera para si mesma e mostrar o aparato oculto. Uma maneira jocosa de entender isto seria comparar a reação de um humano e a de um gato quando apontamos para algum objeto com o dedo; enquanto o humano olha para além do dedo tentando descobrir o objeto para o qual o dedo aponta, o gato fica olhando para o dedo; nesse sentido, o gato é vanguardista, se interessa mais pelo médium (o dedo, a câmera) do que pelo objeto apontado. ** Cine: 100 años de Filosofía. Gedisa, Barcelona, 2015 (2ª edicão), pág. 30- 31. * (…) a imagem cinematográfica não pode mostrar sem questionar, sem desestruturar, recolocar, retorcer, deturpar. O cinema não consegue ser esse puro “registro do real” que a concepção fotográfica do cinema costuma formular (e que correntes como o neorrealismo italiano tentaram aproveitar). ** Cine: 100 años de Filosofía. Gedisa, Barcelona, 2015 (2ª edicão), pág. 43. * Exercendo esse efeito de choque, de violência visual, de assalto à sensibilidade, de agressividade no mostrar, é possível que o espectador adquira aguda consciência de um problema moral ou epistemológico como talvez não lhe aconteça lendo um tratado sobre o assunto. Esta “sensibilização de conceitos” pode, inclusive, questionar algumas das soluções tradicionais de questões filosóficas oferecidas pelo conceito escrito ao longo da história da filosofia (...) ** Cine: 100 años de Filosofía. Gedisa, Barcelona, 2015 (2ª edicão), pág. 47. * Os filmes não “têm” um sentido que tenha que ser interpretado, mas eles estabelecem com o espectador uma inter-relação da qual surge um sentido não previsto, que não estava em nenhum lugar aguardando por ser encontrado. ** Cine: 100 años de Filosofía. Gedisa, Barcelona, 2015 (2ª edicão), pág. 54. * Blow-up [Antonioni] mostra o que Descartes afirma: os sentidos nos enganam. Porém, não há nas imagens deste filme qualquer cogito que ajude a superar o insuportável estado de dúvida provocado pela ambiguidade dos fatos. Thomas [o jovem fotógrafo desse filme] não consegue se proteger em nenhuma subjetividade aconchegante; pelo contrário, é a sua subjetividade o que é roubado pela força misteriosa das coisas. ** Cine: 100 años de Filosofía. Gedisa, Barcelona, 2015 (2ª edicão), pág. 171. * O pessimismo parece ter uma densidade existencial que o otimismo – mesmo o otimismo não ingênuo – não possui. Na famosa Último tango em Paris (1972), de Bernardo Bertolucci, o desconhecido (Marlon Brando) cuja mulher acabou de se suicidar, deambula por Paris e encontra casualmente Jeanne (Maria Schneider), com quem tem uma relação rica e violenta, física e existencial, num apartamento sem mobília, onde não importam as convenções nem o nome de coisas ou pessoas (...) Mas no momento em que ele consegue sair da fossa e voltar a se integrar na vida, se vestir bem e retomar o exercício das convenções habituais, saber o nome dela, casar-se e ser feliz, transforma-se numa caricatura convencional e sua relação com Jeanne acaba abruptamente (...). ** Cine: 100 años de Filosofía. Gedisa, Barcelona, 2015 (2ª edicão), pág. 294. * Um filme “quieto” no qual “não acontece nada”, onde se mostram pessoas olhando pelas janelas, andando pelas ruas, vivendo situações completamente banais, ou simplesmente olhando umas para as outras sem dizer nada, não satisfaz ao espectador ávido de novidades (...) esse tipo de espectador costuma dizer, depois de assistir um filme ontológico, que não gostou porque nele “não acontece nada”: precisamente o tipo de atitude que Heidegger pretende provocar em seus escritos, fazendo com que a ausência de entes prementes nos coloque em contato com o ser. ** Cine: 100 años de Filosofía. Gedisa, Barcelona, 2015 (2ª edicão), pág. 366. * (…) Paradoxalmente, o cinema mudo inaugura o dizer, e o cinema sonoro o calar. O dizer não precisa de palavras, mas o calar sim. A falta de som não foi uma “limitação” para o cinema mudo, mas a falta de silêncio sim. E este não parece ser um limite de tipo estritamente wittgensteineano. ** Cine: 100 años de Filosofía. Gedisa, Barcelona, 2015 (2ª edicão), pág. 426. * (...) uma concepção abstrata do cinema se opõe a uma concepção fotográfica, marcada pela tecnologia; por isso não gosto quando se fala da fotografia como precursora ou pioneira do cinema; a fotografia está aparentada com o cinema só mecanicamente; a antecessora poética do cinema, sua pioneira pensante, é muito mais a literatura que a fotografia; não há nada de intrinsecamente fotográfico no cinema, o cinema é tão abstrato como a literatura, e tão opaco; e tampouco a fotografia é concreta; nada humano é concreto, ou transparente, todo humano é predicativo, mostra-ocultando, inclui excluindo, entende-ignorando, pensa-dispensando (...) ** Diálogo-Cinema. Edições SENAC, São Paulo, 2013 (en colaboración com Márcia Tiburi), pág. 94. ==Filosofia latino-americana== * El problema es que ellos vienen aquí y hablan de los problemas filosóficos de ellos en la lengua de ellos, y nosotros vamos allá y hablamos de los problemas filosóficos de ellos en la lengua de ellos. ** [https://drive.google.com/file/d/0B8lRhEwzaxOlQXB2Y3N2WDN6bEE/view ''A questão da filosofia no Brasil no contexto da reflexão sobre civilização e barbárie no pensamento argentino''], 2009 ** Descrição: sobre o problema do colonialismo em filosofia. * Na verdade, a Europa não espera nada de nós, simplesmente não existimos para ela. Mas isso não é o pior, senão que esta indiferença pelo que pensamos desde a América Latina foi internalizada pelos próprios estudiosos latino-americanos de filosofia. Hoje em dia, a Europa não precisa perder seu tempo rejeitando-nos, porque ela já tem representantes internos que desempenham a contento esse papel excludente. ** [http://www.ihuonline.unisinos.br/artigo/17-artigo-2011/4175-julio-cabrera-2?showall=&limitstart= ''Sem grandes intuições, não há grande filosofia''], 2011 * Nós não vivemos apenas em um mundo de língua inglesa. Vivemos em um mundo de escrita inglesa e leitura inglesa, um mundo que pensa em inglês. Se escrevermos filosofia em espanhol ou português (por exemplo), nossos pensamentos simplesmente não surgem; eles permanecem numa espécie de limbo, nem mesmo como ruins ou triviais (isso mostraria algum tipo de visibilidade), mas como inexistentes. ** [https://drive.google.com/file/d/1_e9vR3ALfKVlSzSIbVL2yjG4_6SFIBlI/view, ''Why philosophy not written in English does not exist: hegemonic language as ontological policy. The case of South-American antinatalism''], 2018, página 1 * Quando um europeu filosofa todos seus problemas são de essência, não há nenhuma dúvida acerca do existir de seu pensamento. Quando um latino-americano se põe a filosofar (e isto se poderia ampliar, por exemplo, para africanos e outros pensamentos marginalizados) ele tem que provar que seu filosofar existe, que ele tem direito a refletir. (...) Chamo a isto uma exigência de “insurgência” do filosofar latino-americano: para vir a ser, o filosofar desde América Latina tem que se insurgir contra a exclusão intelectual (...) não estritamente porque “queira” insurgir-se, mas porque não o deixam “surgir” de outra forma (...) O filosofar desde América Latina é reativo e insurgente ou não é; trata-se de uma imperiosa necessidade de sobrevivência. ** Diário de um filósofo no Brasil. Editora Unijuí, Ijuí, 2013 (2ª edicão), pág. 13. * O desamparo fica como oculto ou camuflado embaixo das formas profissionalizadas do filosofar, tanto na filosofia analítica quanto nos estudos dos “especialistas em Nietzsche”. A fragilidade intrínseca a todo filosofar (a todo viver) fica como disfarçada numa maneira aparentemente firme, segura e técnica de “dominar os assuntos” e construir argumentos. Mas nem mesmo ali o filosofar consegue esconder seu desamparo original. ** Diário de um filósofo no Brasil. Editora Unijuí, Ijuí, 2013 (2ª edicão), pág. 22. * Não tento aqui definir a filosofia, mas, pelo contrário, despojá-la de toda definição fixa, deixá-la o mais livre possível para ela mesma achar suas definições mais cabíveis, provisórias (...). Assim como quero vê-la livre de qualquer obrigação “crítica”, “teórica” ou “profunda”, gostaria de vivê-la sem o estigma do afirmativismo edificante que tem a perseguido ao longo dos árduos tempos, como uma luta contra a retórica, o relativismo, o ceticismo, o pessimismo e o niilismo. Creio que a filosofia não tem o dever de buscar a edificação conceitual, a salvação pelas ideias, ou a construção de uma sociedade justa. Enquanto menos “tarefas” ela tiver, melhor. ** Diário de um filósofo no Brasil. Editora Unijuí, Ijuí, 2013 (2ª edicão), pág. 25. * (...) a “filosofia institucional” transformou a atividade filosófica numa série de movimentos automáticos e sem vida; num enorme aparato onde professores e estudantes aparecem submetidos a rotinas estáticas e desprovidas de sentido. (...) muitas vezes os estudantes escrevem seus trabalhos bem longe do que realmente gostariam de fazer, trabalhos que serão lidos distraidamente (e depois arquivados em volumosos bancos de teses que ninguém consulta) por professores cada vez mais ocupados com tarefas administrativas e políticas, e que oferecem, também distraidamente, as aulas que seus alunos escutarão por obrigação. ** Diário de um filósofo no Brasil. Editora Unijuí, Ijuí, 2013 (2ª edicão), pág. 80. * Nas universidades, não se espera que ninguém desenvolva uma filosofia, e se alguém tentasse fazê-lo seria mal avaliado, e considerado irresponsável. (...) Não existe nenhuma censura explícita contra isso, ou seja, ninguém que proíba fazer trabalhos mais pessoais ou ensaios sobre autores nacionais, mas alguém que ousasse fazer isso seria ouvido por poucos, ou, pior ainda, assistido com distanciada ironia, e o autor considerado um diletante ou um “filósofo frouxo”. A própria “comunidade” exerce aqui o papel da censura, dispensando-a como mecanismo autoritário externo. O autoritarismo se incorporou na comunidade. ** Diário de um filósofo no Brasil. Editora Unijuí, Ijuí, 2013 (2ª edicão), pág. 81-82 * No paradigma ainda dominante, parece que a possibilidade de ser um “grande filósofo” está ab initio descartada. Assim, a alternativa real pareceria ser, se aceito este paradigma: preferes ser um grande comentador de filosofia ou um pequeno filósofo? Um genuíno filósofo nunca pensa prevendo que fará grande ou pequena filosofia; pois ele simplesmente pensa, compulsivamente, suas próprias “coisas”, seus pontos, suas obsessões, e não pode fazer outra coisa a não ser pensá-las. (...) O que haverá que avaliar é se, na pior das hipóteses, ser um pequeno filósofo é ou não mais importante do que se transformar num brilhante comentador ou num grande especialista em alguém. ** Diário de um filósofo no Brasil. Editora Unijuí, Ijuí, 2013 (2ª edicão), pág.87. * Poder-se-iam formular claramente pelo menos duas maneiras diferentes de receber o legado europeu: (1) Continuar a expor e difundir o pensamento gerado na Europa; ou: (2) Tentar receber esse legado no sentido de assumir a mesma atitude criativa que os europeus assumiram para construir, valorizar e difundir a sua própria filosofia. Na opção (1), Europa nos lega um objeto de estudo; na alternativa (2), Europa nos lega uma atitude. Assumindo a primeira alternativa, reapresentamos os conteúdos da filosofia europeia; assumindo a segunda, tentamos fazer filosofia como os europeus fizeram a deles. ** Diário de um filósofo no Brasil. Editora Unijuí, Ijuí, 2013 (2ª edicão), pág. 219-220. * Uma das questões mais curiosas que me dizem nas discussões sobre filosofia no Brasil, é que a minha abordagem é “marcadamente política”, como se fosse eu quem está introduzindo a política no corpo asséptico e incontaminado da “filosofia pura” (...) Eu quero dizer desde o início que as ideias de que a filosofia europeia é filosofia universal, e de que os pensamentos nascidos em América Latina ou África são nacionais, são políticas de ponta a ponta; fazem parte de uma política que, ao ter sido instaurada e vigorar de maneira hegemônica, esconde seus próprios traços ideológicos se apresentando como se fosse tão somente a verdade absoluta e objetiva. ** Europeu não significa universal, brasileiro não significa nacional. Revista Nabuco, Ano 1, número 2, dezembro de 2014-janeiro de 2015, pág. 15. * Pode-se aceitar que os pensamentos filosóficos sejam universais no sentido de ser de interesse para seres humanos de qualquer ponto do planeta (...) Entretanto, se não quisermos formular essa universalidade em termos metafísicos ou transcendentais, teremos que concebê-la como o resultado de um processo histórico, com uma procedência, uma circunstância e uma perspectiva, o que não lesa a universalidade do pensado (...), mas a situa. O que se nega é a ideia de que os pensamentos filosóficos possam surgir de maneira direta da razão humana, de uma visão de lugar nenhum. A universalidade dos pensamentos não os dispensa de ter uma origem (...) ** Europeu não significa universal, brasileiro não significa nacional. Revista Nabuco, Ano 1, número 2, dezembro de 2014-janeiro de 2015, pág. 18. * O local de nascimento como centro organizador faz parte das circunstâncias pensantes, mas não as esgota. O “desde Brasil” não é apenas uma referência nacional, mas uma circunstância existencial-histórica, vinculada com a particular configuração do mundo que fazemos quando o vemos desde América do Sul e não desde a Etiópia ou o Canadá. Nomes como “Brasil”, “Israel” ou “Paris” não aludem, pois, a nações, mas a perspectivas de organização do mundo. Embora faça algum sentido declarar que, num mundo globalizado, a ideia restrita de nação se dilui, pode ser falacioso dizer que a globalização suprime perspectivas e circunstâncias a partir das quais essa globalização vai ser vivida e pensada. ** Europeu não significa universal, brasileiro não significa nacional. Revista Nabuco, Ano 1, número 2, dezembro de 2014-janeiro de 2015, pág. 33. * Os estudantes são ensinados a fazer filosofia somente de uma maneira, num único estilo e apoiados numa única tradição, estudando pensamentos apenas de quatro ou cinco países do planeta. Os problemas e autores latino- americanos (...) parecem relevantes para o futuro dos jovens estudantes de filosofia, colocando-lhes questões críticas em lugar de simplesmente inseri-los como trabalhadores e consumidores de filosofia dentro de um sistema pretensamente objetivo. Em lugar de decidir pelo aluno de maneira paternalista, deveríamos encontrar um espaço de informações e discussões onde todas as maneiras de fazer filosofia fossem apresentadas, discutidas e eventualmente excluídas, pois mesmo para excluir filosofias é preciso que elas apareçam. ** Europeu não significa universal, brasileiro não significa nacional. Revista Nabuco, Ano 1, número 2, dezembro de 2014-janeiro de 2015, pág. 46. ==Veja também== * [[Antinatalismo]] ==Ligações externas== * [http://philosopherjuliocabrera.blogspot.com/ Site de Julio Cabrera] {{referências}} {{DEFAULTSORT:Cabrera, Julio}} [[Categoria:Filósofos]] [[Categoria:Filósofos da Argentina]] [[Categoria:Pessoas vivas]] 4mrh740ihanejoeaphw2wb1ke5eqb39 Wikiquote:GUS2Wiki 4 37772 184902 184600 2022-08-03T07:23:35Z Alexis Jazz 32314 Updating gadget usage statistics from [[Special:GadgetUsage]] ([[phab:T121049]]) wikitext text/x-wiki {{#ifexist:Project:GUS2Wiki/top|{{/top}}|This page provides a historical record of [[Special:GadgetUsage]] through its page history. To get the data in CSV format, see wikitext. 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No São João era o que tocava, a música dele estava por todo canto, é muito presente na Nação Zumbi. Chico vivia imitando na boca o contrabaixo da abertura [da música] O fole roncou." :-'' Fonte:<ref name=revista continente">{{citar web |URL=https://revistacontinente.com.br/secoes/resenha/o-encontro-de-jorge-du-peixe-e-luiz-gonzaga|título=O encontro Jorge Du Peixe Luiz Gonzaga|autor=José Teles|publicação=Revista Continente|data=31 de julho de 2022 }}</ref>'' * "Esse disco terá mais percussões do que os últimos. Será bem focado nisso. Nos últimos três ou quatro fizemos o oposto, e os primeiros são bem percussivos. Demos outro rolê, outro passeio, e agora acho que é uma boa hora de estar presente no disco [as percussões]." :-'' Fonte:<ref name=G1>{{citar web |URL=https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/musica/noticia/2019/03/21/nacao-zumbi-volta-a-porto-alegre-com-show-de-releituras-nesta-quinta-feira.ghtml|título=Nação Zumbi volta a Porto Alegre com show de releituras nesta quinta-feira|autor=Janaína Lopes|publicação=G1|data=1 de agosto de 2022 }}</ref>'' :-''Conta o músico [[Jorge Du Peixe]]'' * "A resposta das pessoas é incrível. As que mais cantam é "Sexual Healing" (do cantor de soul americano [[Marvin Gaye]]). Isso foi uma surpresa pra gente". :-'' Fonte: <ref name=G1 /> * "É como pensar o que Jimi Hendrix estaria fazendo. A gente nem consegue conceber esse pensamento. A gente fica dando risada." :-'' Fonte: <ref name=G1 /> * Mas certamente ele estaria fazendo algo que as pessoas não esperam que ele estaria. Conhecendo ele, seria mais ou menos isso." :-'' Fonte: <ref name=G1 /> {{Referências}} {{Arte}} [[Categoria:Bandas do Brasil]] be7xz74ww13casm15e4jwsuzgu2aofm Zé Vaqueiro 0 37868 184838 184772 2022-08-02T20:53:07Z Chico 3 wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Zé Vaqueiro | Foto = Zé Vaqueiro (2021).jpg | Wikisource = | Wikipedia = Zé Vaqueiro | Wikicommons = | Wikinoticias = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #C0CFE9 }} '''[[w:Zé Vaqueiro|José Jacson de Siqueira dos Santos Junior]]''' ''(Ouricuri, [[20 de janeiro]] de [[1999]]), mais conhecido pelo seu nome artístico de Zé Vaqueiro, é um cantor e compositor brasileiro.'' ---- * "Saudade tem nome sou eu, meu coração ainda é teu e se tu ainda não percebeu." :-'' Fonte: {{citar web |URL=https://www.letras.mus.br/ze-vaqueiro/volta-comigo-bebe/|título=Volta comigo bb - Zé Vaqueiro (Clipe Oficial) |autor=Zé Vaqueiro |publicação=Letras.mus.br |data=31 de julho de 2022 }}'' {{Arte}} [[Categoria:Pessoas]] [[Categoria:Músicos do Brasil]] [[Categoria:Compositores do Brasil]] 4i040l858mgye7ty2iww1hz9qrbwc3u Zé Dantas 0 37869 184840 184796 2022-08-02T20:59:19Z Leonaardog 15522 wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Zé Dantas | Foto = Zé Dantas e Luiz Gonzaga.jpg | Wikisource = | Wikipedia = Zé Dantas | Wikicommons = Category:Zé Dantas | Wikinoticias = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #C0CFE9 }} '''[[w:Zé Dantas|José de Sousa Dantas Filho]]''', ''mais conhecido como '''Zé Dantas''' (Carnaíba, [[27 de fevereiro]] de [[1921]] – [[Rio de Janeiro]], [[11 de março]] de [[1962]]), foi um [[compositor]], [[poeta]] e folclorista [[brasil]]eiro. '' ---- == Sobre == * "Em 1951, ao lado de [[Gonzagão]], Humberto Teixeira e do maestro Guio de Moraes, ele produziu para a Rádio Nacional uma série de programas intitulada No mundo do baião, que focalizava a cultura nordestina. Também conhecido como Sabiá do Pajeú, ele conquistou a simpatia dos ouvintes da emissora ao apresentar imitações de personagens sertanejos, contar casos e mostrar composições inéditas inspiradas no sertão do Nordeste." :-'' Fonte: <ref name=correio/> :-'' Segundo, o pesquisador e sanfoneiro pernambucano Diviol Lira.'' * "Passei a saber mais sobre a obra dele por meio do mestre Luiz Gonzaga, a quem conheci aqui no DF em 1970. Foram muitas as parcerias dos dois. Eu me inspirei muito nas letras de Zé Dantas para criar minhas composições, registradas em cinco discos e dois CDs que lancei." :-'' Fonte:<ref name=correio/> :-'' Segundo, o violeiro, pesquisador, produtor e apresentador do programa Acervo Origens, na Rádio Nacional FM, e do projeto Forró de Vitrola, Cacai Nunes.'' * "Ele traduziu em palavras a ambiência, a pureza e as tradições do povo nordestino, traduzidas em músicas por Luiz Gonzaga. A volta da Asa Branca, Sabiá e Vem morena são autênticos poemas. É da maior importância celebrar Zé Dantas no centenário dele." :-'' Fonte: <ref name=correio>{{citar web |URL=https://www.correiobraziliense.com.br/diversao-e-arte/2021/02/4909071-parceiro-de-luiz-gonzaga-ze-dantas-completaria-100-anos-neste-sabado.html |título=Parceiro de Luiz Gonzaga, Zé Dantas completaria 100 anos neste sábado |autor=Irlam Rocha Lima |publicação=Correio Braziliense |data=1 de agosto de 2022 }}</ref>'' :-'' Segundo, o violeiro, pesquisador, produtor e apresentador do programa Acervo Origens, na Rádio Nacional FM, e do projeto Forró de Vitrola, Cacai Nunes.'' {{Referências}} == {{Ligações externas}} == * {{Link|pt|2=https://immub.org/compositor/ze-dantas|3=Zé Dantas - O maior catálogo online da música brasileira|4=}} * {{Link|pt|2=https://www.folhape.com.br/cultura/cem-anos-de-ze-dantas-o-doto-da-medicina-e-da-musica-nordestina/174251/|3=Cem anos de Zé Dantas, o 'Dotô' da música nordestina|4=}} {{Arte}} [[Categoria:Compositores do Brasil]] [[Categoria:Folcloristas do Brasil]] [[Categoria:Poetas do Brasil]] [[Categoria:Pessoas mortas]] pm622mcshci4xh7mnr04go12sa6povk 184851 184840 2022-08-02T22:38:15Z Leonaardog 15522 wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Zé Dantas | Foto = Zé Dantas e Luiz Gonzaga.jpg | Wikisource = | Wikipedia = Zé Dantas | Wikicommons = Category:Zé Dantas | Wikinoticias = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #C0CFE9 }} '''[[w:Zé Dantas|José de Sousa Dantas Filho]]''', ''mais conhecido como '''Zé Dantas''' (Carnaíba, [[27 de fevereiro]] de [[1921]] – [[Rio de Janeiro]], [[11 de março]] de [[1962]]), foi um [[compositor]], [[poeta]] e folclorista [[brasil]]eiro. '' ---- == Quotes == * "Em 1947, conhecemos [[Luiz Gonzaga]] em [[Recife]], na residência de um amigo comum, onde havia uma festa íntima. (…) A identidade da vocação artística nos dispensou apresentação, a surpreendente coincidência de motivação nos tornou amigos e a música nos fez parceiros." :-'' Fonte: RCA Records, 1959.''<ref name="revistacontinente"/> * "Eu vi dois siris jogando bola/ lá no mar/ eu vi dois siris bola jogar" – é basicamente o mesmo do citado coco: "Eu vi dois tatus jogando bola/ eu vi dois tatus bola jogar." :-'' Fonte:<ref name="revistacontinente">{{citar web |URL=https://revistacontinente.com.br/edicoes/242/ze-dantas |título=Parceiro de Luiz Gonzaga, Zé Dantas completaria 100 anos neste sábado |autor=José Teles |publicação=Revista Continente |data=2 de agosto de 2022 }}</ref> :-'' A [[música]] foi lançada por Luiz Gonzaga em 1957.'' == Sobre == * "Em 1951, ao lado de [[Gonzagão]], Humberto Teixeira e do maestro Guio de Moraes, ele produziu para a Rádio Nacional uma série de programas intitulada No mundo do baião, que focalizava a cultura nordestina. Também conhecido como Sabiá do Pajeú, ele conquistou a simpatia dos ouvintes da emissora ao apresentar imitações de personagens sertanejos, contar casos e mostrar composições inéditas inspiradas no sertão do Nordeste." :-'' Fonte: <ref name=correio/> :-'' Segundo, o pesquisador e sanfoneiro pernambucano Diviol Lira.'' * "Passei a saber mais sobre a obra dele por meio do mestre Luiz Gonzaga, a quem conheci aqui no DF em 1970. Foram muitas as parcerias dos dois. Eu me inspirei muito nas letras de Zé Dantas para criar minhas composições, registradas em cinco discos e dois CDs que lancei." :-'' Fonte:<ref name=correio/> :-'' Segundo, o violeiro, pesquisador, produtor e apresentador do programa Acervo Origens, na Rádio Nacional FM, e do projeto Forró de Vitrola, Cacai Nunes.'' * "Ele traduziu em palavras a ambiência, a pureza e as tradições do povo nordestino, traduzidas em músicas por Luiz Gonzaga. A volta da Asa Branca, Sabiá e Vem morena são autênticos poemas. É da maior importância celebrar Zé Dantas no centenário dele." :-'' Fonte: <ref name=correio>{{citar web |URL=https://www.correiobraziliense.com.br/diversao-e-arte/2021/02/4909071-parceiro-de-luiz-gonzaga-ze-dantas-completaria-100-anos-neste-sabado.html |título=Parceiro de Luiz Gonzaga, Zé Dantas completaria 100 anos neste sábado |autor=Irlam Rocha Lima |publicação=Correio Braziliense |data=1 de agosto de 2022 }}</ref>'' :-'' Segundo, o violeiro, pesquisador, produtor e apresentador do programa Acervo Origens, na Rádio Nacional FM, e do projeto Forró de Vitrola, Cacai Nunes.'' {{Referências}} == {{Ligações externas}} == * {{Link|pt|2=https://immub.org/compositor/ze-dantas|3=Zé Dantas - O maior catálogo online da música brasileira|4=}} * {{Link|pt|2=https://www.folhape.com.br/cultura/cem-anos-de-ze-dantas-o-doto-da-medicina-e-da-musica-nordestina/174251/|3=Cem anos de Zé Dantas, o 'Dotô' da música nordestina|4=}} {{Arte}} [[Categoria:Compositores do Brasil]] [[Categoria:Folcloristas do Brasil]] [[Categoria:Poetas do Brasil]] [[Categoria:Pessoas mortas]] hchpcntx7hhckj9n74lp5139id2tbh0 Josef Homeyer 0 37871 184841 184777 2022-08-02T21:19:53Z Chico 3 wikitext text/x-wiki {{autor |Foto=Josef_Homeyer_02.jpg |Wikipedia=Josef Homeyer |Wikicommons=Category:Josef Homeyer }} '''[[w:Josef Homeyer|Josef Homeyer]]''' ''([[1 de agosto]] de [[1929]]–[[30 de março]] de [[2010]]) foi um bispo católico alemão. ---- *A União Europeia enfrenta uma crise profunda, o que é desastroso para nós, mas, com a nossa estratégia, as coisas podem começar a melhorar. :- ''Fonte: [http://www.archivioradiovaticana.va/storico/2005/11/21/__episcopados_comunitários_desejam_ter_voz_na_ue__/por-56509 Episcopados comunitários desejam ter voz na UE] (2005) [[Categoria:Bispos católicos da Alemanha]] [[Categoria:Pessoas mortas]] 99b29u3n701ubapiz21775bgyt89pw8 Francesco Sarego 0 37872 184842 184778 2022-08-02T21:30:43Z Chico 3 wikitext text/x-wiki {{autor |Nome= |Wikipedia=Francesco Sarego }} '''[[w:Francesco Sarego|Francesco Sarego]]''' ''([[1 de agosto]] de [[1948]]) é um bispo católico. ---- *Deve-se melhorar a contribuição dos leigos, para a criação de uma Igreja totalmente autóctone. Hoje, a inculturação da fé é ainda mais necessária. O Evangelho não pode ser uma imposição externa, mas deve penetrar no coração do homem e da cultura. Os frutos abundantes vistos nestes 35 anos de serviço na Papua Nova Guiné derivam em grande parte da dedicação dos missionários. :- ''Fonte: [http://fides.org/pt/news/5211-OCEANIA_PAPUA_NOVA_GUINE_70_dos_servicos_educativos_no_pais_e_administrado_pelas_Igrejas_cristas_Trabalhamos_para_construir_uma_Igreja_completamente_autoctone_Dom_Francesco_Sarego_Presidente_da_Conferencia_Episcopal_de_Papua_Nova_Guine_e_Ilhas_Salomao_fala_a_Fides “70% dos serviços educativos no país é administrado pelas Igrejas cristãs. Trabalhamos para construir uma Igreja completamente autóctone”: Dom Francesco Sarego, Presidente da Conferência Episcopal de Papua Nova Guiné e Ilhas Salomão, fala à Fides] (24 de junho de 2005) [[Categoria:Religiosos da Itália]] [[Categoria:Bispos católicos de Papua-Nova Guiné]] [[Categoria:Pessoas vivas]] 4hk1gudn5djqka776tthohk097g9htn Bruno Forte 0 37875 184845 184797 2022-08-02T21:38:10Z Chico 3 wikitext text/x-wiki {{autor |Foto=Bruno_Forte,_2006.jpg |Wikipedia=Bruno Forte |Wikicommons=Category:Bruno Forte }} '''[[w:Bruno Forte|Bruno Forte]]''' ''([[1 de agosto]] de [[1949]]) é um bispo católico italiano e teólogo, atualmente arcebispo de Chieti-Vasto. ---- *Costumo dizer que não haveria Francisco se não tivesse havido o Pontificado corajoso, humilde, fiel de Bento XVI, a reforma espiritual da Igreja, o sentido do primado de Deus que ele tão fortemente imprimiu na vida eclesial. Francisco herdou tudo isso. Com essa herança, ele expressa livremente e com total espontaneidade a sua profunda identidade de homem de Deus, de homem espiritual, de jesuíta, de pessoa que busca viver continuamente na presença de Deus segundo a espiritualidade de Inácio de Loyola. :- ''Fonte: [http://www.archivioradiovaticana.va/storico/2013/09/12/arcebispo_bruno_forte_francisco_nos_ensina_o_que_é_verdadeiramente/bra-728063 Arcebispo Bruno Forte: Francisco nos ensina o que é verdadeiramente diálogo] (2013) [[Categoria:Arcebispos católicos da Itália]] [[Categoria:Pessoas vivas]] 69nruoh1j1pgx8exc9ftbv3smgtkwys Jean-Pierre Bassène 0 37876 184847 184798 2022-08-02T21:57:40Z Chico 3 wikitext text/x-wiki {{autor |Nome= |Wikipedia=Jean-Pierre Bassène }} '''[[w:Jean-Pierre Bassène|Jean-Pierre Bassène]]''' ''([[1 de agosto]] de [[1951]]) é um bispo católico. ---- *O meu chamado ao episcopado realiza-se no contexto da crise em Casamança que perdura e não parece encontrar uma solução. Isso pode levar muitos a um certo cansaço e desânimo. Este lema quer infundir nova coragem e mais uma vez lembrar a todos os homens de boa vontade que tudo é possível para quem acredita em Deus. :- ''Fonte: [http://fides.org/pt/news/32784-AFRICA_SENEGAL_Ziguinchor_celebra_a_ordenacao_de_seu_quarto_Bispo Ziguinchor celebra a ordenação de seu quarto Bispo] (24 de abril de 2012) [[Categoria:Pessoas vivas]] [[Categoria:Bispos católicos do Senegal]] r2osxk3nvd72knpw57r5povyih7sl21 Kenneth Bae 0 37877 184881 184799 2022-08-03T01:36:36Z Chico 3 wikitext text/x-wiki {{autor |Nome=Kenneth Bae |Foto=Kenneth_Bae_en_2014_(cropped).jpg |Wikipedia=Kenneth Bae | Cor = #C0CFE9 }} '''[[w:Kenneth Bae|Kenneth Bae]]''' ''([[1 de agosto]] de [[1962]]) é um missionário cristão evangélico coreano-americano. ---- *Foram dois anos assombrosos. Aprendi muito, cresci muito, perdi muito peso, em um bom sentido. Mas me mantenho firme devido a vocês. :- ''Fonte: [https://www.acidigital.com/noticias/dois-missionarios-presos-na-coreia-do-norte-foram-libertados-72089 Dois missionários presos na Coréia do Norte foram libertados] ( 11 de novembro de 2014) [[Categoria:Pessoas vivas]] [[Categoria:Religiosos da Coreia do Sul]] leca7i9jxu65a02p43z77twg5m40dwo Angel Nacorda Lagdameo 0 37878 184885 184800 2022-08-03T01:52:06Z Chico 3 wikitext text/x-wiki {{autor |Foto=Archbishop_Angel_Lagdameo.jpg |Wikipedia=Angel Nacorda Lagdameo |Wikicommons=Category:Angel Lagdameo }} '''[[w:Angel Nacorda Lagdameo|Angel Nacorda Lagdameo]]''' ''([[2 de agosto]] de [[1940]]–[[8 de julho]] de [[2022]]) foi um arcebispo católico. ---- *Quem vence com o engano, governa com o engano. :- ''Fonte: [http://www.archivioradiovaticana.va/storico/2007/05/15/45_milhões_de_filipinos_votam_hoje/bra-133746 45 MILHÕES DE FILIPINOS VOTAM HOJE] (2007) [[Categoria:Arcebispos católicos das Filipinas]] [[Categoria:Pessoas mortas]] pmuilzh3n8vcx0wpr5sygalkxgdc5x6 Perto do Coração Selvagem 0 37881 184818 184813 2022-08-02T14:53:44Z Leonaardog 15522 wikitext text/x-wiki '''[[w:Perto do Coração Selvagem|Perto do Coração Selvagem]]''' ''é o romance de estreia de [[Clarice Lispector]], o livro foi publicado em [[1943]].'' ---- == Primeira parte == ===O Pai...=== * "A Máquina do Papai batia tac-tac... tac-tac-tac... O relógio acordou em tin-dlen sem poeira. O silêncio arrastou-se zzzzzz. O guarda-roupa dizia o quê? roupa-roupa-roupa. Não, não. Entre o relógio, a máquina e o silêncio havia uma orelha à escuta, grande, cor-derosa e morta. Os três sons estavam ligados pela luz do dia e pelo ranger das folhinhas da árvore que se esfregavam umas nas outras radiantes." :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. P. 1. ISBN 9788532531629'' * "Encostando a testa na vidraça brilhante e fria olhava para o quintal do vizinho, para o grande mundo das galinhas-que-não-sabiam-que-iam-morrer. E podia sentir como se estivesse bem próxima de seu nariz a terra quente, socada, tão cheirosa e seca, onde bem sabia, bem sabia uma ou outra minhoca se espreguiçava antes de ser comida pela galinha que as pessoas iam comer." :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 1. ISBN 9788532531629'' * "Houve um momento grande, parado, sem nada dentro. Dilatou os olhos, esperou. Nada veio. Branco. Mas de repente num estremecimento deram corda no dia e tudo recomeçou a funcionar, a máquina trotando, o cigarro do pai fumegando, o silêncio, as folhinhas, os frangos pelados, a claridade, as coisas revivendo cheias de pressa como uma chaleira a ferver. Só faltava o tin-dlen do relógio que enfeitava tanto. Fechou os olhos, fingiu escutá-lo e ao som da música inexistente e ritmada ergueu-se na ponta dos pés. Deu três passos de dança bem leves, alados." :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 1. ISBN 9788532531629'' * "Então subitamente olhou com desgosto para tudo como se tivesse comido demais daquela mistura. "Oi, oi, oi...", gemeu baixinho cansada e depois pensou: o que vai acontecer agora agora agora? E sempre no pingo de tempo que vinha nada acontecia se ela continuava a esperar o que ia acontecer, compreende?Afastou o pensamento difícil distraindo-se com um movimento do pé descalço no assoalho de madeira poeirento. Esfregou o pé espiando de través para o pai, aguardando seu olhar impaciente e nervoso. Nada veio porém. Nada. Difícil aspirar as pessoas como o aspirador de pó. :— Papai, inventei uma poesia. :— Como é o nome? — Eu e o sol. — Sem esperar muito recitou: — "As galinhas que estão no quintal já comeram duas minhocas mas eu não vi". :— Sim? Que é que você e o sol têm a ver com a poesia? Ela olhou-o um segundo. Ele não compreendera... :— O sol está em cima das minhocas, papai, e eu fiz a poesia e não vi as minhocas... — Pausa. :— Posso inventar outra agora mesmo: "Ó sol, vem brincar comigo". Outra maior: "Vi uma nuvem pequena coitada da minhoca acho que ela não viu". :— Lindas, pequena, lindas. Gomo é que se faz uma poesia tão bonita? :— Não é difícil, é só ir dizendo. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. P. 1. ISBN 9788532531629'' * Já vestira a boneca, já a despira, imaginara-a indo a uma festa onde brilhava entre todas as outras filhas. Um carro azul atravessava o corpo de Aríete, matava-a. Depois vinha a fada e a filha vivia de novo. A filha, a fada, o carro azul não eram senão Joana, do contrário seria pau a brincadeira. Sempre arranjava um jeito de se colocar no papel principal exatamente quando os acontecimentos iluminavam uma ou outra figura. Trabalhava séria, calada, os braços ao longo do corpo. Não precisava aproximar-se de Aríete para brincar com ela. De longe mesmo possuía as coisas. Divertiu-se com os papelões. Olhava-os um instante e cada papelão era um aluno. Joana era a professora. Um deles bom e outro mau. Sim, sim, e daí? E agora agora agora? E sempre nada vinha se ela... pronto. Inventou um homenzinho do tamanho do fura-bolos, de calça comprida e laço de gravata. Ela usava-o no bolso da farda de colégio. O homenzinho era uma pérola de bom, uma pérola de gravata, tinha a voz grossa e dizia de dentro do bolso: "Majestade Joana, podeis me escutardes um minuto, só um minuto podereis interromperdes vossa sempre ocupação?" E declarava depois: "Sou vosso servo, princesa. É só mandar que eu faço". :— Papai, que é que eu faço? :— Vá estudar. :— Já estudei. :— Vá brincar. — Já brinquei. :— Então não amole. Deu um corrupio e parou, espiando sem curiosidade as paredes e o teto que rodavam e se desmanchavam. Andou na ponta dos pés só pisando as tábuas escuras. Fechou os olhos e caminhou, as mãos estendidas, até encontrar um móvel. Entre ela e os objetos havia alguma coisa, mas quando agarrava essa coisa na mão, como a uma mosca, e depois espiava — mesmo tomando cuidado para que nada escapasse — só encontrava a própria mão, rósea e desapontada. Sim, eu sei o ar, o ar! Mas não adiantava, não explicava. Esse era um de seus segredos. Nunca se permitiria contar, mesmo a papai, que não conseguia pegar "a coisa". Tudo o que mais valia exatamente ela não podia contar. Só falava tolices com as pessoas. Quando dizia a Rute, por exemplo, alguns segredos, ficava depois com raiva de Rute. O melhor era mesmo calar. Outra coisa: se tinha alguma dor e se enquanto doía ela olhava os ponteiros do relógio, via então que os minutos contados no relógio iam passando e a dor continuava doendo. Ou senão, mesmo quando não lhe doía nada, se ficava defronte do relógio espiando, o que ela não estava sentindo também era maior que os minutos contados no relógio. Agora, quando acontecia uma alegria ou uma raiva, corria para o relógio e observava os segundos em vão. Foi à janela, riscou uma cruz no parapeito e cuspiu fora em linha reta. Se cuspisse mais uma vez — agora só poderia à noite — o desastre não aconteceria e Deus seria tão amigo dela, mas tão amigo que... que o quê? :— Papai, que é que eu faço? :— Eu já lhe disse: vá brincar e me deixe! :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 7-8. ISBN 9788532531629'' ::— Mas eu já brinquei, juro. Papai riu: — Mas brincar não termina... :— Termina sim. :— Invente outro brinquedo. :— Não quero brincar nem estudar. :— Quer fazer o quê então? Joana meditou: — Nada do que sei... :— Quer voar?, pergunta papai distraído. :— Não, responde Joana. — Pausa. — Que é que eu faço? Papai troveja dessa vez: — Bata com a cabeça na parede! Ela se afasta fazendo uma trancinha nos cabelos escorridos. Nunca nunca nunca sim sim, canta baixinho. Aprendeu a trançar um dia desses. Vai para a mesinha dos livros, brinca com eles olhando-os a distância. Dona de casa marido filhos, verde é homem, branco é mulher, encarnado pode ser filho ou filha. "Nunca" é homem ou mulher? Por que "nunca" não é filho nem filha? E "sim"? Oh, tinha muitas coisas inteiramente impossíveis. Podia-se ficar tardes inteiras pensando. Por exemplo: quem disse pela primeira vez assim: nunca? Papai termina o trabalho e vai encontrá la sentada chorando. :— Mas que é isso, menininha? — pega-a nos braços, olha sem susto o rostinho ardente e triste. :— O que é isso? :— Não tenho nada o que fazer. Nunca nunca sim sim. Tudo era como o barulho do bonde antes de adormecer, até que se sente um pouco de medo e se dorme. A boca da máquina fechara como uma boca de velha, mas vinha aquilo apertando seu coração como o barulho do bonde; só que ela não ia adormecer. Era o abraço do pai. O pai medita um instante. Mas ninguém pode fazer alguma coisa pelos outros, ajuda-se. Anda tão solta a criança, tão magrinha e precoce... Respira apressado, balança a cabeça. Um ovinho, é isso, um ovinho vivo. O que vai ser de Joana? :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 9. ISBN 9788532531629'' == O Dia de Joana == * A certeza de que dou para o mal, pensava Joana. O que seria então aquela sensação de força contida, pronta para rebentar em violência, aquela sede de empregá-la de olhos fechados, inteira, com a segurança irrefletida de uma fera? Não era no mal apenas que alguém podia respirar sem medo, aceitando o ar e os pulmões? Nem o prazer me daria tanto prazer quanto o mal, pensava ela surpreendida. Sentia dentro de si um animal perfeito, cheio de inconsequências, de egoísmo e vitalidade. Lembrou-se do marido que possivelmente a desconheceria nessa ideia. Tentou relembrar a figura de Otávio. Mal, porém, sentia que ele saíra de casa, ela se transformava, concentrava-se em si mesma e, como se apenas tivesse sido interrompida por ele, continuava lentamente a viver o fio da infância, esquecia-o e movia-se pelos aposentos profundamente só. Do bairro quieto, das casas afastadas, não lhe chegavam ruídos. E, livre, nem ela mesma sabia o que pensava. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 10. ISBN 9788532531629'' =={{Ligações externas}}== {{Wikipédia}} [[Categoria:Livros do Brasil]] {{Arte}} ilud9cgfhwb9ljnpmzmz3sgjb4wm98s 184820 184818 2022-08-02T15:12:26Z Leonaardog 15522 wikitext text/x-wiki '''[[w:Perto do Coração Selvagem|Perto do Coração Selvagem]]''' ''é o romance de estreia de [[Clarice Lispector]], o livro foi publicado em [[1943]].'' ---- == Primeira parte == ===O Pai...=== * "A Máquina do Papai batia tac-tac... tac-tac-tac... O relógio acordou em tin-dlen sem poeira. O silêncio arrastou-se zzzzzz. O guarda-roupa dizia o quê? roupa-roupa-roupa. Não, não. Entre o relógio, a máquina e o silêncio havia uma orelha à escuta, grande, cor-derosa e morta. Os três sons estavam ligados pela luz do dia e pelo ranger das folhinhas da árvore que se esfregavam umas nas outras radiantes." :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 1. ISBN 9788532531629'' * "Encostando a testa na vidraça brilhante e fria olhava para o quintal do vizinho, para o grande mundo das galinhas-que-não-sabiam-que-iam-morrer. E podia sentir como se estivesse bem próxima de seu nariz a terra quente, socada, tão cheirosa e seca, onde bem sabia, bem sabia uma ou outra minhoca se espreguiçava antes de ser comida pela galinha que as pessoas iam comer." :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 1. ISBN 9788532531629'' * "Houve um momento grande, parado, sem nada dentro. Dilatou os olhos, esperou. Nada veio. Branco. Mas de repente num estremecimento deram corda no dia e tudo recomeçou a funcionar, a máquina trotando, o cigarro do pai fumegando, o silêncio, as folhinhas, os frangos pelados, a claridade, as coisas revivendo cheias de pressa como uma chaleira a ferver. Só faltava o tin-dlen do relógio que enfeitava tanto. Fechou os olhos, fingiu escutá-lo e ao som da música inexistente e ritmada ergueu-se na ponta dos pés. Deu três passos de dança bem leves, alados." :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 1. ISBN 9788532531629'' * "Então subitamente olhou com desgosto para tudo como se tivesse comido demais daquela mistura. "Oi, oi, oi...", gemeu baixinho cansada e depois pensou: o que vai acontecer agora agora agora? E sempre no pingo de tempo que vinha nada acontecia se ela continuava a esperar o que ia acontecer, compreende?Afastou o pensamento difícil distraindo-se com um movimento do pé descalço no assoalho de madeira poeirento. Esfregou o pé espiando de través para o pai, aguardando seu olhar impaciente e nervoso. Nada veio porém. Nada. Difícil aspirar as pessoas como o aspirador de pó. :— Papai, inventei uma poesia. :— Como é o nome? — Eu e o sol. — Sem esperar muito recitou: — "As galinhas que estão no quintal já comeram duas minhocas mas eu não vi". :— Sim? Que é que você e o sol têm a ver com a poesia? Ela olhou-o um segundo. Ele não compreendera... :— O sol está em cima das minhocas, papai, e eu fiz a poesia e não vi as minhocas... — Pausa. :— Posso inventar outra agora mesmo: "Ó sol, vem brincar comigo". Outra maior: "Vi uma nuvem pequena coitada da minhoca acho que ela não viu". :— Lindas, pequena, lindas. Gomo é que se faz uma poesia tão bonita? :— Não é difícil, é só ir dizendo. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 1. ISBN 9788532531629'' * Já vestira a boneca, já a despira, imaginara-a indo a uma festa onde brilhava entre todas as outras filhas. Um carro azul atravessava o corpo de Aríete, matava-a. Depois vinha a fada e a filha vivia de novo. A filha, a fada, o carro azul não eram senão Joana, do contrário seria pau a brincadeira. Sempre arranjava um jeito de se colocar no papel principal exatamente quando os acontecimentos iluminavam uma ou outra figura. Trabalhava séria, calada, os braços ao longo do corpo. Não precisava aproximar-se de Aríete para brincar com ela. De longe mesmo possuía as coisas. Divertiu-se com os papelões. Olhava-os um instante e cada papelão era um aluno. Joana era a professora. Um deles bom e outro mau. Sim, sim, e daí? E agora agora agora? E sempre nada vinha se ela... pronto. Inventou um homenzinho do tamanho do fura-bolos, de calça comprida e laço de gravata. Ela usava-o no bolso da farda de colégio. O homenzinho era uma pérola de bom, uma pérola de gravata, tinha a voz grossa e dizia de dentro do bolso: "Majestade Joana, podeis me escutardes um minuto, só um minuto podereis interromperdes vossa sempre ocupação?" E declarava depois: "Sou vosso servo, princesa. É só mandar que eu faço". :— Papai, que é que eu faço? :— Vá estudar. :— Já estudei. :— Vá brincar. — Já brinquei. :— Então não amole. Deu um corrupio e parou, espiando sem curiosidade as paredes e o teto que rodavam e se desmanchavam. Andou na ponta dos pés só pisando as tábuas escuras. Fechou os olhos e caminhou, as mãos estendidas, até encontrar um móvel. Entre ela e os objetos havia alguma coisa, mas quando agarrava essa coisa na mão, como a uma mosca, e depois espiava — mesmo tomando cuidado para que nada escapasse — só encontrava a própria mão, rósea e desapontada. Sim, eu sei o ar, o ar! Mas não adiantava, não explicava. Esse era um de seus segredos. Nunca se permitiria contar, mesmo a papai, que não conseguia pegar "a coisa". Tudo o que mais valia exatamente ela não podia contar. Só falava tolices com as pessoas. Quando dizia a Rute, por exemplo, alguns segredos, ficava depois com raiva de Rute. O melhor era mesmo calar. Outra coisa: se tinha alguma dor e se enquanto doía ela olhava os ponteiros do relógio, via então que os minutos contados no relógio iam passando e a dor continuava doendo. Ou senão, mesmo quando não lhe doía nada, se ficava defronte do relógio espiando, o que ela não estava sentindo também era maior que os minutos contados no relógio. Agora, quando acontecia uma alegria ou uma raiva, corria para o relógio e observava os segundos em vão. Foi à janela, riscou uma cruz no parapeito e cuspiu fora em linha reta. Se cuspisse mais uma vez — agora só poderia à noite — o desastre não aconteceria e Deus seria tão amigo dela, mas tão amigo que... que o quê? :— Papai, que é que eu faço? :— Eu já lhe disse: vá brincar e me deixe! :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 7-8. ISBN 9788532531629'' ::— Mas eu já brinquei, juro. Papai riu: — Mas brincar não termina... :— Termina sim. :— Invente outro brinquedo. :— Não quero brincar nem estudar. :— Quer fazer o quê então? Joana meditou: — Nada do que sei... :— Quer voar?, pergunta papai distraído. :— Não, responde Joana. — Pausa. — Que é que eu faço? Papai troveja dessa vez: — Bata com a cabeça na parede! Ela se afasta fazendo uma trancinha nos cabelos escorridos. Nunca nunca nunca sim sim, canta baixinho. Aprendeu a trançar um dia desses. Vai para a mesinha dos livros, brinca com eles olhando-os a distância. Dona de casa marido filhos, verde é homem, branco é mulher, encarnado pode ser filho ou filha. "Nunca" é homem ou mulher? Por que "nunca" não é filho nem filha? E "sim"? Oh, tinha muitas coisas inteiramente impossíveis. Podia-se ficar tardes inteiras pensando. Por exemplo: quem disse pela primeira vez assim: nunca? Papai termina o trabalho e vai encontrá la sentada chorando. :— Mas que é isso, menininha? — pega-a nos braços, olha sem susto o rostinho ardente e triste. :— O que é isso? :— Não tenho nada o que fazer. Nunca nunca sim sim. Tudo era como o barulho do bonde antes de adormecer, até que se sente um pouco de medo e se dorme. A boca da máquina fechara como uma boca de velha, mas vinha aquilo apertando seu coração como o barulho do bonde; só que ela não ia adormecer. Era o abraço do pai. O pai medita um instante. Mas ninguém pode fazer alguma coisa pelos outros, ajuda-se. Anda tão solta a criança, tão magrinha e precoce... Respira apressado, balança a cabeça. Um ovinho, é isso, um ovinho vivo. O que vai ser de Joana? :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 9. ISBN 9788532531629'' == O Dia de Joana == * A certeza de que dou para o mal, pensava Joana. O que seria então aquela sensação de força contida, pronta para rebentar em violência, aquela sede de empregá-la de olhos fechados, inteira, com a segurança irrefletida de uma fera? Não era no mal apenas que alguém podia respirar sem medo, aceitando o ar e os pulmões? Nem o prazer me daria tanto prazer quanto o mal, pensava ela surpreendida. Sentia dentro de si um animal perfeito, cheio de inconsequências, de egoísmo e vitalidade. Lembrou-se do marido que possivelmente a desconheceria nessa ideia. Tentou relembrar a figura de Otávio. Mal, porém, sentia que ele saíra de casa, ela se transformava, concentrava-se em si mesma e, como se apenas tivesse sido interrompida por ele, continuava lentamente a viver o fio da infância, esquecia-o e movia-se pelos aposentos profundamente só. Do bairro quieto, das casas afastadas, não lhe chegavam ruídos. E, livre, nem ela mesma sabia o que pensava. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 10. ISBN 9788532531629'' * Sim, ela sentia dentro de si um animal perfeito. Repugnava-lhe deixar um dia esse animal solto. Por medo talvez da falta de estética. Ou receio de alguma revelação... Não, não, — repetia-se ela — é preciso não ter medo de criar. No fundo de tudo possivelmente o animal repugnava-lhe porque ainda havia nela o desejo de agradar e de ser amada por alguém poderoso como a tia morta. Para depois no entanto pisá-la, repudiá-la sem contemplações. Porque a melhor frase, sempre ainda a mais jovem, era: a bondade me dá ânsias de vomitar. A bondade era morna e leve, cheirava a carne crua guardada há muito tempo. Sem apodrecer inteiramente apesar de tudo. Refrescavam-na de quando em quando, botavam um pouco de tempero, o suficiente para conservá-la um pedaço de carne morna e quieta. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 10. ISBN 9788532531629'' * Um dia, antes de casar, quando sua tia ainda vivia, vira um homem guloso comendo. Espiara seus olhos arregalados, brilhantes e estúpidos, tentando não perder o menor gosto do alimento. E as mãos, as mãos. Uma delas segurando o garfo espetado num pedaço de carne sangrenta — não morna e quieta, mas vivíssima, irônica, imoral —, a outra crispando-se na toalha, arranhando-a nervosa na ânsia de já comer novo bocado. As pernas sob a mesa marcavam compasso a uma música inaudível, a música do diabo, de pura e incontida violência. A ferocidade, a riqueza de sua cor... Avermelhada nos lábios e na base do nariz, pálida e azulada sob os olhos miúdos. Joana estremecera arrepiada diante de seu pobre café. Mas não saberia depois se fora por repugnância ou por fascínio e voluptuosidade. Por ambos certamente. Sabia que o homem era uma força. Não se sentia capaz de comer como ele, era naturalmente sóbria, mas a demonstração a perturbava. Emocionava-a também ler as histórias terríveis dos dramas onde a maldade era fria e intensa como um banho de gelo. Como se visse alguém beber água e descobrisse que tinha sede, sede profunda e velha. Talvez fosse apenas falta de vida: estava vivendo menos do que podia e imaginava que sua sede pedisse inundações. Talvez apenas alguns goles... Ah, eis uma lição, eis uma lição, diria a tia: nunca ir adiante, nunca roubar antes de saber se o que você quer roubar existe em alguma parte honestamente reservado para você. Ou não? Roubar torna tudo mais valioso. O gosto do mal — mastigar vermelho, engolir fogo adocicado. Não acusar-me. Buscar a base do egoísmo: tudo o que não sou não pode me interessar, há impossibilidade de ser além do que se é — no entanto eu me ultrapasso mesmo sem o delírio, sou mais do que eu quase normalmente —; tenho um corpo e tudo o que eu fizer é continuação de meu começo; se a civilização dos Maias não me interessa é porque nada tenho dentro de mim que se possa unir aos seus baixos-relevos; aceito tudo o que vem de mim porque não tenho conhecimento das causas e é possível que esteja pisando no vital sem saber; é essa a minha maior humildade, adivinhava ela. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 10. ISBN 9788532531629'' =={{Ligações externas}}== {{Wikipédia}} [[Categoria:Livros do Brasil]] {{Arte}} hp64i3ad8k96osdwhf6d4n2r1ultcjs 184846 184820 2022-08-02T21:39:43Z Leonaardog 15522 /* O Dia de Joana */ wikitext text/x-wiki '''[[w:Perto do Coração Selvagem|Perto do Coração Selvagem]]''' ''é o romance de estreia de [[Clarice Lispector]], o livro foi publicado em [[1943]].'' ---- == Primeira parte == ===O Pai...=== * "A Máquina do Papai batia tac-tac... tac-tac-tac... O relógio acordou em tin-dlen sem poeira. O silêncio arrastou-se zzzzzz. O guarda-roupa dizia o quê? roupa-roupa-roupa. Não, não. Entre o relógio, a máquina e o silêncio havia uma orelha à escuta, grande, cor-derosa e morta. Os três sons estavam ligados pela luz do dia e pelo ranger das folhinhas da árvore que se esfregavam umas nas outras radiantes." :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 1. ISBN 9788532531629'' * "Encostando a testa na vidraça brilhante e fria olhava para o quintal do vizinho, para o grande mundo das galinhas-que-não-sabiam-que-iam-morrer. E podia sentir como se estivesse bem próxima de seu nariz a terra quente, socada, tão cheirosa e seca, onde bem sabia, bem sabia uma ou outra minhoca se espreguiçava antes de ser comida pela galinha que as pessoas iam comer." :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 1. ISBN 9788532531629'' * "Houve um momento grande, parado, sem nada dentro. Dilatou os olhos, esperou. Nada veio. Branco. Mas de repente num estremecimento deram corda no dia e tudo recomeçou a funcionar, a máquina trotando, o cigarro do pai fumegando, o silêncio, as folhinhas, os frangos pelados, a claridade, as coisas revivendo cheias de pressa como uma chaleira a ferver. Só faltava o tin-dlen do relógio que enfeitava tanto. Fechou os olhos, fingiu escutá-lo e ao som da música inexistente e ritmada ergueu-se na ponta dos pés. Deu três passos de dança bem leves, alados." :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 1. ISBN 9788532531629'' * "Então subitamente olhou com desgosto para tudo como se tivesse comido demais daquela mistura. "Oi, oi, oi...", gemeu baixinho cansada e depois pensou: o que vai acontecer agora agora agora? E sempre no pingo de tempo que vinha nada acontecia se ela continuava a esperar o que ia acontecer, compreende?Afastou o pensamento difícil distraindo-se com um movimento do pé descalço no assoalho de madeira poeirento. Esfregou o pé espiando de través para o pai, aguardando seu olhar impaciente e nervoso. Nada veio porém. Nada. Difícil aspirar as pessoas como o aspirador de pó. :— Papai, inventei uma poesia. :— Como é o nome? — Eu e o sol. — Sem esperar muito recitou: — "As galinhas que estão no quintal já comeram duas minhocas mas eu não vi". :— Sim? Que é que você e o sol têm a ver com a poesia? Ela olhou-o um segundo. Ele não compreendera... :— O sol está em cima das minhocas, papai, e eu fiz a poesia e não vi as minhocas... — Pausa. :— Posso inventar outra agora mesmo: "Ó sol, vem brincar comigo". Outra maior: "Vi uma nuvem pequena coitada da minhoca acho que ela não viu". :— Lindas, pequena, lindas. Gomo é que se faz uma poesia tão bonita? :— Não é difícil, é só ir dizendo. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 1. ISBN 9788532531629'' * Já vestira a boneca, já a despira, imaginara-a indo a uma festa onde brilhava entre todas as outras filhas. Um carro azul atravessava o corpo de Aríete, matava-a. Depois vinha a fada e a filha vivia de novo. A filha, a fada, o carro azul não eram senão Joana, do contrário seria pau a brincadeira. Sempre arranjava um jeito de se colocar no papel principal exatamente quando os acontecimentos iluminavam uma ou outra figura. Trabalhava séria, calada, os braços ao longo do corpo. Não precisava aproximar-se de Aríete para brincar com ela. De longe mesmo possuía as coisas. Divertiu-se com os papelões. Olhava-os um instante e cada papelão era um aluno. Joana era a professora. Um deles bom e outro mau. Sim, sim, e daí? E agora agora agora? E sempre nada vinha se ela... pronto. Inventou um homenzinho do tamanho do fura-bolos, de calça comprida e laço de gravata. Ela usava-o no bolso da farda de colégio. O homenzinho era uma pérola de bom, uma pérola de gravata, tinha a voz grossa e dizia de dentro do bolso: "Majestade Joana, podeis me escutardes um minuto, só um minuto podereis interromperdes vossa sempre ocupação?" E declarava depois: "Sou vosso servo, princesa. É só mandar que eu faço". :— Papai, que é que eu faço? :— Vá estudar. :— Já estudei. :— Vá brincar. — Já brinquei. :— Então não amole. Deu um corrupio e parou, espiando sem curiosidade as paredes e o teto que rodavam e se desmanchavam. Andou na ponta dos pés só pisando as tábuas escuras. Fechou os olhos e caminhou, as mãos estendidas, até encontrar um móvel. Entre ela e os objetos havia alguma coisa, mas quando agarrava essa coisa na mão, como a uma mosca, e depois espiava — mesmo tomando cuidado para que nada escapasse — só encontrava a própria mão, rósea e desapontada. Sim, eu sei o ar, o ar! Mas não adiantava, não explicava. Esse era um de seus segredos. Nunca se permitiria contar, mesmo a papai, que não conseguia pegar "a coisa". Tudo o que mais valia exatamente ela não podia contar. Só falava tolices com as pessoas. Quando dizia a Rute, por exemplo, alguns segredos, ficava depois com raiva de Rute. O melhor era mesmo calar. Outra coisa: se tinha alguma dor e se enquanto doía ela olhava os ponteiros do relógio, via então que os minutos contados no relógio iam passando e a dor continuava doendo. Ou senão, mesmo quando não lhe doía nada, se ficava defronte do relógio espiando, o que ela não estava sentindo também era maior que os minutos contados no relógio. Agora, quando acontecia uma alegria ou uma raiva, corria para o relógio e observava os segundos em vão. Foi à janela, riscou uma cruz no parapeito e cuspiu fora em linha reta. Se cuspisse mais uma vez — agora só poderia à noite — o desastre não aconteceria e Deus seria tão amigo dela, mas tão amigo que... que o quê? :— Papai, que é que eu faço? :— Eu já lhe disse: vá brincar e me deixe! :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 7-8. ISBN 9788532531629'' ::— Mas eu já brinquei, juro. Papai riu: — Mas brincar não termina... :— Termina sim. :— Invente outro brinquedo. :— Não quero brincar nem estudar. :— Quer fazer o quê então? Joana meditou: — Nada do que sei... :— Quer voar?, pergunta papai distraído. :— Não, responde Joana. — Pausa. — Que é que eu faço? Papai troveja dessa vez: — Bata com a cabeça na parede! Ela se afasta fazendo uma trancinha nos cabelos escorridos. Nunca nunca nunca sim sim, canta baixinho. Aprendeu a trançar um dia desses. Vai para a mesinha dos livros, brinca com eles olhando-os a distância. Dona de casa marido filhos, verde é homem, branco é mulher, encarnado pode ser filho ou filha. "Nunca" é homem ou mulher? Por que "nunca" não é filho nem filha? E "sim"? Oh, tinha muitas coisas inteiramente impossíveis. Podia-se ficar tardes inteiras pensando. Por exemplo: quem disse pela primeira vez assim: nunca? Papai termina o trabalho e vai encontrá la sentada chorando. :— Mas que é isso, menininha? — pega-a nos braços, olha sem susto o rostinho ardente e triste. :— O que é isso? :— Não tenho nada o que fazer. Nunca nunca sim sim. Tudo era como o barulho do bonde antes de adormecer, até que se sente um pouco de medo e se dorme. A boca da máquina fechara como uma boca de velha, mas vinha aquilo apertando seu coração como o barulho do bonde; só que ela não ia adormecer. Era o abraço do pai. O pai medita um instante. Mas ninguém pode fazer alguma coisa pelos outros, ajuda-se. Anda tão solta a criança, tão magrinha e precoce... Respira apressado, balança a cabeça. Um ovinho, é isso, um ovinho vivo. O que vai ser de Joana? :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 9. ISBN 9788532531629'' == O Dia de Joana == * A certeza de que dou para o mal, pensava Joana. O que seria então aquela sensação de força contida, pronta para rebentar em violência, aquela sede de empregá-la de olhos fechados, inteira, com a segurança irrefletida de uma fera? Não era no mal apenas que alguém podia respirar sem medo, aceitando o ar e os pulmões? Nem o prazer me daria tanto prazer quanto o mal, pensava ela surpreendida. Sentia dentro de si um animal perfeito, cheio de inconsequências, de egoísmo e vitalidade. Lembrou-se do marido que possivelmente a desconheceria nessa ideia. Tentou relembrar a figura de Otávio. Mal, porém, sentia que ele saíra de casa, ela se transformava, concentrava-se em si mesma e, como se apenas tivesse sido interrompida por ele, continuava lentamente a viver o fio da infância, esquecia-o e movia-se pelos aposentos profundamente só. Do bairro quieto, das casas afastadas, não lhe chegavam ruídos. E, livre, nem ela mesma sabia o que pensava. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 10. ISBN 9788532531629'' * Sim, ela sentia dentro de si um animal perfeito. Repugnava-lhe deixar um dia esse animal solto. Por medo talvez da falta de estética. Ou receio de alguma revelação... Não, não, — repetia-se ela — é preciso não ter medo de criar. No fundo de tudo possivelmente o animal repugnava-lhe porque ainda havia nela o desejo de agradar e de ser amada por alguém poderoso como a tia morta. Para depois no entanto pisá-la, repudiá-la sem contemplações. Porque a melhor frase, sempre ainda a mais jovem, era: a bondade me dá ânsias de vomitar. A bondade era morna e leve, cheirava a carne crua guardada há muito tempo. Sem apodrecer inteiramente apesar de tudo. Refrescavam-na de quando em quando, botavam um pouco de tempero, o suficiente para conservá-la um pedaço de carne morna e quieta. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 10. ISBN 9788532531629'' * Um dia, antes de casar, quando sua tia ainda vivia, vira um homem guloso comendo. Espiara seus olhos arregalados, brilhantes e estúpidos, tentando não perder o menor gosto do alimento. E as mãos, as mãos. Uma delas segurando o garfo espetado num pedaço de carne sangrenta — não morna e quieta, mas vivíssima, irônica, imoral —, a outra crispando-se na toalha, arranhando-a nervosa na ânsia de já comer novo bocado. As pernas sob a mesa marcavam compasso a uma música inaudível, a música do diabo, de pura e incontida violência. A ferocidade, a riqueza de sua cor... Avermelhada nos lábios e na base do nariz, pálida e azulada sob os olhos miúdos. Joana estremecera arrepiada diante de seu pobre café. Mas não saberia depois se fora por repugnância ou por fascínio e voluptuosidade. Por ambos certamente. Sabia que o homem era uma força. Não se sentia capaz de comer como ele, era naturalmente sóbria, mas a demonstração a perturbava. Emocionava-a também ler as histórias terríveis dos dramas onde a maldade era fria e intensa como um banho de gelo. Como se visse alguém beber água e descobrisse que tinha sede, sede profunda e velha. Talvez fosse apenas falta de vida: estava vivendo menos do que podia e imaginava que sua sede pedisse inundações. Talvez apenas alguns goles... Ah, eis uma lição, eis uma lição, diria a tia: nunca ir adiante, nunca roubar antes de saber se o que você quer roubar existe em alguma parte honestamente reservado para você. Ou não? Roubar torna tudo mais valioso. O gosto do mal — mastigar vermelho, engolir fogo adocicado. Não acusar-me. Buscar a base do egoísmo: tudo o que não sou não pode me interessar, há impossibilidade de ser além do que se é — no entanto eu me ultrapasso mesmo sem o delírio, sou mais do que eu quase normalmente —; tenho um corpo e tudo o que eu fizer é continuação de meu começo; se a civilização dos Maias não me interessa é porque nada tenho dentro de mim que se possa unir aos seus baixos-relevos; aceito tudo o que vem de mim porque não tenho conhecimento das causas e é possível que esteja pisando no vital sem saber; é essa a minha maior humildade, adivinhava ela. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 10. ISBN 9788532531629'' * O pior é que ela poderia riscar tudo o que pensara. Seus pensamentos eram, depois de erguidos, estátuas no jardim e ela passava pelo jardim olhando e seguindo o seu caminho. Estava alegre nesse dia, bonita também. Um pouco de febre também. Por que esse romantismo: um pouco de febre? Mas a verdade é que tenho mesmo: olhos brilhantes, essa força e essa fraqueza, batidas desordenadas do coração. Quando a brisa leve, a brisa de verão, batia no seu corpo, todo ele estremecia de frio e calor. E então ela pensava muito rapidamente, sem poder parar de inventar. É porque estou muito nova ainda e sempre que me tocam ou não me tocam, sinto — refletia. Pensar agora, por exemplo, em regatos louros. Exatamente porque não existem regatos louros, compreende? assim se foge. Sim, mas os dourados de sol, louros de certo modo... Quer dizer que na verdade não imaginei. Sempre a mesma queda: nem o mal nem a imaginação. No primeiro, no centro final, a sensação simples e sem adjetivos, tão cega quanto uma pedra rolando. Na imaginação, que só ela tem a força do mal, apenas a visão engrandecida e transformada: sob ela a verdade impassível. Mente-se e cai-se na verdade. Mesmo na liberdade, quando escolhia alegre novas veredas, reconhecia-as depois. Ser livre era seguir-se afinal, e eis de novo o caminho traçado. Ela só veria o que já possuía dentro de si. Perdido pois o gosto de imaginar. E o dia em que chorei? — havia certo desejo de mentir também — estudava matemática e subitamente senti a impossibilidade tremenda e fria do milagre. Olho por essa janela e a única verdade, a verdade que eu não poderia dizer àquele homem, abordando-o, sem que ele fugisse de mim, a única verdade é que vivo. Sinceramente, eu vivo. Quem sou? Bem, isso já é demais. Lembro-me de um estudo cromático de Bach e perco a inteligência. Ele é frio e puro como gelo, no entanto pode-se dormir sobre ele. Perco a consciência, mas não importa, encontro a maior serenidade na alucinação. É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. Ou pelo menos o que me faz agir não é o que eu sinto mas o que eu digo. Sinto quem sou e a impressão está alojada na parte alta do cérebro, nos lábios — na língua principalmente —, na superfície dos braços e também correndo dentro, bem dentro do meu corpo, mas onde, onde mesmo, eu não sei dizer. O gosto é cinzento, um pouco avermelhado, nos pedaços velhos um pouco azulado, e move-se como gelatina, vagarosamente. Às vezes torna-se agudo e me fere, chocando-se comigo. Muito bem, agora pensar em céu azul, por exemplo. Mas sobretudo donde vem essa certeza de estar vivendo? Não, não passo bem. Pois ninguém se faz essas perguntas e eu... Mas é que basta silenciar para só enxergar, abaixo de todas as realidades, a única irredutível, a da existência. E abaixo de todas as dúvidas — o estudo cromático — sei que tudo é perfeito, porque seguiu de escala a escala o caminho fatal em relação a si mesmo. Nada escapa à perfeição das coisas, é essa a história de tudo. Mas isso não explica por que eu me emociono quando Otávio tosse e põe a mão no peito, assim. Ou senão quando fuma, e a cinza cai no seu bigode, sem que ele note. Ah, piedade é o que sinto então. Piedade é a minha forma de amor. De ódio e de comunicação. É o que me sustenta contra o mundo, assim como alguém vive pelo desejo, outro pelo medo. Piedade das coisas que acontecem sem que eu saiba. Mas estou cansada, apesar de minha alegria de hoje, alegria que não se sabe de onde vem, como a da manhãzinha de verão. Estou cansada, agora agudamente! Vamos chorar juntos, baixinho. Por ter sofrido e continuar tão docemente. A dor cansada numa lágrima simplificada. Mas agora já é desejo de poesia, isso eu confesso, Deus. Durmamos de mãos dadas. O mundo rola e em alguma parte há coisas que não conheço. Durmamos sobre Deus e o mistério, nave quieta e frágil flutuando sobre o mar, eis o sono. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 11. ISBN 9788532531629'' =={{Ligações externas}}== {{Wikipédia}} [[Categoria:Livros do Brasil]] {{Arte}} 4mokf4ucldwkkb9l6nh7lvblruqyh9v 184849 184846 2022-08-02T22:27:59Z Leonaardog 15522 /* O Dia de Joana */ wikitext text/x-wiki '''[[w:Perto do Coração Selvagem|Perto do Coração Selvagem]]''' ''é o romance de estreia de [[Clarice Lispector]], o livro foi publicado em [[1943]].'' ---- == Primeira parte == ===O Pai...=== * "A Máquina do Papai batia tac-tac... tac-tac-tac... O relógio acordou em tin-dlen sem poeira. O silêncio arrastou-se zzzzzz. O guarda-roupa dizia o quê? roupa-roupa-roupa. Não, não. Entre o relógio, a máquina e o silêncio havia uma orelha à escuta, grande, cor-derosa e morta. Os três sons estavam ligados pela luz do dia e pelo ranger das folhinhas da árvore que se esfregavam umas nas outras radiantes." :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 1. ISBN 9788532531629'' * "Encostando a testa na vidraça brilhante e fria olhava para o quintal do vizinho, para o grande mundo das galinhas-que-não-sabiam-que-iam-morrer. E podia sentir como se estivesse bem próxima de seu nariz a terra quente, socada, tão cheirosa e seca, onde bem sabia, bem sabia uma ou outra minhoca se espreguiçava antes de ser comida pela galinha que as pessoas iam comer." :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 1. ISBN 9788532531629'' * "Houve um momento grande, parado, sem nada dentro. Dilatou os olhos, esperou. Nada veio. Branco. Mas de repente num estremecimento deram corda no dia e tudo recomeçou a funcionar, a máquina trotando, o cigarro do pai fumegando, o silêncio, as folhinhas, os frangos pelados, a claridade, as coisas revivendo cheias de pressa como uma chaleira a ferver. Só faltava o tin-dlen do relógio que enfeitava tanto. Fechou os olhos, fingiu escutá-lo e ao som da música inexistente e ritmada ergueu-se na ponta dos pés. Deu três passos de dança bem leves, alados." :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 1. ISBN 9788532531629'' * "Então subitamente olhou com desgosto para tudo como se tivesse comido demais daquela mistura. "Oi, oi, oi...", gemeu baixinho cansada e depois pensou: o que vai acontecer agora agora agora? E sempre no pingo de tempo que vinha nada acontecia se ela continuava a esperar o que ia acontecer, compreende?Afastou o pensamento difícil distraindo-se com um movimento do pé descalço no assoalho de madeira poeirento. Esfregou o pé espiando de través para o pai, aguardando seu olhar impaciente e nervoso. Nada veio porém. Nada. Difícil aspirar as pessoas como o aspirador de pó. :— Papai, inventei uma poesia. :— Como é o nome? — Eu e o sol. — Sem esperar muito recitou: — "As galinhas que estão no quintal já comeram duas minhocas mas eu não vi". :— Sim? Que é que você e o sol têm a ver com a poesia? Ela olhou-o um segundo. Ele não compreendera... :— O sol está em cima das minhocas, papai, e eu fiz a poesia e não vi as minhocas... — Pausa. :— Posso inventar outra agora mesmo: "Ó sol, vem brincar comigo". Outra maior: "Vi uma nuvem pequena coitada da minhoca acho que ela não viu". :— Lindas, pequena, lindas. Gomo é que se faz uma poesia tão bonita? :— Não é difícil, é só ir dizendo. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 1. ISBN 9788532531629'' * Já vestira a boneca, já a despira, imaginara-a indo a uma festa onde brilhava entre todas as outras filhas. Um carro azul atravessava o corpo de Aríete, matava-a. Depois vinha a fada e a filha vivia de novo. A filha, a fada, o carro azul não eram senão Joana, do contrário seria pau a brincadeira. Sempre arranjava um jeito de se colocar no papel principal exatamente quando os acontecimentos iluminavam uma ou outra figura. Trabalhava séria, calada, os braços ao longo do corpo. Não precisava aproximar-se de Aríete para brincar com ela. De longe mesmo possuía as coisas. Divertiu-se com os papelões. Olhava-os um instante e cada papelão era um aluno. Joana era a professora. Um deles bom e outro mau. Sim, sim, e daí? E agora agora agora? E sempre nada vinha se ela... pronto. Inventou um homenzinho do tamanho do fura-bolos, de calça comprida e laço de gravata. Ela usava-o no bolso da farda de colégio. O homenzinho era uma pérola de bom, uma pérola de gravata, tinha a voz grossa e dizia de dentro do bolso: "Majestade Joana, podeis me escutardes um minuto, só um minuto podereis interromperdes vossa sempre ocupação?" E declarava depois: "Sou vosso servo, princesa. É só mandar que eu faço". :— Papai, que é que eu faço? :— Vá estudar. :— Já estudei. :— Vá brincar. — Já brinquei. :— Então não amole. Deu um corrupio e parou, espiando sem curiosidade as paredes e o teto que rodavam e se desmanchavam. Andou na ponta dos pés só pisando as tábuas escuras. Fechou os olhos e caminhou, as mãos estendidas, até encontrar um móvel. Entre ela e os objetos havia alguma coisa, mas quando agarrava essa coisa na mão, como a uma mosca, e depois espiava — mesmo tomando cuidado para que nada escapasse — só encontrava a própria mão, rósea e desapontada. Sim, eu sei o ar, o ar! Mas não adiantava, não explicava. Esse era um de seus segredos. Nunca se permitiria contar, mesmo a papai, que não conseguia pegar "a coisa". Tudo o que mais valia exatamente ela não podia contar. Só falava tolices com as pessoas. Quando dizia a Rute, por exemplo, alguns segredos, ficava depois com raiva de Rute. O melhor era mesmo calar. Outra coisa: se tinha alguma dor e se enquanto doía ela olhava os ponteiros do relógio, via então que os minutos contados no relógio iam passando e a dor continuava doendo. Ou senão, mesmo quando não lhe doía nada, se ficava defronte do relógio espiando, o que ela não estava sentindo também era maior que os minutos contados no relógio. Agora, quando acontecia uma alegria ou uma raiva, corria para o relógio e observava os segundos em vão. Foi à janela, riscou uma cruz no parapeito e cuspiu fora em linha reta. Se cuspisse mais uma vez — agora só poderia à noite — o desastre não aconteceria e Deus seria tão amigo dela, mas tão amigo que... que o quê? :— Papai, que é que eu faço? :— Eu já lhe disse: vá brincar e me deixe! :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 7-8. ISBN 9788532531629'' ::— Mas eu já brinquei, juro. Papai riu: — Mas brincar não termina... :— Termina sim. :— Invente outro brinquedo. :— Não quero brincar nem estudar. :— Quer fazer o quê então? Joana meditou: — Nada do que sei... :— Quer voar?, pergunta papai distraído. :— Não, responde Joana. — Pausa. — Que é que eu faço? Papai troveja dessa vez: — Bata com a cabeça na parede! Ela se afasta fazendo uma trancinha nos cabelos escorridos. Nunca nunca nunca sim sim, canta baixinho. Aprendeu a trançar um dia desses. Vai para a mesinha dos livros, brinca com eles olhando-os a distância. Dona de casa marido filhos, verde é homem, branco é mulher, encarnado pode ser filho ou filha. "Nunca" é homem ou mulher? Por que "nunca" não é filho nem filha? E "sim"? Oh, tinha muitas coisas inteiramente impossíveis. Podia-se ficar tardes inteiras pensando. Por exemplo: quem disse pela primeira vez assim: nunca? Papai termina o trabalho e vai encontrá la sentada chorando. :— Mas que é isso, menininha? — pega-a nos braços, olha sem susto o rostinho ardente e triste. :— O que é isso? :— Não tenho nada o que fazer. Nunca nunca sim sim. Tudo era como o barulho do bonde antes de adormecer, até que se sente um pouco de medo e se dorme. A boca da máquina fechara como uma boca de velha, mas vinha aquilo apertando seu coração como o barulho do bonde; só que ela não ia adormecer. Era o abraço do pai. O pai medita um instante. Mas ninguém pode fazer alguma coisa pelos outros, ajuda-se. Anda tão solta a criança, tão magrinha e precoce... Respira apressado, balança a cabeça. Um ovinho, é isso, um ovinho vivo. O que vai ser de Joana? :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 9. ISBN 9788532531629'' == O Dia de Joana == * A certeza de que dou para o mal, pensava Joana. O que seria então aquela sensação de força contida, pronta para rebentar em violência, aquela sede de empregá-la de olhos fechados, inteira, com a segurança irrefletida de uma fera? Não era no mal apenas que alguém podia respirar sem medo, aceitando o ar e os pulmões? Nem o prazer me daria tanto prazer quanto o mal, pensava ela surpreendida. Sentia dentro de si um animal perfeito, cheio de inconsequências, de egoísmo e vitalidade. Lembrou-se do marido que possivelmente a desconheceria nessa ideia. Tentou relembrar a figura de Otávio. Mal, porém, sentia que ele saíra de casa, ela se transformava, concentrava-se em si mesma e, como se apenas tivesse sido interrompida por ele, continuava lentamente a viver o fio da infância, esquecia-o e movia-se pelos aposentos profundamente só. Do bairro quieto, das casas afastadas, não lhe chegavam ruídos. E, livre, nem ela mesma sabia o que pensava. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 10. ISBN 9788532531629'' * Sim, ela sentia dentro de si um animal perfeito. Repugnava-lhe deixar um dia esse animal solto. Por medo talvez da falta de estética. Ou receio de alguma revelação... Não, não, — repetia-se ela — é preciso não ter medo de criar. No fundo de tudo possivelmente o animal repugnava-lhe porque ainda havia nela o desejo de agradar e de ser amada por alguém poderoso como a tia morta. Para depois no entanto pisá-la, repudiá-la sem contemplações. Porque a melhor frase, sempre ainda a mais jovem, era: a bondade me dá ânsias de vomitar. A bondade era morna e leve, cheirava a carne crua guardada há muito tempo. Sem apodrecer inteiramente apesar de tudo. Refrescavam-na de quando em quando, botavam um pouco de tempero, o suficiente para conservá-la um pedaço de carne morna e quieta. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 10. ISBN 9788532531629'' * Um dia, antes de casar, quando sua tia ainda vivia, vira um homem guloso comendo. Espiara seus olhos arregalados, brilhantes e estúpidos, tentando não perder o menor gosto do alimento. E as mãos, as mãos. Uma delas segurando o garfo espetado num pedaço de carne sangrenta — não morna e quieta, mas vivíssima, irônica, imoral —, a outra crispando-se na toalha, arranhando-a nervosa na ânsia de já comer novo bocado. As pernas sob a mesa marcavam compasso a uma música inaudível, a música do diabo, de pura e incontida violência. A ferocidade, a riqueza de sua cor... Avermelhada nos lábios e na base do nariz, pálida e azulada sob os olhos miúdos. Joana estremecera arrepiada diante de seu pobre café. Mas não saberia depois se fora por repugnância ou por fascínio e voluptuosidade. Por ambos certamente. Sabia que o homem era uma força. Não se sentia capaz de comer como ele, era naturalmente sóbria, mas a demonstração a perturbava. Emocionava-a também ler as histórias terríveis dos dramas onde a maldade era fria e intensa como um banho de gelo. Como se visse alguém beber água e descobrisse que tinha sede, sede profunda e velha. Talvez fosse apenas falta de vida: estava vivendo menos do que podia e imaginava que sua sede pedisse inundações. Talvez apenas alguns goles... Ah, eis uma lição, eis uma lição, diria a tia: nunca ir adiante, nunca roubar antes de saber se o que você quer roubar existe em alguma parte honestamente reservado para você. Ou não? Roubar torna tudo mais valioso. O gosto do mal — mastigar vermelho, engolir fogo adocicado. Não acusar-me. Buscar a base do egoísmo: tudo o que não sou não pode me interessar, há impossibilidade de ser além do que se é — no entanto eu me ultrapasso mesmo sem o delírio, sou mais do que eu quase normalmente —; tenho um corpo e tudo o que eu fizer é continuação de meu começo; se a civilização dos Maias não me interessa é porque nada tenho dentro de mim que se possa unir aos seus baixos-relevos; aceito tudo o que vem de mim porque não tenho conhecimento das causas e é possível que esteja pisando no vital sem saber; é essa a minha maior humildade, adivinhava ela. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 10. ISBN 9788532531629'' * O pior é que ela poderia riscar tudo o que pensara. Seus pensamentos eram, depois de erguidos, estátuas no jardim e ela passava pelo jardim olhando e seguindo o seu caminho. Estava alegre nesse dia, bonita também. Um pouco de febre também. Por que esse romantismo: um pouco de febre? Mas a verdade é que tenho mesmo: olhos brilhantes, essa força e essa fraqueza, batidas desordenadas do coração. Quando a brisa leve, a brisa de verão, batia no seu corpo, todo ele estremecia de frio e calor. E então ela pensava muito rapidamente, sem poder parar de inventar. É porque estou muito nova ainda e sempre que me tocam ou não me tocam, sinto — refletia. Pensar agora, por exemplo, em regatos louros. Exatamente porque não existem regatos louros, compreende? assim se foge. Sim, mas os dourados de sol, louros de certo modo... Quer dizer que na verdade não imaginei. Sempre a mesma queda: nem o mal nem a imaginação. No primeiro, no centro final, a sensação simples e sem adjetivos, tão cega quanto uma pedra rolando. Na imaginação, que só ela tem a força do mal, apenas a visão engrandecida e transformada: sob ela a verdade impassível. Mente-se e cai-se na verdade. Mesmo na liberdade, quando escolhia alegre novas veredas, reconhecia-as depois. Ser livre era seguir-se afinal, e eis de novo o caminho traçado. Ela só veria o que já possuía dentro de si. Perdido pois o gosto de imaginar. E o dia em que chorei? — havia certo desejo de mentir também — estudava matemática e subitamente senti a impossibilidade tremenda e fria do milagre. Olho por essa janela e a única verdade, a verdade que eu não poderia dizer àquele homem, abordando-o, sem que ele fugisse de mim, a única verdade é que vivo. Sinceramente, eu vivo. Quem sou? Bem, isso já é demais. Lembro-me de um estudo cromático de Bach e perco a inteligência. Ele é frio e puro como gelo, no entanto pode-se dormir sobre ele. Perco a consciência, mas não importa, encontro a maior serenidade na alucinação. É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. Ou pelo menos o que me faz agir não é o que eu sinto mas o que eu digo. Sinto quem sou e a impressão está alojada na parte alta do cérebro, nos lábios — na língua principalmente —, na superfície dos braços e também correndo dentro, bem dentro do meu corpo, mas onde, onde mesmo, eu não sei dizer. O gosto é cinzento, um pouco avermelhado, nos pedaços velhos um pouco azulado, e move-se como gelatina, vagarosamente. Às vezes torna-se agudo e me fere, chocando-se comigo. Muito bem, agora pensar em céu azul, por exemplo. Mas sobretudo donde vem essa certeza de estar vivendo? Não, não passo bem. Pois ninguém se faz essas perguntas e eu... Mas é que basta silenciar para só enxergar, abaixo de todas as realidades, a única irredutível, a da existência. E abaixo de todas as dúvidas — o estudo cromático — sei que tudo é perfeito, porque seguiu de escala a escala o caminho fatal em relação a si mesmo. Nada escapa à perfeição das coisas, é essa a história de tudo. Mas isso não explica por que eu me emociono quando Otávio tosse e põe a mão no peito, assim. Ou senão quando fuma, e a cinza cai no seu bigode, sem que ele note. Ah, piedade é o que sinto então. Piedade é a minha forma de amor. De ódio e de comunicação. É o que me sustenta contra o mundo, assim como alguém vive pelo desejo, outro pelo medo. Piedade das coisas que acontecem sem que eu saiba. Mas estou cansada, apesar de minha alegria de hoje, alegria que não se sabe de onde vem, como a da manhãzinha de verão. Estou cansada, agora agudamente! Vamos chorar juntos, baixinho. Por ter sofrido e continuar tão docemente. A dor cansada numa lágrima simplificada. Mas agora já é desejo de poesia, isso eu confesso, Deus. Durmamos de mãos dadas. O mundo rola e em alguma parte há coisas que não conheço. Durmamos sobre Deus e o mistério, nave quieta e frágil flutuando sobre o mar, eis o sono. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 11. ISBN 9788532531629'' * Por que ela estava tão ardente e leve, como o ar que vem do fogão que se destampa? O dia tinha sido igual aos outros e talvez daí viesse o acúmulo de vida. Acordara cheia da luz do dia, invadida. Ainda na cama, pensara em areia, mar, beber água do mar na casa da tia morta, em sentir, sobretudo sentir. Esperou alguns segundos sobre a cama e como nada acontecesse viveu um dia comum. Ainda não se libertara do desejo-poder-milagre, desde pequena. A fórmula se realizava tantas vezes: sentir a coisa sem possuí-la. Apenas era preciso que tudo a ajudasse, a deixasse leve e pura, em jejum para receber a imaginação. Difícil como voar e sem apoio para os pés receber nos braços algo extremamente precioso, uma criança por exemplo. Mesmo só em certo ponto do jogo perdia a sensação de que estava mentindo — e tinha medo de não estar presente em todos os seus pensamentos. Quis o mar e sentiu os lençóis da cama. O dia prosseguiu e deixou-a atrás, sozinha. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 12. ISBN 9788532531629'' * Ainda deitada, quedara-se silenciosa, quase sem pensar como às vezes sucedia. Observava ligeiramente a casa cheia de sol, àquela hora, as vidraças altivas e brilhantes como se elas próprias fossem a luz. Otávio saíra. Ninguém em casa. E de tal modo ninguém dentro de si mesma que podia ter os pensamentos mais desligados da realidade, se quisesse. Se eu me visse na terra lá das estrelas ficaria só de mim. Não era noite, não havia estrelas, impossível observar-se a tal distância. Distraída lembrou-se então de alguém — grandes dentes separados, olhos sem cílios —, dizendo bem seguro da originalidade, mas sincero: tremendamente noturna a minha vida. Depois de falar, esse alguém ficava parado, quieto como um boi à noite; de quando em quando movia a cabeça num gesto sem lógica e finalidade para depois voltar a se concentrar na estupidez. Enchia todo o mundo de espanto. Ah, sim, o homem era de sua infância e junto à sua lembrança estava um molho úmido de grandes violetas, trêmulas de viço... Nesse instante mais desperta, se quisesse, com um pouco mais de abandono, Joana poderia reviver toda a infância... O curto tempo de vida junto ao pai, a mudança para a casa da tia, o professor ensinando-lhe a viver, a puberdade elevando-se misteriosa, o internato... o casamento com Otávio... Mas tudo isso era muito mais curto, um simples olhar surpreso esgotaria todos esses fatos. Era um pouco de febre, sim. Se existisse pecado, ela pecara. Toda a sua vida fora um erro, ela era fútil. Onde estava a mulher da voz? Onde estavam as mulheres apenas fêmeas? E a continuação do que ela iniciara quando criança? Era um pouco de febre. Resultado daqueles dias em que vagava de um lado a outro, repudiando e amando mil vezes as mesmas coisas. Daquelas noites vivendo escuras c silenciosas, as pequenas estrelas piscando no alto. A moça estendida sobre a cama, olho vigilante na penumbra. A cama esbranquiçada nadando na escuridão. O cansaço rastejando no seu corpo, a lucidez fugindo ao polvo. Sonhos esgarçados, inícios de visões. Otávio vivendo no outro quarto. E de repente toda a lassidão da espera :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 12. ISBN 9788532531629'' =={{Ligações externas}}== {{Wikipédia}} [[Categoria:Livros do Brasil]] {{Arte}} oms1l8fbla0uaagymm63h406lfda64s 184898 184849 2022-08-03T03:40:39Z Leonaardog 15522 /* O Dia de Joana */ wikitext text/x-wiki '''[[w:Perto do Coração Selvagem|Perto do Coração Selvagem]]''' ''é o romance de estreia de [[Clarice Lispector]], o livro foi publicado em [[1943]].'' ---- == Primeira parte == ===O Pai...=== * "A Máquina do Papai batia tac-tac... tac-tac-tac... O relógio acordou em tin-dlen sem poeira. O silêncio arrastou-se zzzzzz. O guarda-roupa dizia o quê? roupa-roupa-roupa. Não, não. Entre o relógio, a máquina e o silêncio havia uma orelha à escuta, grande, cor-derosa e morta. Os três sons estavam ligados pela luz do dia e pelo ranger das folhinhas da árvore que se esfregavam umas nas outras radiantes." :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 1. ISBN 9788532531629'' * "Encostando a testa na vidraça brilhante e fria olhava para o quintal do vizinho, para o grande mundo das galinhas-que-não-sabiam-que-iam-morrer. E podia sentir como se estivesse bem próxima de seu nariz a terra quente, socada, tão cheirosa e seca, onde bem sabia, bem sabia uma ou outra minhoca se espreguiçava antes de ser comida pela galinha que as pessoas iam comer." :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 1. ISBN 9788532531629'' * "Houve um momento grande, parado, sem nada dentro. Dilatou os olhos, esperou. Nada veio. Branco. Mas de repente num estremecimento deram corda no dia e tudo recomeçou a funcionar, a máquina trotando, o cigarro do pai fumegando, o silêncio, as folhinhas, os frangos pelados, a claridade, as coisas revivendo cheias de pressa como uma chaleira a ferver. Só faltava o tin-dlen do relógio que enfeitava tanto. Fechou os olhos, fingiu escutá-lo e ao som da música inexistente e ritmada ergueu-se na ponta dos pés. Deu três passos de dança bem leves, alados." :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 1. ISBN 9788532531629'' * "Então subitamente olhou com desgosto para tudo como se tivesse comido demais daquela mistura. "Oi, oi, oi...", gemeu baixinho cansada e depois pensou: o que vai acontecer agora agora agora? E sempre no pingo de tempo que vinha nada acontecia se ela continuava a esperar o que ia acontecer, compreende?Afastou o pensamento difícil distraindo-se com um movimento do pé descalço no assoalho de madeira poeirento. Esfregou o pé espiando de través para o pai, aguardando seu olhar impaciente e nervoso. Nada veio porém. Nada. Difícil aspirar as pessoas como o aspirador de pó. :— Papai, inventei uma poesia. :— Como é o nome? — Eu e o sol. — Sem esperar muito recitou: — "As galinhas que estão no quintal já comeram duas minhocas mas eu não vi". :— Sim? Que é que você e o sol têm a ver com a poesia? Ela olhou-o um segundo. Ele não compreendera... :— O sol está em cima das minhocas, papai, e eu fiz a poesia e não vi as minhocas... — Pausa. :— Posso inventar outra agora mesmo: "Ó sol, vem brincar comigo". Outra maior: "Vi uma nuvem pequena coitada da minhoca acho que ela não viu". :— Lindas, pequena, lindas. Gomo é que se faz uma poesia tão bonita? :— Não é difícil, é só ir dizendo. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 1. ISBN 9788532531629'' * Já vestira a boneca, já a despira, imaginara-a indo a uma festa onde brilhava entre todas as outras filhas. Um carro azul atravessava o corpo de Aríete, matava-a. Depois vinha a fada e a filha vivia de novo. A filha, a fada, o carro azul não eram senão Joana, do contrário seria pau a brincadeira. Sempre arranjava um jeito de se colocar no papel principal exatamente quando os acontecimentos iluminavam uma ou outra figura. Trabalhava séria, calada, os braços ao longo do corpo. Não precisava aproximar-se de Aríete para brincar com ela. De longe mesmo possuía as coisas. Divertiu-se com os papelões. Olhava-os um instante e cada papelão era um aluno. Joana era a professora. Um deles bom e outro mau. Sim, sim, e daí? E agora agora agora? E sempre nada vinha se ela... pronto. Inventou um homenzinho do tamanho do fura-bolos, de calça comprida e laço de gravata. Ela usava-o no bolso da farda de colégio. O homenzinho era uma pérola de bom, uma pérola de gravata, tinha a voz grossa e dizia de dentro do bolso: "Majestade Joana, podeis me escutardes um minuto, só um minuto podereis interromperdes vossa sempre ocupação?" E declarava depois: "Sou vosso servo, princesa. É só mandar que eu faço". :— Papai, que é que eu faço? :— Vá estudar. :— Já estudei. :— Vá brincar. — Já brinquei. :— Então não amole. Deu um corrupio e parou, espiando sem curiosidade as paredes e o teto que rodavam e se desmanchavam. Andou na ponta dos pés só pisando as tábuas escuras. Fechou os olhos e caminhou, as mãos estendidas, até encontrar um móvel. Entre ela e os objetos havia alguma coisa, mas quando agarrava essa coisa na mão, como a uma mosca, e depois espiava — mesmo tomando cuidado para que nada escapasse — só encontrava a própria mão, rósea e desapontada. Sim, eu sei o ar, o ar! Mas não adiantava, não explicava. Esse era um de seus segredos. Nunca se permitiria contar, mesmo a papai, que não conseguia pegar "a coisa". Tudo o que mais valia exatamente ela não podia contar. Só falava tolices com as pessoas. Quando dizia a Rute, por exemplo, alguns segredos, ficava depois com raiva de Rute. O melhor era mesmo calar. Outra coisa: se tinha alguma dor e se enquanto doía ela olhava os ponteiros do relógio, via então que os minutos contados no relógio iam passando e a dor continuava doendo. Ou senão, mesmo quando não lhe doía nada, se ficava defronte do relógio espiando, o que ela não estava sentindo também era maior que os minutos contados no relógio. Agora, quando acontecia uma alegria ou uma raiva, corria para o relógio e observava os segundos em vão. Foi à janela, riscou uma cruz no parapeito e cuspiu fora em linha reta. Se cuspisse mais uma vez — agora só poderia à noite — o desastre não aconteceria e Deus seria tão amigo dela, mas tão amigo que... que o quê? :— Papai, que é que eu faço? :— Eu já lhe disse: vá brincar e me deixe! :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 7-8. ISBN 9788532531629'' ::— Mas eu já brinquei, juro. Papai riu: — Mas brincar não termina... :— Termina sim. :— Invente outro brinquedo. :— Não quero brincar nem estudar. :— Quer fazer o quê então? Joana meditou: — Nada do que sei... :— Quer voar?, pergunta papai distraído. :— Não, responde Joana. — Pausa. — Que é que eu faço? Papai troveja dessa vez: — Bata com a cabeça na parede! Ela se afasta fazendo uma trancinha nos cabelos escorridos. Nunca nunca nunca sim sim, canta baixinho. Aprendeu a trançar um dia desses. Vai para a mesinha dos livros, brinca com eles olhando-os a distância. Dona de casa marido filhos, verde é homem, branco é mulher, encarnado pode ser filho ou filha. "Nunca" é homem ou mulher? Por que "nunca" não é filho nem filha? E "sim"? Oh, tinha muitas coisas inteiramente impossíveis. Podia-se ficar tardes inteiras pensando. Por exemplo: quem disse pela primeira vez assim: nunca? Papai termina o trabalho e vai encontrá la sentada chorando. :— Mas que é isso, menininha? — pega-a nos braços, olha sem susto o rostinho ardente e triste. :— O que é isso? :— Não tenho nada o que fazer. Nunca nunca sim sim. Tudo era como o barulho do bonde antes de adormecer, até que se sente um pouco de medo e se dorme. A boca da máquina fechara como uma boca de velha, mas vinha aquilo apertando seu coração como o barulho do bonde; só que ela não ia adormecer. Era o abraço do pai. O pai medita um instante. Mas ninguém pode fazer alguma coisa pelos outros, ajuda-se. Anda tão solta a criança, tão magrinha e precoce... Respira apressado, balança a cabeça. Um ovinho, é isso, um ovinho vivo. O que vai ser de Joana? :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 9. ISBN 9788532531629'' == O Dia de Joana == * A certeza de que dou para o mal, pensava Joana. O que seria então aquela sensação de força contida, pronta para rebentar em violência, aquela sede de empregá-la de olhos fechados, inteira, com a segurança irrefletida de uma fera? Não era no mal apenas que alguém podia respirar sem medo, aceitando o ar e os pulmões? Nem o prazer me daria tanto prazer quanto o mal, pensava ela surpreendida. Sentia dentro de si um animal perfeito, cheio de inconsequências, de egoísmo e vitalidade. Lembrou-se do marido que possivelmente a desconheceria nessa ideia. Tentou relembrar a figura de Otávio. Mal, porém, sentia que ele saíra de casa, ela se transformava, concentrava-se em si mesma e, como se apenas tivesse sido interrompida por ele, continuava lentamente a viver o fio da infância, esquecia-o e movia-se pelos aposentos profundamente só. Do bairro quieto, das casas afastadas, não lhe chegavam ruídos. E, livre, nem ela mesma sabia o que pensava. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 10. ISBN 9788532531629'' * Sim, ela sentia dentro de si um animal perfeito. Repugnava-lhe deixar um dia esse animal solto. Por medo talvez da falta de estética. Ou receio de alguma revelação... Não, não, — repetia-se ela — é preciso não ter medo de criar. No fundo de tudo possivelmente o animal repugnava-lhe porque ainda havia nela o desejo de agradar e de ser amada por alguém poderoso como a tia morta. Para depois no entanto pisá-la, repudiá-la sem contemplações. Porque a melhor frase, sempre ainda a mais jovem, era: a bondade me dá ânsias de vomitar. A bondade era morna e leve, cheirava a carne crua guardada há muito tempo. Sem apodrecer inteiramente apesar de tudo. Refrescavam-na de quando em quando, botavam um pouco de tempero, o suficiente para conservá-la um pedaço de carne morna e quieta. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 10. ISBN 9788532531629'' * Um dia, antes de casar, quando sua tia ainda vivia, vira um homem guloso comendo. Espiara seus olhos arregalados, brilhantes e estúpidos, tentando não perder o menor gosto do alimento. E as mãos, as mãos. Uma delas segurando o garfo espetado num pedaço de carne sangrenta — não morna e quieta, mas vivíssima, irônica, imoral —, a outra crispando-se na toalha, arranhando-a nervosa na ânsia de já comer novo bocado. As pernas sob a mesa marcavam compasso a uma música inaudível, a música do diabo, de pura e incontida violência. A ferocidade, a riqueza de sua cor... Avermelhada nos lábios e na base do nariz, pálida e azulada sob os olhos miúdos. Joana estremecera arrepiada diante de seu pobre café. Mas não saberia depois se fora por repugnância ou por fascínio e voluptuosidade. Por ambos certamente. Sabia que o homem era uma força. Não se sentia capaz de comer como ele, era naturalmente sóbria, mas a demonstração a perturbava. Emocionava-a também ler as histórias terríveis dos dramas onde a maldade era fria e intensa como um banho de gelo. Como se visse alguém beber água e descobrisse que tinha sede, sede profunda e velha. Talvez fosse apenas falta de vida: estava vivendo menos do que podia e imaginava que sua sede pedisse inundações. Talvez apenas alguns goles... Ah, eis uma lição, eis uma lição, diria a tia: nunca ir adiante, nunca roubar antes de saber se o que você quer roubar existe em alguma parte honestamente reservado para você. Ou não? Roubar torna tudo mais valioso. O gosto do mal — mastigar vermelho, engolir fogo adocicado. Não acusar-me. Buscar a base do egoísmo: tudo o que não sou não pode me interessar, há impossibilidade de ser além do que se é — no entanto eu me ultrapasso mesmo sem o delírio, sou mais do que eu quase normalmente —; tenho um corpo e tudo o que eu fizer é continuação de meu começo; se a civilização dos Maias não me interessa é porque nada tenho dentro de mim que se possa unir aos seus baixos-relevos; aceito tudo o que vem de mim porque não tenho conhecimento das causas e é possível que esteja pisando no vital sem saber; é essa a minha maior humildade, adivinhava ela. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 10. ISBN 9788532531629'' * O pior é que ela poderia riscar tudo o que pensara. Seus pensamentos eram, depois de erguidos, estátuas no jardim e ela passava pelo jardim olhando e seguindo o seu caminho. Estava alegre nesse dia, bonita também. Um pouco de febre também. Por que esse romantismo: um pouco de febre? Mas a verdade é que tenho mesmo: olhos brilhantes, essa força e essa fraqueza, batidas desordenadas do coração. Quando a brisa leve, a brisa de verão, batia no seu corpo, todo ele estremecia de frio e calor. E então ela pensava muito rapidamente, sem poder parar de inventar. É porque estou muito nova ainda e sempre que me tocam ou não me tocam, sinto — refletia. Pensar agora, por exemplo, em regatos louros. Exatamente porque não existem regatos louros, compreende? assim se foge. Sim, mas os dourados de sol, louros de certo modo... Quer dizer que na verdade não imaginei. Sempre a mesma queda: nem o mal nem a imaginação. No primeiro, no centro final, a sensação simples e sem adjetivos, tão cega quanto uma pedra rolando. Na imaginação, que só ela tem a força do mal, apenas a visão engrandecida e transformada: sob ela a verdade impassível. Mente-se e cai-se na verdade. Mesmo na liberdade, quando escolhia alegre novas veredas, reconhecia-as depois. Ser livre era seguir-se afinal, e eis de novo o caminho traçado. Ela só veria o que já possuía dentro de si. Perdido pois o gosto de imaginar. E o dia em que chorei? — havia certo desejo de mentir também — estudava matemática e subitamente senti a impossibilidade tremenda e fria do milagre. Olho por essa janela e a única verdade, a verdade que eu não poderia dizer àquele homem, abordando-o, sem que ele fugisse de mim, a única verdade é que vivo. Sinceramente, eu vivo. Quem sou? Bem, isso já é demais. Lembro-me de um estudo cromático de Bach e perco a inteligência. Ele é frio e puro como gelo, no entanto pode-se dormir sobre ele. Perco a consciência, mas não importa, encontro a maior serenidade na alucinação. É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. Ou pelo menos o que me faz agir não é o que eu sinto mas o que eu digo. Sinto quem sou e a impressão está alojada na parte alta do cérebro, nos lábios — na língua principalmente —, na superfície dos braços e também correndo dentro, bem dentro do meu corpo, mas onde, onde mesmo, eu não sei dizer. O gosto é cinzento, um pouco avermelhado, nos pedaços velhos um pouco azulado, e move-se como gelatina, vagarosamente. Às vezes torna-se agudo e me fere, chocando-se comigo. Muito bem, agora pensar em céu azul, por exemplo. Mas sobretudo donde vem essa certeza de estar vivendo? Não, não passo bem. Pois ninguém se faz essas perguntas e eu... Mas é que basta silenciar para só enxergar, abaixo de todas as realidades, a única irredutível, a da existência. E abaixo de todas as dúvidas — o estudo cromático — sei que tudo é perfeito, porque seguiu de escala a escala o caminho fatal em relação a si mesmo. Nada escapa à perfeição das coisas, é essa a história de tudo. Mas isso não explica por que eu me emociono quando Otávio tosse e põe a mão no peito, assim. Ou senão quando fuma, e a cinza cai no seu bigode, sem que ele note. Ah, piedade é o que sinto então. Piedade é a minha forma de amor. De ódio e de comunicação. É o que me sustenta contra o mundo, assim como alguém vive pelo desejo, outro pelo medo. Piedade das coisas que acontecem sem que eu saiba. Mas estou cansada, apesar de minha alegria de hoje, alegria que não se sabe de onde vem, como a da manhãzinha de verão. Estou cansada, agora agudamente! Vamos chorar juntos, baixinho. Por ter sofrido e continuar tão docemente. A dor cansada numa lágrima simplificada. Mas agora já é desejo de poesia, isso eu confesso, Deus. Durmamos de mãos dadas. O mundo rola e em alguma parte há coisas que não conheço. Durmamos sobre Deus e o mistério, nave quieta e frágil flutuando sobre o mar, eis o sono. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 11. ISBN 9788532531629'' * Por que ela estava tão ardente e leve, como o ar que vem do fogão que se destampa? O dia tinha sido igual aos outros e talvez daí viesse o acúmulo de vida. Acordara cheia da luz do dia, invadida. Ainda na cama, pensara em areia, mar, beber água do mar na casa da tia morta, em sentir, sobretudo sentir. Esperou alguns segundos sobre a cama e como nada acontecesse viveu um dia comum. Ainda não se libertara do desejo-poder-milagre, desde pequena. A fórmula se realizava tantas vezes: sentir a coisa sem possuí-la. Apenas era preciso que tudo a ajudasse, a deixasse leve e pura, em jejum para receber a imaginação. Difícil como voar e sem apoio para os pés receber nos braços algo extremamente precioso, uma criança por exemplo. Mesmo só em certo ponto do jogo perdia a sensação de que estava mentindo — e tinha medo de não estar presente em todos os seus pensamentos. Quis o mar e sentiu os lençóis da cama. O dia prosseguiu e deixou-a atrás, sozinha. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 12. ISBN 9788532531629'' * Ainda deitada, quedara-se silenciosa, quase sem pensar como às vezes sucedia. Observava ligeiramente a casa cheia de sol, àquela hora, as vidraças altivas e brilhantes como se elas próprias fossem a luz. Otávio saíra. Ninguém em casa. E de tal modo ninguém dentro de si mesma que podia ter os pensamentos mais desligados da realidade, se quisesse. Se eu me visse na terra lá das estrelas ficaria só de mim. Não era noite, não havia estrelas, impossível observar-se a tal distância. Distraída lembrou-se então de alguém — grandes dentes separados, olhos sem cílios —, dizendo bem seguro da originalidade, mas sincero: tremendamente noturna a minha vida. Depois de falar, esse alguém ficava parado, quieto como um boi à noite; de quando em quando movia a cabeça num gesto sem lógica e finalidade para depois voltar a se concentrar na estupidez. Enchia todo o mundo de espanto. Ah, sim, o homem era de sua infância e junto à sua lembrança estava um molho úmido de grandes violetas, trêmulas de viço... Nesse instante mais desperta, se quisesse, com um pouco mais de abandono, Joana poderia reviver toda a infância... O curto tempo de vida junto ao pai, a mudança para a casa da tia, o professor ensinando-lhe a viver, a puberdade elevando-se misteriosa, o internato... o casamento com Otávio... Mas tudo isso era muito mais curto, um simples olhar surpreso esgotaria todos esses fatos. Era um pouco de febre, sim. Se existisse pecado, ela pecara. Toda a sua vida fora um erro, ela era fútil. Onde estava a mulher da voz? Onde estavam as mulheres apenas fêmeas? E a continuação do que ela iniciara quando criança? Era um pouco de febre. Resultado daqueles dias em que vagava de um lado a outro, repudiando e amando mil vezes as mesmas coisas. Daquelas noites vivendo escuras c silenciosas, as pequenas estrelas piscando no alto. A moça estendida sobre a cama, olho vigilante na penumbra. A cama esbranquiçada nadando na escuridão. O cansaço rastejando no seu corpo, a lucidez fugindo ao polvo. Sonhos esgarçados, inícios de visões. Otávio vivendo no outro quarto. E de repente toda a lassidão da espera concentrando-se num movimento nervoso e rápido do corpo, o grito mudo. Frio depois, e sono. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 12. ISBN 9788532531629'' == Um Dia == UM DIA O AMIGO do pai veio de longe e abraçou-se com ele. Na hora do jantar, Joana viu estupefata e contrita uma galinha nua e amarela sobre a mesa. O pai e o homem bebiam vinho e o homem dizia de quando em quando: — Nem posso acreditar que tu tenhas arranjado uma filha... O pai voltava-se rindo para Joana e dizia: — Comprei na esquina... O pai estava alegre e também ficava sério, amassando bolinhas de miolo de pão. Às vezes bebi a um grande gole de vinho. O homem virava-se para Joana e dizia: — Sabes que o porquinho faz ron-ron-ron? O pai respondia: — Tu tens jeito para isso, Alfredo... O nome do homem era Alfredo. :— Nem vês, continuava o pai, que a guria não está mais em idade de brincar com o que o porco faz... Todos riam e Joana também. O pai dava-lhe mais uma asa de galinha e ela ia comendo sem pão. :— Qual a sensação de ter uma guria?, o homem mastigava. O pai enxugava a boca com o guardanapo, inclinava a cabeça para um lado e dizia sorrindo : — Às vezes a de ter um ovo quente na mão. Às vezes, nenhuma: perda total de memória... Uma vez ou outra a de ter uma guria minha, minha mesmo. :— Guria, guria, muria, leria, seria..., cantava o homem voltado para Joana. Que é que tu vais ser quando cresceres e fores moça e tudo? — Quanto ao tudo ela não tem a menor ideia meu caro, declarava o pai, mas se ela não se zangar te conto seus projetos. Me disse que quando crescer vai ser herói... :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 12-13. ISBN 9788532531629'' =={{Ligações externas}}== {{Wikipédia}} [[Categoria:Livros do Brasil]] {{Arte}} 9on58j4dwmea97m25yib78x0nq79ar2 184899 184898 2022-08-03T03:48:17Z Leonaardog 15522 /* {{Ligações externas}} */ wikitext text/x-wiki '''[[w:Perto do Coração Selvagem|Perto do Coração Selvagem]]''' ''é o romance de estreia de [[Clarice Lispector]], o livro foi publicado em [[1943]].'' ---- == Primeira parte == ===O Pai...=== * "A Máquina do Papai batia tac-tac... tac-tac-tac... O relógio acordou em tin-dlen sem poeira. O silêncio arrastou-se zzzzzz. O guarda-roupa dizia o quê? roupa-roupa-roupa. Não, não. Entre o relógio, a máquina e o silêncio havia uma orelha à escuta, grande, cor-derosa e morta. Os três sons estavam ligados pela luz do dia e pelo ranger das folhinhas da árvore que se esfregavam umas nas outras radiantes." :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 1. ISBN 9788532531629'' * "Encostando a testa na vidraça brilhante e fria olhava para o quintal do vizinho, para o grande mundo das galinhas-que-não-sabiam-que-iam-morrer. E podia sentir como se estivesse bem próxima de seu nariz a terra quente, socada, tão cheirosa e seca, onde bem sabia, bem sabia uma ou outra minhoca se espreguiçava antes de ser comida pela galinha que as pessoas iam comer." :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 1. ISBN 9788532531629'' * "Houve um momento grande, parado, sem nada dentro. Dilatou os olhos, esperou. Nada veio. Branco. Mas de repente num estremecimento deram corda no dia e tudo recomeçou a funcionar, a máquina trotando, o cigarro do pai fumegando, o silêncio, as folhinhas, os frangos pelados, a claridade, as coisas revivendo cheias de pressa como uma chaleira a ferver. Só faltava o tin-dlen do relógio que enfeitava tanto. Fechou os olhos, fingiu escutá-lo e ao som da música inexistente e ritmada ergueu-se na ponta dos pés. Deu três passos de dança bem leves, alados." :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 1. ISBN 9788532531629'' * "Então subitamente olhou com desgosto para tudo como se tivesse comido demais daquela mistura. "Oi, oi, oi...", gemeu baixinho cansada e depois pensou: o que vai acontecer agora agora agora? E sempre no pingo de tempo que vinha nada acontecia se ela continuava a esperar o que ia acontecer, compreende?Afastou o pensamento difícil distraindo-se com um movimento do pé descalço no assoalho de madeira poeirento. Esfregou o pé espiando de través para o pai, aguardando seu olhar impaciente e nervoso. Nada veio porém. Nada. Difícil aspirar as pessoas como o aspirador de pó. :— Papai, inventei uma poesia. :— Como é o nome? — Eu e o sol. — Sem esperar muito recitou: — "As galinhas que estão no quintal já comeram duas minhocas mas eu não vi". :— Sim? Que é que você e o sol têm a ver com a poesia? Ela olhou-o um segundo. Ele não compreendera... :— O sol está em cima das minhocas, papai, e eu fiz a poesia e não vi as minhocas... — Pausa. :— Posso inventar outra agora mesmo: "Ó sol, vem brincar comigo". Outra maior: "Vi uma nuvem pequena coitada da minhoca acho que ela não viu". :— Lindas, pequena, lindas. Gomo é que se faz uma poesia tão bonita? :— Não é difícil, é só ir dizendo. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 1. ISBN 9788532531629'' * Já vestira a boneca, já a despira, imaginara-a indo a uma festa onde brilhava entre todas as outras filhas. Um carro azul atravessava o corpo de Aríete, matava-a. Depois vinha a fada e a filha vivia de novo. A filha, a fada, o carro azul não eram senão Joana, do contrário seria pau a brincadeira. Sempre arranjava um jeito de se colocar no papel principal exatamente quando os acontecimentos iluminavam uma ou outra figura. Trabalhava séria, calada, os braços ao longo do corpo. Não precisava aproximar-se de Aríete para brincar com ela. De longe mesmo possuía as coisas. Divertiu-se com os papelões. Olhava-os um instante e cada papelão era um aluno. Joana era a professora. Um deles bom e outro mau. Sim, sim, e daí? E agora agora agora? E sempre nada vinha se ela... pronto. Inventou um homenzinho do tamanho do fura-bolos, de calça comprida e laço de gravata. Ela usava-o no bolso da farda de colégio. O homenzinho era uma pérola de bom, uma pérola de gravata, tinha a voz grossa e dizia de dentro do bolso: "Majestade Joana, podeis me escutardes um minuto, só um minuto podereis interromperdes vossa sempre ocupação?" E declarava depois: "Sou vosso servo, princesa. É só mandar que eu faço". :— Papai, que é que eu faço? :— Vá estudar. :— Já estudei. :— Vá brincar. — Já brinquei. :— Então não amole. Deu um corrupio e parou, espiando sem curiosidade as paredes e o teto que rodavam e se desmanchavam. Andou na ponta dos pés só pisando as tábuas escuras. Fechou os olhos e caminhou, as mãos estendidas, até encontrar um móvel. Entre ela e os objetos havia alguma coisa, mas quando agarrava essa coisa na mão, como a uma mosca, e depois espiava — mesmo tomando cuidado para que nada escapasse — só encontrava a própria mão, rósea e desapontada. Sim, eu sei o ar, o ar! Mas não adiantava, não explicava. Esse era um de seus segredos. Nunca se permitiria contar, mesmo a papai, que não conseguia pegar "a coisa". Tudo o que mais valia exatamente ela não podia contar. Só falava tolices com as pessoas. Quando dizia a Rute, por exemplo, alguns segredos, ficava depois com raiva de Rute. O melhor era mesmo calar. Outra coisa: se tinha alguma dor e se enquanto doía ela olhava os ponteiros do relógio, via então que os minutos contados no relógio iam passando e a dor continuava doendo. Ou senão, mesmo quando não lhe doía nada, se ficava defronte do relógio espiando, o que ela não estava sentindo também era maior que os minutos contados no relógio. Agora, quando acontecia uma alegria ou uma raiva, corria para o relógio e observava os segundos em vão. Foi à janela, riscou uma cruz no parapeito e cuspiu fora em linha reta. Se cuspisse mais uma vez — agora só poderia à noite — o desastre não aconteceria e Deus seria tão amigo dela, mas tão amigo que... que o quê? :— Papai, que é que eu faço? :— Eu já lhe disse: vá brincar e me deixe! :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 7-8. ISBN 9788532531629'' ::— Mas eu já brinquei, juro. Papai riu: — Mas brincar não termina... :— Termina sim. :— Invente outro brinquedo. :— Não quero brincar nem estudar. :— Quer fazer o quê então? Joana meditou: — Nada do que sei... :— Quer voar?, pergunta papai distraído. :— Não, responde Joana. — Pausa. — Que é que eu faço? Papai troveja dessa vez: — Bata com a cabeça na parede! Ela se afasta fazendo uma trancinha nos cabelos escorridos. Nunca nunca nunca sim sim, canta baixinho. Aprendeu a trançar um dia desses. Vai para a mesinha dos livros, brinca com eles olhando-os a distância. Dona de casa marido filhos, verde é homem, branco é mulher, encarnado pode ser filho ou filha. "Nunca" é homem ou mulher? Por que "nunca" não é filho nem filha? E "sim"? Oh, tinha muitas coisas inteiramente impossíveis. Podia-se ficar tardes inteiras pensando. Por exemplo: quem disse pela primeira vez assim: nunca? Papai termina o trabalho e vai encontrá la sentada chorando. :— Mas que é isso, menininha? — pega-a nos braços, olha sem susto o rostinho ardente e triste. :— O que é isso? :— Não tenho nada o que fazer. Nunca nunca sim sim. Tudo era como o barulho do bonde antes de adormecer, até que se sente um pouco de medo e se dorme. A boca da máquina fechara como uma boca de velha, mas vinha aquilo apertando seu coração como o barulho do bonde; só que ela não ia adormecer. Era o abraço do pai. O pai medita um instante. Mas ninguém pode fazer alguma coisa pelos outros, ajuda-se. Anda tão solta a criança, tão magrinha e precoce... Respira apressado, balança a cabeça. Um ovinho, é isso, um ovinho vivo. O que vai ser de Joana? :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 9. ISBN 9788532531629'' == O Dia de Joana == * A certeza de que dou para o mal, pensava Joana. O que seria então aquela sensação de força contida, pronta para rebentar em violência, aquela sede de empregá-la de olhos fechados, inteira, com a segurança irrefletida de uma fera? Não era no mal apenas que alguém podia respirar sem medo, aceitando o ar e os pulmões? Nem o prazer me daria tanto prazer quanto o mal, pensava ela surpreendida. Sentia dentro de si um animal perfeito, cheio de inconsequências, de egoísmo e vitalidade. Lembrou-se do marido que possivelmente a desconheceria nessa ideia. Tentou relembrar a figura de Otávio. Mal, porém, sentia que ele saíra de casa, ela se transformava, concentrava-se em si mesma e, como se apenas tivesse sido interrompida por ele, continuava lentamente a viver o fio da infância, esquecia-o e movia-se pelos aposentos profundamente só. Do bairro quieto, das casas afastadas, não lhe chegavam ruídos. E, livre, nem ela mesma sabia o que pensava. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 10. ISBN 9788532531629'' * Sim, ela sentia dentro de si um animal perfeito. Repugnava-lhe deixar um dia esse animal solto. Por medo talvez da falta de estética. Ou receio de alguma revelação... Não, não, — repetia-se ela — é preciso não ter medo de criar. No fundo de tudo possivelmente o animal repugnava-lhe porque ainda havia nela o desejo de agradar e de ser amada por alguém poderoso como a tia morta. Para depois no entanto pisá-la, repudiá-la sem contemplações. Porque a melhor frase, sempre ainda a mais jovem, era: a bondade me dá ânsias de vomitar. A bondade era morna e leve, cheirava a carne crua guardada há muito tempo. Sem apodrecer inteiramente apesar de tudo. Refrescavam-na de quando em quando, botavam um pouco de tempero, o suficiente para conservá-la um pedaço de carne morna e quieta. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 10. ISBN 9788532531629'' * Um dia, antes de casar, quando sua tia ainda vivia, vira um homem guloso comendo. Espiara seus olhos arregalados, brilhantes e estúpidos, tentando não perder o menor gosto do alimento. E as mãos, as mãos. Uma delas segurando o garfo espetado num pedaço de carne sangrenta — não morna e quieta, mas vivíssima, irônica, imoral —, a outra crispando-se na toalha, arranhando-a nervosa na ânsia de já comer novo bocado. As pernas sob a mesa marcavam compasso a uma música inaudível, a música do diabo, de pura e incontida violência. A ferocidade, a riqueza de sua cor... Avermelhada nos lábios e na base do nariz, pálida e azulada sob os olhos miúdos. Joana estremecera arrepiada diante de seu pobre café. Mas não saberia depois se fora por repugnância ou por fascínio e voluptuosidade. Por ambos certamente. Sabia que o homem era uma força. Não se sentia capaz de comer como ele, era naturalmente sóbria, mas a demonstração a perturbava. Emocionava-a também ler as histórias terríveis dos dramas onde a maldade era fria e intensa como um banho de gelo. Como se visse alguém beber água e descobrisse que tinha sede, sede profunda e velha. Talvez fosse apenas falta de vida: estava vivendo menos do que podia e imaginava que sua sede pedisse inundações. Talvez apenas alguns goles... Ah, eis uma lição, eis uma lição, diria a tia: nunca ir adiante, nunca roubar antes de saber se o que você quer roubar existe em alguma parte honestamente reservado para você. Ou não? Roubar torna tudo mais valioso. O gosto do mal — mastigar vermelho, engolir fogo adocicado. Não acusar-me. Buscar a base do egoísmo: tudo o que não sou não pode me interessar, há impossibilidade de ser além do que se é — no entanto eu me ultrapasso mesmo sem o delírio, sou mais do que eu quase normalmente —; tenho um corpo e tudo o que eu fizer é continuação de meu começo; se a civilização dos Maias não me interessa é porque nada tenho dentro de mim que se possa unir aos seus baixos-relevos; aceito tudo o que vem de mim porque não tenho conhecimento das causas e é possível que esteja pisando no vital sem saber; é essa a minha maior humildade, adivinhava ela. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 10. ISBN 9788532531629'' * O pior é que ela poderia riscar tudo o que pensara. Seus pensamentos eram, depois de erguidos, estátuas no jardim e ela passava pelo jardim olhando e seguindo o seu caminho. Estava alegre nesse dia, bonita também. Um pouco de febre também. Por que esse romantismo: um pouco de febre? Mas a verdade é que tenho mesmo: olhos brilhantes, essa força e essa fraqueza, batidas desordenadas do coração. Quando a brisa leve, a brisa de verão, batia no seu corpo, todo ele estremecia de frio e calor. E então ela pensava muito rapidamente, sem poder parar de inventar. É porque estou muito nova ainda e sempre que me tocam ou não me tocam, sinto — refletia. Pensar agora, por exemplo, em regatos louros. Exatamente porque não existem regatos louros, compreende? assim se foge. Sim, mas os dourados de sol, louros de certo modo... Quer dizer que na verdade não imaginei. Sempre a mesma queda: nem o mal nem a imaginação. No primeiro, no centro final, a sensação simples e sem adjetivos, tão cega quanto uma pedra rolando. Na imaginação, que só ela tem a força do mal, apenas a visão engrandecida e transformada: sob ela a verdade impassível. Mente-se e cai-se na verdade. Mesmo na liberdade, quando escolhia alegre novas veredas, reconhecia-as depois. Ser livre era seguir-se afinal, e eis de novo o caminho traçado. Ela só veria o que já possuía dentro de si. Perdido pois o gosto de imaginar. E o dia em que chorei? — havia certo desejo de mentir também — estudava matemática e subitamente senti a impossibilidade tremenda e fria do milagre. Olho por essa janela e a única verdade, a verdade que eu não poderia dizer àquele homem, abordando-o, sem que ele fugisse de mim, a única verdade é que vivo. Sinceramente, eu vivo. Quem sou? Bem, isso já é demais. Lembro-me de um estudo cromático de Bach e perco a inteligência. Ele é frio e puro como gelo, no entanto pode-se dormir sobre ele. Perco a consciência, mas não importa, encontro a maior serenidade na alucinação. É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. Ou pelo menos o que me faz agir não é o que eu sinto mas o que eu digo. Sinto quem sou e a impressão está alojada na parte alta do cérebro, nos lábios — na língua principalmente —, na superfície dos braços e também correndo dentro, bem dentro do meu corpo, mas onde, onde mesmo, eu não sei dizer. O gosto é cinzento, um pouco avermelhado, nos pedaços velhos um pouco azulado, e move-se como gelatina, vagarosamente. Às vezes torna-se agudo e me fere, chocando-se comigo. Muito bem, agora pensar em céu azul, por exemplo. Mas sobretudo donde vem essa certeza de estar vivendo? Não, não passo bem. Pois ninguém se faz essas perguntas e eu... Mas é que basta silenciar para só enxergar, abaixo de todas as realidades, a única irredutível, a da existência. E abaixo de todas as dúvidas — o estudo cromático — sei que tudo é perfeito, porque seguiu de escala a escala o caminho fatal em relação a si mesmo. Nada escapa à perfeição das coisas, é essa a história de tudo. Mas isso não explica por que eu me emociono quando Otávio tosse e põe a mão no peito, assim. Ou senão quando fuma, e a cinza cai no seu bigode, sem que ele note. Ah, piedade é o que sinto então. Piedade é a minha forma de amor. De ódio e de comunicação. É o que me sustenta contra o mundo, assim como alguém vive pelo desejo, outro pelo medo. Piedade das coisas que acontecem sem que eu saiba. Mas estou cansada, apesar de minha alegria de hoje, alegria que não se sabe de onde vem, como a da manhãzinha de verão. Estou cansada, agora agudamente! Vamos chorar juntos, baixinho. Por ter sofrido e continuar tão docemente. A dor cansada numa lágrima simplificada. Mas agora já é desejo de poesia, isso eu confesso, Deus. Durmamos de mãos dadas. O mundo rola e em alguma parte há coisas que não conheço. Durmamos sobre Deus e o mistério, nave quieta e frágil flutuando sobre o mar, eis o sono. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 11. ISBN 9788532531629'' * Por que ela estava tão ardente e leve, como o ar que vem do fogão que se destampa? O dia tinha sido igual aos outros e talvez daí viesse o acúmulo de vida. Acordara cheia da luz do dia, invadida. Ainda na cama, pensara em areia, mar, beber água do mar na casa da tia morta, em sentir, sobretudo sentir. Esperou alguns segundos sobre a cama e como nada acontecesse viveu um dia comum. Ainda não se libertara do desejo-poder-milagre, desde pequena. A fórmula se realizava tantas vezes: sentir a coisa sem possuí-la. Apenas era preciso que tudo a ajudasse, a deixasse leve e pura, em jejum para receber a imaginação. Difícil como voar e sem apoio para os pés receber nos braços algo extremamente precioso, uma criança por exemplo. Mesmo só em certo ponto do jogo perdia a sensação de que estava mentindo — e tinha medo de não estar presente em todos os seus pensamentos. Quis o mar e sentiu os lençóis da cama. O dia prosseguiu e deixou-a atrás, sozinha. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 12. ISBN 9788532531629'' * Ainda deitada, quedara-se silenciosa, quase sem pensar como às vezes sucedia. Observava ligeiramente a casa cheia de sol, àquela hora, as vidraças altivas e brilhantes como se elas próprias fossem a luz. Otávio saíra. Ninguém em casa. E de tal modo ninguém dentro de si mesma que podia ter os pensamentos mais desligados da realidade, se quisesse. Se eu me visse na terra lá das estrelas ficaria só de mim. Não era noite, não havia estrelas, impossível observar-se a tal distância. Distraída lembrou-se então de alguém — grandes dentes separados, olhos sem cílios —, dizendo bem seguro da originalidade, mas sincero: tremendamente noturna a minha vida. Depois de falar, esse alguém ficava parado, quieto como um boi à noite; de quando em quando movia a cabeça num gesto sem lógica e finalidade para depois voltar a se concentrar na estupidez. Enchia todo o mundo de espanto. Ah, sim, o homem era de sua infância e junto à sua lembrança estava um molho úmido de grandes violetas, trêmulas de viço... Nesse instante mais desperta, se quisesse, com um pouco mais de abandono, Joana poderia reviver toda a infância... O curto tempo de vida junto ao pai, a mudança para a casa da tia, o professor ensinando-lhe a viver, a puberdade elevando-se misteriosa, o internato... o casamento com Otávio... Mas tudo isso era muito mais curto, um simples olhar surpreso esgotaria todos esses fatos. Era um pouco de febre, sim. Se existisse pecado, ela pecara. Toda a sua vida fora um erro, ela era fútil. Onde estava a mulher da voz? Onde estavam as mulheres apenas fêmeas? E a continuação do que ela iniciara quando criança? Era um pouco de febre. Resultado daqueles dias em que vagava de um lado a outro, repudiando e amando mil vezes as mesmas coisas. Daquelas noites vivendo escuras c silenciosas, as pequenas estrelas piscando no alto. A moça estendida sobre a cama, olho vigilante na penumbra. A cama esbranquiçada nadando na escuridão. O cansaço rastejando no seu corpo, a lucidez fugindo ao polvo. Sonhos esgarçados, inícios de visões. Otávio vivendo no outro quarto. E de repente toda a lassidão da espera concentrando-se num movimento nervoso e rápido do corpo, o grito mudo. Frio depois, e sono. :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 12. ISBN 9788532531629'' == Um Dia == UM DIA O AMIGO do pai veio de longe e abraçou-se com ele. Na hora do jantar, Joana viu estupefata e contrita uma galinha nua e amarela sobre a mesa. O pai e o homem bebiam vinho e o homem dizia de quando em quando: — Nem posso acreditar que tu tenhas arranjado uma filha... O pai voltava-se rindo para Joana e dizia: — Comprei na esquina... O pai estava alegre e também ficava sério, amassando bolinhas de miolo de pão. Às vezes bebi a um grande gole de vinho. O homem virava-se para Joana e dizia: — Sabes que o porquinho faz ron-ron-ron? O pai respondia: — Tu tens jeito para isso, Alfredo... O nome do homem era Alfredo. :— Nem vês, continuava o pai, que a guria não está mais em idade de brincar com o que o porco faz... Todos riam e Joana também. O pai dava-lhe mais uma asa de galinha e ela ia comendo sem pão. :— Qual a sensação de ter uma guria?, o homem mastigava. O pai enxugava a boca com o guardanapo, inclinava a cabeça para um lado e dizia sorrindo : — Às vezes a de ter um ovo quente na mão. Às vezes, nenhuma: perda total de memória... Uma vez ou outra a de ter uma guria minha, minha mesmo. :— Guria, guria, muria, leria, seria..., cantava o homem voltado para Joana. Que é que tu vais ser quando cresceres e fores moça e tudo? — Quanto ao tudo ela não tem a menor ideia meu caro, declarava o pai, mas se ela não se zangar te conto seus projetos. Me disse que quando crescer vai ser herói... :- '' Perto do Coração Selvagem.: romance/ Clarice Lispector. - Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009. página. 12-13. ISBN 9788532531629'' =={{Ligações externas}}== * {{Link|pt|2=https://www.rocco.com.br/livro/perto-do-coracao-selvagem-2/|3=Perto do coração selvagem - Editora Rocco|4=}} * {{Link|pt|2=https://books.google.com.br/books?id=QT2RAAAAQBAJ&printsec=frontcover&dq=editions:jQqI0WZi5JkC&hl=pt-PT&sa=X&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false|3=Só para mulheres: Conselhos, receitas e segredos|4=}} {{Wikipédia}} [[Categoria:Livros do Brasil]] {{Arte}} tiistdyn2kl7445fet7tajjvzifxjxm Guerino Di Tora 0 37883 184825 2022-08-02T16:35:35Z Gilldragon 23364 [[Ajuda:SEA|←]] nova página: {{autor |Nome= |Wikipedia=Guerino Di Tora }} '''[[w:Guerino Di Tora|]]''' ''([[2 de agosto]] de [[1946]]) é um bispo católico italiano. ---- *Devemos fazer-nos próximos uns dos outros para saber encontrar. Muitas vezes, pela manhã por exemplo, no metrô vemos tanta gente, mas cada um fechado no próprio individualismo. Então, acolher significa, sobretudo, uma capacidade que antes de ser um fato externo, é preciso ter no próprio coração essa capacid... wikitext text/x-wiki {{autor |Nome= |Wikipedia=Guerino Di Tora }} '''[[w:Guerino Di Tora|Guerino Di Tora]]''' ''([[2 de agosto]] de [[1946]]) é um bispo católico italiano. ---- *Devemos fazer-nos próximos uns dos outros para saber encontrar. Muitas vezes, pela manhã por exemplo, no metrô vemos tanta gente, mas cada um fechado no próprio individualismo. Então, acolher significa, sobretudo, uma capacidade que antes de ser um fato externo, é preciso ter no próprio coração essa capacidade de relação com o outro, reconhecer o outro como pessoa, como filho de Deus. :- ''Fonte: [http://www.archivioradiovaticana.va/storico/2017/02/02/dom_di_tora_papa_pede-nos_para_superar_muros_e_fechamentos/br-1290065 Dom Di Tora: Papa pede-nos para superar muros e fechamentos] (2 de fevereiro de 2017) [[Categoria:Bispos católicos da Itália]] [[Categoria:Pessoas vivas]] 0r7ib6azu4z1gpf0a35m22g5k3cxjmp Jean-Marie Lovey 0 37884 184826 2022-08-02T17:18:29Z Gilldragon 23364 [[Ajuda:SEA|←]] nova página: {{autor |Wikicommons=Category:Jean-Marie Lovey }} '''[[w:Jean-Marie Lovey|]]''' ''([[2 de agosto]] de [[1950]]) é um bispo católico. ---- *Se somos capazes de intensificar a convivência entre fiéis locais e migrantes e fazer com que essa experiência seja gratificante, o cuidado pastoral dos migrantes representa uma grande oportunidade para a Igreja Católica na Suíça. Cuidado pastoral dos migrantes na Suíça. A participação de muitos migrantes na... wikitext text/x-wiki {{autor |Wikicommons=Category:Jean-Marie Lovey }} '''[[w:Jean-Marie Lovey|Jean-Marie Lovey]]''' ''([[2 de agosto]] de [[1950]]) é um bispo católico. ---- *Se somos capazes de intensificar a convivência entre fiéis locais e migrantes e fazer com que essa experiência seja gratificante, o cuidado pastoral dos migrantes representa uma grande oportunidade para a Igreja Católica na Suíça. Cuidado pastoral dos migrantes na Suíça. A participação de muitos migrantes na vida eclesial contribui em grande medida para estimular e diversificar a Igreja universal. :- ''Fonte: [https://www.acidigital.com/noticias/um-terco-dos-catolicos-na-suica-sao-migrantes-uma-grande-oportunidade-para-a-igreja-14669 Um terço dos católicos na Suíça são migrantes: "Uma grande oportunidade para a Igreja"] (29 de março de 2019) [[Categoria:Bispos católicos da Suíça]] [[Categoria:Pessoas vivas]] 7db7p2s2zc8c48mslx0tkc4l1oxuevt Josep Ángel Saiz Meneses 0 37885 184827 2022-08-02T17:42:13Z Gilldragon 23364 [[Ajuda:SEA|←]] nova página: {{autor |Foto= |Wikipedia=Josep Ángel Saiz Meneses |Wikicommons=Category:Jose Ángel Saiz Meneses }} '''[[w:Josep Ángel Saiz Meneses|]]''' ''([[2 de agosto]] de [[1956]]) é um arcebispo católico espanhol. ---- *De uma vez, procuramos expor o tema vocacional de forma direta e sem complexos. 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Por remarcar dois aspectos, parece-me muito importante que criamos de verdade que Deus segue chamando jovens ao sacerdócio, e também é essencial que transpareçamos o gozo da vida entregue ao Senhor através deste caminho. :- ''Fonte: [https://www.acidigital.com/noticias/bispos-revelam-segredos-do-incremento-de-aspirantes-ao-sacerdocio-em-novos-seminarios-64582 Bispos revelam segredos do incremento de aspirantes ao sacerdócio em novos seminários] (1 de novembro de 2007) [[Categoria:Arcebispos católicos da Espanha]] [[Categoria:Pessoas vivas]] f0n6z7exxm6mo1k4h0vrv66zn01ibz1 Ernesto Maguengue 0 37886 184828 2022-08-02T18:07:28Z Gilldragon 23364 [[Ajuda:SEA|←]] nova página: {{autor |Nome= |Wikipedia=Ernesto Maguengue }} '''[[w:Ernesto Maguengue|]]''' ''([[2 de agosto]] de [[1964]]) é um prelado moçambicano da Igreja Católica, atual bispo de [[w:Diocese de Inhambane|]]. ---- *O jovem, em primeiro lugar, deve tomar consciência de ser um actor da sua própria vida e da sociedade em geral. Ele é actor e não um simples assistente, portanto, o desenvolvimento da nação está confiado ao jovem, daí, o cuidado de ter uma form... wikitext text/x-wiki {{autor |Nome= |Wikipedia=Ernesto Maguengue }} '''[[w:Ernesto Maguengue|Ernesto Maguengue]]''' ''([[2 de agosto]] de [[1964]]) é um prelado moçambicano da Igreja Católica, atual bispo de [[w:Diocese de Inhambane|Diocese de Inhambane]]. ---- *O jovem, em primeiro lugar, deve tomar consciência de ser um actor da sua própria vida e da sociedade em geral. Ele é actor e não um simples assistente, portanto, o desenvolvimento da nação está confiado ao jovem, daí, o cuidado de ter uma formação rumo ao crescimento integral é da sua inteira responsabilidade. Os jovens devem aproveitar o seu tempo comprometendo-se no aproveitamento da sua nação e serem arquitectos do seu projecto de vida. :- ''Fonte: [https://ikweli.co.mz/2021/07/02/bispo-auxiliar-de-nampula-apela-aos-jovens-para-nao-aderirem-a-insurgencia/ Bispo Auxiliar de Nampula apela aos jovens para não aderirem a insurgência] (2 de julho de 2021) [[Categoria:Bispos católicos de Moçambique]] [[Categoria:Pessoas vivas]] sd0tj0rawd0iaxp2qgt0b91ef30q9e8 Marvin Gaye 0 37887 184830 2022-08-02T18:40:46Z Leonaardog 15522 [[Ajuda:SEA|←]] nova página: {{Autor | Nome = Marvin Gaye | Foto = Marvin Gaye (1973).png | Wikisource = | Wikipedia = Wikipédia | Wikicommons = Category:Marvin Gaye | Wikinoticias = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #C0CFE9 }} '''[[w:Marvin Gaye|Marvin Gaye]]''' ''(Washington, [[2 de abril]] de [[1939]] – [[Los Angeles]], [[1 de abril]] de [[1984]]), nascido '''Marvin Pentz Gay, Jr.''', foi um... wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Marvin Gaye | Foto = Marvin Gaye (1973).png | Wikisource = | Wikipedia = Wikipédia | Wikicommons = Category:Marvin Gaye | Wikinoticias = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #C0CFE9 }} '''[[w:Marvin Gaye|Marvin Gaye]]''' ''(Washington, [[2 de abril]] de [[1939]] – [[Los Angeles]], [[1 de abril]] de [[1984]]), nascido '''Marvin Pentz Gay, Jr.''', foi um cantor popular de soul e R&B, arranjador, multi-instrumentista, compositor e produtor musical norte-americano.'' ---- * "A resposta das pessoas é incrível. As que mais cantam é "Sexual Healing" (do cantor de soul americano Marvin Gaye). Isso foi uma surpresa pra gente".<ref name=G1 /> :-'' Fonte:<ref name=G1>{{citar web |URL=https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/musica/noticia/2019/03/21/nacao-zumbi-volta-a-porto-alegre-com-show-de-releituras-nesta-quinta-feira.ghtml|título=Nação Zumbi volta a Porto Alegre com show de releituras nesta quinta-feira|autor=Janaína Lopes|publicação=G1|data=1 de agosto de 2022 }}</ref> :-'' O cantor e compositor [[Jorge Du Peixe]] falando sobre Marvin Gaye antes de uma apresentação em um show em Porto Alegre.'' {{Referências}} {{Arte}} [[Categoria:Músicos dos Estados Unidos da América]] [[Categoria:Produtores musicais dos Estados Unidos da América]] [[Categoria:Pessoas mortas]] kd8xzco60ij6rq3cie7vj2cz96cgjaq 184831 184830 2022-08-02T18:50:07Z Leonaardog 15522 wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Marvin Gaye | Foto = Marvin Gaye (1973).png | Wikisource = | Wikipedia = Wikipédia | Wikicommons = Category:Marvin Gaye | Wikinoticias = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #C0CFE9 }} '''[[w:Marvin Gaye|Marvin Gaye]]''' ''(Washington, [[2 de abril]] de [[1939]] – [[Los Angeles]], [[1 de abril]] de [[1984]]), nascido '''Marvin Pentz Gay, Jr.''', foi um cantor popular de soul e R&B, arranjador, multi-instrumentista, compositor e produtor musical norte-americano.'' ---- * "A resposta das pessoas é incrível. As que mais cantam é "Sexual Healing" (do cantor de soul americano Marvin Gaye). Isso foi uma surpresa pra gente".<ref name=G1 /> :-'' Fonte:<ref name=G1>{{citar web |URL=https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/musica/noticia/2019/03/21/nacao-zumbi-volta-a-porto-alegre-com-show-de-releituras-nesta-quinta-feira.ghtml|título=Nação Zumbi volta a Porto Alegre com show de releituras nesta quinta-feira|autor=Janaína Lopes|publicação=G1|data=1 de agosto de 2022 }}</ref> :-'' O cantor e compositor [[Jorge Du Peixe]] falando sobre Marvin Gaye antes de uma apresentação em um show em Porto Alegre.'' == Letra da música == === That Stubborn Kinda Fellow (1962) === * "Oh, eu tenho novidades para você baby, que eu fiz planos para dois eu acho que sou apenas um tipo teimoso de sujeito tenho minha mente feita para te [[amar]]." :-'' Stubborn Kind of Fellow, co-escrito com William Stevenson e George Gordy.'' :-'' Oh, I've got news for you Baby, that I've made plans for two I guess I'm just a stubborn kind of fellow Got my mind made up to love you. {{Referências}} {{Arte}} [[Categoria:Músicos dos Estados Unidos da América]] [[Categoria:Produtores musicais dos Estados Unidos da América]] [[Categoria:Pessoas mortas]] r3kntd3kwyd1hcfum3kw8vxbftsgs6y 184832 184831 2022-08-02T18:58:52Z Leonaardog 15522 wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Marvin Gaye | Foto = Marvin Gaye (1973).png | Wikisource = | Wikipedia = Wikipédia | Wikicommons = Category:Marvin Gaye | Wikinoticias = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #C0CFE9 }} '''[[w:Marvin Gaye|Marvin Gaye]]''' ''(Washington, [[2 de abril]] de [[1939]] – [[Los Angeles]], [[1 de abril]] de [[1984]]), nascido '''Marvin Pentz Gay, Jr.''', foi um cantor popular de soul e R&B, arranjador, multi-instrumentista, compositor e produtor musical norte-americano.'' ---- * "A resposta das pessoas é incrível. 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As que mais cantam é "Sexual Healing" (do cantor de soul americano Marvin Gaye). Isso foi uma surpresa pra gente".<ref name=G1 /> :-'' Fonte:<ref name=G1>{{citar web |URL=https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/musica/noticia/2019/03/21/nacao-zumbi-volta-a-porto-alegre-com-show-de-releituras-nesta-quinta-feira.ghtml|título=Nação Zumbi volta a Porto Alegre com show de releituras nesta quinta-feira|autor=Janaína Lopes|publicação=G1|data=1 de agosto de 2022 }}</ref> :-'' O cantor e compositor [[Jorge Du Peixe]] falando sobre Marvin Gaye antes de uma apresentação em um show em Porto Alegre.'' == Letra da música == === That Stubborn Kinda Fellow (1962) === * "Oh, eu tenho novidades para você baby, que eu fiz planos para dois eu acho que sou apenas um tipo teimoso de sujeito tenho minha mente feita para te [[amar]]."<ref name=GoogleBooks/> :-'' Stubborn Kind of Fellow, co-escrito com William Stevenson e George Gordy.''<ref name=GoogleBooks/> :-'' Oh, I've got news for you Baby, that I've made plans for two I guess I'm just a stubborn kind of fellow Got my mind made up to love you.<ref name=GoogleBooks>{{citar web |URL=https://books.google.com.br/books?id=59MfMQAACAAJ&dq=editions:6c9muUIxfAUC&hl=pt-PT&sa=X&redir_esc=y|título=I Hear a Symphony: Motown and Crossover R&B|autor=Andrew Flory|publicação=University of Michigan Press|data=30 de maio de 2017}}</ref> {{Referências}} {{Arte}} [[Categoria:Músicos dos Estados Unidos da América]] [[Categoria:Produtores musicais dos Estados Unidos da América]] [[Categoria:Pessoas mortas]] 2kphi60y35pn7qr4j20010ouuer2npt 184850 184833 2022-08-02T22:29:07Z Leonaardog 15522 /* Letra da música */ wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Marvin Gaye | Foto = Marvin Gaye (1973).png | Wikisource = | Wikipedia = Wikipédia | Wikicommons = Category:Marvin Gaye | Wikinoticias = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #C0CFE9 }} '''[[w:Marvin Gaye|Marvin Gaye]]''' ''(Washington, [[2 de abril]] de [[1939]] – [[Los Angeles]], [[1 de abril]] de [[1984]]), nascido '''Marvin Pentz Gay, Jr.''', foi um cantor popular de soul e R&B, arranjador, multi-instrumentista, compositor e produtor musical norte-americano.'' ---- == Sobre == * "A resposta das pessoas é incrível. As que mais cantam é "Sexual Healing" (do cantor de soul americano Marvin Gaye). Isso foi uma surpresa pra gente".<ref name=G1 /> :-'' Fonte:<ref name=G1>{{citar web |URL=https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/musica/noticia/2019/03/21/nacao-zumbi-volta-a-porto-alegre-com-show-de-releituras-nesta-quinta-feira.ghtml|título=Nação Zumbi volta a Porto Alegre com show de releituras nesta quinta-feira|autor=Janaína Lopes|publicação=G1|data=1 de agosto de 2022 }}</ref> :-'' O cantor e compositor [[Jorge Du Peixe]] falando sobre Marvin Gaye antes de uma apresentação em um show em Porto Alegre.'' == Letra da música == === That Stubborn Kinda Fellow (1962) === * "Oh, eu tenho novidades para você baby, que eu fiz planos para dois eu acho que sou apenas um tipo teimoso de sujeito tenho minha mente feita para te [[amar]]."<ref name=GoogleBooks/> :-'' na música Stubborn Kind of Fellow, co-escrito com William Stevenson e George Gordy.''<ref name=GoogleBooks/> :-'' Oh, I've got news for you Baby, that I've made plans for two I guess I'm just a stubborn kind of fellow Got my mind made up to love you.<ref name=GoogleBooks>{{citar web |URL=https://books.google.com.br/books?id=59MfMQAACAAJ&dq=editions:6c9muUIxfAUC&hl=pt-PT&sa=X&redir_esc=y|título=I Hear a Symphony: Motown and Crossover R&B|autor=Andrew Flory|publicação=University of Michigan Press|data=30 de maio de 2017}}</ref> {{Referências}} {{Arte}} [[Categoria:Músicos dos Estados Unidos da América]] [[Categoria:Produtores musicais dos Estados Unidos da América]] [[Categoria:Pessoas mortas]] e9f32bqab85tymqjxf0ugn9qf1dvnar 184900 184850 2022-08-03T03:53:47Z Leonaardog 15522 Wikipédia wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Marvin Gaye | Foto = Marvin Gaye (1973 publicity photo).jpg | Wikisource = | Wikipedia = Marvin Gaye | Wikicommons = Category:Marvin Gaye | Wikinoticias = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #C0CFE9 }} '''[[w:Marvin Gaye|Marvin Gaye]]''' ''(Washington, [[2 de abril]] de [[1939]] – [[Los Angeles]], [[1 de abril]] de [[1984]]), nascido '''Marvin Pentz Gay, Jr.''', foi um cantor popular de soul e R&B, arranjador, multi-instrumentista, compositor e produtor musical norte-americano.'' ---- == Sobre == * "A resposta das pessoas é incrível. As que mais cantam é "Sexual Healing" (do cantor de soul americano Marvin Gaye). Isso foi uma surpresa pra gente".<ref name=G1 /> :-'' Fonte:<ref name=G1>{{citar web |URL=https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/musica/noticia/2019/03/21/nacao-zumbi-volta-a-porto-alegre-com-show-de-releituras-nesta-quinta-feira.ghtml|título=Nação Zumbi volta a Porto Alegre com show de releituras nesta quinta-feira|autor=Janaína Lopes|publicação=G1|data=1 de agosto de 2022 }}</ref> :-'' O cantor e compositor [[Jorge Du Peixe]] falando sobre Marvin Gaye antes de uma apresentação em um show em Porto Alegre.'' == Letra da música == === That Stubborn Kinda Fellow (1962) === * "Oh, eu tenho novidades para você baby, que eu fiz planos para dois eu acho que sou apenas um tipo teimoso de sujeito tenho minha mente feita para te [[amar]]."<ref name=GoogleBooks/> :-'' na música Stubborn Kind of Fellow, co-escrito com William Stevenson e George Gordy.''<ref name=GoogleBooks/> :-'' Oh, I've got news for you Baby, that I've made plans for two I guess I'm just a stubborn kind of fellow Got my mind made up to love you.<ref name=GoogleBooks>{{citar web |URL=https://books.google.com.br/books?id=59MfMQAACAAJ&dq=editions:6c9muUIxfAUC&hl=pt-PT&sa=X&redir_esc=y|título=I Hear a Symphony: Motown and Crossover R&B|autor=Andrew Flory|publicação=University of Michigan Press|data=30 de maio de 2017}}</ref> {{Referências}} {{Arte}} [[Categoria:Músicos dos Estados Unidos da América]] [[Categoria:Produtores musicais dos Estados Unidos da América]] [[Categoria:Pessoas mortas]] gxu0b8bdmqmvz7xbbam4w0yyu4lw353 184901 184900 2022-08-03T04:00:33Z Leonaardog 15522 wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Marvin Gaye | Foto = Marvin Gaye (1973 publicity photo).jpg | Wikisource = | Wikipedia = Marvin Gaye | Wikicommons = Category:Marvin Gaye | Wikinoticias = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #C0CFE9 }} '''[[w:Marvin Gaye|Marvin Gaye]]''' ''(Washington, [[2 de abril]] de [[1939]] – [[Los Angeles]], [[1 de abril]] de [[1984]]), nascido '''Marvin Pentz Gay, Jr.''', foi um cantor popular de soul e R&B, arranjador, multi-instrumentista, compositor e produtor musical norte-americano.'' ---- == Citações sobre Marvin Gaye == * "A resposta das pessoas é incrível. As que mais cantam é "Sexual Healing" (do cantor de soul americano Marvin Gaye). Isso foi uma surpresa pra gente".<ref name=G1 /> :-'' Fonte:<ref name=G1>{{citar web |URL=https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/musica/noticia/2019/03/21/nacao-zumbi-volta-a-porto-alegre-com-show-de-releituras-nesta-quinta-feira.ghtml|título=Nação Zumbi volta a Porto Alegre com show de releituras nesta quinta-feira|autor=Janaína Lopes|publicação=G1|data=1 de agosto de 2022 }}</ref> :-'' O cantor e compositor [[Jorge Du Peixe]] falando sobre Marvin Gaye antes de uma apresentação em um show em Porto Alegre.'' == Letra da música == === That Stubborn Kinda Fellow (1962) === * "Oh, eu tenho novidades para você baby, que eu fiz planos para dois eu acho que sou apenas um tipo teimoso de sujeito tenho minha mente feita para te [[amar]]."<ref name=GoogleBooks/> :-'' na música Stubborn Kind of Fellow, co-escrito com William Stevenson e George Gordy.''<ref name=GoogleBooks/> :-'' Oh, I've got news for you Baby, that I've made plans for two I guess I'm just a stubborn kind of fellow Got my mind made up to love you.<ref name=GoogleBooks>{{citar web |URL=https://books.google.com.br/books?id=59MfMQAACAAJ&dq=editions:6c9muUIxfAUC&hl=pt-PT&sa=X&redir_esc=y|título=I Hear a Symphony: Motown and Crossover R&B|autor=Andrew Flory|publicação=University of Michigan Press|data=30 de maio de 2017}}</ref> {{Referências}} {{Arte}} [[Categoria:Músicos dos Estados Unidos da América]] [[Categoria:Produtores musicais dos Estados Unidos da América]] [[Categoria:Pessoas mortas]] b5gl2wopjaof8qn6zvs1c7g53cp5vke Rhythm and blues 0 37888 184834 2022-08-02T19:13:09Z Leonaardog 15522 [[Ajuda:SEA|←]] nova página: '''[[w:Rhythm and blues|Rhythm and blues]]''', ''o estilo musical (ou apenas '''R&B''') se originou nos Estados Unidos por volta de 1940. Se popularizou entre artistas negros e, atualmente, é considerado um subgênero com influências de soul, funk e hip-hop na música pop.'' ---- * "Eu aceitei o termo R&B porque ele abarca muita coisa. A gente geralmente associa o R&B ao hip hop cantado dos anos 1990, o que eu também acho maneiro. É uma escola que me inf... wikitext text/x-wiki '''[[w:Rhythm and blues|Rhythm and blues]]''', ''o estilo musical (ou apenas '''R&B''') se originou nos Estados Unidos por volta de 1940. Se popularizou entre artistas negros e, atualmente, é considerado um subgênero com influências de soul, funk e hip-hop na música pop.'' ---- * "Eu aceitei o termo R&B porque ele abarca muita coisa. A gente geralmente associa o R&B ao hip hop cantado dos anos 1990, o que eu também acho maneiro. É uma escola que me influenciou bastante. Jodeci, essa galera toda. Mas, para mim, o R&B é uma ‘versão brasileira’ da parada, assim como o Pagode 90, o Djavan. É tudo R&B, inclusive pela estética." :-'' Fonte: {{citar web |URL=https://rollingstone.uol.com.br/noticia/como-o-rb-contemporaneo-cresceu-no-brasil-e-vive-seu-melhor-momento/ |título=Como o R&B contemporâneo cresceu no Brasil e vive seu melhor momento? |autor=Lorena Reis |publicação=RollingStone |data=30 de junho de 2020 }}'' :-'' Artistas nacionais em ascensão, como Fabriccio, Isadora, Wesley Camilo e o duo YOÙN, têm ressignificado o gênero no país.'' * "Olha, é difícil [definir o R&B], mas é a mesma coisa com o rock. Tipo, Oasis é rock, mas Sepultura também é rock, sabe?" :-'' Fonte: {{citar web |URL=https://rollingstone.uol.com.br/noticia/como-o-rb-contemporaneo-cresceu-no-brasil-e-vive-seu-melhor-momento/ |título=Como o R&B contemporâneo cresceu no Brasil e vive seu melhor momento? |autor=Lorena Reis |publicação=RollingStone |data=30 de junho de 2020 }}'' :-'' Artistas nacionais em ascensão, como Fabriccio, Isadora, Wesley Camilo e o duo YOÙN, têm ressignificado o gênero no país.'' * "Acredito que, no passado, o terreno era muito mais árido. Mas às vezes eu ainda tenho que provar que ‘SIM, fui eu quem produziu esse som”, coisas assim. Ainda é muito racista, não vou economizar o termo. É muito seletivo, mas nem a cerca prende mais. A cada brechinha, vem dez da quebrada, e esses dez mudam o jogo completamente." :-'' Fonte: {{citar web |URL=https://rollingstone.uol.com.br/noticia/como-o-rb-contemporaneo-cresceu-no-brasil-e-vive-seu-melhor-momento/ |título=Como o R&B contemporâneo cresceu no Brasil e vive seu melhor momento? |autor=Lorena Reis |publicação=RollingStone |data=30 de junho de 2020 }}'' :-'' Artistas nacionais em ascensão, como Fabriccio, Isadora, Wesley Camilo e o duo YOÙN, têm ressignificado o gênero no país.'' {{Referências}} =={{Ligações externas}}== {{Wikipédia}} {{Arte}} [[Categoria:Música]] q25m8trdogi2cu1ui3a8z1salw9tbz2 184839 184834 2022-08-02T20:55:44Z Leonaardog 15522 wikitext text/x-wiki '''[[w:Rhythm and blues|Rhythm and blues]]''', ''o estilo musical (ou apenas '''R&B''') se originou nos Estados Unidos por volta de 1940. Se popularizou entre artistas negros e, atualmente, é considerado um subgênero com influências de soul, funk e hip-hop na música pop.'' ---- * "Eu aceitei o termo R&B porque ele abarca muita coisa. A gente geralmente associa o R&B ao hip hop cantado dos anos 1990, o que eu também acho maneiro. É uma escola que me influenciou bastante. Jodeci, essa galera toda. Mas, para mim, o R&B é uma ‘versão brasileira’ da parada, assim como o Pagode 90, o Djavan. É tudo R&B, inclusive pela estética." :-'' Fonte: {{citar web |URL=https://rollingstone.uol.com.br/noticia/como-o-rb-contemporaneo-cresceu-no-brasil-e-vive-seu-melhor-momento/ |título=Como o R&B contemporâneo cresceu no Brasil e vive seu melhor momento? |autor=Lorena Reis |publicação=RollingStone |data=30 de junho de 2020 }}'' :-'' Artistas nacionais em ascensão, como Fabriccio, Isadora, Wesley Camilo e o duo YOÙN, têm ressignificado o gênero no país.'' * "Olha, é difícil [definir o R&B], mas é a mesma coisa com o rock. Tipo, Oasis é rock, mas Sepultura também é rock, sabe?" :-'' Fonte: {{citar web |URL=https://rollingstone.uol.com.br/noticia/como-o-rb-contemporaneo-cresceu-no-brasil-e-vive-seu-melhor-momento/ |título=Como o R&B contemporâneo cresceu no Brasil e vive seu melhor momento? |autor=Lorena Reis |publicação=RollingStone |data=30 de junho de 2020 }}'' :-'' Artistas nacionais em ascensão, como Fabriccio, Isadora, Wesley Camilo e o duo YOÙN, têm ressignificado o gênero no país.'' * "Acredito que, no passado, o terreno era muito mais árido. Mas às vezes eu ainda tenho que provar que ‘SIM, fui eu quem produziu esse som”, coisas assim. Ainda é muito racista, não vou economizar o termo. É muito seletivo, mas nem a cerca prende mais. A cada brechinha, vem dez da quebrada, e esses dez mudam o jogo completamente." :-'' Fonte: {{citar web |URL=https://rollingstone.uol.com.br/noticia/como-o-rb-contemporaneo-cresceu-no-brasil-e-vive-seu-melhor-momento/ |título=Como o R&B contemporâneo cresceu no Brasil e vive seu melhor momento? |autor=Lorena Reis |publicação=RollingStone |data=30 de junho de 2020 }}'' :-'' Artistas nacionais em ascensão, como Fabriccio, Isadora, Wesley Camilo e o duo YOÙN, têm ressignificado o gênero no país.'' * "Doente do estômago, quatro da manhã, não consigo dormir - Dentro e fora da cidade, preocupado com onde você pode estar." :-'' Fonte:<ref>{{citar web |URL=https://www.nytimes.com/2018/11/14/arts/music/r-and-b-ella-mai-jorja-smith-queen-naija.html|título=R&B Blossoms, With Hip-Hop in the Rear Vie |autor= |publicação= The New York Times|data=14 de novembro de 2018 }}</ref> :-'' Na música I'm Not OK da cantora americana de R&B [[H.E.R.]].'' :-'' Sick to the stomach, four in the morning, I can't sleep - In and out of town, worried about where you might be.'' {{Referências}} =={{Ligações externas}}== {{Wikipédia}} {{Arte}} [[Categoria:Música]] 53dtmha9bvuhr32t2y0dvlep8m5j22l 184843 184839 2022-08-02T21:31:33Z Leonaardog 15522 wikitext text/x-wiki '''[[w:Rhythm and blues|Rhythm and blues]]''', ''o estilo musical (ou apenas '''R&B''') se originou nos Estados Unidos por volta de 1940. Se popularizou entre artistas negros e, atualmente, é considerado um subgênero com influências de soul, funk e hip-hop na música pop.'' ---- * "Eu aceitei o termo R&B porque ele abarca muita coisa. A gente geralmente associa o R&B ao hip hop cantado dos anos 1990, o que eu também acho maneiro. É uma escola que me influenciou bastante. Jodeci, essa galera toda. Mas, para mim, o R&B é uma ‘versão brasileira’ da parada, assim como o Pagode 90, o Djavan. É tudo R&B, inclusive pela estética." :-'' Fonte: {{citar web |URL=https://rollingstone.uol.com.br/noticia/como-o-rb-contemporaneo-cresceu-no-brasil-e-vive-seu-melhor-momento/ |título=Como o R&B contemporâneo cresceu no Brasil e vive seu melhor momento? |autor=Lorena Reis |publicação=RollingStone |data=30 de junho de 2020 }}'' :-'' Artistas nacionais em ascensão, como Fabriccio, Isadora, Wesley Camilo e o duo YOÙN, têm ressignificado o gênero no país.'' * "Olha, é difícil [definir o R&B], mas é a mesma coisa com o rock. Tipo, Oasis é rock, mas Sepultura também é rock, sabe?" :-'' Fonte: {{citar web |URL=https://rollingstone.uol.com.br/noticia/como-o-rb-contemporaneo-cresceu-no-brasil-e-vive-seu-melhor-momento/ |título=Como o R&B contemporâneo cresceu no Brasil e vive seu melhor momento? |autor=Lorena Reis |publicação=RollingStone |data=30 de junho de 2020 }}'' :-'' Artistas nacionais em ascensão, como Fabriccio, Isadora, Wesley Camilo e o duo YOÙN, têm ressignificado o gênero no país.'' * "Acredito que, no passado, o terreno era muito mais árido. Mas às vezes eu ainda tenho que provar que ‘SIM, fui eu quem produziu esse som”, coisas assim. Ainda é muito racista, não vou economizar o termo. É muito seletivo, mas nem a cerca prende mais. A cada brechinha, vem dez da quebrada, e esses dez mudam o jogo completamente." :-'' Fonte: {{citar web |URL=https://rollingstone.uol.com.br/noticia/como-o-rb-contemporaneo-cresceu-no-brasil-e-vive-seu-melhor-momento/ |título=Como o R&B contemporâneo cresceu no Brasil e vive seu melhor momento? |autor=Lorena Reis |publicação=RollingStone |data=30 de junho de 2020 }}'' :-'' Artistas nacionais em ascensão, como Fabriccio, Isadora, Wesley Camilo e o duo YOÙN, têm ressignificado o gênero no país.'' * "Doente do estômago, quatro da manhã, não consigo dormir - Dentro e fora da cidade, preocupado com onde você pode estar." :-'' Fonte:<ref>{{citar web |URL=https://www.nytimes.com/2018/11/14/arts/music/r-and-b-ella-mai-jorja-smith-queen-naija.html|título=R&B Blossoms, With Hip-Hop in the Rear Vie |autor= |publicação= The New York Times|data=14 de novembro de 2018 }}</ref> :-'' Na música I'm Not OK da cantora americana de R&B [[H.E.R.]].'' :-'' Sick to the stomach, four in the morning, I can't sleep - In and out of town, worried about where you might be.'' === Artistas brasileiros de R&B === Lista de artistas que exemplificam o gênero musical: * [[Alt Niss]], Bivolt, IZA, [[Luccas Carlos]], Fabriccio, Isadora, [[Wesley Camilo]], Kynnie, [[Tássia Reis]] e o duo YOÚN são alguns dos melhores exemplos da efervescência atual do R&B no país.<ref>{{citar web |URL=https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/viver/2018/09/r-b-a-brasileira-conheca-artistas-que-levantam-a-bandeira-do-estilo.html|título=R&B à brasileira: Conheça artistas que levantam a bandeira do estilo|autor=Adriana Izel |publicação= Diário de Pernambuco|data=24 de setembro de 2018 }}</ref> === Artistas de R&B dos EUA === Lista de artistas que exemplificam o gênero musical: * [[Beyoncé]], [[Adele]], [[Bruno Mars]], [[Rihanna]], [[Michael Jackson]], [[John Legend]], [[Alicia Keys]], [[Chris Brown]], [[Mariah Carey]], [[Amy Winehouse]], [[Whitney Houston]], [[Akon]], [[Jessie J]], IZA, Stevie Wonder, Kanye West, Simply Red, Ne-yo, Christina Aguilera, Aretha Franklin, Jason Derulo, [[Marvin Gaye]].<ref>{{citar web |URL=https://www.vagalume.com.br/browse/style/r-n-b.html|título=Artistas de R&B dos EUA|autor= |publicação= Vagalume|data=2 de agosto de 2022 }}</ref> {{Referências}} =={{Ligações externas}}== {{Wikipédia}} {{Arte}} [[Categoria:Música]] a4ve0syp17l2dktbtym6aahgipgnn4i 184844 184843 2022-08-02T21:35:24Z Leonaardog 15522 wikitext text/x-wiki '''[[w:Rhythm and blues|Rhythm and blues]]''', ''o estilo musical (ou apenas '''R&B''') se originou nos Estados Unidos por volta de 1940. Se popularizou entre artistas negros e, atualmente, é considerado um subgênero com influências de soul, funk e hip-hop na música pop.'' ---- * "Eu aceitei o termo R&B porque ele abarca muita coisa. A gente geralmente associa o R&B ao hip hop cantado dos anos 1990, o que eu também acho maneiro. É uma escola que me influenciou bastante. Jodeci, essa galera toda. Mas, para mim, o R&B é uma ‘versão brasileira’ da parada, assim como o Pagode 90, o Djavan. É tudo R&B, inclusive pela estética." :-'' Fonte: {{citar web |URL=https://rollingstone.uol.com.br/noticia/como-o-rb-contemporaneo-cresceu-no-brasil-e-vive-seu-melhor-momento/ |título=Como o R&B contemporâneo cresceu no Brasil e vive seu melhor momento? |autor=Lorena Reis |publicação=RollingStone |data=30 de junho de 2020 }}'' :-'' Artistas nacionais em ascensão, como Fabriccio, Isadora, Wesley Camilo e o duo YOÙN, têm ressignificado o gênero no país.'' * "Olha, é difícil [definir o R&B], mas é a mesma coisa com o rock. Tipo, Oasis é rock, mas Sepultura também é rock, sabe?" :-'' Fonte: {{citar web |URL=https://rollingstone.uol.com.br/noticia/como-o-rb-contemporaneo-cresceu-no-brasil-e-vive-seu-melhor-momento/ |título=Como o R&B contemporâneo cresceu no Brasil e vive seu melhor momento? |autor=Lorena Reis |publicação=RollingStone |data=30 de junho de 2020 }}'' :-'' Artistas nacionais em ascensão, como Fabriccio, Isadora, Wesley Camilo e o duo YOÙN, têm ressignificado o gênero no país.'' * "Acredito que, no passado, o terreno era muito mais árido. Mas às vezes eu ainda tenho que provar que ‘SIM, fui eu quem produziu esse som”, coisas assim. Ainda é muito racista, não vou economizar o termo. É muito seletivo, mas nem a cerca prende mais. A cada brechinha, vem dez da quebrada, e esses dez mudam o jogo completamente." :-'' Fonte: {{citar web |URL=https://rollingstone.uol.com.br/noticia/como-o-rb-contemporaneo-cresceu-no-brasil-e-vive-seu-melhor-momento/ |título=Como o R&B contemporâneo cresceu no Brasil e vive seu melhor momento? |autor=Lorena Reis |publicação=RollingStone |data=30 de junho de 2020 }}'' :-'' Artistas nacionais em ascensão, como Fabriccio, Isadora, Wesley Camilo e o duo YOÙN, têm ressignificado o gênero no país.'' * "Doente do estômago, quatro da manhã, não consigo dormir - Dentro e fora da cidade, preocupado com onde você pode estar." :-'' Fonte:<ref>{{citar web |URL=https://www.nytimes.com/2018/11/14/arts/music/r-and-b-ella-mai-jorja-smith-queen-naija.html|título=R&B Blossoms, With Hip-Hop in the Rear Vie |autor= |publicação= The New York Times|data=14 de novembro de 2018 }}</ref> :-'' Na música I'm Not OK da cantora americana de R&B [[H.E.R.]].'' :-'' Sick to the stomach, four in the morning, I can't sleep - In and out of town, worried about where you might be.'' * "Como uma criança negra sempre me identifiquei com R&B pelos clipes que eu via na televisão. Na minha época não tinha artistas no Brasil que me representavam, como tem hoje. Acho que minha identificação com o ritmo nasceu da representação racial, mas também do estilo vocal, da forma como as pessoas cantavam." :-'' Fonte:<ref name="diariodePE"/> * "Tenho procurado colocar um discurso de coisas que estão acontecendo agora no [[Brasil]]. Esse é o momento que a cultura black está em alta, esse é o momento de dar visibilidade." :-'' Fonte:<ref name="diariodePE"/> === Artistas brasileiros de R&B === Lista de artistas que exemplificam o gênero musical: * [[Alt Niss]], Bivolt, IZA, [[Luccas Carlos]], Fabriccio, Isadora, [[Wesley Camilo]], Kynnie, [[Tássia Reis]] e o duo YOÚN são alguns dos melhores exemplos da efervescência atual do R&B no país.<ref name="diariodePE">{{citar web |URL=https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/viver/2018/09/r-b-a-brasileira-conheca-artistas-que-levantam-a-bandeira-do-estilo.html|título=R&B à brasileira: Conheça artistas que levantam a bandeira do estilo|autor=Adriana Izel |publicação= Diário de Pernambuco|data=24 de setembro de 2018 }}</ref> === Artistas de R&B dos EUA === Lista de artistas que exemplificam o gênero musical: * [[Beyoncé]], [[Adele]], [[Bruno Mars]], [[Rihanna]], [[Michael Jackson]], [[John Legend]], [[Alicia Keys]], [[Chris Brown]], [[Mariah Carey]], [[Amy Winehouse]], [[Whitney Houston]], [[Akon]], [[Jessie J]], IZA, Stevie Wonder, Kanye West, Simply Red, Ne-yo, Christina Aguilera, Aretha Franklin, Jason Derulo, [[Marvin Gaye]].<ref>{{citar web |URL=https://www.vagalume.com.br/browse/style/r-n-b.html|título=Artistas de R&B dos EUA|autor= |publicação= Vagalume|data=2 de agosto de 2022 }}</ref> {{Referências}} =={{Ligações externas}}== {{Wikipédia}} {{Arte}} [[Categoria:Música]] lf7wq1rdzspwuji3npa0vfq4wwkqenj Categoria:Bispos católicos do Senegal 14 37889 184848 2022-08-02T21:58:24Z Chico 3 [[Ajuda:SEA|←]] nova página: [[Categoria:Bispos católicos|Senegal]] [[Categoria:Senegaleses]] wikitext text/x-wiki [[Categoria:Bispos católicos|Senegal]] [[Categoria:Senegaleses]] 5cwxb05ntrvpav0lj8i93oo6cyi4hyo Pabllo Vittar 0 37890 184852 2022-08-02T22:53:26Z Leonaardog 15522 [[Ajuda:SEA|←]] nova página: {{Autor | Nome = Pabllo Vittar | Foto = Pabllo Vittar em Brasília 3.jpg | Wikisource = | Wikipedia = Pabllo Vittar | Wikicommons = Category:Pabllo Vittar | Wikinoticias = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #C0CFE9 }} '''[[w:Pabllo Vittar|Phabullo Rodrigues da Silva]]''' ''(São Luís, 1 de novembro de 1993),[nota 1] conhecido por seu nome artístico Pabllo Vittar, é u... wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Pabllo Vittar | Foto = Pabllo Vittar em Brasília 3.jpg | Wikisource = | Wikipedia = Pabllo Vittar | Wikicommons = Category:Pabllo Vittar | Wikinoticias = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #C0CFE9 }} '''[[w:Pabllo Vittar|Phabullo Rodrigues da Silva]]''' ''(São Luís, 1 de novembro de 1993),[nota 1] conhecido por seu nome artístico Pabllo Vittar, é um cantor e drag queen brasileiro.'' ---- * "É por isso que esse álbum é um apogeu do Norte e Nordeste. Quero exaltar essas regiões, bater no meu peito e dizer que não é só cultura regional, é um patrimônio brasileiro. É muito louco a desvalorização do que é nosso enquanto importamos cultura. É muito legal escutar coisas de fora, eu adoro uma Beyoncé, uma Madonna, adoro um K-pop, mas o que estamos ouvindo de música nacional? As mesmas canções, os mesmos artistas e os mesmos ritmos. A gente tem que quebrar a hegemonia das músicas que tocam nas rádios e trazer novidade, principalmente daqui, do Brasil." :-'' Fonte:<ref name="ElPaís">{{citar web |URL=https://brasil.elpais.com/cultura/2021-06-24/pabllo-vittar-cresci-ouvindo-forro-e-tecnobrega-e-e-gracas-a-isso-que-faco-a-musica-pop-de-2021.html |título=Pabllo Vittar: “Cresci ouvindo forró e tecnobrega e é graças a isso que faço a música pop de 2021” |autor=Joana Oliveira |publicação=El País |data=10 de julho de 2022 }}</ref>'' * "Dessa vez, eu vim descansar." :-'' Fonte:<ref>{{citar web |URL=https://g1.globo.com/pe/pernambuco/blog/viver-noronha/post/2022/07/10/video-mostra-chegada-de-pabllo-vittar-a-fernando-de-noronha-vim-descansar-diz.ghtml |título=Vídeo mostra chegada de Pabllo Vittar a Fernando de Noronha; 'vim descansar', diz |autor=Ana Clara Marinho |publicação=G1 |data=10 de julho de 2022 }}</ref>'' * "Sinto que, como artista, tenho que honrar e valorizar esses ritmos, porque cresci ouvindo forró e tecnobrega e é graças a isso que faço o pop de [[2021]]." :-'' Fonte:<ref name="ElPaís"/> {{Referências}} {{Arte}} [[Categoria:Músicos do Brasil]] nje7bdxcuxwsf65xwj0h3z31qbhskra 184853 184852 2022-08-02T22:55:18Z Leonaardog 15522 wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Pabllo Vittar | Foto = Pabllo Vittar em Brasília 3.jpg | Wikisource = | Wikipedia = Pabllo Vittar | Wikicommons = Category:Pabllo Vittar | Wikinoticias = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #C0CFE9 }} '''[[w:Pabllo Vittar|Phabullo Rodrigues da Silva]]''' ''(São Luís, [[Maranhão]], [[1 de novembro]] de [[1993]]), conhecido por seu nome artístico '''Pabllo Vittar''', é um [[cantor]] e drag queen [[brasil]]eiro.'' ---- == Quotes == * "É por isso que esse álbum é um apogeu do [[Norte]] e [[Nordeste]]. Quero exaltar essas regiões, bater no meu peito e dizer que não é só cultura regional, é um patrimônio brasileiro. É muito louco a desvalorização do que é nosso enquanto importamos cultura. É muito legal escutar coisas de fora, eu adoro uma [[Beyoncé]], uma [[Madonna]], adoro um [[K-pop]], mas o que estamos ouvindo de [[música]] nacional? As mesmas canções, os mesmos artistas e os mesmos ritmos. A gente tem que quebrar a hegemonia das músicas que tocam nas rádios e trazer novidade, principalmente daqui, do [[Brasil]]." :-'' Fonte:<ref name="ElPaís">{{citar web |URL=https://brasil.elpais.com/cultura/2021-06-24/pabllo-vittar-cresci-ouvindo-forro-e-tecnobrega-e-e-gracas-a-isso-que-faco-a-musica-pop-de-2021.html |título=Pabllo Vittar: “Cresci ouvindo forró e tecnobrega e é graças a isso que faço a música pop de 2021” |autor=Joana Oliveira |publicação=El País |data=10 de julho de 2022 }}</ref>'' * "Dessa vez, eu vim descansar." :-'' Fonte:<ref>{{citar web |URL=https://g1.globo.com/pe/pernambuco/blog/viver-noronha/post/2022/07/10/video-mostra-chegada-de-pabllo-vittar-a-fernando-de-noronha-vim-descansar-diz.ghtml |título=Vídeo mostra chegada de Pabllo Vittar a Fernando de Noronha; 'vim descansar', diz |autor=Ana Clara Marinho |publicação=G1 |data=10 de julho de 2022 }}</ref>'' * "Sinto que, como artista, tenho que honrar e valorizar esses ritmos, porque cresci ouvindo forró e tecnobrega e é graças a isso que faço o [[pop]] de [[2021]]." :-'' Fonte:<ref name="ElPaís"/> {{Referências}} {{Arte}} [[Categoria:Músicos do Brasil]] 1drha8d861rcc6uvohliw7y4cxuutlh Chris Brown 0 37891 184854 2022-08-02T23:33:41Z Leonaardog 15522 [[Ajuda:SEA|←]] nova página: {{Autor | Nome = Chris Brown | Foto =Chris Brown (6933798786).jpg | Wikisource = | Wikipedia = Chris Brown | Wikicommons = Category:Chris Brown | Wikinoticias = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #C0CFE9 }} '''[[w:Chris Brown|Christopher Maurice Brown]]''' ''(Tappahannock, 5 de maio de 1989), mais conhecido como '''Chris Brown''', é um cantor, rapper, [[compositor]]... wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Chris Brown | Foto =Chris Brown (6933798786).jpg | Wikisource = | Wikipedia = Chris Brown | Wikicommons = Category:Chris Brown | Wikinoticias = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #C0CFE9 }} '''[[w:Chris Brown|Christopher Maurice Brown]]''' ''(Tappahannock, 5 de maio de 1989), mais conhecido como '''Chris Brown''', é um cantor, rapper, [[compositor]], dançarino, [[ator]], [[produtor musical]], coreógrafo e grafiteiro norte-americano.'' ---- * "Vou manter cem. Eu tenho falado com as pessoas para que possamos descobrir algo, mas eu não vou dizer nada ainda. Eu não vou conseguir hype de ninguém ainda", disse ele. No entanto, ele acrescentou que "o cheque não foi cortado, nada disso." :-'' Fonte: {{citar web |URL= https://www.billboard.com/music/rb-hip-hop/chris-brown-verzuz-battle-1235103930/|título= Chris Brown Says He’s in Talks for a Potential Verzuz Battle|autor=Rania Aniftos |publicação= Billboard|data= 21 de junho de 2022}}'' :-'' I’ma keep it a hundred. I’ve been talking to the people so we might figure something out but I ain’t gon’ say nothing yet. I ain’t gonna get nobody hype yet," he said. However, he added that "the check ain’t been cut, none of that."'' {{Arte}} [[Categoria: Músicos dos Estados Unidos da América]] jlx3i3t0ujsh5a6gnylzbmr3zsuwg78 184855 184854 2022-08-02T23:38:37Z Leonaardog 15522 wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Chris Brown | Foto =Chris Brown (6933798786).jpg | Wikisource = | Wikipedia = Chris Brown | Wikicommons = Category:Chris Brown | Wikinoticias = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #C0CFE9 }} '''[[w:Chris Brown|Christopher Maurice Brown]]''' ''(Tappahannock, 5 de maio de 1989), mais conhecido como '''Chris Brown''', é um cantor, rapper, [[compositor]], dançarino, [[ator]], [[produtor musical]], coreógrafo e grafiteiro norte-americano.'' ---- * "Vou manter cem. Eu tenho falado com as pessoas para que possamos descobrir algo, mas eu não vou dizer nada ainda. Eu não vou conseguir hype de ninguém ainda", disse ele. No entanto, ele acrescentou que "o cheque não foi cortado, nada disso." :-'' Fonte:<ref>{{citar web |URL= https://www.billboard.com/music/rb-hip-hop/chris-brown-verzuz-battle-1235103930/|título= Chris Brown Says He’s in Talks for a Potential Verzuz Battle|autor=Rania Aniftos |publicação= Billboard|data= 21 de junho de 2022}}</ref>'' :-'' I’ma keep it a hundred. I’ve been talking to the people so we might figure something out but I ain’t gon’ say nothing yet. I ain’t gonna get nobody hype yet," he said. However, he added that "the check ain’t been cut, none of that."'' * "Ele não é o monstro que todos pensam. Ele é uma boa pessoa. Ele tem um coração fantástico. Ele está dando e amando. E é divertido estar por perto. É isso que eu amo nele – ele sempre me faz rir. Tudo o que eu quero fazer é rir, realmente – e eu faço isso com ele." :-'' Fonte:<ref>{{citar web |URL= https://www.smh.com.au/entertainment/celebrity/hes-not-the-monster-everybody-thinks-rihanna-opens-up-on-chris-brown-20130131-2dlvq.html|título= 'He's not the monster everybody thinks': Rihanna opens up on Chris Brown|autor= |publicação= The Sunday Times|data= 2 de agosto de 2022}}</ref> {{Referências}} {{Arte}} [[Categoria: Músicos dos Estados Unidos da América]] gkswaxopvem4kz3t9slwwjv5l7m87y0 184856 184855 2022-08-02T23:40:29Z Leonaardog 15522 wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Chris Brown | Foto =Chris Brown (6933798786).jpg | Wikisource = | Wikipedia = Chris Brown | Wikicommons = Category:Chris Brown | Wikinoticias = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #C0CFE9 }} '''[[w:Chris Brown|Christopher Maurice Brown]]''' ''(Tappahannock, 5 de maio de 1989), mais conhecido como '''Chris Brown''', é um cantor, rapper, [[compositor]], dançarino, [[ator]], [[produtor musical]], coreógrafo e grafiteiro norte-americano.'' ---- * "Vou manter cem. Eu tenho falado com as pessoas para que possamos descobrir algo, mas eu não vou dizer nada ainda. Eu não vou conseguir hype de ninguém ainda", disse ele. No entanto, ele acrescentou que "o cheque não foi cortado, nada disso." :-'' Fonte:<ref>{{citar web |URL= https://www.billboard.com/music/rb-hip-hop/chris-brown-verzuz-battle-1235103930/|título= Chris Brown Says He’s in Talks for a Potential Verzuz Battle|autor=Rania Aniftos |publicação= Billboard|data= 21 de junho de 2022}}</ref>'' :-'' I’ma keep it a hundred. I’ve been talking to the people so we might figure something out but I ain’t gon’ say nothing yet. I ain’t gonna get nobody hype yet," he said. However, he added that "the check ain’t been cut, none of that."'' == Quotes sobre Chris Brown == * "Ele não é o monstro que todos pensam. Ele é uma boa pessoa. Ele tem um coração fantástico. Ele está dando e amando. E é divertido estar por perto. É isso que eu amo nele – ele sempre me faz rir. Tudo o que eu quero fazer é rir, realmente – e eu faço isso com ele." :-'' Fonte:<ref>{{citar web |URL= https://www.smh.com.au/entertainment/celebrity/hes-not-the-monster-everybody-thinks-rihanna-opens-up-on-chris-brown-20130131-2dlvq.html|título= 'He's not the monster everybody thinks': Rihanna opens up on Chris Brown|autor= |publicação= The Sunday Times|data= 2 de agosto de 2022}}</ref> :-'' [[Rihanna]] se abre sobre Chris Brown.'' {{Referências}} {{Arte}} [[Categoria: Músicos dos Estados Unidos da América]] mp1xdgp5xb1blyur019ucih6hrzo6yd 184860 184856 2022-08-03T00:13:02Z Leonaardog 15522 wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Chris Brown | Foto =Chris Brown (6933798786).jpg | Wikisource = | Wikipedia = Chris Brown | Wikicommons = Category:Chris Brown | Wikinoticias = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #C0CFE9 }} '''[[w:Chris Brown|Christopher Maurice Brown]]''' ''(Tappahannock, 5 de maio de 1989), mais conhecido como '''Chris Brown''', é um cantor, rapper, [[compositor]], dançarino, [[ator]], [[produtor musical]], coreógrafo e grafiteiro norte-americano.'' ---- * "Vou manter cem. Eu tenho falado com as pessoas para que possamos descobrir algo, mas eu não vou dizer nada ainda. Eu não vou conseguir hype de ninguém ainda", disse ele. No entanto, ele acrescentou que "o cheque não foi cortado, nada disso." :-'' Fonte:<ref>{{citar web |URL= https://www.billboard.com/music/rb-hip-hop/chris-brown-verzuz-battle-1235103930/|título= Chris Brown Says He’s in Talks for a Potential Verzuz Battle|autor=Rania Aniftos |publicação= Billboard|data= 21 de junho de 2022}}</ref>'' :-'' I’ma keep it a hundred. I’ve been talking to the people so we might figure something out but I ain’t gon’ say nothing yet. I ain’t gonna get nobody hype yet," he said. However, he added that "the check ain’t been cut, none of that."'' == Citações sobre Chris Brown == * "Ele não é o monstro que todos pensam. Ele é uma boa pessoa. Ele tem um coração fantástico. Ele está dando e amando. E é divertido estar por perto. É isso que eu amo nele – ele sempre me faz rir. Tudo o que eu quero fazer é rir, realmente – e eu faço isso com ele." :-'' Fonte:<ref>{{citar web |URL= https://www.smh.com.au/entertainment/celebrity/hes-not-the-monster-everybody-thinks-rihanna-opens-up-on-chris-brown-20130131-2dlvq.html|título= 'He's not the monster everybody thinks': Rihanna opens up on Chris Brown|autor= |publicação= The Sunday Times|data= 2 de agosto de 2022}}</ref> :-'' [[Rihanna]] se abre sobre Chris Brown.'' {{Referências}} {{Arte}} [[Categoria: Músicos dos Estados Unidos da América]] ah59hxv1dzclccz4kih7nlpxkpm3t8s 184862 184860 2022-08-03T00:16:03Z Leonaardog 15522 + 5 categories using [[Help:Gadget-HotCat|HotCat]] wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Chris Brown | Foto =Chris Brown (6933798786).jpg | Wikisource = | Wikipedia = Chris Brown | Wikicommons = Category:Chris Brown | Wikinoticias = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #C0CFE9 }} '''[[w:Chris Brown|Christopher Maurice Brown]]''' ''(Tappahannock, 5 de maio de 1989), mais conhecido como '''Chris Brown''', é um cantor, rapper, [[compositor]], dançarino, [[ator]], [[produtor musical]], coreógrafo e grafiteiro norte-americano.'' ---- * "Vou manter cem. Eu tenho falado com as pessoas para que possamos descobrir algo, mas eu não vou dizer nada ainda. Eu não vou conseguir hype de ninguém ainda", disse ele. No entanto, ele acrescentou que "o cheque não foi cortado, nada disso." :-'' Fonte:<ref>{{citar web |URL= https://www.billboard.com/music/rb-hip-hop/chris-brown-verzuz-battle-1235103930/|título= Chris Brown Says He’s in Talks for a Potential Verzuz Battle|autor=Rania Aniftos |publicação= Billboard|data= 21 de junho de 2022}}</ref>'' :-'' I’ma keep it a hundred. I’ve been talking to the people so we might figure something out but I ain’t gon’ say nothing yet. I ain’t gonna get nobody hype yet," he said. However, he added that "the check ain’t been cut, none of that."'' == Citações sobre Chris Brown == * "Ele não é o monstro que todos pensam. Ele é uma boa pessoa. Ele tem um coração fantástico. Ele está dando e amando. E é divertido estar por perto. É isso que eu amo nele – ele sempre me faz rir. Tudo o que eu quero fazer é rir, realmente – e eu faço isso com ele." :-'' Fonte:<ref>{{citar web |URL= https://www.smh.com.au/entertainment/celebrity/hes-not-the-monster-everybody-thinks-rihanna-opens-up-on-chris-brown-20130131-2dlvq.html|título= 'He's not the monster everybody thinks': Rihanna opens up on Chris Brown|autor= |publicação= The Sunday Times|data= 2 de agosto de 2022}}</ref> :-'' [[Rihanna]] se abre sobre Chris Brown.'' {{Referências}} {{Arte}} [[Categoria: Músicos dos Estados Unidos da América]] [[Categoria:Dançarinos dos Estados Unidos da América]] [[Categoria:Produtores musicais dos Estados Unidos da América]] [[Categoria:Atores dos Estados Unidos da América]] [[Categoria:Compositores dos Estados Unidos da América]] [[Categoria:Coreógrafos dos Estados Unidos da América]] b9zkzvepxvxj2t34f64byrqofvhlvbo 184864 184862 2022-08-03T00:18:59Z Leonaardog 15522 added [[Category:Grafiteiros dos Estados Unidos da América]] using [[Help:Gadget-HotCat|HotCat]] wikitext text/x-wiki {{Autor | Nome = Chris Brown | Foto =Chris Brown (6933798786).jpg | Wikisource = | Wikipedia = Chris Brown | Wikicommons = Category:Chris Brown | Wikinoticias = | Gutenberg = | Cervantes = | DominioPu = | DomiPubli = | EbooksG = | Cor = #C0CFE9 }} '''[[w:Chris Brown|Christopher Maurice Brown]]''' ''(Tappahannock, 5 de maio de 1989), mais conhecido como '''Chris Brown''', é um cantor, rapper, [[compositor]], dançarino, [[ator]], [[produtor musical]], coreógrafo e grafiteiro norte-americano.'' ---- * "Vou manter cem. Eu tenho falado com as pessoas para que possamos descobrir algo, mas eu não vou dizer nada ainda. Eu não vou conseguir hype de ninguém ainda", disse ele. No entanto, ele acrescentou que "o cheque não foi cortado, nada disso." :-'' Fonte:<ref>{{citar web |URL= https://www.billboard.com/music/rb-hip-hop/chris-brown-verzuz-battle-1235103930/|título= Chris Brown Says He’s in Talks for a Potential Verzuz Battle|autor=Rania Aniftos |publicação= Billboard|data= 21 de junho de 2022}}</ref>'' :-'' I’ma keep it a hundred. I’ve been talking to the people so we might figure something out but I ain’t gon’ say nothing yet. I ain’t gonna get nobody hype yet," he said. However, he added that "the check ain’t been cut, none of that."'' == Citações sobre Chris Brown == * "Ele não é o monstro que todos pensam. Ele é uma boa pessoa. Ele tem um coração fantástico. Ele está dando e amando. E é divertido estar por perto. É isso que eu amo nele – ele sempre me faz rir. Tudo o que eu quero fazer é rir, realmente – e eu faço isso com ele." :-'' Fonte:<ref>{{citar web |URL= https://www.smh.com.au/entertainment/celebrity/hes-not-the-monster-everybody-thinks-rihanna-opens-up-on-chris-brown-20130131-2dlvq.html|título= 'He's not the monster everybody thinks': Rihanna opens up on Chris Brown|autor= |publicação= The Sunday Times|data= 2 de agosto de 2022}}</ref> :-'' [[Rihanna]] se abre sobre Chris Brown.'' {{Referências}} {{Arte}} [[Categoria: Músicos dos Estados Unidos da América]] [[Categoria:Dançarinos dos Estados Unidos da América]] [[Categoria:Produtores musicais dos Estados Unidos da América]] [[Categoria:Atores dos Estados Unidos da América]] [[Categoria:Compositores dos Estados Unidos da América]] [[Categoria:Coreógrafos dos Estados Unidos da América]] [[Categoria:Grafiteiros dos Estados Unidos da América]] 1a4sdy4122dj4va8ee3s3uw0hz2qpcl Amada Rosa Pérez 0 37892 184857 2022-08-02T23:59:08Z Gilldragon 23364 [[Ajuda:SEA|←]] nova página: {{autor |Wikipedia=Amada Rosa Pérez }} '''[[w:Amada Rosa Pérez|]]''' ''([[2 de agosto] de [[1977]]) é uma ex-modelo e atriz de televisão colombiana. ---- * :- ''Fonte: [ ] () * :- ''Fonte: [ ] () * :- ''Fonte: [ ] () [[Categoria:Bispos católicos de Moçambique]] [[Categoria:Pessoas vivas]] wikitext text/x-wiki {{autor |Wikipedia=Amada Rosa Pérez }} '''[[w:Amada Rosa Pérez|Amada Rosa Pérez]]''' ''([[2 de agosto] de [[1977]]) é uma ex-modelo e atriz de televisão colombiana. ---- * :- ''Fonte: [ ] () * :- ''Fonte: [ ] () * :- ''Fonte: [ ] () [[Categoria:Bispos católicos de Moçambique]] [[Categoria:Pessoas vivas]] 5z3ebmdv754vobsnckpk7g22tryatmv 184858 184857 2022-08-03T00:02:48Z Gilldragon 23364 wikitext text/x-wiki {{autor |Wikipedia=Amada Rosa Pérez }} '''[[w:Amada Rosa Pérez|Amada Rosa Pérez]]''' ''([[2 de agosto] de [[1977]]) é uma ex-modelo e atriz de televisão colombiana. ---- *Ser modelo significa ser um ponto de referência, alguém cujas atitudes são dignas de reproduzir e eu me cansei de ser uma modelo de superficialidade. :- ''Fonte: [https://www.acidigital.com/noticias/ex-modelo-surpreende-a-colombia-com-sua-conversao-62375 Ex-modelo surpreende a Colômbia com sua conversão] (25 de maio de 2010) [[Categoria:Pessoas vivas]] qpllmtexkq223cg9d5dy99nzitql89c 184859 184858 2022-08-03T00:07:56Z Gilldragon 23364 wikitext text/x-wiki {{autor |Foto=Amada Rosa Perez 2020.jpg |Wikipedia=Amada Rosa Pérez }} '''[[w:Amada Rosa Pérez|Amada Rosa Pérez Domínguez]]''' ''([[2 de agosto]] de [[1977]]) é uma ex-modelo e atriz de televisão colombiana. ---- *Estou a favor da dignidade da mulher, da família e porque quero que as pessoas resgatem os valores da família e os humanos... hoje tudo é relativo, está-se confundindo o bom com o mau e nos estamos deixando escravizar por um mundo cheio de maldade. :- ''Fonte: [https://www.acidigital.com/noticias/milhares-de-colombianos-defenderam-a-vida-a-mulher-e-a-familia-em-medellin-41551 Milhares de colombianos defenderam a vida, a mulher e a família em Medellín] (19 de outubro de 2009) *Ser modelo significa ser um ponto de referência, alguém cujas atitudes são dignas de reproduzir e eu me cansei de ser uma modelo de superficialidade. :- ''Fonte: [https://www.acidigital.com/noticias/ex-modelo-surpreende-a-colombia-com-sua-conversao-62375 Ex-modelo surpreende a Colômbia com sua conversão] (25 de maio de 2010) [[Categoria:Pessoas vivas]] 3px3ir81luevwa8dga0qvdvrhoetijm Categoria:Coreógrafos dos Estados Unidos da América 14 37893 184861 2022-08-03T00:15:41Z Leonaardog 15522 [[Ajuda:SEA|←]] nova página: [[Categoria:Dançarinos]] wikitext text/x-wiki [[Categoria:Dançarinos]] kqq8hk42601fir2nwbtzcsgzpdvev3h Categoria:Grafiteiros dos Estados Unidos da América 14 37894 184863 2022-08-03T00:18:27Z Leonaardog 15522 Nova categoria wikitext text/x-wiki [[Categoria:Artistas|Grafiteiros dos Estados Unidos da América]] ay3r248qv5ysz26dvwzkdwa1mj4n6bt Stanislas Lalanne 0 37895 184865 2022-08-03T00:50:24Z Gilldragon 23364 [[Ajuda:SEA|←]] nova página: {{autor |Foto= |Wikipedia=Stanislas Lalanne |Wikicommons=Category:Stanislas Lalanne }} '''[[w:Stanislas Lalanne|Stanislas Marie Georges Jude Lalanne]]''' ''([[3 de agosto]] de [[1948]]) é um bispo católico francês. ---- *Esta é a resposta que se espera dos irmãos: a alegria de acreditar, de ser amado, porque é a melhor resposta que podemos oferecer diante destes dramas. 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Os jovens cristãos são chamados a ser testemunhas da vida ordinária, independentemente de nossas feridas e de nossas vulnerabilidades. :- ''Fonte: [https://www.acidigital.com/noticias/jovens-da-franca-recordam-em-missa-e-show-da-jmj-sacerdote-assassinado-pelo-isis-50943 Jovens da França recordam em Missa e show da JMJ sacerdote assassinado pelo ISIS] (28 de julho de 2016) [[Categoria:Bispos católicos da França]] [[Categoria:Pessoas vivas]] khehd0i76rypqdnx9pkwmhbzg3wiibu Camillus Archibong Etokudoh 0 37896 184866 2022-08-03T01:05:40Z Gilldragon 23364 [[Ajuda:SEA|←]] nova página: {{autor |Nome= |Wikipedia=Camillus Archibong Etokudoh }} '''[[w:Camillus Archibong Etokudoh|]]''' ''([[3 de agosto]] de [[1949]]) é um bispo católico nigeriano. ---- *Buscamos educar as pessoas como comunidade cristã, temos reuniões e momentos de oração em comum. Nesse sentido, não raciocianmos em termos de maioria ou minoria em relação às outras confissões cristãs, porque trabalhamos juntos para fazer com que todos os cristãos sejam uma coisa... wikitext text/x-wiki {{autor |Nome= |Wikipedia=Camillus Archibong Etokudoh }} '''[[w:Camillus Archibong Etokudoh|Camillus Archibong Etokudoh]]''' ''([[3 de agosto]] de [[1949]]) é um bispo católico nigeriano. ---- *Buscamos educar as pessoas como comunidade cristã, temos reuniões e momentos de oração em comum. Nesse sentido, não raciocianmos em termos de maioria ou minoria em relação às outras confissões cristãs, porque trabalhamos juntos para fazer com que todos os cristãos sejam uma coisa só. :- ''Fonte: [http://fides.org/pt/news/14637-AFRICA_NIGERIA_Uma_Igreja_em_crescimento_que_participa_do_desenvolvimento_do_pais_a_voz_dos_bispos_nigerianos “Uma Igreja em crescimento que participa do desenvolvimento do país”: a voz dos bispos nigerianos] (9 de março de 2009) [[Categoria:Bispos católicos da Nigéria]] [[Categoria:Pessoas vivas]] fk9eqpnindyky5wfm8nbn9k9v3hysoz Categoria:Filósofos da Roma Antiga 14 37897 184878 2022-08-03T01:33:47Z Leonaardog 15522 [[Ajuda:SEA|←]] nova página: [[Categoria:Filósofos da Roma Antiga|Filósofos]] wikitext text/x-wiki [[Categoria:Filósofos da Roma Antiga|Filósofos]] r4imj9uyof8d4bnei30q9h8kjalx6h3 184879 184878 2022-08-03T01:35:14Z Leonaardog 15522 wikitext text/x-wiki [[Categoria:Filósofos]] [[Categoria:Filósofos da Itália]] 7e14mbo6acdl1sv74bx39z4e42og66p Categoria:Religiosos da Coreia do Sul 14 37898 184883 2022-08-03T01:37:29Z Chico 3 [[Ajuda:SEA|←]] nova página: [[Categoria:Religiosos|Coreia do Sul]] [[Categoria:Sul-coreanos]] wikitext text/x-wiki [[Categoria:Religiosos|Coreia do Sul]] [[Categoria:Sul-coreanos]] iuyz32a2vfxbz22rlle70byzgz39cay Ihor Vozniak 0 37899 184884 2022-08-03T01:50:55Z Gilldragon 23364 [[Ajuda:SEA|←]] nova página: {{autor |Foto= |Wikicommons=Category:Ihor Vozniak }} '''[[w:Ihor Vozniak|]]''' ''([[3 de agosto]] de [[1952]]) é um arcebispo católico ucraniano. ---- * :- ''Fonte: [ ] () *Pedimos que nos possam enviar a imagem da Virgem Peregrina de Fátima para a Ucrânia para que possamos rezar pedindo a sua proteção para que a paz regresse ao país. :- ''Fonte: [ ] () * :- ''Fonte: [ ] () * :- ''Fonte: [ ] () [[Categoria:Arcebispos católicos da Ucrânia]] C... wikitext text/x-wiki {{autor |Foto= |Wikicommons=Category:Ihor Vozniak }} '''[[w:Ihor Vozniak|Ihor Vozniak]]''' ''([[3 de agosto]] de [[1952]]) é um arcebispo católico ucraniano. ---- * :- ''Fonte: [ ] () *Pedimos que nos possam enviar a imagem da Virgem Peregrina de Fátima para a Ucrânia para que possamos rezar pedindo a sua proteção para que a paz regresse ao país. :- ''Fonte: [ ] () * :- ''Fonte: [ ] () * :- ''Fonte: [ ] () [[Categoria:Arcebispos católicos da Ucrânia]] [[Categoria:Pessoas vivas]] 7uc8oujv3gvcxgf7u214nhcgg5h5p3e 184886 184884 2022-08-03T02:05:57Z Gilldragon 23364 wikitext text/x-wiki {{autor |Foto= |Wikicommons=Category:Ihor Vozniak }} '''[[w:Ihor Vozniak|Ihor Vozniak]]''' ''([[3 de agosto]] de [[1952]]) é um arcebispo católico ucraniano. ---- *Pedimos que nos possam enviar a imagem da Virgem Peregrina de Fátima para a Ucrânia para que possamos rezar pedindo a sua proteção para que a paz regresse ao país. :- ''Fonte: [https://www.fatima.pt/pt/news/santuario-envia-imagem-da-virgem-peregrina-de-fatima-para-a-ucrania Santuário envia imagem da Virgem Peregrina de Fátima para a Ucrânia] (11 de março de 2022) [[Categoria:Arcebispos católicos da Ucrânia]] [[Categoria:Pessoas vivas]] nevi87039bd4wspgx68izx1w7vcd8m5