16.1. | O FreeBSD usa bem mais espaço de swap do que o Linux. Por quê? | ||||||
Só parece que o FreeBSD usa mais swap do que o Linux. Na verdade não usa. A principal diferença entre o FreeBSD e o Linux nesse quesito é que o FreeBSD vai sempre remanejar - de forma pró-ativa - toda memória que estiver completamente inativa e subutilizada, para o swap, dessa forma garantindo sempre mais memória principal disponível para utilização. O Linux tende a remanejar páginas de memória para o swap apenas como última alternativa. A utilização mais acentuada do swap é balanceada pela utilização mais eficiente da memória principal. Note que, pelo fato do FreeBSD ser próativo nesse quesito, ele não decide arbitrariamente fazer swap das páginas quando o sistema está de fato inativo. Portanto você não corre o risco de encontrar todo seu sistema despaginado pela manhã, depois de uma noite inteira de inatividade. | |||||||
16.2. | Por que o | ||||||
A resposta simples é que memória
principal livre é memória
desperdiçada. Toda memória que não
estiver ativamente alocada pelos seus programas são
utilizadas pelo Kernel do FreeBSD como cache de disco. Os
valores que o top(1) mostra como
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16.3. | Por que usar (alias, o que são) os formatos executáveis a.out e ELF? | ||||||
Para entender porque o FreeBSD usa o formato
Nota:Até a versão 3.x o FreeBSD usava o formato a.out.
O FreeBSD vem de tradição
“clássica” e por isso sempre usou o
formado a.out(5) que é uma tecnologia que foi
experimentada e aprovada por várias
gerações de sistemas BSD. Apesar de,
há algum tempo também ser possível
para o FreeBSD trabalhar nativamente com binários
ELF (e também
kernels), o FreeBSD
inicialmente resistiu à
“pressão” em assumir o
ELF como formato padrão. Por
quê? Bem, quando o campo do Linux resolveu fazer
sua dolorosa transição para o formato
ELF, não sobrou muito para ser
aproveitado dos formatos No caso do FreeBSD, o nosso mecanismo de bibliotecas
compartilhadas tem uma base mais próxima do estilo
do SunOS, da Sun, e é
extremamente fácil de ser utilizado. Contudo,
à partir da série 3.0, o FreeBSD
oficialmente adotou o formato de binários
ELF como padrão. Apesar do
formato | |||||||
16.4. | Certo, mas por que existem tantos formatos diferentes? | ||||||
De volta às origens, em um passado obscuro, existiam apenas hardwares mais simples. Esse hardware simples, suportava sistemas simples e pequenos. A a.out era completamente adequada para o serviço de representar o formato binário nesses sistemas (os PDP-11). Conforme as pessoas iam portando o Unix desse sistema mais simples, eles mantinham o formato a.out porque era bom o bastante para portar para arquiteturas como o Motorola 68k, VAXen, etc. Então, algum engenheiro de hardware brilhante,
decidiu que se ele pudesse forçar o software
à dar conta de algumas coisinhas, alguns
truquezinhos, ele poderia então passar por cima de
algumas restrições de design, e permitir que
a base de sua CPU tivesse um desempenho melhor. Para
poder trabalhar como esse novo tipo de hardware (que hoje
é conhecido como RISC), a
Em adição, o tamanho dos programas
passou a crescer, e os discos (assim como a memória
física) ainda eram relativamente pequenos,
então nasceu o conceito de compartilhamento de
bibliotecas. O sistema de Memória Virtual (VM)
também se tornou mais sofisticado. Cada um desses
avanços eram feitos utilizando-se o formato
Contudo, com o passar do tempo, as ferramentas de
desenvolvimento às quais o FreeBSD derivava suas
próprias ferramentas de desenvolvimento
(especialmente o assembler e o carregador - loader) se
envolveram em duas árvores paralelas. A
árvore do FreeBSD adicionou inúmeras
bibliotecas compartilhadas, e arrumou inúmeros
bugs. E a rapaziada do GNU, que originalmente escreviam
algumas dessas ferramentas, passaram a rescreve-las e
adicionaram suporte para compilação
derivada, adoções de formatos diferentes,
etc. Depois pensou-se em desenvolver um formato derivado,
visando o FreeBSD, mas não obteve-se sorte o
bastante, especialmente porque os fontes antigos do
"ld" do FreeBSD não davam conta da
tarefa. A corrente de novas ferramentas GNU (as chamadas
binutils) agora suportam compilação
derivada, formato ELF, bibliotecas
compartilhadas, extensões de C++, etc, etc. Em
adição ainda, muitos fabricantes passaram
à lançar binários
ELF, e então, por que continuar
nos chateando com o formato O formato ELF é mais
expressivo do que o | |||||||
16.5. | Por que o chmod não modifica as permissões dos links simbólicos? | ||||||
Links simbólicos não tem permissões, e por padrão, o chmod(1) não vai seguir os links afim de mudar as permissões do arquivo original. Portanto, se você tem um arquivo qualquer, e um link simbólico para esse arquivo, o seguinte comando vai lhe servir. % chmod g-w <link simbólico> Contudo, as permissões para o arquivo original
não serão alteradas. Mas se você usar
a opção Atenção:A opção % chmod 555 A/ Com essa barra, o chmod(1) vai seguir o link simbólico para mudar as permissões do arquivo original. | |||||||
16.6. | Por que os nomes de login (ou username) são restritos à 8 caracteres no FreeBSD 2.2.X e anteriores? | ||||||
Você pode pensar que seria bem
confortável simplesmente mudar o
No FreeBSD 3.0 e posteriores, o tamanho máximo do nome de usuário foi elevado para 16 caracteres, e todas as ferramentas e trechos do código principal do sistema que poderiam apresentar problemas em relação à isso, foram encontradas e corrigidas. O fato dessa alteração mudar tantos fatores importantes no sistema é que, nenhuma mudança tinha sido feita até a versão 3.0. Se você confia completamente em suas habilitades
para procurar e corrigir esses prováveis problemas
sozinho, então basta aumentar o tamanho do nome de
usuário no arquivo
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16.7. | Posso rodar binários do DOS sob FreeBSD? | ||||||
Sim, à partir da versão 3.0, você pode utilizar o emulador doscmd da BSDI. A emulação DOS desse aplicativo foi totalmente redefinida depois da sua integração do FreeBSD. Entre na lista de discussão sobre a emulação de outros sistemas operacionais no FreeBSD se você tem interesse em se juntar ao grupo que se esforça nessa jornada. Em sistemas anteriores ao 3.0, existe um
utilitário não muito interessante, chamado
pcemu no
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16.8. | O que eu preciso para traduzir um documento do FreeBSD para a minha língua nativa? | ||||||
Veja o | |||||||
16.9. | Por que meu e-mail para qualquer endereço em FreeBSD.org sempre falha? | ||||||
O sistema de correio eletrônico do site
FreeBSD.org implementa algumas das
restrições do Postfix, verificando nas
mensagens que estão chegando, se elas estão
sendo entregues por algum servidor mal configurado, ou se
representa algum tipo de
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16.10. | Onde eu consigo uma conta gratuíta em um FreeBSD? | ||||||
O Projeto FreeBSD não permite acesso público a nenhum dos seus servidores, contudo algumas empresas oferecem acesso irrestrito à sistemas Unix. Os preços variam, e alguns serviços limitados podem ser disponibilizados. A Arbornet, Inc, também conhecida como M-Net, provê acesso à sistemas Unix desde 1983. Inicialmente rodando sob um System III em arquitetura Altos, o site mudou seu sistema para BSD/OS em 1991. Em junho de 2000 o site mudou novamente seu sistema para FreeBSD. A M-Net pode ser acessada via telnet e SSH, e proporciona acesso básico a uma gama completa de softwares do FreeBSD. Contudo, o acesso à rede é limitado aos membros e patronos da instituição, que fazem doações à empresa, uma vez que a mesma é uma organização sem fins lucrativos. A M-Net também oferece um Boletim periódico e Chat interativo. A Grex também oferece um acesso parecido com o da M-Net, inclusive com os mesmos serviços, contudo a máquina é uma Sun 4M e seu sistema Unix é o SunOS. Vale pela curiosidade, e para comparação entre os sistemas. | |||||||
16.11. | O que é | ||||||
SUP significa Protocolo de Atualização de Programa (Software Update Protocol ), e foi desenvolvido pela CMU para manter suas árvores de desenvolvimento sempre sincronizadas. Nós utilizamos esse protocolo para manter alguns sites remotos em sincronia com os nossos servidores centrais de desenvolvimento. SUP náo é amigável com a banda de tramissão (consome muita banda) , e por isso foi aposentado. Atualmente recomendados que você faça uso do CVSup para manter seus fontes atualizados. | |||||||
16.12. | Qual o nome daquele capetinha vermelho simpático? | ||||||
Ele não tem um nome, é simplesmente chamado de “the BSD daemon”. Se você insiste em dar um nome à ele, por gentileza, chame-o de “beastie” ;-) Note que “beastie” se pronuncia “BSD”. Você pode saber mais sobre o BSD daemon na sua home page. | |||||||
16.13. | Posso usar a imagem do BSD daemon? | ||||||
Talvez. O BSD daemon é de direitos autorais de Marshall Kirk McKusick. Você deve pedir a permissão do McKusick para usar a imagem do BSD Daemon, e pedir para saber os termos de utilização da figura pública do nosso querido capetinha ;-) Resumindo, você pode fazer uso da imagem dele, dependendo da maneira, para uso pessoal, por exemplo. Se os créditos apropriados forem dados, tudo bem. Para fazer uso comercial da imagem, ai sim você deve falar com o McKusick, e dar uma olhada na home page do BSD Daemon para mais detalhes.. | |||||||
16.14. | Vocês tem algumas imagens do BSD daemon que eu poderia usar? | ||||||
Você vai encontrar algumas figuras em eps e Xfig
sob o diretório
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16.15. | O que significa MFC? | ||||||
MFC é um acrônimo para “obtido a partir do ramo -CURRENT” (Merged From -CURRENT). É usado nos logs do CVS para identificar uma mudança que seja originada e migrada da série de desenvolvimento (-CURRENT) para série estável (-STABLE). | |||||||
16.16. | O que significa BSD? | ||||||
O significado da sigla BSD é algo, em uma língua secreta que apenas os membros podem saber. Literalmente não seria possível traduzir BSD para uma língua que você pudesse entender, mas poderíamos tentar explicar seu significado como algo bem próximo de “Equipe de Fórmula-1”, “Penguins são aperitivos saborosos”, e também “Nós temos mais senso de humor do que o Linux”. :-) A versão séria é que BSD é um acrônimo para “Berkeley Software Distribution”, que é o nome que o Grupo de Pesquisa de Ciência da Computação da Universidade de Berkeley - Berkeley CSRG (Computer Systems Research Group) - escolheu para sua própria distribuição do Unix. | |||||||
16.17. | O que significa POLA? | ||||||
É o Princípio de Menor
Alteração. Significa que durante o processo
de desenvolvimento do FreeBSD, toda e qualquer
modificação que seja visível para o
usuário, deve ser menos surpreendente
possível, mantendo assim uma compatibilidade
prévia com a forma de utilização do
sistema. Por exemplo, não se pode alterar
arbitráriamente as variáveis dos scripts de
configuração do sistema, em
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16.18. | O que é um repo-copy? | ||||||
Um repo-copy (que é uma forma breve de chamar um “repository copy”) é simplesmente a cópia direta de arquivos em um repositório CVS. Sem um repo-copy, uma alteração por
parte de algum mantenedor, se tornaria uma cópia
comum, originada via Esse processo contudo, resulta em uma não constatação histórica do arquivo antigo, nos novos registros de log. O Projeto FreeBSD considera extremamente importante a manutenção desse histórico, e por isso as cópias de repositório são frequentemente utilizadas. Nesse processo, um dos repositórios centrais vai copiar os arquivos diretamente para outro repositório, e não simplesmente fazer uma sincronia com o programa cvs(1). | |||||||
16.19. | Porque eu devo me preocupar com a cor do quartinho de bicicletas (bikeshed)? | ||||||
A resposta mais curta, é que você não deve. A resposta longa é que, só porque você é capaz de fazer quarto para guardar sua própria bicicleta, você não pode fazer as outras pessoas pararem de construir seus próprios quartinhos também, simplesmente porque você não gosta da cor que as pessoas os pintam. Essa metáfora indica que você não tem que argumentar nem reclamar sobre cada coisinha, só porque tem conhecimento o bastante para critica-la. Algumas pessoas dizem que a quantidade de barulho provocada por uma alteração é inversamente proporcional à complexidade da mudança. A resposta ainda mais completa, e maior, é que, depois de muita discussão sobre quando o sleep(1) deveria trabalhar com argumentos de segundos fracionados, Poul-Henning Kamp enviou uma mensagem, longa, chamada de “Um quarto de bicicleta (qualquer cor serve) em um gramado mais verde...”. As partes devidas da mensagem estão citadas abaixo.
Na verdade, um "quartinho de bicicletas" ou "barracão de bicicletas" é uma tradução literal para a expressão “bikeshed”; comumente utilizada na língua inglesa. Um “bikeshed”, no significado definido pelo dicionário norte americano é um pequeno quarto ou barração não raramente encontrado no fundo de uma casa, que é utilizado para guardar bicicletas e outras coisas pequenas. Normalmente os norte americanos constroem esses quartinhos eles mesmos, de madeira, no fundo de suas casas ou próximos à garagem de automóveis. A expressão é normalmente utilizada pelos desenvolvedores do FreeBSD quando se começa uma discussão sobre algum assunto que não é tão importante para o bom funcionamento de alguma outra coisa, como por exemplo, qual a importância da cor de um quartinho de bicicletas, quando o mesmo já está construído e servindo bem ao seu propósito? |
Este, e outros documentos, podem ser obtidos em ftp://ftp.FreeBSD.org/pub/FreeBSD/doc/
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